AV | Redação PG
terça-feira, 19 de março de 2024
Portugal | Toda a bagunça da anulação de votos é inadmissível e antidemocrática
Hipocrisia | Biden, Blinken, EUA têm morte e sangue nas mãos no genocídio em Gaza
Toda a população da Faixa de Gaza sofre de "insegurança alimentar grave"
É a primeira vez que "uma população inteira é classificada desta forma".
O secretário de Estado norte-americano declarou esta terça-feira que toda a população da Faixa de Gaza está em situação de "grave insegurança alimentar", citando dados da ONU.
Antony Blinken afirmou que "100% da população de Gaza sofre de insegurança alimentar grave. É a primeira vez que uma população inteira é classificada desta forma".
O responsável norte-americano disse que proteger os civis e prestar assistência humanitária em Gaza é uma "prioridade absoluta", descrevendo a situação como horrível.
"Continuamos a enfrentar uma situação humanitária horrível em Gaza", sublinhou, em conferência de imprensa, em Manila, onde Blinken se encontra após uma passagem pela Coreia do Sul.
"Proteger os civis e prestar assistência humanitária aos que dela necessitam desesperadamente é uma prioridade absoluta", acrescentou.
Na segunda-feira, as agências especializadas da ONU alertaram que mais de 1,1 milhões de habitantes de Gaza, ou seja, metade da população, já enfrentam "uma situação de fome catastrófica", próxima da fome, "o número mais elevado alguma vez registado" pela organização.
Antony Blinken vai estar esta semana na Arábia Saudita e no Egito para discutir um cessar-fogo e o aumento do fluxo de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, disse na segunda-feira o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
O secretário de Estado disse já que na Arábia Saudita e no Egito vai retomar "as conversações que começaram em janeiro sobre o pós-conflito em Gaza e os passos que têm de ser dados para a reconstrução, a assistência humanitária".
"É imperativo que exista um plano para Gaza e temos vindo a repetir isto a Israel", sublinhou.
As declarações de Blinken surgiram depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter falado pela primeira vez em semanas, na segunda-feira, com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, manifestando "profunda preocupação" com uma possível operação israelita na cidade de Rafah, o ponto mais a sul do enclave palestiniano.
Biden falou Netanyahu "para discutir os últimos desenvolvimentos em Israel e Gaza, incluindo a situação em Rafah e os esforços para aumentar a assistência humanitária a Gaza", de acordo com um comunicado da Casa Branca.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada em 07 de outubro com um ataque em solo israelita do movimento islamita palestiniano Hamas, que deixou 1.163 mortos, na maioria civis.
Em resposta, Israel declarou uma guerra total para erradicar o Hamas, tendo sido mortas nas operações militares em grande escala mais de 30 mil pessoas, de acordo com as autoridades locais, controladas pelo grupo palestiniano, no poder no enclave desde 2007.
TSF | Agência Lusa
Os balbuceios finais do fascismo judaico
Thierry Meyssan*
Qualquer pessoa de boa fé compreende que assassinar 30. 000 inocentes não tem nenhuma relação com a eliminação do Hamas. A operação « Espada de Ferro » assemelha-se ao que é : um disfarce para concretizar o velho sonho perseguido pelos fascistas judaicos de Jabotinsky até Netanyahu : expulsar a população árabe da Palestina. Desde logo, este crime em massa, cometido pela primeira vez em directo através das televisões, altera o tabuleiro político mundial. Sentindo-se ameaçados, os supremacistas judaicos ameaçaram por sua vez os Estados Unidos. Ciosos em continuar a ser os senhores do « mundo livre », estes aprestam-se para fazer cair os supremacistas judaicos.
Administração Biden assistiu paralisada à reacção israelita ao ataque da Resistência Palestiniana, Hamas incluído, dita « Torrente de Al-Aqsa » (7 de Outubro). A Operação «Espada de Ferro» começou por um bombardeio maciço da Cidade de Gaza, numa escala jamais igualada em qualquer parte do mundo ou na História, incluindo durante as Guerras Mundiais. A partir de 27 de Outubro, ela acompanhou-se de uma intervenção terrestre, de pilhagens e de torturas a milhares de civis gazenses. Em cinco meses, 37. 534 civis foram assassinados ou desapareceram, entre os quais 13. 430 crianças e 8. 900 mulheres, 364 membros de pessoal médico e 132 jornalistas [1].
Inicialmente, Washington reagiu apoiando sem falhas «o direito de Israel a defender-se», ameaçando vetar qualquer pedido de cessar-fogo e fornecendo tantas bombas quantas as necessárias à destruição generalizada do encvlave palestiniano. Era impensável, aos seus olhos, sofrer uma derrota mais, depois das da Síria e da Ucrânia. No entanto, os Norte-Americanos assistiam em directo nos seus telemóveis (celulares-br)a estes horrores. Muitos altos funcionários do Departamento de Estado falaram e escreveram sobre a sua vergonha em apoiar esta carnificina. Petições circularam. Personalidades, tanto judaicas como muçulmanas, demitiram-se.
Em plena campanha eleitoral presidencial, a equipa de Joe Biden já não podia mais sujar as mãos de sangue. Ela começou, portanto, a fazer pressão sobre o gabinete de guerra israelita para que negociasse a libertação dos reféns e concluísse um cessar-fogo. No entanto, a coligação (coalizão-br) de Benjamin Netanyahu recusou, jogando com o trauma dos seus concidadãos, para garantir que a paz só regressaria quando o Hamas fosse erradicado. Washington acabou por perceber que os acontecimentos de 7 de Outubro não eram mais do que um pretexto, para os discípulos de Jabotinski, permitindo-lhes fazer aquilo que sempre haviam ambicionado: expulsar os árabes para fora da Palestina. Tornou-se então mais premente, reforçando entretanto que os Palestinianos tinham o direito a viver, que a colonização das suas terras é ilegal ao abrigo do Direito Internacional e que a questão israelo-palestiniana seria resolvida pela «solução dos dois Estados» (e não pela do Estado binacional previsto pela Resolução 181 de 1947).
segunda-feira, 18 de março de 2024
A inovação militar disruptiva da Resistência pode determinar o destino de Israel
Quer os EUA e a Europa gostem ou não, o Irão é um importante actor político regional, escreve Alastair Crooke.
