domingo, 3 de julho de 2011

NUNCA ACREDITEI NA VERSÃO OFICIAL SOBRE ALGUMAS MORTES OCORRIDAS EM ANGOLA





Nunca acreditei na versão oficial, sobre algumas mortes ocorridas em Angola, desde que o país foi transformado numa republica de informantes, e perseguir opositores ou eliminá-los tornou-se num negócio lucrativo.

Pela forma como se morre hoje em Angola dá para perguntar, se a vida do angolano ainda tem algum valor?

Ou se temos no país uma espécie de pena de morte fingida e não declarada?

Não se trata de nenhuma insinuação, é apenas uma conclusão á que cheguei, porque algumas mortes que acontecem em Angola são muito esquisitas.

Acima de tudo, como algumas ocorrerem e explicadas de forma nada convincente, num país onde matar parece se ter tornado também já num negócio lucrativo?

Em países como a Alemanha por exemplo, onde até se preocupam em saber concretamente as verdadeiras causas da morte de um cão ou de um gato.

Acredito que certos casos de mortes ocorridos em Angola, nesses países teriam um tratamento diferente, e não se limitariam á um simples comunicado oficial.

Nem á uma simples cerimónia fúnebre, estilos com muita pompa, honra e algumas lágrimas quem sabe, se de crocodilo ou não?

São essas e outras verdades que não posso deixar de falar, mesmo sabendo que tarde ou cedo, quem sabe, serei a próxima vitimas de Eduardo dos Santos e seu regime?

Estou avisado e vivo na perspectiva de ser uma das suas vítimas por abrir tanto, esta boca que se recusa á fechar?

Não vejo competência por parte de Eduardo dos Santos e alguns dos seus colaboradores, para tirarem o país deste pântano, de desconfiança em que o país se encontra mergulhado.

Acredito que, toda gente sensata e com visão deste país, já se apercebeu disto, e sabe que existe um grande espírito maldoso e criminoso, no reino dos camaradas, e se calhar não só.

Quando se pretende transformar um país numa republica de informantes, já não é de se estranhar, é sim, de se esperar por mortes ainda mais bizarras.

O festival teatral de demagogia e populismo de Eduardo dos Santos / Bento Bento / Beto Kangamba e sua povoação de lacaios, tem arrastado cada vez mais, os angolanos para junto do abismo.

Mais onde estão afinal, formuladas as linhas gerais, para este país, que eles próprios pretendem construir, com a imposição de uma constituição Salazarista como ficou provado por especialistas?

Aliás essa constituição é nogente, se entrarmos bem dentro dela facilmente nos apercebemos o quanto é cheirosa. Como é que uma constituição, pode proibir que as actividades de uma presidência que é considerada nacional e internacionalmente como o grande ninho da corrupção, seja controlada pelo povo?

Quem são as três figuras do governo, em relação aos demais angolanos, para estarem livres de qualquer prestação de contas ao país?

Será que algum deles merece, ou tem credibilidade do povo?

Que façam um referendo sem as manobras e falsificações habituais, para vermos de que lado está o povo?

Nunca se morreu tanto em Angola e de forma tão esquisita como nos dias de hoje. Nem já mesmo no tempo da PIDE / DGS.

Há passagens de alguns discursos de Eduardo dos Santos, que me parecem ser, autênticos avisos aos seus opositores, que muitas vezes se descuidam, e não seguem á risco, o que se esconde por detrás de certas palavras.

Uma das passagens, que me chamou muito á atenção, num dos seus discursos, foi quando uma vez disse (Se referindo ao seu partido):

Nós actuamos na hora e no momento certo.

E dias depois já estavam jornalistas baleados, activistas presos, e por grande coincidência, para aqueles que acreditam nas coincidências.

Os misteriosos bois cortaram o caminho como se disse, provocando a morte de D.Mateus Feliciano.

Também digo, noutros países, o desenho deste dito acidentes, teria que ser bem feito por uma equipa de peritos para dar maior credibilidade. Isto é importante ao meu ver, num país como o nosso, onde todos desconfiam de todos, desde que ser informante se tornou num negócio rentável e alguns até treinaram formas de se matar e esconder o pau.

Como dizia uma antiga camarada dos tempos da secreta: (Esse nosso MPLA sabe fabricar acidentes).Ela sabe o disse, porque conheceu tão bem, tal como eu, os cantos da casa e as linhas com que se coziam as fardas...

Desde que o colono partiu, comprovamos que, uma das maiores deficiências deste governo é sua extrema vulnerabilidade á demagogia, ao populismo, mentiras e á hipocrisia selvagem, de Eduardo dos Santos.

Posso dar aqui alguns exemplos concretos?

Todos os nossos governantes afirmam, que estão a fazer o melhor possível, para darem um melhor nível de vida ao povo angolano.

Mas como assim?

Se muitos de nós, acompanhamos e conhecemos as movimentações de alguns governantes e cadernetas de contas postas em nomes de amantes e filhos?

Se todos os dias se descobrem roubos aos cofres públicos, assassinatos e manifestações repelidas mesmo depois de autorizadas?

Já o outro dizia: - (Governantes da merda), que nem as merdas que fazem conseguem gerir. Não é fácil, quando alguns apenas estão lá, para bater palmas, e ninguém parece estar disposto á arriscar, para resolver os problemas existentes, de forma mais completa e eficaz.

Hoje tornou-se mais fácil empurrar tudo para os bolsos das filhas, das amantes ou dos amigos de confiança, enquanto a barriga dos desgraçados, vão ficando cada vez mais vazias.

Eduardo dos Santos tudo tem feito, para esvaziar o poder de seus colaboradores, dando-lhe apenas a possibilidade de roubarem como ele, e estarem livres de qualquer punição.

Como prova o facto de nunca nenhum governante, mesmo depois de apanhado com a mão na botija, ter sofrido qualquer punição no verdadeiro sentido da palavra. O que acontece geralmente é mudá-los de um cargo para outro, de foram á esconde-los, e os livrar da pressão, e dos mixoxos do povo.

Enquanto o ditador-mor vai violando deliberada e conscientemente as regras democráticas, acabando desta forma, por ridicularizar as instituições nacionais.

