sexta-feira, 15 de junho de 2012

PR Cabo Verde mantém pressão sobre Guiné-Bissau e admite alargamento à Guiné Equatorial


Valore$ "democrático$" de Obiang também falam mai$ alto para e$te PR

JSD - Lusa

Cidade da Praia, 15 jun (Lusa) - O presidente de Cabo Verde manteve hoje a pressão sobre o regresso à normalidade democrática na Guiné-Bissau e manifestou-se favorável à adesão da Guiné Equatorial à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Jorge Carlos Fonseca, numa conferência de imprensa na Cidade da Praia, salientou que os encontros oficiais que manteve com as autoridades portuguesas em Lisboa, durante a visita de Estado de segunda e terça-feira, reforçaram a ideia defendida por Cabo Verde na busca de uma solução que passe sobretudo pelas Nações Unidas.

"A solução tem de passar pelo respeito pela ordem constitucional. É evidente que a segunda volta das eleições presidenciais não é exequível já. Tem de haver soluções realistas e pragmáticas, que passem pelo Conselho de Segurança da ONU e que vinculem a União Africana (UA) e a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental)", frisou.

Ao salientar que a situação na Guiné-Bissau, afetada por um golpe de Estado a 12 de abril e cujo Comando Militar se mantém no poder, "continua a ser muito plástica", Jorge Carlos Fonseca referiu que a posição portuguesa, "no essencial", não difere da de Cabo Verde.

O presidente cabo-verdiano salientou que as posições dos dois países saíram reforçadas depois de encontros com o presidente, primeiro-ministro e outras personalidades políticas de Portugal, bem como na reunião que manteve em Lisboa com o primeiro-ministro guineense deposto, Carlos Gomes Júnior, cujo teor não adiantou.

Sobre a eventual adesão da Guiné Equatorial à CPLP, Jorge Calos Fonseca indicou que a cimeira de Maputo, em julho próximo, irá analisar o "roteiro de requisitos" que as autoridades de Malabo acederam em cumprir há dois anos e que, mediante a análise, se decidirá pela entrada ou por conceder "mais tempo".

"Obviamente que a Guiné Equatorial não é uma democracia perfeita. Vamos aguardar pelo relatório", disse, admitindo que, por causa do petróleo, a adesão do país centro-africano "é apetecível" para os interesses económicos dos "oito".
A 20 de fevereiro, o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, afirmou que a posição oficial da Cidade da Praia passa por apoiar a entrada da Guiné Equatorial na CPLP, mas desde que Malabo cumpra os pressupostos estatutários da organização, definidos na cimeira de Luanda.

O presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, está no poder desde 1979.

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