domingo, 28 de outubro de 2012

Brasil – Eleições: HADDAD É O PREFEITO ELEITO DE SÃO PAULO

 

 
Brasília – Mesmo sem o encerramento das apurações, o prefeito eleito de São Paulo é Fernando Haddad (PT). Ele tem 56,05% (3.147.558) dos votos válidos enquanto o adversário José Serra (PSDB) tem 43,95% (2.468.107) e não pode mais alcançar o primeiro lugar. Neste momento, foram apuradas 91,87% das urnas, com diferença de 679.451 votos entre os candidatos. No primeiro turno, Serra obteve 30,75% dos votos válidos e Haddad, 29,98%.
 
Ministro da Educação até o início deste ano, Fernando Haddad nasceu em São Paulo (SP) e tem 49 anos. Formado em direito, Haddad também começou sua trajetória política no movimento estudantil da Universidade de São Paulo (USP). No ministério, ajudou a implementar o Programa Universidade para Todos (ProUni) e a nova versão de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
 
Entre as propostas apresentadas por Haddad durante a campanha estão a implantação de mil novos leitos hospitalares, a construção de três novos hospitais e a criação do bilhete único mensal para o transporte público.
 
O prefeito eleito terá a missão de administrar a maior e mais rica cidade do Brasil, com orçamento estimado para 2013 em aproximadamente R$ 42 bilhões. São Paulo tem Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 389,3 bilhões, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2009 – o que representa 12,26% de toda a riqueza produzida no país.
 
Edição: Davi Oliveira
 
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Eleições: PARTIDO DO PRESIDENTE YANUKOVICH VENCE NA UCRÂNIA

 

Rádio Renascença
 
Já se contam os votos mas duas sondagens coincidem na vitória do “partido das Regiões”, de Yanukovich.
 
O partido do Presidente Viktor Yanukovich está à frente nas eleições legislativas na Ucrânia, de acordo com duas sondagens à boca das urnas.
 
O partido das Regiões, de Yanukovich, terá entre 28% e 30,5% dos votos contra quase 25% da aliança afecta à ex-primeira-ministra Iulia Timochenko.
 
De recordar que Timochenko está desde 2011 detida, condenada a sete anos de prisão, num caso polémico na Ucrânia.
 
Já a terceira força política, liderada pelo campeão de boxe Vitaly Klitschko, deve ter cerca de 15% dos votos.
 
Não há ainda dados oficiais nem está feita a “transferência” destas percentagens para lugares no Parlamento.
 

Eleições: LITUÂNIA VIRA À ESQUERDA

 

 
Nenhuma força política teve maioria absoluta e vai ter que haver entendimentos no Parlamento lituano.
 
A oposição de esquerda venceu as eleições legislativas na Lituânia, segundo os resultados parciais anunciados, em Vílnius, pela comissão eleitoral.
 
O partido social-democrata liderou os resultados com um total de 38 lugares no futuro parlamento lituano, à frente dos conservadores do primeiro-ministro cessante, Andrius Kubilius, que ficou com 34 lugares.
 
O Partido do Trabalho, de Victor Uspaskich, alcançou 29 lugares, e o partido populista de direita Ordem e Justiça, aliado potencial dos dois partidos de esquerda, conquistou 11 lugares.
 
Os social-democratas, o Partido do Trabalho e o Partido Ordem e Justiça reúnem um total de 78 lugares de um total de 141 assentos do parlamento lituano.
 
"Avalio estes resultados positivamente. Depois da segunda volta das eleições, ficámos na frente", declarou na televisão Algirdas Butkevicius, líder dos social-democratas e potencial primeiro-ministro da futura coligação governamental.
 

Capitão que liderou ataque em Bissau entrou no país através da Gâmbia - militares

 
Militares e governo golpista exibiram Ntchama envolto numa bandeira portuguesa

MB – PNG - Lusa - foto Aly Siva em Ditadura do Consenso
 
Bissau, 28 out (Lusa) - O capitão Pansau N'Tchamá, suposto líder do grupo que atacou um quartel na Guiné-Bissau e agora capturado, chegou ao país vindo da Gâmbia depois de sair de Portugal, disse hoje o porta-voz das Forças Armadas guineenses.
 
Daba Na Walna explicou que Pansau N'Tchamá "há muito tempo que circulava" entre Portugal e Gâmbia, de onde teria recebido instruções do ex-chefe das Forças Armadas guineenses Zamora Induta para atacar o quartel dos para-comandos no passado domingo, 21 de outubro, de que resultaram seis mortos.
 
"Pansau chegou aqui via Gâmbia, contactou com o seu grupo e foi ao quartel dos para-comandos para aí tentar subtrair armas para vir atacar o Estado-Maior e liquidar o chefe do Estado-Maior e o seu staff", afirmou Daba Na Walna em conferência de imprensa em Bissau.
 
O porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses adiantou que a operação contou com dinheiro e armas enviados de fora. Negou, contudo, que o grupo de Pansau N'Tchamá tivesse subtraído documentos no Tribunal Militar, onde se encontram, por exemplo, os processos relacionados com a morte do ex-Presidente 'Nino' Vieira.
 