Angola não merece esses governantes que tem. Precisamos de um tipo de liderança aberta, transparente, franca e objectiva, para obtermos sucessos na construção de um país democrático, onde somos todos iguais perante ás leis.

E não essa incompetência crónica, de alguns analfabetos que passaram sua juventude no bombom com jinguba da mama Donana.E hoje colocam os seus interesses político- partidário e pessoal, acima dos interesses de toda nação angolana.

Angola deveria ter como prioridade á educação, valorizar os professores e as crianças, em vez de alguns ditos chefes, andarem atrás das criancinhas com convites, para almoços aqui e ali em troca de sexo / emprego / ou uma viagem na Europa?

Angola deveria privilegiar o mérito, ao trabalho, a honestidade, a dedicação e o cumprimento dos deveres e direitos do cidadão. Angola deveria ter leis duras e implacáveis contra todos os corruptos, e delinquentes, chamem-se eles, Santos / Diabos / Van Dunen ou outro qualquer.

Angola deveria deixar de ser um país que não fizesse valer os direitos humanos, apenas em benefício, dos corruptos sendo esses do regime ou não.

Retrospectivar Angola e acontecimentos arrepiantes desde que nos consideramos um país independente e as armas se calaram de um lado. Quando fizemos, uma retrospectiva sobre os casos de assassinatos ocorridos em Angola desde que as armas se calaram de um lado.

E digo de um lado, porque as estatísticas falam por si, e para tal, basta somarmos quantas pessoas afectas ao regime foram assassinadas com arma de fogo. E quantas foram da oposição, ao longo destes anos todos, que alguns insistentemente, continuam a considerar, como período de paz?

Sem somarmos, os compatriotas do Protectorado das Lunda, que tombam quase todos os dias, nas cadeias ou fora delas. Desde que foram transformados em inimigos, pura e simplesmente, por reivindicarem á autonomia das Lundas?

Mais porque razão tanta violência, se as palavras são apenas palavras?

E pior é quando olhamos para o horizonte, e temos uma ideia mais completa não só dos assassinatos, como de outras coisas bizarras e esquisitas?

Ficamos com a ideia de que, na nossa terra parece existir sim, uma espécie de pena de morte não declarada ou clandestina. Quando não nos interrogamos, que gente é essa que nos governa desta forma tão cruel?

Será que vivemos o tempo de extermínio, quantas vezes, não me fiz á mim mesmo, esta pergunta?

Será que a vida do angolano ainda tem algum valor?

É difícil acreditar que tenha, numa altura em que parece já não ter mais piada, para alguns, amar ao próximo, como á si mesmo.

Até parece que o amor ao próximo, se tornou num grande desafio, para o qual necessita-se, de muita coragem e ser arrojado?

Quem sabe existir pena de morte não declarada em Angola, se há dados de existência de vala comum?

Ou será apenas, uma forma de vingança para intimidar quem queira, ou continue firme em fazer oposição á um regime, que eu e outros, consideramos de ditatorial?

Matar os filhos para amedrontar os país, ou matar os país para amedrontar os filhos, e os obrigar a desistir de fazer oposição ao regime, até isto vivemos, meu Deus?

Deixem lá de latas, a justiça em Angola é outra pimpa

Continuamos a ser o único país no mundo, onde nunca se julgou criminalmente quem torturou e matou alguém, mesmo se matando e se deixando matar como acontece, até hoje. Mais onde é que anda o nosso Fontes Pereira (GIGI), H.Carneiro e os seus inquéritos?

Ou teria sido, apenas mais uma conversa para adormecer ratos de esgotos, como dizia o meu grande amigo LN?

E somos também dos poucos países, onde a acusação pública, apesar de ser deduzida em nome da sociedade, nem sei que sociedade essa, se referem?

Ela ainda é movida por sentimento de ódio, paixão ou vingança, demonstração de força, deixando de parte a lógica jurídica.

As acusações geralmente, são sustentadas na boa oratória, e na eloquência vazia de argumentação, para tramar quem já entra queimado para os tribunais, amesquinhando-se uma função tão digna.

Fernando Vumby

Fórum Livre Opinião & Justiça

"Desistências voluntárias" podem reduzir número de candidatos às presidenciais de São Tomé




SK - LUSA

Lisboa, 03 jul (Lusa) - O número de candidatos às eleições presidenciais de dia 17 deste mês em São Tomé e Príncipe pode "diminuir ainda mais, não tanto por razões legais mas sim por desistências pessoais", disse à Lusa o analista Gerhard Seibert.

A 17 de julho os são-tomenses vão eleger, o seu Presidente da República. A corrida ao cargo é a maior de sempre: 14 candidatos chegaram a oficializaram a suas candidaturas para suceder ao chefe de Estado são-tomense, Fradique de Menezes.

Carlos Bené do Espírito Santo foi o primeiro a desistir. Entretanto, na quinta-feira passada, o Tribunal Constitucional (TC) são-tomense excluiu as candidaturas de Delfim Santiago das Neves, Gilberto Gil Umbelina, Francisco Inácio Silveira Rita e Liberato Moniz.

O TC não esclareceu os motivos da decisão, mas a exclusão dessas quatro candidaturas terá a ver "sobretudo com o facto de esses candidatos terem dupla nacionalidade, o que é proibido pela lei", disse à Lusa o especialista em São Tomé, o alemão Gerhard Seibert.

Nove candidatos continuam na corrida. Um número "mais adequado do que 14" mas "ainda excessivo" quando comparado com o das últimas eleições de 2006, em que participaram três candidatos, destaca Seibert. Mas também "em comparação com países com o mesmo sistema político, como Cabo Verde", onde nas presidenciais de agosto concorrem quatro candidatos, o que é "muito mais apropriado", acrescenta.

O investigador do Centro de Estudos Africanos do ISCTE-IUL, em Lisboa, considera, contudo, que até ao pleito o "número definitivo" de candidatos pode diminuir ainda mais, sobretudo por "desistências voluntárias de um ou outro que tome sentido da realidade".

"O TC não vai decidir duas vezes sobre esta questão, creio por isso que não haverá mais exclusões por incompatibilidade legal. Todas as candidaturas entregues foram fiscalizadas, e quatro foram excluídas", comenta.

