quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2015, O ANO DO GRANDE AFUNDANÇO DOS PORTUGUESES. 2016, MAIS DO MESMO?




PASSADO, PRESENTE E FUTURO DE UM PAÍS À BEIRA-MAR ESPOLIADO

A terminar. Adeus 2015. Ano de excelência para políticos em conluio com a ditadura dos Mercados, das Agências de Rating, da Banca. Enfim, ano de excelência para os terroristas e ladrões que presidem, ministram, gerem, manipulam a favor dos do grande capital global, do capital nacional (por consequência). Ano excelso em Portugal para aqueles que espoliaram os portugueses até à exaustão e que em conluio com a máfia financeira sepultaram Portugal e portugueses no lodo da miséria roubando aos pobres para entregar aos ricos. Sobressaem daqui Cavaco Silva, Passos Coelho e Paulo Portas como cabecilhas dos roubos perpetrados a milhões de portugueses. Serão esses que veremos um dia mais ou menos próximo serem condecorados por um qualquer dos seus cúmplices partidários e ideológicos. Cerimónia à medida de Marcelo Rebelo de Sousa, a ser eleito presidente da República em breve, como ditam as sondagens e, principalmente, toda a máquina maquiavélica de propaganda e promoção (comunicação social) que há anos transporta aquele sujeito saído das entranhas do salazarismo. Cavaco vai embora de Belém mas fica. Sai um ex-PIDE fica um doutorado em expedientes avançados e atualizados do salazarismo que lhe está nas tripas, no coração e na mete. Esse é o odor que lhe trespassa a pele. Não existe desodorizante que disfarce o pivete. É aos portugueses eleitores que compete decidir se querem substituir Cavaco Silva por Cavaco Marcelo Silva Rebelo de Sousa.

Redação PG





2015, SEQUÊNCIA DE QUATRO ANOS DE COMPLETA DEVASTAÇÃO DO PAÍS

Hélder Semedo, Coimbra

Não trago aqui a retrospetiva dos acontecimentos mais marcantes em Portugal. O que lá vai lá vai. Em 2015 fomos roubados com a pomposa classificação de contribuintes. Os golpes de mão foram de autores já conhecidos, com destaque para os mais ardilosos responsáveis pelos furtos que geraram desemprego, fome e miséria: Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, com a cumplicidade de Cavaco Silva no mais elevado grau de responsabilidades. Aqui também cabe referir outros altos responsáveis pela miséria causada: os deputados da maioria PSD / CDS.

Os roubos dos banqueiros, que levaram os bancos à falência foram cobertos pelo roubo posterior aos contribuintes portugueses. Roubo com a chancela do então governo. Vimos o festival de debulho durante os quatro anos de vigência desse governo. Fomos roubados para salvar bancos e banqueiros, senhores da alta finança, escumalha de colarinhos brancos que tem sido premiada com a impunidade proporcionada pela justiça portuguesa, que é forte com os fracos e fraca com os fortes. Fraca ou cúmplice, é igual.

Pela Europa e pelo resto do mundo também tudo isso aconteceu. Temos assistido a roubos à escala global. É a globalização. Globalização engendrada com os propósitos que estão à vista, numa versão de Robin dos Bosques inversa: roubar aos pobres para dar aos ricos. Referem produtos tóxicos que deram cabo do canastro à economia global. Referem bolhas imobiliárias. Referem todo o género de justificações ardilosas, não referem a corrupção, as operações das lavagens de capital criminosas, capital com origens em tráfico de estupefacientes, de tráfico de seres humanos, de tráfico de armamento, de medicamentos falseados, de tráfico de crianças e correlativa pedofilia, etc., etc. Nem falam dos paraísos fiscais para onde canalizam o produto dos seus crimes económicos. E esses, os criminosos, estão postados em grandes e globais empresas, em grandes e globais bancos, em maiores ou menores governos, de maiores ou menores países. A todos esses crimes a justiça dos países reage quase sempre com impunidade. Em Portugal também. Aliás, é suposto por grande parte dos cidadãos do mundo que os setores de justiça estão comprados e comprometidos. Não serão todos os operadores de justiça, apenas alguns, mas os suficientes para permitirem proporcionar a impunidades aos maiores criminosos do mundo, aos que atentam contra a humanidade. Obviamente que Portugal não é exceção. O grande capital tem as mãos sujas de fuligem dos roubos e de sangue. Em Portugal os políticos em concluio com o grande capital também estão sujos. As políticas impostas e seguidas por Passos e Portas são a prova mais que suficiente de que foram causadores da fome, miséria, violação de direitos fundamentais dos portugueses.