"Isso não corresponde à verdade. Não tiraram nenhum documento do Tribunal Militar, queriam era tirar armas de lá, mas não conseguiram", declarou Na Walna, refutando informações de que Pansau N'Tchama - apontado também como tendo estado envolvido no assassínio de 'Nino' Vieira - teria roubado documentos daquele tribunal.
 
Daba Na Walna confirmou que Pansau N'Tchamá entrou no quartel dos para-comandos, telefonou ao responsável pela unidade, o tenente-coronel Júlio Nsulté, e disse-lhe que se rendesse, já que tinha tomado conta do quartel. Da altercação morreram seis pessoas.
 
"Quando ele se apercebeu que o seu plano tinha falhado, pôs-se em fuga em direção à zona de São Paulo, de lá seguiu para a zona de Antula e seguidamente escondeu-se aqui no porto de Bissau até ser transportado para a ilha do Rei, depois para a ilha das Cobras e mais tarde para Bolama", explicou Na Walna.
 
"Ainda houve quem nos tentasse desviar do alvo, dando-nos informações falsas, mas sempre fomos avisados pela população das deambulações de Pansau N'Tchama até ser capturado em Bolama pelas nossas forças", indicou o porta-voz do Estado-Maior.
 
"A ideia dele era fugir para a Guiné-Conacri, mas isso só não foi possível porque faltou-lhe dinheiro. Quem o ia transportar, de piroga, para Conacri pediu-lhe três milhões de francos, acontece que o seu elo de ligação com Zamora Induta só tinha na altura 500 mil francos", acrescentou Na Walna, contando ainda um episódio que se terá passado durante as operações de caça ao capitão N'Tchamá.
 
"A pessoa que faz a ligação entre Pansau e Zamora, um tal de Didi (familiar do capitão), foi capturado pela nossa gente, sem saber o Zamora liga para esse Didi, e com o telefone em mãos livres, ouviu-se o Zamora a dizer ao Didi que fizesse tudo para pôr o Pansau na Guiné-Conacri. Provas mais que estas não podem existir", sublinhou Daba Na Walna.
 

Descrédito: QUE DROGAS É QUE OS GOLPISTAS EM BISSAU ANDAM A CONSUMIR?

 

 
Governo de transição da Guiné-Bissau exige explicações de Portugal sob pena de rever relações
 
Bissau, 28 out (Lusa) - O Governo de transição guineense exigiu hoje "uma explicação clara e justificada" de Lisboa sobre "a expedição terrorista do capitão Pansau N´Tchama à Guiné-Bissau", antes de "ser forçado a rever as suas relações com Portugal".
 
A exigência surgiu hoje em forma de comunicado do Conselho de Ministros, após uma reunião extraordinária na sequência da prisão, no sábado, de Pansau N´Tchama, acusado pelas autoridades da Guiné-Bissau de ter sido o responsável por um ataque a um quartel no passado domingo.
 
As autoridades de transição têm acusado Lisboa de envolvimento no caso, alegando que Pansau N´Tchama vivia em Portugal, onde teria pedido asilo político.
 
Um dia depois da prisão do alegado responsável pelo ataque, do qual resultaram seis mortes, o Governo de transição manifestou também "reservas nas suas futuras relações com a CPLP" (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), entidade que também tem acusado de ligação com o que considerou hoje ter sido uma tentativa de “golpe de Estado”.
 
O Governo de transição decidiu também "comunicar a todas as representações diplomáticas acreditadas no país que não tolerará atos que impliquem auxílio e proteção de terroristas que atentem conta a segurança nacional", lê-se no comunicado.
 
No mesmo documento, o Governo de transição agradece o apoio da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO) e pede à organização e aos países amigos para que acompanhem "todo este processo de invasão e de tentativa de golpe de Estado montado no exterior com conivência externa".
 
No comunicado, lido pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do executivo, Fernando Vaz, o Governo de transição acusa a CPLP e particularmente Portugal e Cabo Verde "de uma política de terrorismo de Estado contra as instituições da República da Guiné-Bissau, que visa a criação de um clima de instabilidade política e social, de forma a justificar a intervenção de forças militares sob a alçada das Nações Unidas".
 
Fernando Vaz disse também aos jornalistas que "pelas primeiras informações" de que o Governo dispõe, Pansau N´Tchama "estava na Gâmbia desde finais de abril". Ainda assim, o porta-voz não quis envolver o país vizinho no caso, afirmando que se está em fase de investigações.
 
Também pelo mesmo motivo, em relação a Portugal não fez outros comentários. "Estamos na fase de investigação, não vamos acusar Portugal se não houver provas, não falamos nada de ânimo leve", disse.
 
"Não condenamos Portugal, exigimos que Portugal se explique. Tem um asilado político, terá a obrigação de se justificar como é que esse indivíduo, pelo menos, saiu de Portugal para atacar de seguida um quartel na Guiné-Bissau e protagonizar uma tentativa de golpe de Estado", afirmou.
 
Segundo Fernando Vaz, no ataque de domingo havia a conivência de militares e políticos dentro do país. O ministro não adiantou mais pormenores.
 