De acordo com Seibert, é no entanto "possível" que "um ou outro dos agora excluídos" conteste juridicamente essa decisão. "No caso de Delfim Neves isso é possível, daí não sabermos ainda qual será a última palavra", ressalva.

O elevado número de candidatos provoca ainda assim algum espanto neste investigador. "Nas atuais circunstâncias não se percebe, sobretudo quando muitos não apresentam quaisquer condições políticas e não têm a mínima hipótese de chegar à segunda volta. Por isso acho possível que alguns desses candidatos ainda desistam", refere o analista.

O especialista lembra que "há quem diga que o elevado número se deve à facilidade legal de apresentar uma candidatura, mas a lei eleitoral é a mesma dos anos anteriores". Outra "explicação vaga" prende-se com uma "certa banalização do cargo de Presidente, que muitos atribuem a Fradique de Menezes", acrescenta.

Seibert aponta "quatro ou cinco" nomes com "grandes possibilidades" de passarem à segunda volta: o ex-presidente, Manuel Pinto da Costa, a antiga primeira-ministra Maria das Neves, bem como Filinto Costa Alegre, candidato que "não pode ser excluído da corrida". Aurélio Martins ou Evaristo Carvalho "têm também hipóteses, mas aqui tenho as minhas dúvidas", afirma Seibert.

*Foto em Lusa

Moçambique: Ataque aos megaprojetos é "infeliz" -- Associação de Desenvolvimento do Carvão




MMT - LUSA

Maputo, 03 jul (Lusa) -- O presidente da Associação Moçambicana para o Desenvolvimento do Carvão Mineral (AMDCM), Casimiro Francisco, considerou "infeliz" o ataque aos megaprojetos em Moçambique, apontando que as empresas mineiras geram enormes benefícios ao país.

Em declarações à Lusa, Casimiro Francisco afirmou que "se faz ´tábua-rasa` do grande esforço do Governo relativamente ao ajustamento dos mecanismos de atração do investimento direto estrangeiro".

A formulação do problema "não é muito feliz", disse Casimiro Francisco, lembrando que "o investimento direto estrangeiro é um dos maiores contribuintes em termos de entrada de capitais do país, ultrapassando os doadores e outras formas de capitais, o que tem contribuído para certo crescimento económico".

Se este influxo de capitais for afetado, "o país estará numa situação extremamente difícil, porque dependerá, apenas, dos doadores, uma vez que o país não gera, por si próprio, influxos de capitais para manter o crescimento económico e desenvolvimento do país", afirmou.

Analistas económicos e a oposição parlamentar moçambicana, RENAMO e MDM, exigem ao Governo a renegociação dos contratos relativos aos megaprojetos para que estes contribuam para as receitas fiscais.

Os críticos consideram que o executivo moçambicano concede incentivos fiscais "excessivos" aos megaprojetos, mas as autoridades entendem que a renegociação com as multinacionais pode desencorajar a entrada de novos investidores no país.

"Os projetos mineiros têm esta caraterística: levam muito tempo a fazer estudos e investimento. O investidor não tem retorno, mas o dinheiro entra no país. Quando começa a fase de produção, há necessariamente o período em que o projeto vai recuperar o investimento", disse Casimiro Francisco.

O responsável reconheceu, no entanto, que, "neste momento, a partilha entre o investidor e o Governo é a desfavor do Governo porque há recuperação do investimento" por parte dos megaprojetos.

"Ao longo dos próximos 15 anos, para atingirmos a fasquia de 100 milhões de toneladas/ano, que é o somatório das projeções das mineradoras, vai ser preciso construir, pelo menos, mais duas linhas férreas e mais dois ou três terminais portuários. O impacto que isso vai ter do ponto de vista de desenvolvimento económico não está a ser quantificado nestes comentários", assinalou.

Segundo Casimiro Francisco, "cerca de três mil milhões de dólares estão investidos nas minas e entre as três que já estão quase na fase de produção, este ano podem exportar cerca de dois milhões de toneladas. Estamos a falar de aproximadamente 600 milhões de dólares".

No próximo ano, havendo infraestruturas, estas minas podem exportar seis milhões de toneladas, estimou.

"Assumindo o mesmo nível de preço, estamos a falar de cerca de 1,8 mil milhões de dólares, portanto, em dois anos, estamos quase numa situação em que duplicamos as exportações do país. Daqui a quatro anos, ao carvão pode gerar, só nas exportações, seis mil milhões de dólares, que é a metade de todo o Produto Interno Bruto do país neste momento", disse.

A capital moçambicana acolhe a partir de terça-feira a segunda conferência internacional sobre a exploração do carvão em Moçambique, que juntará aproximadamente 250 investidores, produtores, fornecedores de carvão e membros do Governo moçambicano.

OPOSIÇÃO CONSEGUIU MAIORIA ABSOLUTA NA TAILÂNDIA


Yingluck pode ser a primeira mulher a chefiar Governo (Damir Sagolj/REUTERS)

PÚBLICO – AFP

Eleitores preferiram partido do ex-primeiro-ministro afastado pelos militares

Os tailandeses deram este domingo uma maioria absoluta nas eleições legislativas ao Puea Thai, partido do ex-primeiro-ministro no exílio, Thaksin Shinawatra.

O Puea Thai (Partido para os Tailandeses), dirigido por Yingluck Shinawatra, irmã de Thaksin, tinha já conseguido 263 dos 500 lugares do parlamento quando estavam contados 97 por cento dos votos.

O Partido Democrata, dirigido pelo actual chefe do Governo, Abhisit Vejjajiva, elegera 161.

"O povo deu-me uma oportunidade. Vou fazer o meu melhor", disse Yingluck Shinawatra, 44 anos. O ainda primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, já assumiu a derrota: "O resultado é claro. O Puea Thai ganhou as eleições e os Democratas foram derrotados", disse.

Desde que foram conhecidas as primeiras projecções que, na sede do Puea Thai, os militantes celebram a vitória. “Yingluck número um”, “Yingluck primeira-ministra”, gritou-se em ambiente de festa.

A eleição de hoje, e a forma como os resultados serão recebidos, é um dado muito importante para que seja ultrapassada a violência política no país.

