domingo, 29 de março de 2015

MADEIRENSES APOSTAM EM MAIS DO MESMO. PSD CONSEGUE MAIORIA ABSOLUTA



Celso Vanderlei, Funchal

O PSD Madeira conseguiu a maioria absoluta nas eleições de hoje no arquipélago. Como disse esta manhã ao Página Global acerca da minha perspetiva destas eleições na Madeira só vão mudar as moscas. Confirmou-se.  

Saiu o Jardim e entrou um seu sucessor, Miguel Albuquerque. Se tiver durabilidade de vida para isso, Albuquerque arrisca-se a ficar no governo regional por quase 40 anos, como Jardim. Os madeirenses não gostam de mudar. 

Mesmo que um amo lhes dê vergastadas e tenham a alternativa de mudar para um amo que não os vergaste, eles preferem invariavelmente o das vergastadas, que já conhecem. E assim não têm de mudar e enfrentar o que para eles é desconhecido. Também o caciquismo na Madeira é por demais. Isso conta para os votos que surpreendentemente são sempre a favor do PSD de modo maioritário.

A abstenção vai ser muito elevada. Ainda não existe informação de números relevantes mas podemos apontar para uma abstenção na ordem de 40 por cento.

PSD RONDA OS 45%, PARTIDO SOCIALISTA FOI UMA NÓDOA COLIGADA. ABSTENÇÃO TEVE MAIORIA

É oficial. O PSD ronda os 45% dos votos nesta contagem oficial mas provisória (44,33%). É muito provável que  nos resultados definitivos suba umas décimas.

O CDS garante ser o segundo partido mais votado. Os restantes partidos quedaram-se muito abaixo. Incluindo a coligação Mudança, constituída por quatro partidos com o PS incluído. Todos eles só valeram pouco mais que 11%. Podemos dizer que o PS foi uma nódoa. Uma nódoa ao coligar-se e não aparecer como devia, enfrentando o PSD e o CDS na eleição para a Assembleia Legislativa Regional. Fazendo contas, quanto vale o Partido Socialista na Madeira, 5%? Mais ponto menos ponto será esse o seu valor eleitoral. Descredibilização foi o resultado para o PS.

Temos assim o mesmo para o arquipélago da Madeira. O PSD de Miguel Albuquerque, ex-Presidente da Câmara do Funchal. Ele promete ser diferente de Alberto João Jardim. Será, sem dúvida. Mas nem por isso vislumbramos que traga muito melhores políticas. Como aqui se diz já "deixámos de andar à deriva para seguir rumo de encontro a obstáculos que podem afundar-nos."

Por agora Albuquerque terá na avaliação do seu governo pelos madeirenses uns meses de graça, de benefício da dúvida. Depois logo se verá o que vai acontecer ao rumo das suas políticas para uma região autónoma que tanto tem sofrido com esta crise e o agravo quase ditatorial da governação de Alberto João Jardim por cerca de 40 anos consecutivos.

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