Alastair Crooke* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil
Olhando para trás, para o que escrevi em 2012, no meio da chamada Primavera Árabe e das suas consequências, é surpreendente o quanto a Região mudou. Agora está quase 180° reorientado. Então, eu argumentei,
“Que o “Despertar” da Primavera Árabe está a dar uma guinada, muito diferente do entusiasmo e da promessa com que foi saudado no início. Nascida de um amplo impulso popular inicial, está a tornar-se cada vez mais compreendida, e temida, como uma nascente “revolução cultural” contra-revolucionária – uma reculturação da região na direcção de um cânone prescritivo que está a esvaziar os primeiros altos expectativas…
“Esse impulso popular associado ao 'despertar' foi agora incluído e absorvido em três grandes projectos políticos associados a este impulso para reafirmar [a primazia sunita]: um projecto da Irmandade Muçulmana, um projecto saudita-catari-salafista, e um projecto [jihadista radical ] projeto.
“Ninguém conhece realmente a natureza do [primeiro projeto] o projeto da Irmandade – se é o de uma seita; ou se for verdadeiramente dominante... O que é claro, porém, é que o tom da Irmandade em todo o lado é cada vez mais o de uma queixa sectária militante. O projecto conjunto saudita-salafista foi concebido como um contraponto directo ao projecto da Irmandade – e [o terceiro] foi o intransigente radicalismo sunita [wahhabismo], financiado e armado pela Arábia Saudita e pelo Qatar, que visa, não conter, mas sim, substituir o sunismo tradicional pela cultura do salafismo. isto é, procurou a “salifização” do Islão sunita tradicional.
“Todos estes projetos, embora possam sobrepor-se em algumas partes, são fundamentalmente concorrentes entre si. E [estavam] a ser incendiados no Iémen, no Iraque, na Síria, no Líbano, no Egipto, no norte de África, no Sahel, na Nigéria e no Corno de África.
[Não é de surpreender] …“Os iranianos interpretam cada vez mais o estado de espírito da Arábia Saudita como uma sede de guerra, e as declarações do Golfo têm muitas vezes aquele toque de histeria e agressão: um editorial recente no al-Hayat, de propriedade saudita, declarou: “O clima no CCG O [Conselho de Cooperação do Golfo] indica que as questões caminham para um confronto CCG-Irão-Rússia em solo sírio, semelhante ao que ocorreu no Afeganistão durante a Guerra Fria. É certo que foi tomada a decisão de derrubar o regime sírio, visto que isso é vital para a influência regional e a hegemonia da República Islâmica do Irão”.
Bem, isso foi então. Quão diferente é o cenário hoje: a Irmandade Muçulmana é em grande parte uma “cana quebrada”, comparada com o que era; A Arábia Saudita “apagou efectivamente as luzes” do jihadismo salafista e está mais focada em cortejar o turismo, e o Reino tem agora um acordo de paz com o Irão (mediado pela China).
“A mudança cultural no sentido de reimaginar uma política muçulmana sunita mais ampla” , como escrevi em 2012, sempre foi um sonho americano, que remonta ao documento político 'Clean Break' de Richard Perle de 1996 (um relatório encomendado pelo então governo de Israel) - PM, Netanyahu). As suas raízes residem na política britânica do pós-guerra II de transplantar a robusta família notável da era otomana para o Golfo, como uma camada dominante anglófila que atendia aos interesses petrolíferos ocidentais.
Expondo a hipocrisia flagrante do Ocidente sobre a ajuda a Gaza
Hannan Hussain* | Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil
À medida que o número de vítimas da fome em Gaza atinge os dois dígitos, o Ocidente não mostra sinais de abandonar armas e outros fornecimentos militares que estão no centro da beligerância de ocupação.
Quão credível é a ajuda e assistência “lançadas por via aérea” a Gaza quando as bombas e a brutalidade dominam o genocídio israelita? Os fornecimentos militares ocidentais continuam a inundar as armas de ocupação à custa dos palestinianos e de todos aqueles que se encontram no meio da morte e da destruição.
Veja Washington. Recusa-se a abordar esta contradição enquanto patrocina o ataque implacável israelita aos palestinianos famintos. Bilhões de dólares em ajuda militar à ocupação não garantem efetivamente qualquer alívio numa fome que se espalha rapidamente, pondo em causa a credibilidade dos chamados “lançamentos aéreos” dos EUA.
Ao optar por tal medida de lançamento aéreo, Washington tenta justificar a negação da ocupação israelita de ajuda humanitária crítica através de meios convencionais. O direito dos palestinianos à subsistência e à prosperidade está inquestionavelmente ligado à sua própria acção, e não às decisões de uma potência que está decidida a patrocinar o genocídio militar, política e financeiramente. A hipocrisia do Ocidente está em plena exibição enquanto faz flutuar a retórica sobre a paz e a estabilidade, mas fecha os olhos à fome crescente, à fome desenfreada e a dezenas de mães que lutam para alimentar os seus filhos no meio de bombardeamentos patrocinados.
O objectivo final desta ajuda inadequada, hipócrita e condescendente não é aliviar o catastrófico sofrimento humanitário dos palestinianos, ou fornecer “alívio essencial” aos civis. Pretende consolidar ainda mais a ocupação israelita, que utilizou a fome como instrumento de repressão descarada e de agressão genocida contra o povo palestiniano. “A fome no norte de Gaza atingiu níveis fatais, especialmente para crianças, mulheres grávidas e pacientes com doenças crónicas”, disse Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde palestiniano em Gaza. “Milhares de pessoas correm o risco de morrer de fome”, alertou.
Como chegar à paz que Israel não quer
Ela exige dois Estados autónomos. Mas em negociações bilaterais, Tel-Aviv jamais a aceitará. Por isso, a saída é outra: um novo arranjo geopolítico, capaz de construir a solução na ONU – e mobilizando tropas internacionais, se necessário
Jeffrey D. Sachs* | no Other
News |
A solução de dois Estados está consagrada no direito internacional e é o único caminho viável para uma paz duradoura. Todas as outras soluções – uma continuação do regime de apartheid de Israel, um Estado binacional ou um Estado unitário – garantiriam a continuação da guerra por um lado ou por outro ou por ambos. No entanto, a solução de dois Estados parece irremediavelmente bloqueada. Não é. Aqui está um caminho.