FP // PNG
 
Militar acusado de ataque em Bissau nunca teve estatuto de asilo político em Portugal - Governo
 
Lisboa, 28 out (Lusa) – O Governo português esclareceu hoje, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que o militar acusado pelo Governo de transição guineense de ter liderado um ataque em Bissau “não tem, nem nunca teve, o estatuto de asilo político em Portugal”.
 
“Em relação a alegações recentemente efetuadas pelas entidades guineenses não reconhecidas internacionalmente de que o capitão Pansau N’Tchama teria tido estatuto de asilo político em Portugal, o Governo português esclarece que esse cidadão guineense não tem, nem nunca teve, o estatuto de asilo político em Portugal”, disse à Lusa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Miguel Guedes.
 
“O Estado português não se presta por isso, em nenhumas circunstâncias, a qualquer instrumentalização para efeitos de questões internas do poder militar em Bissau”, acrescentou.
 
O Governo de transição guineense, formado na sequência do golpe militar de 12 de abril deste ano, exigiu hoje "uma explicação clara e justificada" de Lisboa sobre "a expedição terrorista do capitão Pansau N´Tchama à Guiné-Bissau", antes de "ser forçado a rever as suas relações com Portugal".
 
A exigência surgiu em forma de comunicado do Conselho de Ministros, após uma reunião extraordinária na sequência da prisão, no sábado, de Pansau N´Tchama, acusado pelas autoridades da Guiné-Bissau de ter sido o responsável por um ataque a um quartel no passado domingo, 21 de outubro, de que resultaram seis mortos.
 
Também hoje, o porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, o tenente-coronel Daba Na Walna, afirmou que Portugal de forma "direta ou indireta sabia das movimentações" do capitão Pansau N'Tchama.
 
“Como é que um indivíduo que se encontrava em Portugal, com o estatuto que ninguém sabe ao certo se residente ou se exilado político, aparece aqui a atacar um quartel fortificado? Portugal não cuidou bem da vigilância ao Pansau", afirmou Na Walna.
 
PNG // MSF
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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Brasil - Eleições: Haddad abre 18 pontos sobre Serra e deve ser eleito em SP, diz Ibope

 

MSN - Estadão
 
O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, de 49 anos, deve vencer neste domingo, 28, o tucano José Serra. Pesquisa Ibope/TV Globo/Estado divulgada no sábado, 27, mostra o petista com 59% de votos válidos, ante 41% do tucano.
 
Em relação ao levantamento anterior do Ibope, divulgado na quarta-feira, Haddad oscilou dois pontos porcentuais para cima, enquanto Serra recuou dois.
 
Na conta dos votos totais, incluídos os entrevistados que pretendem votar nulo ou em branco, o placar da pesquisa é de 50% para Haddad e 35% para Serra.
 
O Ibope realizou parte de suas 1.204 entrevistas no dia de ontem, após o último debate da campanha, realizado pela TV Globo na noite de sexta-feira.
 
O instituto Datafolha também projetou a vitória do petista, em pesquisa divulgada ontem, por 58% a 42%.
 
O candidato do PT, que chegou atrás de Serra no 1.º turno, liderou a corrida eleitoral em toda a segunda etapa da eleição.
 
Na primeira pesquisa Ibope, concluída no dia 11 de outubro, ele tinha 12 pontos porcentuais a mais que o tucano nos votos válidos (56% a 44%). A vantagem agora é de 18 pontos.
 
A geografia do voto paulistano mostra que Haddad terá vitória folgada nas áreas periféricas da cidade e resultado próximo do de Serra nas áreas onde o PT é historicamente mais rejeitado.
 
Na chamada zona petista, formada pelas áreas onde os candidatos do PT a prefeito, governador e presidente venceram as eleições de 2008 e 2010, Haddad lidera por 72% a 28%. Estão nessa categoria os bairros mais pobres e periféricos da cidade.
 
Na zona volúvel, onde o PT perdeu ao menos uma das últimas três eleições, o líder também é Haddad: 67% a 33%. E na zona antipetista - central e mais rica -, onde o partido perdeu todas as disputas desde 2008, há um empate técnico: 51% para o tucano e 49% para o petista.
 
Atacado por pastores por causa de seu envolvimento na elaboração de um kit anti-homofobia quando ocupava o Ministério da Educação, Haddad acabou com vantagem acima de sua média entre os evangélicos: 64% a 36%. No eleitorado católico, ele vence por 58% a 42%.
 
O petista conquistou sete de cada dez eleitores que, no 1.º turno, votaram em Celso Russomanno (PRB), o terceiro colocado na disputa. Serra ficou com 24% desse contingente. Entre os eleitores de Gabriel Chalita (PMDB), 57% migraram para o candidato do PT, e 43% para o do PSDB (votos válidos).
 
Na segmentação do eleitorado por idade, Serra alcança o adversário apenas entre os paulistanos com 50 anos ou mais (51% para o tucano e 49% para o petista, o que configura um empate técnico). Haddad abre sua maior vantagem, de 46 pontos porcentuais, entre os mais jovens, com 16 a 24 anos (73% a 27%).
 
