UNITA ANGOLA
Passavam poucos
minutos das 10H00 (ontem), quando a caravana do líder da UNITA escalou uma área vasta,
sem casas, com apenas um imponente em pé, com chaminés ao ar – tratava-se da
cerâmica Maiombe – a tal que está na origem da desgraça dos angolanos daquela
zona. A visita do Presidente Samakuva começou pela área onde foram demolidas
residências do povo. Já nessa altura começaram as movimentações de forças
policiais, com intenção clara de inviabilizar a actividade do líder da UNITA
Logo pela manhã
membros da UNITA dos mais diversos escalões dirigiam-se ao Cacuaco, para
acompanhar a jornada de campo do Presidente Isaías Samakuva, que agendara para
este Sábado, 23 de Fevereiro de 2013, visita aos desalojados dos bairros de
Maiombe e Baixa de Cassanje.
Passavam poucos minutos das 10H00, quando a caravana do líder da UNITA escalou
uma área vasta, sem casas, com apenas um imponente em pé, com chaminés ao ar –
tratava-se da cerâmica Maiombe – a tal que está na origem da desgraça dos
angolanos daquela zona.
A visita do Presidente Samakuva começou pela área onde foram demolidas
residências do povo. Já nessa altura começaram as movimentações de forças
policiais, com intenção clara de inviabilizar a actividade do líder da UNITA.
Depois de constatar os prejuízos causados ao povo, o Presidente da UNITA
dirigiu-se a outra área baldia onde se viam apenas chapas a brilharem, era para
lá que as populações foram transferidas.
Foi nesse percurso que Isaías Samakuva que deslocou-se do seu gabinete para uma
jornada de solidariedade com as populações desalojadas na zona de Maiombe e
Baixa de Cassanje ao Município de Cacuaco, viu-se impedido de estabelecer
qualquer contacto com homens, mulheres e crianças em situação de risco.
Acompanhado de Deputados e demais membros do Partido, o Presidente da UNITA foi
travado por um aparato policial impressionante, orientado superiormente por
António Ribeiro, Comandante de Divisão de Cacuaco, que alegava estar agir sob
ordens superiores.
Durante pouco mais três horas, o Presidente da UNITA permaneceu diante da
barreira policial e debaixo de um sol abrasador, ao mesmo tempo que assistia às
investidas de helicópteros que realizaram manobras que perigavam a segurança
das pessoas.
O Presidente Samakuva
testemunhou com os seus próprios olhos a forma brutal e cruel como os efectivos
policiais desferiram golpes e violentaram cidadãos indefesos e afugentaram as
populações com vagas de voos arrasantes de helicópteros.
O Presidente da UNITA que é também membro do Conselho da República, nessa sua
deslocação a Maiombe fazia-se acompanhar de cisternas de água para distribuir
às populações que careciam do líquido precioso para as necessidades correntes
do dia-a-dia.
Os efectivos da polícia, em nome de interesses inconfessos impediram que o
Presidente da UNITA, a segunda maior força politica em Angola, com 32 assentos
na Assembleia Nacional falasse para os seus eleitores e ouvisse as suas preocupações.
Ficamos por saber
desde quando é crime e desobediência às autoridades, os partidos políticos
realizarem actividades políticas.
O que o Presidente Samakuva quis realizar no Maiombe seria uma jornada de
solidariedade própria de políticos sensíveis ao sofrimento dos seus cocidadãos.
O que se assistiu este sábado no território de Cacuaco, mais precisamente no
bairro Maiombe foi uma demonstração desproporcional de forças e meios contra as
populações pacíficas e mais uma vez suscitou dúvidas se José Eduardo dos Santos
é mesmo Presidente dos angolanos e se merece estar no Palácio da cidade alta. Está
desqualificado.
Não pode ser Presidente da República quem movimenta forças policiais e
helicópteros para intimidar o povo, mulheres e crianças e impedir que as
populações exprimam as suas preocupações aos políticos que as visitam.
Os jornalistas da TV Zimbo que estiveram no terreno e presenciaram tudo, não
tiraram nem sequer uma fotografia, por intimidação da polícia. O repórter da
RTP-Africa confrontou diversas barreiras policiais.
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