O governo israelense opõe-se fortemente a uma solução de dois Estados, tal como uma proporção significativa da população israelense, alguns por motivos religiosos (“Deus deu-nos a terra”) e outros por motivos de segurança (“Nunca poderemos estar seguros com um Estado palestino”). Uma proporção significativa de palestinos considera Israel uma entidade ilegítima de colonialismo de colonos e, em qualquer caso, desconfia de qualquer processo de paz.
Como, então, proceder?
A recomendação habitual é a seguinte sequência de eventos em seis etapas: (1) cessar-fogo; (2) libertação de reféns; (3) assistência humanitária; (4) reconstrução; (5) conferência de paz para negociações entre Israel e Palestina; e finalmente (6) estabelecimento de dois Estados em fronteiras acordadas. Este caminho é impossível. Há um impasse perpétuo nos passos 5 e 6, e esta sequência falhou durante 57 anos, desde a guerra de 1967.
O fracasso de Oslo é o caso
paradigmático
Angola | A Palavra do Chefe com Vénia -- Artur Queiroz
Artur Queiroz*, Luanda
Era uma vez um país que foi invadido por forças da coligação mais agressiva e reacionária do ‘planeta, capitaneada pelo estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA). Às portas da Independência Nacional as tropas estrangeiras ocupavam a maior parte do território. Matavam, destruíam, saqueavam. O dia 11 de Novembro de 1975 devia ser a grande festa de um povo que suportou os ocupantes colonialistas durante séculos. Foi um dia de morte e tristeza. Os invasores semearam a dor e o luto. A guerra continuou até à vitória final. A comunidade internacional prometeu apoiar a reconstrução. Mas os derrotados impediram a ajuda numa reunião de doadores em Bruxelas, em 1993.
Quando tínhamos a necessidade premente de avultados recursos financeiros para a reconstrução nacional do nosso país devastado pela guerra prolongada, foi a República Popular da China o único país do mundo que veio verdadeiramente em nosso socorro, para a reconstrução das principais infra-estruturas e construção de novas igualmente importantes para o desenvolvimento económico e social de Angola.
EUA, União Europeia, Reino Unido
e todas as outras potências ocidentais viraram as costas ao Povo Angolano
depois de apoiarem a Guerra Colonial, entre 1961 e
Na sua presença, Senhor Presidente, aproveitamos a oportunidade para, de todo o coração, agradecer o quanto a República Popular da China os foi útil no combate à pandemia da COVID-19, por ter sido quem nos forneceu em grandes quantidades os equipamentos de laboratório, de biossegurança e vacinas que nos ajudaram a salvar o maior número possível de vidas humanas.
França poderá compartilhar suas bases na Costa do Marfim e no Senegal com os EUA
Andrew Korybko * | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil
O cenário está, portanto, montado para que os EUA enviem drones para a base francesa na Costa do Marfim, sob pretextos antiterroristas exagerados, que realmente servem para manter a Aliança/Confederação do Sahel sob controlo, ao mesmo tempo que monitorizam a actividade russa naquele país. Uma presença complementar no Senegal também não pode ser descartada, mas nada será decidido até que as eleições presidenciais adiadas sejam realizadas no final deste mês.
A TASS chamou a atenção na semana passada para o que o Chefe do Estado-Maior de Defesa da França, Thierry Burkhard, disse à Assembleia Nacional durante uma audiência fechada do Comitê de Defesa Nacional e Forças Armadas da Assembleia Nacional em 31 de janeiro, que foi publicada recentemente no site da Assembleia Nacional aqui . O principal oficial militar francês não confirmou nem negou o relatório do Le Monde nessa altura sobre a partilha de bases francesas com os EUA e outros quando questionado sobre o assunto, mas descreveu a ideia como “desejável”.
Este plano iria “reduzir a nossa visibilidade, mantendo ao mesmo tempo a pegada mínima necessária para manter o nosso acesso aberto”, ou por outras palavras, diminuiria a probabilidade de o público protestar contra estes postos avançados neocoloniais, reduzindo a presença da França ali e substituindo-a parcialmente pela dos EUA. A Costa do Marfim e o Senegal são muito mais estratégicos para os EUA do que o Chade e o Gabão porque os dois primeiros confinam com os países centrais da recém-formada Aliança / Confederação do Sahel que cultivaram laços estreitos com a Rússia .
Foi explicado em Setembro “ Porque é que os EUA são responsáveis pela retirada da França do Níger ”, o que pode ser resumido como Washington apunhalando Paris pelas costas para o “maior bem geopolítico” de manter a influência ocidental nesta parte de África em vez de a ceder voluntariamente à Rússia. Embora esta abordagem pareça agora ter falhado no Níger, depois de aquele país ter acabado de desfazer o seu acordo de base americana, é indiscutivelmente ainda o paradigma através do qual os EUA estão a interagir com a Costa do Marfim e o Senegal.
Lucros dos cinco maiores bancos portugueses dispararam. Qual liderou?
Os cinco maiores bancos que operam em Portugal registaram lucros agregados de 4.444 milhões de euros em 2023, mais 72,5% face a 2022, devido à valorização da margem financeira. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) destacou-se e foi o banco com melhores resultados.
Assim, os lucros da CGD, BPI, Millennium BCP, Novo Banco e Santander Totta cresceram 1.867,5 milhões de euros em relação a 2022.
Para estes resultados, contribuiu a valorização da margem financeira - a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos -, que no acumulado do ano ultrapassou os 9.274 milhões de euros, mais 67,84% que no ano anterior.
CGD liderou
A CGD foi o que conseguiu os maiores lucros, com 1.291 milhões de euros, mais 53,14% que em 2022, tendo a sua margem financeira mais que duplicado (103,55%) para 1.458 milhões de euros.
O banco público anunciou ainda que pretende pagar ao seu acionista, o Estado, 1.258 milhões de euros, entre dividendos (525 milhões de euros), impostos (529 milhões de euros) e custos de supervisão (204 milhões de euros).
Entre os privados, o Santander Totta foi quem apresentou lucros mais elevados em 2023.
Com um aumento de 69,8%, os
lucros do Santander Totta atingiram os 1.030 milhões de euros em 2023, contra
606,7 milhões de euros em
No mesmo sentido, o BCP registou lucros de 856 milhões de euros, contra 197,4 milhões de euros em 2022. No ano em análise, a margem financeira consolidada subiu 31,4%, para 2.825,7 milhões de euros.
