Grande
maioria dos irlandeses vota a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo no
país. Resultado é visto como perda de influência da Igreja Católica.
Mesmo
antes do final da contagem de votos do referendo sobre o casamento gay na
Irlanda, os defensores do "não" já admitiram a sua derrota.
"Parabéns ao lado do 'sim'. Bom trabalho", afirmou o chefe da
campanha dos opositores, David Quinn, neste sábado (23/05).
Os
resultados oficiais da consulta popular realizada nesta sexta-feira deverão ser
divulgados ainda neste sábado. De acordo com o governo, no entanto, os
irlandeses votaram em grande maioria pela aprovação do casamento entre pessoas
do mesmo sexo.
O
ministro irlandês da Igualdade de Direitos, Aodhán Ó Ríordaín, disse neste
sábado que mesmo em regiões consideradas pouco liberais, a maioria votou pela
mudança constitucional. Até agora, na Irlanda, o casamento só era possível
entre homem e mulher. Futuramente, o sexo não terá mais nenhuma importância no
matrimônio entre duas pessoas.
O
direito ao casamento por parte de gays e lésbicas era apoiado pelos partidos
representados no Parlamento. A Igreja Católica, por sua vez, rejeita
estritamente a implantação do casamento gay no país.
A
introdução do casamento entre pessoas do mesmo sexo no país tradicionalmente
católico-conservador é vista como uma perda de influência da Igreja Católica
após diversos escândalos envolvendo abusos por parte de padres.
Por
volta de 3,2 milhões de eleitores estiveram aptos a votar no referendo. Assim,
a Irlanda é o primeiro país do mundo a realizar uma consulta popular para
decidir sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Deutsche
Welle - CA/epd/rtr/dpa
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