LYR - Lusa
Nampula, Moçambique, 25 jul (Lusa) - Autoridades policiais na província de Nampula, no norte de Moçambique, aconselharam hoje os empresários locais a usarem cães de guarda nas instalações, devido ao crescente número de seguranças envolvidos em assaltos.
"É preciso sempre colocar uma margem de dúvida em relação ao homem", disse Inácio Dina, porta-voz provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM). "O cão é mais seguro em relação aos agentes de segurança privada", sublinhou.
Em Nampula, uma das mais extensas e populosas províncias de Moçambique, todas as semanas são reportados casos de furtos qualificados, a maior parte dos quais com o envolvimento de seguranças privados.
Recentemente, três seguranças desviaram, em duas ocasiões diferentes, mais de 600 telemóveis e um número considerável de recargas, numa loja pertencente a uma operadora.
A 20 de julho, três agentes de duas empresas de segurança foram detidos, indiciados de assalto a um armazém, de onde se apoderaram de 27 caixas de pratos de louça.
De acordo com o porta-voz da PRM em Nampula, os três indivíduos confessaram o envolvimento no crime, mas referiram terem sido convencidos por um outro segurança, agora em fuga.
Acrescentou que oito funcionários da área da educação e cultura estão detidos em Nampula, indiciados do roubo de 40 colchões, adquiridos para o Festival de Cultura moçambicano, realizado este mês.
Os oito funcionários, metade dos quais mulheres, integravam a comissão logística na escola secundária de Muatala, local de acomodação de parte dos cerca de dois mil participantes.
A diretora provincial de Educação e Cultura, Pascoa de Azevedo, garantiu que serão tomadas medidas drásticas contra os visados.
"Como sabe, os colchões não estavam na rua, estavam à responsabilidade de uma instituição pública, alguém será responsabilizado por isso", disse à Lusa aquela responsável.
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