Em quarto lugar, o Novo Banco registou um resultado positivo de 743,1 milhões de euros no ano, mais 32,5% que em 2022, tendo a sua margem financeira subido 82,7%, para 1.142,6 milhões de euros.
O BPI viu os seus lucros subirem 42% em 2023, para 524 milhões de euros, enquanto a margem financeira da instituição do Grupo Caixabank escalou 69,6%, para 948,9 milhões de euros.
Lucros dos bancos foram beneficiados pelas altas taxas de juro
Em 2023, os lucros dos bancos foram beneficiados pelas altas taxas de juro nos empréstimos e lenta subida das taxas de juro nos depósitos, acabando por beneficiar a margem financeira, já que esta é a diferença dos juros cobrados pelos bancos nos créditos e os juros pagos pelos bancos nos depósitos.
Desde que o Banco Central Europeu (BCE) começou a subir as taxas de juro diretoras em meados de 2022, para combater a inflação, que isso tem tido impacto no aumento dos créditos dos clientes bancários indexados a taxa de juro variável (sobretudo Euribor).
Notícias ao Minuto com Lusa
Portugal | O bicho entrando na maçã
Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião
Os resultados das eleições
legislativas do passado domingo deixaram qualquer democrata preocupado. A
preocupação não pode transformar-se
É preocupante a grande expressão da extrema-direita na Assembleia da República (AR), por razões várias: i) os efeitos de instabilização deste órgão de soberania e dos papéis que lhe estão atribuídos; ii) o descrédito para a AR, que pode resultar da chafurdice política que ali vai ser tentada; iii) a participação na AR como alavanca para o ataque aos outros órgãos de soberania, minando os alicerces do Estado social de direito democrático; iv) a utilização deste palco maior da organização do Estado, para a difusão de chavões fascistas como “Deus”, “Pátria”, “Autoridade” e de conceitos indefinidos, que pretensamente dizem tudo, mas não clarificam nada, como são exemplos: “pessoas de bem”; “subsidiodependência”, “esbulho fiscal”, “ideologia de género”.
A ameaça fascista não é um fenómeno conjuntural nos planos nacional, europeu e mundial. O bicho há muito entrou na maçã e vai contaminando-a. É grave que os problemas concretos das pessoas contem menos para a governação que os fundamentalismos tecnocráticos de instituições sem escrutínio democrático.
António Costa não geriu a maioria absoluta de que dispunha com os objetivos que havia apresentado aos portugueses. Secundarizou o papel das representações coletivas, em particular dos sindicatos. E acabou a executar as políticas que conduzem à velha frase “a vida das pessoas não está melhor, mas a do país está muito melhor”, ou seja, as pessoas a sofrer quando lhes eram anunciados êxitos económicos.
Marcelo Rebelo de Sousa foi fazendo exercícios de encantamento e jogos táticos, à espera de uma oportunidade para entregar o poder à Direita. Fê-lo com maestria, muitas vezes substituindo a falta de programa e de ação dos partidos da Direita que, se fossem obrigados a agir, até podiam travar o crescimento da extrema-direita. Preparou tudo para que fosse o povo a decidir autocastigar-se, em nome da vantagem das eleições, porque “é o povo quem mais ordena”. Marcelo não sabia que as suas opções na gestão dos processos políticos nos Açores e na Madeira e, em particular, a precipitada convocação de eleições criavam condições excecionais de atuação à extrema-direita?
Também há muitos anos se nota incapacidade do sistema de Justiça em comunicar de forma aberta (adequada às limitações institucionais) com os cidadãos. Esta incapacidade (só?) torna o sistema um produtor de nuvens escuras que favorecem a ação dos inimigos da democracia. Por outro lado, observa-se, a olho nu, o bicho a infiltrar-se em representações coletivas e instituições, minando-as por dentro.
Muitas pessoas têm profundas razões para estarem descontentes. São duras as injustiças e a inviabilização de sonhos que se devem ter numa sociedade democrática. Um desafio se nos coloca: é preciso construir esperança para todos, a partir dos contextos em que cada um se encontra.
As forças democráticas não estão a conseguir ser espaços de acolhimento e de ação para camadas jovens e outras. Há que conhecer melhor os objetivos programáticos da extrema-direita, os instrumentos, mecanismos e camuflagens que utiliza para os concretizar. O diálogo paciente com as pessoas precisa desses esclarecimentos e de apresentação de programas alternativos.
* Investigador e professor universitário
MARCELO FEZ O QUE QUIS. TIROU AOS PORTUGUESES O QUE AINDA PRECISAVAM
AI PORTUGAL, PORTUGAL!
Bom dia. Boa semana, se conseguirem. Convém. Todos nós merecemos. Infelizmente existem muitos salafrários que vêem os empregados de alto a baixo como produto de exploração e de fartos lucros e benefício próprio. Lucros abusivos e imorais, escandalosos é com esses energúmenos. Distribuição de salários baixos e precários é com eles. Respondem que é o mercado a funcionar. Mercado de escravos. É, não é? Adiante.
Em Portugal o apuramento de votos das Eleições Legislativas 2024 chega ao fim até à próxima quarta-feira com a contagem dos círculos dos emigrantes na Europa e Outros Países do Mundo. O suspense está em alta. Quem irá conseguir mais deputados eleitos? PS ou AD (PSD, CDS, PPM)? São eleitos quatro deputados por estes dois círculos eleitorais. O mistério adensa-se. O PS, sob a batuta de Pedro Nuno Santos já disse que assume a oposição e assim quer continuar. Decerto para ter tempo para organizar o Partido Socialista e lhe dar o seu cunho. Até porque se estima que este governo da direita ressabiada vai durar pouco, mesmo contando com os nazis-fascistas do Chega a que chamam populistas e/ou extrema-direita. Demonstram ser puros e duros nazis comprovados pela saudação nazi de André Ventura, o chefe. As fotografias AQUI, AQUI e AQUI são reais e não mentem. Talvez seja governo de Portugal durante um ano. Depois serão marcadas novas eleições e a esquerda será organizada de modo a valer, em conjunto, o que vale e lhe pertence. Fascismo nunca mais, gritaram os portugueses em 25 de Abril de 1974 e tempos seguintes. Ainda hoje é o que prevalece, apesar de muitos milhares de portugueses ingénuos terem caído na armadilha nazi-fascista do Chega e de outros resquícios de fascistas saudosistas que pairam no PSD, CDS, PPM, e ainda novos adulantes do neoliberalismo e do 'mercado' de escravos sob a marca da Iniciativa Liberal - que fará um acordo de apoio com a AD como já é do conhecimento público. Será a direita unida com um projeto salazarista da modernidade para ludibriar eleitores e portugueses incautos. Sabemos ao que vêm. Esperemos que os portugueses, todos eles, fiquem atentos. Esperemos que os partidos de esquerda recuperem credibilidade que seja merecida na tomada de políticas e ações justas, honestas, que comtemplem a distribuição da riqueza produzida livre de esmolas aos que mais trabalham e que têm contribuído para enormes e imorais enriquecimentos só de uns quantos. Sonhar e conseguir a justiça social nunca será demais e essa atitude pertence historicamente aos partidos políticos de esquerda anti-fascistas e anti-abusos do mercado capitalista e esclavagista.
