sexta-feira, 22 de março de 2013

Angola: TRIBALISMO EM QUESTÃO - COMUNICADO DO PROTECTORADO DA LUNDA TCHOKWE




COMUNICADO DE IMPRENSA

MARTINHO JÚNIOR ACUSA O PROTECTORADO DA LUNDA COM IDEOLOGIA TRIBALISTA E CONFISSÕES OCULTAS COM A UNITA

Este texto surge para responder as inquietações da publicação do Jornalista em epigrafe que acusou gravemente o Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, com matéria publicada no “site” PaginaGlobal dia 18 de Março de 2013 e publicações subsequentes. Com a devida vénia vamos usar muitos extratos de publicações do eminente Deputado Eng.º C.T.K., por tais textos se enquadrar nesta matéria em específico.

Por ignorância de muita gente o povo Lunda Tchokwe é considerado de “Matumbo”, atrasado, tribalistas e inferior no contexto de Angola, porque somos humildes e não violentos.

Pois, tenhamos todos a consciência de que, os territórios que temos hoje, que compõem o espaço geográfico chamado Angola, é uma Herança dos grandes Reinos do Congo, do Ndongo/Matamba, do Bailundo, do Kwanhama e do Império Lunda Tchokwe. Trata-se dum grande mosaico multicultural heterogéneo dos Povos Bantu.

Qualquer raciocínio que não tenha em conta esta realidade histórica constitui um erro gravíssimo capaz de nos levar a erguer castelos no ar. Pois, este Concerto dos Reinos, que compõem Angola de hoje, resultou da ocupação de cada um deles pelo Poder Colonial Portuguesa. Para alguns Reinos através de tratados de protectorado reconhecidos internacionalmente, caso concreto da Nação Lunda Tchokwe 1885 -1894, disso ninguém tem dúvida, nem a própria Europa civilizada. Nenhum deles, dentre os Reinos, Ndongo/Matamba ou Congo conquistou os outros para que se transformasse em seus Vassalos.

O Sr. jornalista Martinho Júnior “Bajulador Kapanga do Regime caduco e totalitário” ou pesquisador do desconhecido vale do Cuango, onde a sua superior hierarquia mantem projectos de exploração dos diamantes da Lunda Tchokwe a favor da sua família e dos seus amigos, ao proferir graves acusações, ao tentar relacionar o Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe com pacto ou aliança ao Partido UNITA, o que afinal pretende insinuar? Tenha coragem de colocar os pontos nos “I” e traços nos “T”, sem confundir a opinião pública nacional e internacional com as suas insinuações.

A arrogância, as mentiras e a intolerância com que o Jornalista Martinho Júnior do Comité de especialidade do MPLA vem tratando as questões ligadas com a Nação Lunda Tchokwe, são próprias de um colonizador frustrado, dai os ataques insistentes e a tentativa de querer banalizar um movimento tão serio, com o envolvimento de tanta gente como um grupo, com argumentos tão baixos que não convencerão nem o menos atento desta sociedade.

“Samakuva visitou em Março de 2011 a região do Cuango e comecem por verificar um dos propagandistas das suas mensagens, as mensagens que na altura entendeu transmitir: o “site” do Protectorado da Lunda, por via duma reportagem de Manuela dos Prazeres, que para o fazer terá acompanhado a comitiva”!

Quem é o tal Protagonista de tais mensagens? É o Presidente do Movimento Eng.º José Mateus Zecamutchima? E em que dia o site do protectorado publicou tais mensagens? O Sr. pode provar estas afirmações publicamente? Logo o sr não passa de um mentiroso ao serviço do regime ditatorial a que serves como bajulador e lapiseira de aluguer para manter as migalhas que recebe.

“O Protectorado da Lunda é um grupo que pelo seu programa, ideologia (tribalista) e objectivos políticos, põe em causa a Constituição Angolana e esperava-se que, se a UNITA não teve responsabilidade que esse grupo fizesse cobertura e publicidade à passagem de Samakuva por Malange e pelas Lundas, tivesse o cuidado de emitir um comunicado dizendo que não se responsabilizava por essa publicidade, demarcando-se ao mesmo tempo desse grupo em tempo oportuno”.

“Samakuva e a UNITA calaram-se, (“quem cala consente”) e desse modo destaco a primeira ambiguidade: caberá aos partidos que têm acento na Assembleia Legislativa alinhar com grupos que nada têm a ver com a Constituição Angolana, muito pelo contrário?!”

Como Jornalista, o sr Martinho Júnior a primeira coisa que deveria ter feito era ir buscar o contraditório junto do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe em conformidade com a lei de imprensa vigente na constituição de Angola, que o Sr desconhece, fingindo que a defende. Desafiamos que o Sr não conhece nenhum membro da direcção ou da liderança do nosso movimento.

Jornalistas ou pesquisadores sérios, BBC, DW, RFI, VOA, THE GUARDIAN, RTP AFRICA, Agencia Lusa, Corpos Diplomáticos da União Europeia, da ONU, Instituições Internacionais, ONGs de defesa dos direitos humanos Angolanos e Internacionais etc, procuraram o Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, ouviram o contraditório, a verdade e confrontaram o Governo Angolano, este seria o seu dever antes de escrever “baboseiras” que em nada lhe servem, se quisesse contribuir para uma Angola una mas diverso.