O tucano vence no eleitorado com curso superior: 54% a 46%. Nas demais faixas de escolaridade, o candidato do PT tem taxas de intenção de voto sempre superiores a 60%.
 
A pesquisa foi feita entre os dias 25 e 27. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.
 
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Portugal: PASSOS MANHOSO QUER PRATICAR O “MILAGRE DA REFUNDAÇÃO”

 


UGT desconhece o que Passos Coelho quer dizer com "refundação" e afasta cenário de revisão constitucional
 
Lisboa, 28 out (Lusa) - O secretário-geral da UGT, João Proença, disse hoje à Lusa desconhecer o que o primeiro-ministro quis dizer com "refundação do memorando de entendimento" e manifestou-se "totalmente contra" qualquer cenário de revisão constitucional.
 
João Proença falava à Lusa à margem do IX Congresso do MODERP - Movimento Democrático de Reformados e Pensionistas, que juntou cerca de uma centena de pessoas em Lisboa.
 
No encerramento das jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS-PP, que decorreu no sábado na Assembleia da República, o primeiro-ministro afirmou que até 2014 vai realizar-se uma reforma do Estado que constituirá "uma refundação do memorando de entendimento" e defendeu que o PS deve estar comprometido com esse processo.
 
Instado a comentar estas afirmações, João Proença disse: "Ainda não sabemos bem o que é que o primeiro-ministro e presidente do PSD queria dizer com essa questão de refundação".
 
No entanto, acrescentou João Proença, existem "três questões que estão nessas discussões".
 
A primeira é que "infelizmente o Governo perdeu claramente de vista que deve haver um grande diálogo entre partidos, nomeadamente com o Partido Socialista, relativamente às medidas do acordo com a troika".
 
João Proença recordou que em maio do ano passado, quando foi assinado o memorando de entendimento com a troika, "o acordo foi feito nessa base e depois o Governo foi deixando cair e hoje há decisões, muitas vezes tomadas nas costas dos portugueses, entre o Governo ou parte do Governo e a troika com total ignorância da população e sem qualquer diálogo com o partido da oposição".
 
Por isso, se as afirmações de Passos Coelho foram "no sentido de haver um maior diálogo e maior compromisso em termos nacionais em relação à troika parece-nos positivo. Esperemos que assim seja".
 
O líder da central sindical apontou como segunda questão o Estado Social, que apesar de ter "carências", responde a "uma grande conquista das pessoas de terem direito à educação, saúde e à proteção social".
 
Apesar de nos últimos tempos se assistir a um "ligeiro desequilíbrio" devido à subida do desemprego, Proença sublinhou que esta é uma situação transitória, mas defendeu que necessário prever a sustentabilidade futura da segurança social.
 
"Da nossa parte há uma permanente abertura ao diálogo sobre estas matérias, nomeadamente cofinanciar o Estado Social", sublinhou o secretário-geral
 
João Proença disse que há abertura para a discussão sobre este tema, mas apontou que "tem de haver um amplo consenso" em relação a esta matéria.
 
"Quando se mexe em questões estruturais não pode ser por decisão do Governo, tem de ter um apoio que garanta a estabilidade das políticas".
 
Em relação à terceira questão, que João Proença apontou como o "desafio" que foi feito ao PS para "entrar num processo de revisão constitucional, a central sindical diz-se "totalmente contra".
 
"Achamos totalmente absurdo que seja a troika ou quaisquer ideias do Governo que possam condicionar o quadro constitucional. A Constituição também deve garantir a estabilidade e confiança dos portugueses", disse.
 
Proença salientou que em Portugal vive-se atualmente momentos de forte insegurança dada a precariedade e queda de rendimento das famílias.
 
"No momento em que há insegurança causar mais um problema merece a nossa total oposição".
 
A Constituição é "um garante de um quadro geral de obrigações, direitos, de organização de Estado democrático. Não pode ser uma mudança conjuntural para responder a obrigações perante a troika ou para responder a imposições externas. Parece-nos absurdo ir por esse caminho", concluiu.
 
ALU/(IEL) // MSP
 
António José Seguro quer saber o que o primeiro-ministro entende por refundação do memorando da troika
 
Almada, 27 out (Lusa) – António José Seguro pediu hoje ao primeiro-ministro para clarificar o que pretende dizer com a proposta de refundação do memorando da troika mas advertiu desde já que o PS "não está disponível para colaborar no desmantelamento do Estado Social".
 
"O primeiro-ministro falhou, meteu-se numa camisa de sete varas", disse o líder socialista, que repetiu a expressão por duas vezes e acrescentou que não poderia responder ao repto de Pedro Passos Coelho para que o PS participasse na refundação do memorando porque o primeiro-ministro não soube explicar o que queria.
 
"Quer dizer o quê com a refundação do programa de ajustamento? Atualização, nós sabemos. É que o primeiro-ministro já fez cinco atualizações do memorando, da sua exclusiva responsabilidade, e não aproveitou essas atualizações para melhorar o nosso programa de ajustamento", disse.
 
Para António José Seguro, a refundação "é uma singularidade no léxico político português e é uma novidade que o primeiro-ministro hoje deixou no seu discurso".
 