Podemos dizer que faltam dois dias para saber o resultado exato das eleições. Acreditamos que já sabemos os resultados. A direita vitoriosa... Mas só um 'poucochinho'. Agora. Talvez durante um ano no governo do país. Tempo mais que suficiente para a reorganização inovadora dos partidos de esquerda. Claro que o Partido Socialistas tem de se guinar mais à esquerda um pouco e de deixar de estar bem com Deus e com o Diabo. Se é do povo tem de ser honesto e de políticas que não sejam de meias-tintas. Que seja justo e objetivo na governança. Sem justiça não existe democracia, que é o que tem acontecido. Ainda agora nesta crise vimos que foi a Justiça que despoletou um golpe de estado subliminar com a colaboração engenhosa do presidente da República. Ele estava à espera desta oportunidade e continua a apurar a receita no caldeirão em que remexe segundo a sua sapiência de rasteiras e manobras trafulhas e aparentemente calculadas, e que é 'vox populi'. É o que parece evidente na opinião e visão de muitos portugueses. Este é o verdadeiro Marcelo Rebelo de Sousa, simpático, afetivo, 'selfioso', popular q.b. na caça ao rumo conservador que quer imprimir a Portugal como quem não quer a coisa. Os portugueses que não nasceram em berço de ouro compreendem muito bem essas perseguições ao antigamente aparentemente democrático que está em curso. Importa repudiar esse rumo e recuperar o verdadeiro e honesto, justo, espírito de Abril de 1974. Vamos nessa, com inteligência e justeza.
Abertura do Curto habitual, do Expresso balsemista, hoje com a autoria da jornalista Joana Pereira Bastos. Bem haja. Fomos longos. A situação assim nos influenciou. Desculpem qualquer coisinha.
Bom dia, boa semana - não sabemos é como tal conseguir. Havemos de descobrir. É o que mais desejamos para todos. Depende de nós e da honestidade dos sábios.
Abaixo os vigaristas que o que só querem é tachos, desonestidades e corrupções.
O Curto já de seguida. Vá ler. Não dói nada.
MM | Redação PG
domingo, 17 de março de 2024
Olhos irlandeses franzem a testa no dia de São Patrício do Sinn Fein com Biden
A decisão dos líderes partidários de visitar a Casa Branca provocou intensas críticas num país onde o apoio à causa palestina continua a ser o mais forte da Europa, relata Mick Hall.
Mick Hall, especial para Consortium News | # Traduzido em português do Brasil
Muitos irlandeses ficaram carrancudos com a decisão do Sinn Fein de visitar o presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca para celebrar o Dia de São Patrício em meio ao genocídio em Gaza.
A líder do partido, Mary Lou McDonald, se reunirá com Biden e seus funcionários ao lado de sua associada, a vice-presidente do partido, Michelle O'Neill, nas festividades de sexta-feira, juntando-se ao primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, e ao vice-primeiro-ministro Micheál Martin.
É uma tradição de longa data que figuras políticas, culturais e desportivas irlandesas visitem Washington e participem no evento diplomático, que celebra as ligações históricas dos dois países.
Mais de 30 milhões de cidadãos norte-americanos afirmam ter ascendência irlandesa, incluindo o próprio Biden, cujas raízes remontam aos condados de Louth e Mayo. O evento é também uma oportunidade fotográfica útil para políticos que procuram votos em ambos os lados do Atlântico.
Para o Sinn Fein é mais uma oportunidade para consolidar a sua imagem como um partido constitucional dominante, capaz de tomar decisões pragmáticas e ser um par de mãos seguras enquanto enfrenta uma eleição que poderá levá-lo a tornar-se o próximo governo do estado do sul da Irlanda.
O partido, que se tornou o maior grupo na Assembleia da Irlanda do Norte após uma eleição em 2022 que viu O'Neill empossado como seu primeiro ministro, está atualmente com 28 por cento dos votos ao sul da fronteira irlandesa e pode obter outro ganho histórico se liderando um novo governo de coalizão após as eleições, marcadas para março de 2025.
Angola | Muito Feito e o Desfeito -- Artur Queiroz
Artur Queiroz*, Luanda
Angola ainda não fez 49 anos de
Independência Nacional. Desde o dia 11 de Novembro de 1975 até ao dia 22 de
Fevereiro de 2002 o Povo Angolano viveu
A Independência obrigou à
liquidação de todas as estruturas coloniais e a construir o Estado desde o
zero. Tanto esforço. Tanto sacrifício. Tantas vidas consumidas. Tudo o que
temos hoje foi criado a pulso, desde então. Há quem diga que é pouco. Quem
esteve nesse combate exaltante sabe que é muitíssimo. No dia 25 de Abril de
1974, em Angola não existiam jornalistas negros na Rádio. Dois na Imprensa,
grandes fotojornalistas, Lucas e Bernardo. Mestiços contavam-se pelos dedos das
mãos. Em
Logo após a Independência Nacional o Sindicato dos Jornalistas tinha registo de 23 jornalistas estagiários angolanos na Rádio e na Imprensa, sobretudo na Redacção do Jornal de Angola (oito). Um dirigente sindical era mestiço: Joaquim Castro Lopo, filho do jornalista e investigador do Jornalismo Angolano, Júlio Castro Lopo. Ninguém diga que nestes 49 anos nada foi feito.
No dia da Independência Nacional tínhamos meia dúzia de professores angolanos do ensino superior. Hoje temos centenas. Duas dezenas do ensino secundário. Hoje temos milhares. Algumas dezenas do ensino primário. Hoje temos muitos milhares.
