terça-feira, 9 de abril de 2013

MARGARET, A AMIGA DE PINOCHET QUE DIZIA QUE MANDELA ERA UM TERRORISTA



Carlos Tadeu

Margaret Thatcher faleceu. Foi primeira-ministro inglesa. Apelidaram-na de Dama de Ferro. Deparamos após a sua morte, desde ontem, com contentores de elogios e de lamentos sobre senhora que feneceu sem memória e absolutamente zumbiada aos 87 anos.

Nem se disse sobre se ela sabia quem era, onde estava e o que fazia neste mundo depois da doença se ter apossado dela. O que se vê são contentores de elogios à senhora. E lamentos. Também aqui lamentamos a sua morte. Principalmente agora porque pelo que sabemos já não causava mal a ninguém. O mesmo não podem dizer que assim era quando exerceu o cargo de PM de Inglaterra. Disso não vimos muito nos textos que vamos lendo.

Margaret, a amiga do peito e até protetora do fascista e assassino chileno Augusto Pinochet. Margaret, a racista e arquinimiga de Nelson Mandela - que considerava terrorista. Margaret, dama de ferro porque o seu conservadorismo roçava o fascismo. Margaret, a repressora de maior vulto dos trabalhadores ingleses. Margaret, uma dama de pecadilhos a quem lavaram e lavam a imagem sabendo-se que nela nem tudo foram rosas, nem decisões democráticas ou ausentes de racismo. Margaret, a Dama de Ferro que enferrujou, desmemoriando-se como que por castigo ou benesse do Criador (Deus, Alá ou outro).

É evidente que teve atitudes e ações positivas e negativas, como qualquer outro ser humano (até Hitler ou Estaline). Mas, por favor, não lhe engraxem mais a alma nem lhe lambam os pés esqueléticos e já cadáveres porque afinal morreu e a história para ser exata, verdadeira, correta, não pode nem deve somente enaltecê-la porque também fez muita porcaria e também causou muitos males aos seus compatriotas e outros governados, no seu país e noutros. Margaret, uma adepta do apartheid na África do Sul e onde mais existisse.

Que descanse em paz, isso sim. Até lhe perdoamos na hora da morte. Não somos "de ferro" como ela. Temos coração, sabemos ser humanos e respeitadores. Mas apreciadores da verdade, da verdade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Aproveita agora e critique um certo genocida chamado Fidel.

kkkkkkkkkkk

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