Nós socialistas, não nos podemos pronunciar sobre algo que o primeiro-ministro não foi capaz de explicar aos portugueses e que nós pretendemos que ele explique com clareza", acrescentou.
 
O líder do PS, que falava a centenas de militantes num jantar que decorreu no complexo municipal de desportos de Almada, garantiu, no entanto, que não fará qualquer acordo "nas costas dos portugueses" e que não está disponível para colaborar no "desmantelamento do Estado Social".
 
"O PS não está disponível para nenhuma revisão constitucional que ponha em causa as funções sociais do Estado, que são instrumentos para o combate às desigualdades sociais, para a coesão social e para a solidariedade entre gerações".
 
O líder do PS garantiu que "os acessos à saúde, à educação e à proteção social são pilares de uma matriz civilizacional de que o PS nunca abdicará".
 
António José Seguro falava num jantar em que renovou as críticas que tem vindo a fazer ao Governo PSD/CDS pela degradação da situação económica e pelo aumento do desemprego.
 
O líder socialista acusou ainda o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de o ter criticado, durante as jornadas parlamentares do PSD e do CDS/PP, por falar da situação de Portugal na Europa.
 
"Eu não abdico de dizer a verdade em Portugal e na Europa daquilo que se está a passar no país", frisou, reafirmando que o PS irá votar contra o Orçamento do Estado para 2013.
 
GR // MSP
 
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Portugal: EXMO. SR. PRESIDENTE

 

Tiago Mota Saraiva – i online, opinião
 
Vejo cada vez mais amigos partir. Não partem para a guerra, como outrora, mas vêem-se forçados a fugir do deserto em que V. Ex.a e os seus transformaram este país. Por cá vão ficando apenas os mais velhos, os mais corruptos, alguns remediados com esperança que o céu não lhes caia sobre a cabeça e todos os que já não têm carteira para emigrar, para duas refeições diárias ou para a urgência do hospital.
 
Convirá que com os seus dois anos como ministro das Finanças, dez anos como primeiro-ministro e sete anos como Presidente da República, não me restarão grandes dúvidas quanto à sua responsabilidade pelo estado do país. Mas que fique claro, não o vejo como um incompetente. Vejo-o como alguém que sempre governou para si e para os seus, e teve a arte de convencer os mais incautos de que o fazia para o bem de todos. Os mesmos que vão tratando por professor o mais antigo político profissional deste país.
 
Não lhe escrevo para lhe pedir que vete o Orçamento do Estado que nos condena à barbárie, nem para que o remeta ao Tribunal Constitucional. Não lhe peço que se preocupe com cumprir o texto fundamental da nossa República que V. Ex.a jurou fazer cumprir.
 
Escrevo-lhe para exigir que declare o fim da festa junto dos seus.

Exijo que convoque uma reunião dos seus fiéis, um Conselho de Estado alargado a todos os interesses e interesseiros que vampirizaram este povo, para lhes participar que a festa acabou. Escrevo-lhe para lhe exigir a si e aos seus que assumam a sua dívida com o povo e com o país. Dos milhares de milhões do BPN aos dos submarinos, passando por todas as parcerias público-privadas que V. Ex.a inventou.
 
Pela minha parte, apenas lhe prometo tudo fazer para que quanto mais tempo demorar a declarar o fim da festa, maior seja a consciência política deste povo que tanto lhe deu e que, no fundo, sempre desprezou.
 
Escreve ao sábado
 

Portugal: DEPUTADA DO PSD NEGA CONFLITO DE INTERESSES

 

 
Vice-presidente da bancada parlamentar do PSD é advogada no escritório que representa a Lusa e advoga contra os interesses da agência na Assembleia da República
 
Francisca Almeida, vice-presidente da bancada do PSD, é advogada da Cuatrecasas, escritório que representa a agência Lusa, é coordenadora dos deputados sociais-democratas na Comissão de Ética - onde as questões de media são debatidas - e foi a voz do PSD no debate de urgência sobre a ameaça de despedimento coletivo na agência noticiosa.
 
Francisca Almeida confirma a ligação profissional (que consta no site da Assembleia da República), mas nega "qualquer incompatibilidade".
 
Contactada pelo Expresso, disse ter "uma colaboração esporádica" com o escritório do Porto. "Nunca assessorei, nem direta nem indiretamente, qualquer processo que envolvesse a Lusa", disse, sublinhando que a firma ibérica "só em Portugal tem 150 advogados".
 
A deputada, de 28 anos, diz ser importante "manter uma carreira profissional" além da atividade político-partidária.
 

Golpistas dizem que Portugal sabia "direta ou indiretamente" dos movimentos de Ntchama

 

MB – PNG - Lusa
 
Bissau, 28 out (Lusa) - O porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, Daba Na Walna, afirmou hoje que Portugal de forma "direta ou indireta sabia das movimentações" do capitão Pansau N'Tchamá, alegado líder do ataque a um quartel em Bissau.
 
Em conferência de imprensa em Bissau, o tenente-coronel Na Walna referiu-se ao percurso do capitão Pansau N´Tchamá até à sua captura no sábado, na ilha de Bolama, salientando que o militar esteve entre Portugal e a Gâmbia.
 