Na Independência Nacional a escola médica de Luanda, entre 1963 e 1975 tinha formado, o máximo, duas dezenas de médicos angolanos. Hoje temos milhares. A Ordem profissional tem inscritos quase dez mil médicos angolanos! Enfermeiros, em 1975, ninguém sabe exactamente quantos existiam mas eram centenas. Foram eles que responderam às necessidades da Guerra da Transição em todo o país. Hoje temos milhares. Abriram centenas de hospitais, centros e postos de saúde. Foi feito tanto!
Em 1955, 20 anos antes da Independência Nacional, o panorama da Educação em Angola era este. Dois graus, Primário e Secundário. O Ensino Primário tinha escolas para brancos e assimilados e escolas para “indígenas”. Total de alunos: 15.403 em toda a colónia.
AJUDA À ÁFRICA...
Nestory Fedeliko (FEDE), Tanzânia | Cartoon Movement
Este cartoon foi produzido para a LSE Africa Summit 2015
Angola | A Grande Insurreição Popular -- Artur Queiroz
Artur Queiroz*, Luanda
Cidade do Uíge, Janeiro de 1961. O Colégio Padre Américo, onde estudava e vivia no internato, entrou em graves convulsões e fechou. Os alunos migraram para o Colégio Santa Teresinha. Na prática só mudaram alguns professores, o local onde dormíamos e tomávamos as refeições. A nova direcção decidiu que os alunos dos anos de exame no ensino liceal, segundo e quinto, não iam gozar as férias da Páscoa para recuperarem de semanas seguidas sem aulas. No primeiro dia de “recuperação”, ao fim da manhã, um mensageiro entrou na sala de estudo e berrou: Os pretos mataram os brancos todos no Quitexe!
Os alunos externos regressaram às suas casas e nós fomos para o internato, razoavelmente assustados. Fui para a camarata ler a “selecta literária” que já trazia, no final, poemas de José Régio. Todos tiveram pai. Todos tiveram mãe. E eu que não princípio nem acabo nasci do amor existente entre Deus e o Diabo. Cito de memória, pode não ser bem assim.
O Beto Martins, aluno externo e mestiço, vivia com os padrinhos. Dada a confusão gerada, ninguém fez o almoço para os alunos internos. Fui a casa do meu amigo dar ao dente. Encontrei-o em estado de choque. Já sabia muito do que tinha acontecido. As acções armadas no Quitexe afinal repetiram-se por todo o distrito do Uíge. Desde o Vale do Loge a Maquela do Zombo. E morreu muita gente sobretudo nas pequenas vilas e nas fazendas. Naquele 15 de Março de 1961 estoirou a Grande Insurreição Popular contra o colonialismo.
De regresso ao internato fui surpreendido com um verdadeiro pandemónio. Dezenas de mulheres e crianças, fugidas das pequenas vilas do então distrito do Uíge, ocuparam o internato que estava quase vazio. Os alunos do ensino primário e do secundário sem exames tinham partido de férias. As escadas (o prédio tinha dois andares) estavam ocupadas pelos refugiados e as suas imbambas. As mulheres choravam e as crianças imitavam as mães. Uma tragédia nunca vista mas há muito anunciada.
Subordinação da Polónia à Alemanha inclui dimensões educativas, judiciais e mais...
A subordinação da Polónia à Alemanha inclui agora dimensões educativas, judiciais e diplomáticas
Andrew Korybko * | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil
A última fase da crise política da Polónia pode levar Tusk a manipular as opiniões nacionalistas de Duda e a partilhar o medo patológico da Rússia para que ele aprove uma intervenção convencional na Ucrânia, a fim de desviar a atenção da turbulência interna.
Um dos desenvolvimentos mais profundos na Europa nos últimos três meses, para além da guerra por procuração entre a NATO e a Rússia na Ucrânia, é a subordinação abrangente da Polónia à Alemanha desde o regresso de Donald Tusk , apoiado por Berlim, ao cargo de primeiro-ministro daquele país, em Dezembro. Desde então, retirou as reivindicações alemãs de reparações da Polónia , concordou com a sua proposta “ militar Schengen ” e começou a reconsiderar um megaprojecto de conectividade , representando assim uma subordinação política, militar e económica .
Desde então, esta fidelidade aos interesses do seu patrono expandiu-se para incluir dimensões educacionais, judiciais e diplomáticas. A primeira refere-se à remoção de algumas figuras e eventos históricos importantes do currículo escolar de acordo com o plano de Tusk de reduzir tudo em 20%, a segunda diz respeito à reversão pelo seu governo das reformas judiciais dos seus antecessores que reforçaram a autonomia da Polónia face ao UE liderada pela Alemanha, e a terceira envolve a substituição de 50 embaixadores. A justificativa desta última diz muito sobre a visão de mundo de Tusk.
Nas suas palavras , “precisamos de construir e melhorar uma equipa que seja leal ao Estado polaco”, o que implica que a subordinação abrangente da Polónia à Alemanha por parte do seu governo liberal-globalista é patriótica. Por defeito, isto, por sua vez, implica que os esforços abrangentes dos seus antecessores conservadores-nacionalistas para fortalecer a independência da Polónia face à Alemanha foram traiçoeiros. Em particular, Tusk sugere que os embaixadores que nomearam sirvam interesses partidários e não polacos, o que não é verdade.
Caso CIJ contra a Rússia abre caminho de acusações de genocídio contra Ucrânia
Caso fracassado da CIJ contra a Rússia sai pela culatra e abre caminho para acusações de genocídio contra a Ucrânia
Kit Klarenberg* | Mint Press News | # Traduzido em português do Brasil
uando Janeiro se tornou Fevereiro, o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) desferiu dois golpes legais na Ucrânia e nos seus apoiantes ocidentais. Primeiro, em 31 de Janeiro , decidiu sobre um caso movido por Kiev contra a Rússia em 2017, que acusava Moscovo de presidir a uma campanha de “terrorismo” no Donbass, incluindo a queda do MH17 em Julho de 2014 . Também acusou a Rússia de discriminar racialmente os residentes ucranianos e tártaros da Crimeia após a sua reunificação com Moscovo.