Sondagem: Regresso à política de Strauss-Khan apoiado por 49 por cento dos franceses





São 49 por cento os franceses que gostariam que Dominique Strauss-Khan voltasse à política e 45 aqueles que acham que o ex-director do Fundo Monetário Internacional não devia voltar.

De acordo com uma sondagem jornal francês Le Parisien, feita um dia após ter sido retirada a prisão domiciliária a Strauss-Khan , acusado de ter agredido sexualmente uma empregada do Hotel Sofitel de Nova Iorque, devido a fragilidades no testemunho da vítima, sãos os votantes de esquerda quem mais apoia o regresso à política activa de Strauss-Khan. São 60 por cento os votantes de esquerda que gostariam de o ver regressar, depois de quase ter sido dada como perdida a hipótese de uma candidatura de Strauss-Khan à presidência da República francesa nas eleições marcadas para 2012 contra o actual presidente de direita Nicolas Sarkozy.

A sondagem feita pela Harris Interactive, mostra também que 43 por cento dos simpatizantes do Partido Socialista francês gostariam de ver um adiamento das eleições primárias, que obrigam a que as candidaturas à presidência sejam depositadas até ao próximo dia 13.

Strauss-Khan terá de comparecer em tribunal em Nova Iorque de novo no próximo dia 18, cinco dias após o encerramento das candidaturas para as primárias francesas.

Figuras de destaque do partido socialista francês, como François Hollande, ex-líder do partido, e Ségolène Royal, ex-candidata presidencial, mostraram-se já a favor de uma alteração do calendário das primárias. Martine Aubry, líder actual do PS e candidata às primárias ainda não se pronunciou sobre esta questão.

GRÉCIA PROIBIU PARTIDA DA FLOTILHA RUMO A GAZA


As embarcações da flotilha estão bloqueadas em vários portos gregos (Marko Djurica/REUTERS)

Jorge Marmelo - Público

Acusações de sabotagem repetem-se

As autoridades gregas proibiram todas as partidas de barcos que tenham como destino as águas internacionais próximas de Gaza, impedindo, na prática, a viagem da segunda Flotilha da Liberdade, composta por uma dezena de navios de vários países.

O canadiano Tahrir ainda chegou a zarpar, sexta-feira, mas foi interceptado por uma embarcação da guarda costeira grega com comandos encapuzados a bordo. À excepção dos dois barcos que partiram da Córsega para tentar furar o bloqueio israelita a Gaza, as demais embarcações da flotilha estão bloqueadas em portos gregos.

É, por exemplo, o caso do espanhol Gernika, cercado por dois navios-patrulha no porto de Kolimpary, em Creta. Mas “o objectivo mantém-se, independentemente do tempo que seja preciso ficar aqui”, garantiu ontem Santiago Alba Rico, um dos activistas a bordo, no site Rumbo a Gaza. “Isto é uma grande farsa. O que estamos a fazer é perfeitamente legal e ainda não desistimos”, considerou Lyn Adamson, um activista canadiano, ao Toronto Star.

Além da cedência do governo grego à pressão diplomática de Israel, foram também anteontem detectados sinais de sabotagem num segundo navio da flotilha, o irlandês SV Saoirse. As imagens publicadas pelo site israelita Ynet mostram que o eixo da hélice navio apresenta um lanho semelhante ao que na segunda-feira tinha sido detectado no Juliano, outro dos barcos que participam na missão humanitária.

Portugal: GOVERNO DO COELHO MERECE BENEFÍCIO DA DÚVIDA, SEM DÚVIDAS…




ANTÓNIO VERÍSSIMO

Provavelmente a maioria ignora qual é o ano chinês em que estamos, se do cão, se do gato, se do rato ou de outro bichano qualquer. O que não ignora é que em Portugal chegou o governo aparentemente do Coelho. Era o que nos faltava, termos governos com nomes de bicharada. É agora que com toda a propriedade podemos dizer que os do governo são uma cambada de animais. Se são todos ou não está por ser comprovado, mas olhando para o passado sabemos que têm sido animais finórios que vão para lá engordar-se e engordar os que fazem parte das cáfilas, dos rebanhos, dos bandos, dos cardumes, das coelheiras… Enfim.

Também sabemos que quando saem dos governos já têm à sua espera colocações em manjedouras douradas e até se diz que saem com mais apetite e que os repastos são paga de favores que fizeram quando nos governos. Se não é assim… parece. Que engordam desmedidamente ninguém põe dúvidas. Alimentam-se de promiscuidade, de corrupções, de ludíbrios fiscais, de prática de crimes morais e até por atropelos à transparência e à legalidade. Mas safam-se sempre. Tudo é abafado. Tudo é esquecido e silenciado. E mesmo que sejam vigaristas, mafiosos, seguem  seu caminho incólumes, impunes, sempre com um apetite devorador. Facilmente se prevê que é o que vai acontecer aos da coelheira deste novo governo do Coelho. Uma vez mais vamos ficar de olhos em bico – para não esquecer a referência similar aos anos chineses dedicados aos animais. Portugal não tem anos dos animais mas aguenta com imensos anos de políticos animais, de governos animalescos em apetites imensuráveis. Haja esperança e que seja proporcionado o benefício da dúvida, sem dúvidas, a esta coelhada que se diz nova, jovem, patriótica… Um regalo.

Coelho, novo (?) primeiro-ministro desta quintarola chamada (por enquanto) Portugal veio dizendo ao longo de todo o PREC – Processo de Recuperação da Exploração e Capitalismo – que o Estado tinha de emagrecer, que tinha de perder a obesidade, que a despesa devia ser contida e que os portugueses não deviam ser mais vítimas de uma “máquina” tão gastadora. Que era aí que ele (uma vez eleito) iria procurar o equilíbrio das contas públicas… Pois disse. Pois prometeu. Até referiu que mais impostos não, que os portugueses estavam saturados de tanta espoliação – não o fez por estas palavras mas disse-o com este sentido.

Surpresa das surpresas: Coelho toma posse, vai apresentar o programa do seu governo no Parlamento e anuncia um imposto extraordinário que vai espoliar os portugueses em metade do seu subsídio de Natal. Extraordinário!