Segundo o porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, "Portugal não cuidou bem da vigilância ao Pansau", que apareceu em Bissau a liderar um ataque a um quartel militar.
 
"Como é que um indivíduo que se encontrava em Portugal, com o estatuto que ninguém sabe ao certo se residente ou se exilado político, aparece aqui a atacar um quartel fortificado? Portugal não cuidou bem da vigilância ao Pansau", afirmou Na Walna prometendo mais elementos assim que o capitão for apresentado à justiça militar.
 
Daba Na Walna disse ainda que o ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses Zamora Induta seria o orquestrador do ataque executado por Pansau N'Tchamá e que este contou com cúmplices internos, mas que a operação foi montada no exterior.
 
A 21 de outubro, o quartel dos para-comandos (uma força de elite do Exército guineense) foi atacado por um grupo de homens que, na versão das autoridades civis e militares, seriam comandados pelo capitão Pansau N'Tchamá.
 
Do ataque, resultaram seis mortos.
 

Associação muda vida de bairro pobre de Bissau com patos, galinhas e computadores

 

Mussá Baldé, da agência Lusa
 
Bissau, 28 out (Lusa) - No bairro de Antula, um dos mais pobres da capital da Guiné-Bissau, um grupo de jovens está a mudar a vida das pessoas através de projetos simples: criação de patos e formação intensiva em várias áreas.
 
Em cinco anos a Associação Asas do Socorro (AAS) já formou mais de mil jovens do bairro de Antula em áreas como informática, contabilidade ou gestão de recursos humanos. E ainda ajuda a melhorar a higiene e a dieta alimentar no bairro.
 
Alfredo Cá, mentor e secretário executivo da associação, conta à Agência Lusa que a iniciativa surgiu pela necessidade de mudar a vida das pessoas do bairro, sobretudo dos jovens. Antes da existência da AAS "não havia um único jovem no bairro de Antula formado no domínio da informática", hoje "são mais de mil", conta.
 
Uma casa simples erguida no coração de bairro serve de centro de formação. Local de frequência obrigatória dos jovens, por lá é ensinada a informática e outras matérias, ministradas por jovens que já se formaram no mesmo local.
 
Tudo começou com cinco computadores. Hoje já são mais de 30. Com o dinheiro gerado pela associação, alguns jovens do bairro frequentam cursos superiores em Portugal e no Brasil.
 
Com orgulho, Alfredo Cá conta que os equipamentos que dão energia solar ao centro foram oferecidos "por amigos italianos". A uma centena de metros, o rudimentar aviário (com mais de 1.500 aves), foi construído com fundos da Solidariedade Socialista Belga.
 
Ao lado do aviário fazem-se potes de barro com torneiras. Alfredo Cá diz que os potes melhorados são já usados por várias famílias do bairro o que, enfatiza, ajuda a reduzir os riscos de contrair infeções.
 
Para o responsável, o muito que a associação já conseguiu partiu de coisas simples. A criação de patos, por exemplo, começou com uma oferta de 50 dólares (38,6 euros) feita por "um amigo brasileiro", que gostou do trabalho da associação.
 
"Com esse dinheiro comprámos três patos, metemo-los no aviário, hoje temos 19 patos", diz Alfredo Cá. A criação é vendida no mercado do bairro e em quase toda a capital, Bissau.
 
O aviário tem galinhas de raças cruzadas, as da Guiné e as do Gana, o que dá galinhas de tamanho grande, diz Cá, ao mesmo tempo que anuncia outros projetos para fazer crescer o aviário.
 
O responsável da Asas do Socorro vê na criação dos animais uma forma de "combater a pobreza e de melhorar a dieta alimentar no bairro", mas também uma forma de ajudar o país a canalizar as divisas para outros setores.
 
"Gasta-se muito dinheiro na compra de frango importado e de ovos. Dados das Alfandegas de Bissau mostram que só em 2009 o país importou 1.300 toneladas de frango congelado e 800 toneladas de ovos. É muito dinheiro. Nós queremos inverter isso, produzindo estes produtos aqui no país", sublinha.
 
Confiante na justeza da linha orientadora da sua associação, Alfredo Cá mostra à Lusa a única carrinha que AAS possui e que serve apenas para transportar os animais para os mercados e trazer a ração alimentar para o aviário.
 
"Depois de tudo isso paramos a carrinha", garante, salientando a diferença da "sua" associação em relação a outras, que, diz, "preferem ter carros em vez de projetos".
 
No futuro, a associação pretende continuar a desenvolver-se apoiando mulheres viúvas em projetos de criação de animais em casa, formar mais jovens, produzir a própria ração para os animais e produzir o arroz, que é a base da dieta alimentar do país.
 
Se possível, diz, a associação conta ter um frigorífico próprio para congelar o frango abatido para depois vender aos restaurantes.
 
A ideia de Alfredo Cá é transformar radicalmente a vida em Antula, um bairro que o próprio carateriza de urbano e rural ao mesmo tempo e que terá de conhecer o desenvolvimento nos próximos tempos, nas Asas do Socorro.
 

