Bocas
do Inferno
Mário
Motta, Lisboa
O
título é explícito. Chamam a Paulo Macedo "Doutor Morte". Através dele é fácil depreender que andam a matar por aí pessoas.
Concretamente portugueses. Mais exatamente, neste caso abordado em baixo, em Évora.
Mas não faltam em Portugal casos semelhantes ou associados aos “cortes”
orçamentais que são causa direta ou indireta da morte de muitos mais
portugueses por falta de assistência médica e/ou medicamentosa.
Todas
as culpas parece que são empurradas para um ministro, o da Saúde, Paulo Macedo, mas com o tempo a passar e as mortes a sucederem-se é tempo de também apurar
responsabilidades a todo o governo, aos que têm aprovado os “cortes” que matam.
Se for caso disso até ao manhoso presidente da República corporizado no nefasto Cavaco
Silva , que assina de cruz as políticas impostas pelo governo,
pela falsa maioria de deputados que há muito tempo não representam a vontade
dos seus eleitores porque foram eleitos com base numa chusma de mentiras. Se
Paulo Macedo, o cangalheiro ministro, é o Doutor Morte, não será que os
restantes pares do governo Cavaco-Passos-Portas e seus deputados são os doutores assassinos?
Os
que vão morrer que decidam a resposta. Como a vida é uma roleta qualquer mortal da populaça deste país está sujeito a perder a vida por consequências similares aos casos
de Évora e de outras regiões. Os “cortes” estão a encurtar e a
cortar-nos a vida. A impunidade senta-se em Belém e em São Bento mas disso nem
se fala, quanto mais agir-se para combatê-la. A morte anda à solta e de mãos dadas com os políticos que se sentam nos poderes.
Segue-se
a narração do DN de mais um anúncio de morte, demonstrando que este governo,
com as políticas impostas, mata que se farta.
Homem
morre em Évora após falha de VMER
Um
doente morreu na terça-feira em Évora sem ter acesso a resposta da VMER de
Évora, que estava inoperacional nesse dia falta de recursos humanos. A viatura
foi chamada a socorrer um doente em paragem cardiorrespiratória, que acabou por
morrer, confirmou hoje o hospital. É o terceiro caso de morte sem assistência
em Évora.
Fonte
do gabinete de comunicação do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) disse
à agência Lusa que a VMER não esteve operacional no turno entre as 08:00 e as
16:00, por falta de recursos humanos.
Este
é o terceiro caso conhecido, envolvendo vítimas mortais, em que a VMER de Évora
está indisponível quando é solicitada para uma situação de emergência, depois
de, em abril deste ano, não ter participado no socorro a dois homens que
sofreram um acidente, perto de Reguengos de Monsaraz, e que acabaram por
morrer.
Também
no dia 25 de dezembro de 2013,
a VMER estava inoperacional quando um acidente na
Estrada Nacional (EN) 114, entre Évora e Montemor-o-Novo, que envolveu dois
automóveis e um cavalo, provocou quatro mortos e quatro feridos graves.
No
caso de terça-feira, a fonte hospitalar indicou que "não tendo sido
possível garantir a operacionalidade" da VMER, o Instituto Nacional de
Emergência Médica (INEM) foi informado para que pudesse ativar os outros meios
disponíveis na área".
A
mesma fonte garantiu que a unidade hospitalar "tem feito, até à data,
todos os esforços" para "completar todos os turnos e garantir a maior
operacionalidade possível da VMER".
João
Caraça, adjunto do comando dos Bombeiros de Évora, explicou à Lusa que a
corporação foi solicitada, na terça-feira de manhã, para "uma paragem
cardiorrespiratória, num bairro limítrofe da cidade".
"Ao
chegarmos ao local, verificámos que era de facto uma paragem cardiorrespiratória
e pedimos apoio diferenciado, mas o Centro de Orientação de Doentes Urgentes
(CODU) informou-nos que iniciássemos manobras e que transportássemos a vítima
para o hospital", referiu.
O
responsável adiantou que elementos da corporação transportaram o homem de 64
anos em paragem cardiorrespiratória "até ao hospital em manobras" e
que, passado algum tempo, foram "informados que a vítima tinha
falecido".
Também
em declarações à Lusa, a porta-voz do Movimento de Utentes de Serviços Públicos
(MUSP) do distrito de Évora, Lina Maltez, lamentou a inoperacionalidade da
VMER, uma situação que considerou "recorrente".
"Infelizmente,
as pessoas não podem escolher a hora a que a VMER está operacional para terem
acidente ou um problema de saúde grave", afirmou, realçando que o
movimento já alertou várias vezes para esta situação, mas, "aparentemente,
nada continua a ser feito".
Considerando
que a inoperacionalidade da VMER resulta "certamente do corte de
verbas", a porta-voz do MUSP do distrito de Évora alegou que "o Governo
corta no setor da saúde e, depois, não há dinheiro para contratar os médicos
que possam prestar o serviço na viatura".
Lusa,
em Diário de Notícias
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