Também disse que sobre as outras medidas… vai estudar. Devem ser as medidas para conter a obesidade do Estado, aquelas que prometeu. Mentiu, para já. Se vai estudar e recuperar a economia através, principalmente, do emagrecimento da despesa porque razão anuncia e decreta de imediato que vai roubar metade do subsídio de Natal a quase todos os portugueses assalariados? Porque é fácil. Porque não se quer dar ao trabalho de “emagrecer” lugares destinados às clientelas nem de fazer aquilo que prometeu. Porque tem apensos imensos parasitas das cores partidárias que ele e Paulo Portas representam, prontos para mamarem nas tetas da “vaca leiteira” que é sustentada pelos paupérrimos portugueses. Roubar o povinho não requer estudar para fazer isso. Mas, assim sendo, até podíamos continuar com José Sócrates, já conhecemos o aldrabão. Olhem agora o trabalho que vamos de novamente ter para perceber um aldrabão de novos tiques e novas artes da falácia, de diferentes endrominações… Pensando melhor até não vai ser assim tão difícil… Porque, como já alguém disse na apresentação dos “novos” que se vão governar, “isto é mais do vira o disco e toca o mesmo”.

Falou Cavaco, o protetor da Coelhada e ator de ludíbrio ao Fisco relativamente a imposto de SISA – tanto quanto ele não consegue explicar que assim não é – sobre fazermos sacrifícios justos… Pois, dizer disse, mas aquilo que vem logo de rompante e sem “estudo” foi roubar dos bolsos dos assalariados através de um imposto dito extraordinário que pode muito bem passar a definitivo. É só uma questão de aguço dos apetites daqueles que incorporam o despesismo do Estado se manter ou até aumentar. E lá vamos nós, portugueses paupérrimos sustentar a gula de mais outros parasitas sacadores, desta vez não são cor-de-rosa mas sim laranja e azuis… Cores que para os portugueses são indiferentes porque até estão a ficar daltónicos.

Além destas medidas de espoliação dos Sempre os Mesmos a Pagar para a Cambada, que outras nos irá apresentar o “novo” Governo do Coelho? O seu grupo parlamentar vai propor a redução do número de deputados na Assembleia da República? Parece que sim. Pelo menos falou disso. Veremos.

E vão propor que o tempo de atingir as reformas dos deputados passe ao regime geral? E vão propor que aqueles deputados que se reformaram com 8 anos de mandatos, ou com 12, vão ser taxados de forma a recuperar minimamente a vilania de uma disposição que a máfia parlamentar decidiu imoral e indevidamente? E vão propor que as imensas mordomias dos deputados e afins que se lhes “colam” passem a portugueses normais, de vencimentos normais e sem mordomias escandalosas? E vão retirar os direitos que implicam gastar fortunas em viaturas de luxo? E vão conter todos os subsídios principescos que são verdadeiras golpadas e assaltos escabrosos ao erário público? E vão fazer o mesmo nos ministérios, nas secretarias de estado e afins? Vão mesmo reduzir as despesas “à séria” e acabar com a chularia de que temos sido vítimas, praticada por uma classe política sem escrúpulos? E a corrupção? O que fará este Coelho sobre a corrupção? Alguma vez falou sobre esse nefasto “fenómeno” que abunda nas máquinas partidárias e consequentemente nos antros da política e das grandes empresas que vão financiando os partidos? Não. E a legislação para conter estas sangrias vai ser contemplada pela coelhada? E o mais de errado, muito mais, também? E aquilo que sabemos ou não sabemos mas que eles sabem, de que todos eles – políticos e ilhargas - vão beneficiando sem um pingo de vergonha por nos estarem a explorar e ser causa principal que nos tem vindo a conduzir para a miséria? Este governo vai “endireitar” tudo com toda a honestidade?

Se vai não parece, porque se atiraram logo de cabeça a sugar ao povinho, sem contemplações, um imposto aberrante e “extraordinário”, fornecendo prova evidente de que sai Sócrates Aldrabão e entra um governo Coelho do mesmo jaez mas com algumas clientelas diferentes. Provavelmente ainda com mais clientelas.

Mas então o “novo” Governo do Coelho não merece o benefício da dúvida e até o Estado de Graça dos primeiros cem dias de governação? Sem dúvida que merece, sem dúvidas. Sem dúvidas de que vamos ter mais do mesmo. Aguentar é a nossa alcunha.

A República Portuguesa, os portugueses, são cordatos, pacíficos, serenos, aborregados, perfeitos apaixonados pelos seus umbigos e muito medrosos. Preferem a fome e a miséria a defenderem-se e defender a democracia real - juntarem-se e mostrarem o seu repúdio pela corja que há mais de duas décadas se estabeleceu nesta República pós 25 de Abril. Cada português pensa: “Os outros que avancem que é para depois também beneficiar das melhorias. Figura triste, cagarolas e egoísta. Talvez por isso é que ninguém toma a iniciativa de exigir que BASTA! Que queremos novas políticas, queremos justiça, transparência e democracia real. Queremos que os responsáveis políticos corruptos e os corruptores sejam punidos. Queremos o fim da promiscuidade entre políticos e os agentes económicos do empresariado, dos banqueiros e afins, que têm vindo a afortunar-se através dos conluios. Queremos um Portugal Decente. Queremos respeito pela restauração da nossa dignidade.

Benefício da dúvida para os novos animais da coelheira. Sem dúvidas. Parvos não somos. Só contidos e até cobardes. E eles sabem muito bem isso. Não foi por acaso que os portugueses aguentaram uma ditadura por meio século, num borreganço de temores vergonhosos e inadmissíveis!

Mas esta Coelhada merece ou não o benefício da dúvida? Sem dúvidas... de que sabemos aquilo com que podemos contar. Logo à primeira viu-se!

*Revisto por Beatriz Gambôa

Portugal: Mário Soares diz que Presidente da República podia ter evitado a crise política




Público - Lusa

Acusa Cavaco de ter ficado “estranhamente” em silêncio

O antigo Presidente da República Mário Soares considera que o actual chefe de Estado podia ter evitado a crise política no país, lembrando a promessa de Cavaco Silva de que exerceria uma magistratura de influência mais activa.