Descolonização portuguesa facilitou invasão indonésia de Timor - investigador

 
Horta e Lobato, guerra civil em curso (1975)

RBV – JMR - Lusa
 
Lisboa, 26 out (Lusa) - O investigador da história de Timor, Fernando Augusto de Figueiredo, disse hoje à agência Lusa que a forma como Portugal deixou Timor-Leste facilitou a invasão indonésia da antiga colónia portuguesa.
 
"O processo de descolonização, como sabemos, foi muito atribulado, não foi preparado (...) o próprio processo de descolonização não foi um processo normal, não foi um processo pacífico, não foi um processo preparado, embora houvessem algumas pressões internacionais, nomeadamente das Nações Unidas", disse Fernando Augusto de Figueiredo, que lança hoje o livro "Timor - A Presença Portuguesa", no Museu do Oriente, em Lisboa.
 
Essas pressões, que, diz o investigador, começaram "muito cedo, na década de 1960", tinham como objetivo levar a ditadura portuguesa a preparar o futuro de Timor-Leste, até porque os holandeses já tinham atribuído a independência à Indonésia, em 1948, num processo que mereceu críticas pela forma desordenada como decorreu.
 
"Eram pressões no sentido de preparar o futuro de Timor, de preparar a administração, inserir cada vez mais os locais nessa administração e preparar o futuro de Timor através da preparação de elites locais capazes de tomarem conta, elas mesmas, desse território", frisou.
 
"A verdade é que não foi esse o caminho seguido, de forma orientada e consequente, pelo governo de Salazar e depois de Marcelo Caetano", acrescentou Fernando Augusto de Figueiredo.
 
O investigador do Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa relaciona também a falta de quadros locais com a guerra civil que engoliu o território após a saída do governo colonial português, em 1975, ano em que a Indonésia invadiu Timor.
 
"Quando surge a descolonização, a gente que está preparada para esse tipo de tarefas administrativas é pouca, há todo o um movimento revolucionário e de violência que se gera a partir daí e que, de algum modo, justifica depois a intervenção da Indonésia, que aconteceria de qualquer modo mas que encontrou pretextos para o fazer daquela maneira", acrescentou.
 
O livro de Fernando Augusto de Figueiredo retrata a presença portuguesa numa perspetiva histórica entre 1769, quando os portugueses se fixam em Díli, a capital timorense, e 1945, quando acaba a ocupação de Timor pelos japoneses, na segunda Guerra Mundial.
 

China: TIBETANO IMOLA-SE PELO FOGO, O QUINTO NO INTERVALO DE UMA SEMANA

 
 
DM - DM
 
Pequim, 27 out (Lusa) -- Um tibetano, de 23 anos, imolou-se pelo fogo na sexta-feira no oeste da China, elevando para cinco o total de imolações pelo fogo em protesto num intervalo de apenas uma semana, denunciou hoje a Free Tibet.
 
Tsewang Kyab morreu após ter ateado fogo a si próprio na principal rua da cidade de Amuquhu, condado de Xiahe, disse a organização, com sede em Londres.
 
No mesmo dia, Lhamo Tseten um agricultor de 24 anos, também morreu depois de se ter imolado pelo fogo perto de uma base militar e de uma representação governamental em Amuquhu, de acordo com a Free Tibet.
 
A agência oficial chinesa Xinhua reportou a ocorrência referindo-se a um homem tibetano como o mesmo nome, contudo, de acordo com a agência noticiosa Associated Press, os detalhes eram diferentes. A Xinhua afirmou que Lhamo Tseten tinha 23 anos e se imolou pelo fogo junto a um hospital.
 
Na semana passada em Xiahe, na província de Gansu, um pastor, um agricultor e um homem na casa dos 20 anos também morreram após se terem imolado pelo fogo.
 
Dezenas de tibetanos imolaram-se pelo fogo na região desde março de 2011 para protestar contra aquilo que os ativistas designam como "administração de mão pesada" de Pequim. Muitos apelaram mesmo ao regresso do Dalai Lama, o seu líder espiritual no exílio.
 
Xiahe acolhe o mosteiro Labrang, um dos mais importantes fora do Tibete, fundado no século XVIII, que tem sido palco de inúmeros protestos de monges desde os mortíferos conflitos étnicos em 2008.


Família do primeiro-ministro chinês nega possuir qualquer “fortuna escondida

 

AC - Lusa, com foto
 
Pequim, 28 out (Lusa) - A família do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, rejeitou as recentes acusações acerca da sua "fortuna escondida" e afirmou que o governante "não desempenhou qualquer papel" nos negócios de familiares, revelou hoje um jornal de Hong Kong.
 
"A chamada 'fortuna escondida' de membros da família de Wen Jiabao relatada pelo New York Times não existe", diz um comunicado de dois advogados da família, publicado pelo South China Morning Post.
 
É a primeira vez que um alto lider chinês emite um comunicado refutando um artigo de um orgao de informação estrangeiro, realça o South China Morning Post.
 
O comunicado, emitido sabado à noite em Pequim pelos advogados Bai Taojun e Wang Weidong, refere que alguns familiares do primeiro-ministro chinês "estiveram envolvidos em actividades económicas, mas não cometeram qualquer ilegalidade e nunca detiveram ações de qualquer companhia".
 