Para aquilo que não temos domínio, melhor é mantermo-nos calados, do que fazer figura ridícula, até porque o próprio MPLA não acha graça nos seus textos, o Presidente José Eduardo dos Santos, o presidente da Assembleia Nacional, os Presidentes dos Partidos Políticos, as Comissões de trabalhos da AN, os comités de especialidades do MPLA, os serviços secretos do executivo, sabem que o movimento do protectorado da Lunda Tchokwe, não tem pactos ou alianças e ela não foi criada por alguma instigação de alguma força politica da oposição oculta.

Caro Jornalista e pesquisador do vale do Cuango, a Lunda de 1975 já não existe, a actual Lunda Tchokwe já têm capacidades intelectuais com visão periférica capazes de interpretar os sinais dos tempos e as mudanças que se impõe. O povo Lunda Tchokwe mudou e cada dia que passa mais quadros se vão formando para defenderem os seus inalienáveis direitos históricos e colectivos.

Lembramos ao senhor jornalista que no dia 26 de Fevereiro de 2012, publicamos no site do protectorado, o seguinte: “Corre rumores e boatos em círculos e órgãos oficiais em Luanda e em algumas cidades, as de que a Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe, tem aliança ou pacto político partidário com alguns Partidos da oposição Angolana.

1.- A Comissão de Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe, não é um partido Politico no contexto de Angola, é um Movimento de luta pacífica, sem violência em defesa legítima do Protectorado da Lunda sob fundamentos Jurídicos dos tratados de 1885-1894, da Lei 8904/1955 e o Manifesto Reivindicativo submetido ao Governo de Angola no dia 3 de Agosto de 2007.

2.- É um amplo movimento político jurídico de massas que reúne no seu seio todas as camadas sociais do povo Lunda e não só, sem discriminação da sua filiação partidária ou institucional político em Angola. A sua luta Reivindicativa é a instituição legítima de um governo de AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, ECONÔMICA E JURÍDICA DA NAÇÃO LUNDA.

3.- Assim sendo, a Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda esclarece a opinião pública Nacional e Internacional que não EXISTE NENHUMA RELAÇÃO DE ALIANÇA OU PACTOS DE NATUREZA POLITICO PARTIDÁRIO COM QUAISQUER FORÇAS DA OPOSIÇÃO ANGOLANA, existe sim relações de trabalho com Personalidades Individuais e Profissionais ligados a Partidos da oposição e do Partido Governante em Angola (MPLA). Esta relação não pode ser confundida com o objecto do nosso movimento reivindicativo”.


No seu lugar de “Bajulador confesso do regime ditatorial”, diz que somos um grupo, se somos um grupo, porque tem tanta dor da cabeça? Se escreveu, sabes que somos um povo inteiro desde o Kuando Kubango, Moxico, Lunda-Sul até ao Chitato Lunda-Norte e o regime não teria Activistas da Lunda Tchokwe nas suas cadeias ilegalmente.

O Sr Jornalista Martinho Júnior, se tem problemas com a UNITA de SAMAKUVA, não tenta criar problemas onde não existe problemas, o nosso processo é com o Governo Angolano, e as instâncias internacionais, Portugal, Bélgica, França, Alemanha, Inglaterra, ONU, UA, UA e Vaticano que felizmente estes acompanham minuciosamente o processo com equidade. Angola é Angola e a Lunda é a Lunda.

LER COMUNICADO NA INTEGRA EM SEPARATAS (barra lateral):

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2 comentários:

Anónimo disse...

MAIS UM ESFORÇOZINHO E VÃO TAMBÉM RECEBER DINHEIRO E PRÉMIOS DO NATIONAL ENDOWMENT FOR DEMOCRACY!!!... GENTE SÉRIA!!!...

...Jornalistas ou pesquisadores sérios, BBC, DW, RFI, VOA, THE GUARDIAN, RTP AFRICA, Agencia Lusa, Corpos Diplomáticos da União Europeia, da ONU, Instituições Internacionais, ONGs de defesa dos direitos humanos Angolanos e Internacionais etc, procuraram o Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, ouviram o contraditório, a verdade e confrontaram o Governo Angolano, este seria o seu dever antes de escrever “baboseiras” que em nada lhe servem, se quisesse contribuir para uma Angola una mas diverso...

Anónimo disse...

FANTOCHES!!!

RECORRER A "ARGUMENTOS HISTÓRICOS" DO SÉCULO XIX, QUANDO AS POTÊNCIAS COLONIAIS FAZIAM A PARTILHA DE ÁFRICA, PARA JUSTIFICAR O "REDESENHAR" DO CONTINENTE PROMOVIDO PELO IMPÉRIO NO SÉCULO XXI NÃO É SÓ UMA PROVA DE TRIBALISMO: É TAMBÉM UMA PROVA DE DIVISÃO, DE INGERÊNCIA E DE NEO COLONIALISMO!

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