A CIJ rejeitou sumariamente a
maioria das acusações. Depois, em 2 de Fevereiro , o Tribunal emitiu um julgamento
preliminar num caso
Os meios de comunicação ocidentais ignoraram ou distorceram universalmente a substância das decisões do TIJ. Quando os meios de comunicação reconheceram as sentenças, deturparam a primeira, concentrando-se de forma proeminente nas acusações aceites e minimizando todas as alegações rejeitadas. A segunda foi considerada uma perda significativa para Moscou. A BBC e outros centraram-se na forma como o Tribunal concordou que “parte” do caso da Ucrânia poderia prosseguir. Que esta “parte” é a questão de saber se a própria Kiev cometeu genocídio no Donbass pós-2014 não foi mencionado.
O fracassado esforço de guerra jurídica da Ucrânia foi apoiado por 47 estados membros da UE e da NATO, levando à farsa de 32 equipas jurídicas internacionais separadas que apresentaramrepresentações a Haia em Setembro de 2023. Entre outras coisas, apoiaram a bizarra alegação de Kiev de que as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk eram comparável à Al-Qaeda. Os juízes rejeitaram amplamente essa afirmação. Notavelmente, nos argumentos apresentados, a Rússia chamou a atenção para a forma como os mesmos países que apoiam Kiev justificaram a sua destruição ilegal e unilateral da Jugoslávia sob a doutrina da “responsabilidade de proteger”.
Esta pode não ser a única área em que a Ucrânia e os seus patrocinadores estrangeiros enfrentam problemas para avançar. Uma inspecção mais atenta às decisões do Tribunal desacredita de forma abrangente a narrativa dominante estabelecida sobre o que aconteceu na Crimeia e no Donbass após o golpe de Estado de Maidan orquestrado pelo Ocidente em Fevereiro de 2014.
Em suma, os acórdãos levantam sérias questões sobre a “operação antiterrorista” de Kiev, que já dura oito anos, contra “separatistas pró-Rússia”, após meses de vastos protestos e confrontos violentos em todo o leste da Ucrânia entre autoridades e activistas pró-federais de língua russa.
Os meios legais através dos quais os Estados da OTAN podem intervir na Ucrânia
A Roménia revelou os meios legais através dos quais os Estados da OTAN podem intervir na Ucrânia
Andrew Korybko * | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil
Embora seja discutível se o Artigo 5 se estenderia às tropas dos membros em países terceiros como a Ucrânia, seria uma questão discutível no cenário de que a França e/ou o Reino Unido, com armas nucleares, participem numa “coligação de dispostos” lá, uma vez que isso é suficiente levar a uma atitude arriscada nuclear caso entrem em conflito com a Rússia.
O presidente romeno, Klaus Iohannis, disse que nem a NATO como um todo nem o seu país em particular intervirão na Ucrânia, mas deixou aberta a possibilidade de outros o fazerem por conta própria. Segundo ele , “as tropas não podem ser enviadas para a Ucrânia sob o mandato da NATO porque a Ucrânia não é aliada da NATO. Mas, em geral, se a Ucrânia tem acordos bilaterais com um determinado Estado em qualquer esfera, estas questões são uma questão de relações bilaterais. A Roménia não enviará soldados para a Ucrânia.”
São estes meios legais através dos quais uma “coligação de vontades” poderia ser montada para este fim, possivelmente liderada pela França, cujo presidente foi o primeiro a propor publicamente isto e incluindo a Alemanha e o Reino Unido, cujos países também assinaram “ garantias de segurança ” com Ucrânia. Os Estados Bálticos provavelmente também participariam depois de terem apoiado a sugestão do líder francês, enquanto a Polónia também poderia envolver-se se receber a aprovação americana para esta missão, como o seu Presidente e Primeiro-Ministro parecem estar a procurar .
Embora seja discutível se o Artigo 5 se estenderia às tropas dos membros em países terceiros como a Ucrânia, seria uma questão discutível nesse cenário, uma vez que a participação da França e/ou do Reino Unido com armas nucleares é suficiente para levar a uma atitude temerária nuclear se entrarem em conflito com a Rússia lá. Isto é ainda mais verdade se a América aprovar a sua intervenção ou pelo menos não tentar impedi-la, caso em que poderá apoiá-los, possivelmente até ao ponto de ameaçar usar as suas próprias armas nucleares se a luta não acontecer. parar.
QUEM QUER BOMBARDEAR O IRÃO?
Uma série de figuras políticas e mediáticas britânicas, algumas associadas ao lobby israelita, apelam agora abertamente ao confronto com o Irão.
John Mcevoy* | Declassified UK | * Traduzido em português do Brasil
“A era do dividendo da paz acabou”.
Estas foram as palavras do secretário de defesa do Reino Unido, Grant Shapps, durante um discurso no mês passado.
Dentro de cinco anos, advertiu Shapps, a Grã-Bretanha “poderá estar a olhar para múltiplos teatros” de guerra envolvendo a Rússia, a China, a Coreia do Norte e o Irão.
O discurso de Shapps ocorreu quatro dias depois de o governo do Reino Unido ordenar uma primeira rodada de ataques aéreos contra posições Houthi no Iêmen.
A campanha de bombardeamento foi concebida para proteger o transporte marítimo internacional e proteger Israel das consequências do seu genocídio em Gaza.
No entanto, a campanha britânica contra os Houthis não só não conseguiu impedir os ataques a navios no Mar Vermelho, como também corre o risco de evoluir para um grande confronto com o Irão.
sábado, 16 de março de 2024
OS DIAS ATERRORIZANTES QUE ESPERAM JULIAN ASSANGE NOS EUA
Julian Assange poderá em breve estar a caminho dos EUA para ser julgado por revelar crimes de guerra. O que ele enfrenta lá é aterrorizante além das palavras.
Matt Kennard* | Declassified UK | # Traduzido em português do Brasil
Babar Ahmad foi extraditado da Grã-Bretanha para os Estados Unidos em 2012 sob a acusação de fornecer apoio material ao terrorismo devido a dois artigos publicados no seu site apoiando o governo Taliban no Afeganistão.
Ele passou oito anos lutando contra a extradição, mas quando ela finalmente aconteceu, ele atravessou o Atlântico em um jato executivo da RAF Mildenhall, em Suffolk. Ele não tinha ideia do que estava por vir.
“Acho que era um avião de doze lugares”, Ahmad me conta. “Três seções de quatro assentos. Portanto, há dois grandes assentos um de frente para o outro. Assentos de couro grandes, quadrados e confortáveis.”
Lá fora estava escuro como breu.