"Wen Jiabao nunca desempenhou qualquer papel nos negócios de familiares e muito menos consentiu que esses negócios tivessem qualquer influência na definição e execução das suas políticas", afirma o comunicado.
 
De acordo com os resultados de uma investigação publicada na passada quinta-feira pelo New York Tines, a mae, a mulher, o filho e outros familiares de Wen Jiabao conseguiram acumular "uma fortuna de pelo menos de 2,7 mil milhões de dolares" (2,08 mil milhões de euros)
 
A mãe de Wen Jiabao, Yang Zhiyun, é uma professora reformada que, segundo o New York Times, detinha em 2007 uma participação no capital de uma grande seguradora estatal avaliada em 120 milhões de dolares (92,6 milhoes de euros).
 
"Além da pensão de reforma regulamentar que recebe, a mãe de Wen Jiabao nunca teve outra fonte de rendimento ou propriedade", afirma o comunicado.
 
Os dois advogados afirmam ainda que estão "mandatados" por familares de Wen Jiabao para "continuar a prestar esclarecimentos acerca dos inverdadeiros relatos do New York Times" e admitem "processar" o jornal.
 
Na sexta-feira, questionado sobre o assunto, o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Hong Lei limitou-se a responder que "alguns relatos difamam a China e têm segundas intenções".
 
Wen Jiabao, 70 anos, conotado com a corrente reformista do Partido Comunista Chinês (PCC), termina em março de 2013 o segundo e último mandato à frente do governo.
 
As alegações do New York Times foram recebidas como "uma bomba" entre os diplomatas e jornalistas estrangeiros colocados em Pequim por atingir um lider descrito habitualmente como uma "figura paternal" e de "origem humilde", que tem defendido o "aprofundamento das reformas políticas e económicas".
 
Há cerca de um mês, um destacado lider do PCC, Bo Xilai, foi expulso do partido por corrupção, abuso de poder e "outras graves violações da disciplina", mas, neste caso, trata-se de uma personalidade conotada com a chamada corrente "esquerdista" ou "neo-maoista".
 

PRESIDENTE GREGO DIZ QUE O POVO JÁ DEU TUDO O QUE TINHA A DAR

 

 
O presidente grego, Carolos Papoulias, afirmou, este domingo, que a Grécia tem de sair rapidamente da grave crise económica porque o povo grego já deu tudo o que tinha para dar.
 
Papoulias, que discursava numa parada militar, disse que a recuperação face à crise que mantém o país dependente da ajuda internacional há dois anos tem de ocorrer "em breve, porque não se pode pedir mais a este povo que já deu tudo".
 
"Apesar das dificuldades, o povo grego vai sair da crise", disse também.
 
Papoulias falava no final da parada militar anual em Tessalónica (norte) para comemorar a resistência grega às forças do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial.
 
Sublinhando o papel da Grécia naquela guerra, Papoulias afirmou que muitas pessoas, fora do país, querem "esquecê-lo", porque não querem "reconhecer o que a Europa deve à pequena Grécia".
 
A segurança foi reforçada para a realização da parada, que decorreu sem incidentes, segundo a agência grega.
 
Em 2011, milhares de manifestantes contra a austeridade bloquearam a parada de Tessalónica, obrigando o presidente a voltar para trás.
 

Grécia: DETIDO JORNALISTA GREGO QUE PUBLICOU “LISTA LAGARDE”

 

MDR – SO – Lusa, com foto
 
Atenas, 28 out (Lusa) – Um jornalista grego foi detido hoje por ter revelado os nomes de uma lista de cidadãos com contas bancárias na Suíça e vai ser presente ao procurador de Atenas, informou fonte policial citada pela agência France Presse.
 
O jornalista Kostas Vaxevanis publicou os 2.059 nomes da lista entregue ao Governo grego, em 2010, por Christine Lagarde, na altura ministra das Finanças de França.
 
O anúncio de que o gabinete de procurador de Atenas ordenou um inquérito à publicação da lista pela revista HotDoc indignou muitos gregos e dominou os comentários nas redes sociais.
 
“Em vez de prenderem os ladrões e os ministros que violam a lei, querem prender a verdade”, escreveu o jornalista na sua conta no Twitter no sábado à noite.
 
A lista faz parte de um conjunto de documentos revelado por um funcionário do banco HSBC na Suíça e foi entregue ao Governo grego em 2010 pela ex-ministra francesa e atual diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI).
 
O ministro das Finanças grego à época, George Papaconstantinou, disse na quarta-feira passada no Parlamento não saber o que aconteceu ao original da “lista Lagarde”.
 
No mesmo dia, o atual ministro das Finanças, Yannis Stournaras, disse ter pedido a França que envie uma cópia.
 
O Governo de coligação grego saído das eleições de junho começou por afastar a possibilidade de agir judicialmente contra as pessoas que constam da lista, por evasão fiscal, alegando que ela foi obtida ilegalmente.
 
Mas a indignação de muitos gregos com o que consideraram ser uma tentativa de encobrimento do caso obrigou o Governo a recuar.
 

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