Esta posição do antigo primeiro-ministro, antigo Presidente e fundador do PS consta do livro “Portugal Tem Saída -- Um Olhar Sobre a Crise”, que relata uma reflexão entre Soares e a jornalista do público Teresa de Sousa e que é apresentado na segunda-feira.

“O Presidente da República ficou estranhamente silencioso. Fiz-lhe um apelo público, angustiado, para que evitasse a crise. Quanto a mim, podia tê-lo feito”, afirma Mário Soares.

O antigo Presidente da República recorda que Cavaco Silva “alegou o facto de as coisas ‘terem sucedido com muita rapidez’ o que lhe retirou ‘margem de manobra’” e tira depois uma conclusão: “É uma explicação seguramente verdadeira, mas faz-nos refletir. Sobretudo depois da promessa que fez aos portugueses de exercer uma magistratura de influência mais activa”.

Afirmando que a oposição “falhou” quando levou à queda do Governo socialista, numa “insensatez tremenda”, Soares sublinha que o PSD “não teve qualquer vantagem em ter precipitado a crise política, no momento em que o fez”.

Ainda sobre os sociais-democratas, o antigo chefe de Estado diz que “há grupos” no partido que não gostam de Pedro Passos Coelho e que só o queriam como primeiro-ministro para o destruir, depois de realizado “o trabalho mais difícil e impopular”.

Quanto à derrota do PS nas legislativas, Mário Soares afirma que é fácil explicar: “[O PS] teve sempre tudo contra ele à direita e à esquerda”.

Sobre José Sócrates, Soares afirma que o antigo primeiro-ministro e ex-secretário-geral dos socialistas foi “um líder forte”, com “grandes virtudes” e “alguns defeitos” também.

“Foi talvez o mais atacado e injuriado dos políticos portugueses desde sempre. Resistiu a tudo. E saiu com honra e grande dignidade”, refere Mário Soares.

Quanto à União Europeia, Mário Soares afirma que os atuais dirigentes não querem ver que o neoliberalismo e o capitalismo de tipo financeiro e especulativo que daí resultou falharam.

“Muitos europeus começam a compreender que a União, ou muda o seu modelo económico-social, ou entrará em irreversível decadência e, por ventura, mesmo em desagregação”, afirma.

Soares refere-se concretamente à chanceler alemã, dizendo que Angela Merkel “já não é uma democrata-cristã no sentido clássico”, considerando que tem sido uma “tragédia” para o projecto europeu a transformação das democracias-cristãs em partidos populares.

A obra é lançada na segunda-feira à tarde, num centro comercial de Lisboa, com apresentação do advogado Vasco Vieira de Almeida.

SEGURO ACUSA PASSOS COELHO DE NÃO HONRAR PROMESSAS ELEITORAIS





Em entrevista ao programa Gente que Conta, António José Seguro lembrou que Pedro Passos Coelho exigiu que não houvesse aumento de impostos aquando da negociação do Orçamento.

O socialista António José Seguro estranha que no Governo tenha optado pela via de um imposto extraordinário quando esta medida não consta do programa do Governo.

«Não houve o cumprimento da promessa eleitoral que foi feita: o primeiro-ministro exigiu na negociação para viabilizar o Orçamento para 2011 que não houvesse aumento de impostos», explicou esta candidato à liderança do PS.

Em entrevista ao programa Gente que Conta, Seguro recordou ainda que Pedro Passos Coelho exigiu então que «toda a diminuição da despesa fosse feita para que o país pudesse proceder à consolidação das contas públicas».

«Chegou mesmo a dizer, no final de Março, que mexer no subsídio de férias ou no subsídio de Natal seria um autêntico disparate», adiantou.

Por esta razão, na opinião de António José Seguro, o «primeiro-ministro não honrou aquilo que foram as suas promessas eleitorais nem aquilo que tinha sido a sua actuação política na negociação do Orçamento».

Seguro defendeu ainda que «cada novo sacrifício que deve ser pedido aos portugueses deve ser muito bem fundamentado» e lembrou que Passos Coelho justificou o imposto extraordinário durante a apresentação do programa do Governo por uma «questão de precaução».

«Se a questão era de precaução então quer dizer que há uma clara desproporcionalidade e um grande exagero em relação à medida que é proposta. Devo dizer que me chocou bastante», concluiu.

Dilma Rousseff decreta sete dias de luto nacional pela morte do ex-presidente brasileiro




FYRO - LUSA

Rio de Janeiro, 02 jul (Lusa) -- A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, decretou hoje sete dias de luto nacional pela morte do ex-presidente Itamar Franco, a quem se referiu como o "dirigente de um momento crucial" da história do país.

"Foi com tristeza que recebi a notícia do falecimento do senador e ex-presidente Itamar Franco. Dirigente do país em um momento crucial da nossa história recente, o presidente Itamar nos deixa uma trajetória exemplar de honradez pública. O Brasil e Minas sentirão a sua falta", declarou Dilma Rousseff, através de um comunicado.

Dilma Rousseff colocou o Palácio do Planalto, sede da Presidência, à disposição da família de Itamar Franco para aí se realizar o velório do antigo chefe de Estado. A família, no entanto, decidiu velar o corpo em Juiz de Fora, Minas Gerais, cidade natal do senador.

Diversos companheiros e inclusive opositores políticos já manifestaram o seu pesar pela morte do senador, destacando a sua trajetória de idoneidade e retidão política.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou que "mesmo nos momentos de divergência política", ambos mantiveram uma "relação de profundo respeito e diálogo".

Numa nota, Lula da Silva refere-se ao ex-presidente como "um grande democrata" e lembra que o Governo de Itamar Franco foi responsável pelo regresso da estabilidade económica ao Brasil.

"Quando assumiu a Presidência em um momento conturbado, em 1992, teve sabedoria para dialogar com toda a sociedade brasileira e ajudou o país a entrar em uma rota positiva na política, na economia e no social", declarou Lula.

José Sarney, atual presidente do Senado e também ex-presidente, exaltou a personalidade do político mineiro e o trabalho que desenvolveu ao longo da sua carreira.