“Eles ficavam perguntando: 'você precisa de alguma coisa? Você quer um copo d’água? Eu disse: 'posso ler algo?'”
O funcionário dos EUA entregou-lhe um boletim informativo para funcionários públicos. “Estou apenas olhando o resultado do beisebol de Connecticut ou algo assim.”
Sentado no avião, não houve bate-papo, mas em algum momento perguntaram se ele estava com fome. Ahmad disse que sim.
“Então eles vieram e me deram esse pacote de MRE: refeições prontas para comer. Um grande pacote. Eles desabotoaram uma das algemas da minha mão direita só para eu poder comer.”
“O trabalho dele é bater papo, tentar arrancar informações de você.”
Enquanto ele comia, um oficial de segurança interna apareceu e sentou-se à sua frente. “O trabalho dele é bater papo, tentar arrancar informações de você e fazer com que você dê algum tipo de confissão, que mais tarde ele arquiva como uma declaração para usar contra você”, diz Ahmad.
“Eu conversava um pouco e sempre que surgia alguma coisa relacionada ao caso eu apenas dizia 'olha, me desculpe, não posso falar sobre isso'”.
Ahmad diz que o oficial estava usando a técnica do “policial bom”. “Ele estava tentando fazer uma conexão, falando sobre infância, que é apenas uma conversa normal, como dois estranhos tendo uma conversa normal. Eles fazem isso para deixar você confortável. Mas a razão subjacente obviamente não é bater um papo, mas sim construir uma conexão para que você se abra e seja capaz de responder às perguntas deles.”
O responsável norte-americano disse a Ahmad que o investiga há 11 anos e que fez 30 viagens ao Reino Unido para esse fim.
“Então ele me disse que estava na Grã-Bretanha há cinco dias, esperando o término do meu processo judicial. 'Eu até perdi o novo episódio de Homeland', disse ele, 'porque estava passando por isso. Você me fez sentir falta disso. Meio piada, meio sério.”
Ahmad diz que em algum momento ficou cansado e disse que queria se deitar.
“Eles me deixaram deitar no chão, mas foi difícil”, diz ele. “Acho que não dormi. Foi muito difícil ficar confortável porque você não consegue se esticar e fica algemado. Então, de qualquer maneira que eu tentasse, não foi possível.”
Psicopatas genocidas comemoram o Dia Internacional de Combate à Islamofobia
Bem, é o Dia Internacional de Combate à Islamofobia , o que obviamente significa que os Democratas estão ocupados fazendo as declarações públicas mais hipócritas e moralmente dissonantes que você possa imaginar.
Caitlin Johnstone* | Caitlin Johnstone.com | # Traduzido em português do Brasil
“Reconhecemos a violência e o ódio que os muçulmanos em todo o mundo enfrentam com demasiada frequência devido às suas crenças religiosas – e o feio ressurgimento da islamofobia na sequência da guerra devastadora em Gaza”, lê-se numa declaração do Presidente Biden , referindo-se a um genocídio apoiado pelos EUA. contra uma população muçulmana pela qual ele é pessoalmente responsável .
“Hoje, enquanto milhões de pessoas continuam a observar o mês sagrado do Ramadão, Jill e eu estendemos os nossos melhores votos aos muçulmanos em todo o mundo e continuamos a mantê-los nas nossas orações. E reafirmamos o nosso compromisso de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para pôr fim ao ódio cruel da islamofobia – aqui em casa e em todo o mundo”, conclui a declaração do presidente agora conhecido internacionalmente como Genocide Joe.
“Neste Dia Internacional de Combate à Islamofobia, reafirmamos o nosso compromisso de defender a liberdade de religião ou crença de todos e de nos manifestarmos contra os actos de ódio anti-muçulmanos sempre e onde quer que ocorram”, acrescenta o Secretário de Estado Antony Blinken.
“A islamofobia não tem lugar na nossa nação e em todo o mundo. POTUS e eu nos unimos ao mundo na condenação da islamofobia e na afirmação da igualdade de direitos e da dignidade de todas as pessoas”, tuitou a vice-presidente Kamala Harris.
Isso é tão assustador. É uma daquelas coisas em que quanto mais você olha, mais assustador fica. Estão a condenar a islamofobia e a denunciar crimes de ódio contra muçulmanos, ao mesmo tempo que ajudam Israel a criar uma montanha de cadáveres palestinianos num ataque genocida cuja premissa é que os palestinianos são da raça errada e da religião errada. Eles proclamam seu amor pelo muçulmano enquanto enfiam uma faca em sua garganta.
Mas é exatamente isso que os democratas são. Suas ações não importam, apenas seus sentimentos importam. Não importava que Obama expandisse todas as guerras mais depravadas de Bush e massacrasse populações muçulmanas usando bombas e milícias por procuração durante toda a sua administração , tudo o que importava era que ele falasse eloquentemente e expressasse compaixão quando as câmaras estavam ligadas. Não importa que Biden esteja a apoiar directamente uma campanha genocida que provavelmente matou muito mais pessoas do que as contagens oficiais de mortes reconhecem, importa que ele condene a islamofobia e que fontes da Casa Branca continuem a alimentar a imprensa com histórias sobre o quão privadamente “frustrado” ele está com Benjamin Netanyahu. A coisa toda é apenas um veículo através do qual a metade mais progressista do público americano pode apoiar as agendas assassinas do império dos EUA, ao mesmo tempo que se sente bem consigo própria.
Os republicanos são os bandidos abertamente fascistas do império dos EUA, enquanto os democratas são os gestores de relações públicas psicopatas que andam por aí a fazer photoshop de carinhas sorridentes sobre o fascismo. Os republicanos são o esquadrão de capangas idiotas, enquanto os democratas são os gênios do crime. Os republicanos são o instrumento contundente, enquanto os democratas são a seringa envenenada. Os republicanos matam muçulmanos enquanto dizem que os odeiam, enquanto os democratas matam muçulmanos enquanto dizem que os amam.
Os democratas são a máscara de plástico sorridente que assenta no rosto rosnado e salpicado de sangue do império dos EUA. Pretendem ser solidários com os trabalhadores, com os grupos marginalizados, com as mulheres e com os pobres, e afirmam opor-se ao racismo, à injustiça e à tirania, mas no fundo o seu verdadeiro objectivo é colocar uma cara bonita no regime mais assassino e tirânico deste planeta.
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* Este artigo é de Caitlin Johnstone.com e republicado com permissão.
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