"Pessoalmente, considero uma grande perda para o Brasil. Itamar marcou a vida política do país com sua personalidade inconfundível e extraordinário trabalho que desenvolveu a favor do povo, com honestidade e honradez", afirmou Sarney num comunicado oficial.

Itamar Franco faleceu hoje, aos 81 anos, no hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Governou o Brasil durante dois anos e três meses, entre 1992 e 1994, tendo chegado ao poder após o afastamento de Fernando Collor de Mello, de quem era vice-presidente.

Indonésia: VULCÃO SOPUTAN ENTROU EM ERUPÇÃO




JCS - LUSA

Jacarta, 03 Jul (Lusa) -- O Soputan, um dos vulcões mais ativos da Indonésia, entrou hoje em erupção lançando uma nuvem de cinzas a cerca de 5.000 metros, mas as autoridades não registaram qualquer vítima.

Localizado na província de Sulawesi do norte, o vulcão, a uma altura de 1.783 metros, começou a lançar fumo e lava logo pela manhã na sua primeira erupção desde 2008.

A aldeia mais próxima do vulcão fica a cerca de cinco quilómetros, uma distância ainda considerada segura para a atividade atual do vulcão que está rodeado de florestas.

O arquipélago da Indonésia está situado no chamado anel de fogo do Pacífico, tem 129 vulcões ativos, dos quais 21 apenas na ilha de Java.

RAMOS HORTA INAUGURA EXPOSIÇÃO EM LISBOA





O Presidente da República Democrática de Timor-Leste, José Ramos Horta, inaugura, esta sexta-feira, às 18h00, na Biblioteca Municipal por Timor, a exposição Dança na Terra, da pintora timorense Maria Dulce Martins.

Dança na Terra é uma viagem pela alma da pintora Maria Dulce Martins, pelas vivências que a conduziram ao presente e que formam o seu imaginário pictórico. Emoções aliadas à sensibilidade e ao talento transformam as suas telas num manancial de sentimentos cheios de cor e vida, numa explosão de sentidos.

Maria Dulce Martins nasceu em Lisboa, em 1953. Descendente de uma família tradicional timorense de Same - Manufahi., frequentou Direito, na Universidade Clássica de Lisboa e, mais tarde, o Instituto de Artes e Ofícios da Universidade Autónoma de Lisboa, o centro de formação artística Nextart e o Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão. Tem efectuado várias exposições individuais e colectivas, estando representada em diversas instituições nacionais e estrangeiras, públicas e privadas.

A exposição fica patente até 30 de Julho na Biblioteca por Timor, situada em frente à Assembleia da República. Pode ser visitada de segunda a sexta-feira entre as 13h00 e as 19h00.

Timor-Leste: “PRESO POR TER CÃO, PRESO POR NÃO TER”




OPINIÃO DO LEITOR


"O deputado da Fretilin, Inácio Moreira, declarou não estar satisfeito por serem companhias estrangeiras a gerir a construção"

Claro que os deputados da Fretilin nao podem estar contentes com isto.

Para eles era preferível entregar a companhias timorenses como aconteceu com o Pacote Referendo para depois a Fretilin gritar que o Governo esbanja dinheiro em projectos sem qualidade, porque infelizmente as companhias nacionais ainda não têm a capacidade financeira nem técnica para gerirem grandes projectos como este.

O governo contracta companhias estrangeiras para garantir uma qualidade mínima das construções, a Fretilin critica porque são estrangeiras e que de devia dar a companhias nacionais.

Quando o governo dá a companhias nacionais a Fretilin berra porque a qualidade dos projectos não justificam o dinheiro gasto. Ora, preso por ter cão, preso por não ter.

Vão mas é dar uma curva.

Maria das Neves começa campanha na Trindade com apelo a estabilidade politica




MYB - LUSA

São Tomé, 02 jul (Lusa) -- A promessa de estabilidade politica para relançar o desenvolvimento nacional de São Tomé e Príncipe foi o tema forte do discurso hoje da candidata às eleições presidenciais de 17 de julho, Maria das Neves.

"O presidente da República deve ser hoje, mais do que nunca, um moderador da vida politica nacional e o grande facilitador da estabilidade, da paz e do progresso para todos, devendo empenhar-se de forma permanente na afirmação de uma cultura de diálogo e de compromisso por parte das forças politicas e dos agentes económicos e sociais da nossa sociedade", afirmou.

Candidata independente, Maria das Neves, igualmente vice-presidente da Assembleia Nacional (parlamento são-tomense) escolheu a cidade da Trindade, 12 quilómetros do centro da capital para fazer o primeiro comício da sua campanha eleitoral.

"Ciente das mais valias que constitui a experiência que acumulei nas mais variadas responsabilidade que tive o privilégio de assumir ao serviço de São Tomé e Príncipe e inspirada no amor pátrio pela terra que me viu nascer, venho partilhar convosco a minha decisão de me candidatar ao cargo de presidente da republica", disse.

Maria das Neves Solicitou "apoio pessoal" de cada um dos presentes e das suas famílias "de modo a vencer esse grande desafio em nome e ao serviço da nação", apelou.

Fez um diagnóstico da atual situação socio-económica do arquipélago e reconheceu que a vida nas ilhas "não vai bem".

"O nosso país não vai bem, sabem que fui ministra da economia e percorri este país todo. A situação social é muito grave. Temos mais do que a metade da nossa população que se almoçar não janta, porque não tem dinheiro para fazer duas refeições por dia".

"Os jovens estão frustrados porque não têm emprego, não têm habitação e não têm como organizar família", lembrou a candidata, que assumiu o compromisso de "lutar para inverter este estado de coisas", caso seja eleita presidente da República.

Com cerca de três mil pessoas a escutar os seus apelos ao voto e promessa de melhoria de vida da população, a candidata, a primeira a organizar um comício popular, reafirmou que o país "não vai bem a nível politico, não vai bem a nível económico e ao nível social os problemas são gritantes".

"Ao nível político nós temos um país que muda constantemente de governo, com muita instabilidade politica", disse, recordando que desde que S. Tome entrou na segunda república, em 1991, "nenhum governo terminou o seu mandato".

Entretanto, os candidatos Filinto Costa Alegre e Evaristo de Carvalho escolheram a pequena cidade de Santo António, na ilha do Príncipe, para o arranque de campanha.

Um comunicado de imprensa de Costa Alegre a que a Lusa teve acesso revela que, sob o lema "um país para todos", o candidato reuniu-se com a população da região autónoma.
O comunicado diz que Filinto foi recebido na ilha "com apoteose", por acreditar nele como "uma cara nova", pela sua trajetória e por "ter as mãos limpas".

*Foto em Lusa

CPLP e Fundação para a Tecnologia assinam memorando para criação de centro UNESCO




SK - LUSA

Lisboa, 01 jul (Lusa) -- A CPLP e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia assinaram hoje um memorando com o objetivo de agilizar a criação, no espaço lusófono, de um centro UNESCO para formação em ciências básicas, adiantou o responsável daquela organização.

O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Domingos Simões Pereira, e o presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, João Sentieiro, assinaram hoje, em Lisboa, um memorando de entendimento para o estabelecimento de um Centro UNESCO para "formação avançada em ciências básicas" no espaço lusófono.

"Temos tentado nos aproximar da UNESCO, que nos pretende apoiar na criação de um centro ligado às ciências e aos desenvolvimentos tecnológicos. Este apoio vai nos permitir a facilitação da criação deste centro que nós achamos que é um domínio no qual os nossos estados começam a mostrar muito interesse", explicou à Lusa Domingos Simões Pereira.

O acordo hoje assinado com Portugal, destacou o secretário executivo da CPLP, é "um passo muito significativo" que vem consubstanciar o objetivo fundamental de cooperar no domínio da Ciência e Tecnologia, conforme expresso nos estatutos da organização lusófona.

De acordo com Simões Pereira, o memorando vai reforçar a capacidade do secretariado da CPLP para tratar deste assunto. "Isto vai permitir que beneficiemos de uma consultoria ou de um trabalho técnico competente na matéria, o que vai ajudar ao secretariado a melhorar o seu nível de interação com o gabinete da UNESCO", precisou o responsável.

Em função desse trabalho, acrescentou, o secretariado da CPLP vai "poder não só definir quais os domínios onde a intervenção é prioritária, como também as questões que dizem respeito ao próprio centro", explicou.

A questão da localização do futuro centro UNESCO "ainda não se coloca porque isso ainda será objeto de uma avaliação", esclareceu Domingos Simões Pereira.

OS MIÚDOS DO REINO





A “política do segredo” foi velha prática estatal lusitana. Devassamento dos mares africanos, exploração das rotas índicas, furtivas expedições ao Novo Mundo foram algumas das ações da pequenina nação, apenas conhecidas pelo rei e seus mais próximos válidos. Jamais escritos, alguns segredos tidos como “a alma do negócio”, eram guardados exclusivamente pelo rei.

Após a passagem de Colombo por Lisboa, na volta da América, dom João II teria enviado, sob enorme reserva, uma ou mais expedições ao Atlântico Sul, para inquirir o sentido real daquele descobrimento ameaçador. Hoje, os historiadores penam em desvendar sucessos semelhantes, devido à perda de informação cercada de múltiplos cuidados e restrições. A rica tradição portuguesa de documentação e arquivamento nasceu do ingente esforço de conquista e domínio, de vastas e exóticas regiões e povos do mundo, pela administração estatal lusitana. Uma documentação sempre restringida à consulta dos membros da alta administração.

Em Portugal, por longos e pesados séculos, Estado, nação, cidadania foram conceitos e relações sequer enunciados em mundo onde os poderosos eram, viam-se e comportavam-se como os donos dos bens materiais e imateriais. Não havia sentido em propor que miúdos, vilões, peões, menesteriais, para não falar de judeus, pretos e mouros, acessassem informação sobre os negócios de reino no qual, no máximo, eram os degraus mais baixos, os assoalhos mais usados.

Essa situação habitual no mundo europeu entrou em crise com o fim do Antigo Regime e as lutas sociais sacralizadas em 1789, 1831, 1848, 1871, 1917, que engendraram a idéia de Estado ao serviço e sob controle da população nacional, com a conseqüente transparência e publicidade dos atos públicos. Através da Europa, os arquivos começaram a abrir-se, com algumas restrições, heranças de passado que se negava e se nega a morrer.

No Brasil, há enorme continuidade entre o Estado colonial, imperial e republicano. Entre nós, a chamada cidadania manteve-se – antes mais, hoje apenas menos –, como ser social administrável e jamais sujeito real de seus destinos. Os de baixo seguem sendo vistos e usados como objetos a serviços dos de cima e o Estado, domínio dos donos das riquezas e do poder.

Se assim não o fosse, como conceber o arbitramento somítico de salário mínimo, que mantém na miséria triste multidões de nacionais, ao lado da obesidade mórbida dos estipêndios e ganhos de parlamentares, empresários, proprietários, etc. Ou a situação de nossas prisões, cloacas habitadas por pobres e negros, levantadas à sombra das prebendas e palácios principescos dos dignitários da Justiça. Ou, até mesmo, os salários de universitários bem colocados, em comparação com os estipêndios miseráveis dos mestres do ensino básico!

O acolhimento das restrições ao projeto de liberdade de consulta dos documentos públicos registra mais do que a fragilidade da administração Dilma Rousseff às pressões conservadores, ao igual do ocorrido quanto aos direitos civis, à política internacional, ao código florestal, à remuneração do capital. O acolhimento das restrições exigidas sobretudo pelo Itamaraty e pelo alto comando militar, através de dois senadores vestais, José Sarney e Fernando Collor de Mello, demarca pedagogicamente o Estado brasileiro como ente autônomo aos direitos e à vontade da grande população. Nesse desvairado século 21, seguimos sendo os miúdos no eterno reino dos grandes e ricos morubixabas.

Texto publicado em 22/06/2011 às 10:53 na(s) seção(ões) Memória & Consciência da revista Consciencia.net.

*Mário Maestri, 62 anos, historiador, é professor do Curso e do PPGH da UPF. Escreveu, entre outros, ‘Breve história do Rio Grande do Sul: da pré-história aos dias atuais’ (Passo Fundo: UPF Editora, 2010. 461 pp).

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