Os setores que asseguravam bens sociais justos, como a saúde, a habitação, os transportes, a educação, o emprego, vieram sendo destruição por via de uma alegada liberalização que roça o fascismo e não é mais nem menos que a ditadura do grande capital imposta a milhões de seres humanos. A democracia já foi. Extinguiu-se no ato da votação após campanhas manipulatórias pejadas de mentirosos, de vigaristas, de ardis como aqueles que Passos e Portas aplicaram e, ainda hoje aplicam com os maiores descaramentos. A tudo isso, a esse quadro de tenebrosos seres humanos e políticos soma-se Cavaco Silva e os ministros de um governo de quatro anos que cometeu crimes nas urgências dos hospitais matando velhos e novos, numa estatística que está por fazer e que deverá chegar a centenas de vítimas desses crimes por via dos cortes financeiros e de recursos que devem ser garante do Serviço Nacional de Saúde. Nesse capítulo um ministro sobresaiu, o da Saúde. Paulo Macedo, também conhecido pelo Doutor Morte, teve vários troféus pela mortandade conseguida devido ao setor da saúde quase destruído. Ainda agora, que já não é ministro, que o governo de Passos já se foi, a saúde continua a matar nas urgências pelas causas conhecidas: os cortes deliberados a qualquer preço. Preço que tem custado muitas vidas. Quantas? A estimativa é de algumas centenas. Talvez se venha a saber com maior exatidão.

Este foi o 2015,  sequência de quatro anos da fase de completa devastação do país por uma seita que sempre encontrou apoio num pseudo presidente da República e num grupo maioritário de deputados que defenderam interesses de cores e razões traidoras e devastadoras do país e dos portugueses. Este ano que agora finda foi o culminar dessas políticas de devassa de direitos constitucionais, até algumas vezes desrespeitados por Cavaco Silva, presidente do descalabro e do descrédito da instituição que devia honrar, a República.

Temos novo governo, dito das esquerdas. Duvido. O Bloco Central está vivo, somente hibernado. O Arco da Governação continua a existir, está somente envolvido numa grande e ardilosa trapaça. A tal iremos assistir com Costa em PM e o PS no governo. A austeridade continua. Os roubos aos portugueses também, com o aval de Costa e do PS. Vide caso do Banif, mais do mesmo. (HS / PG)





ASSIS ASCO E COMPANHIA, OS PENDURAS QUE ADERIRAM AO PS POR TACHO

Mário Motta, Lisboa

Para terminar o ano em beleza e perceber um pouco da chafarica que vai no Partido Socialista temos a oportunidade, mais uma, de analisar um pendura que nada tem de comum com o referido partido mas ali se alapou e ascendeu a deputado do parlamento em Portugal e em seguida no parlamento europeu. Assis mostra que não é socialista, diz-se democrático mas sem convicção, nas práticas e declarações é um natural sujeito de direita sem vergonha, continuando a ser um mistério as razões porque aderiu ao Partido Socialista e não ao CDS ou ao PSD. Tal mistério só se desvanece quando lembramos que o sujeito se filiou no PS à procura de tacho, sendo ali, no PS, que a existia melhor oportunidade de saltar lá para dentro (do tacho).

O fim do ano 2015 em beleza tem que ver com a entrevista de Assis ao Público e referida no semanário Sol. Sol que destaca: “Em tempo de balanços, Francisco Assis arrisca uma previsão sobre a queda do Governo de Costa e não poupa nos elogios a Passos Coelho e à bancada parlamentar do CDS.”

E mais: “António Costa, para ter sucesso, terá de ter condições para escolher o tema e o momento da crise política anunciadora do seu fim. É aí que tudo se vai jogar e tal poderá suceder muito mais cedo do que antevê a maioria dos especialistas”, escreve Assis no Público”

É legitimo que Assis faça as declarações que muito bem entender. Cabe-nos aceitar democraticamente que o faça, assim como também é legítimo que o critiquemos. O quie não se compreende é que um deputado socialista elogie carrascos dos direitos, liberdades e garantias constitucionais que esbulharam os portugueses e os votaram à fome, ao desemprego, à miséria e até à morte. Ao admirar Passos e Portas, o PSD e o CDS, Assis assume-se um dos deles e não um socialista, e não um militante PS de facto. Porque aderiu ao PS em vez de ter aderir enquanto militante ao CDS ou ao PSD? Só pode ter sido por uma questão de oportunidade na obtenção de um tacho, de uma forma de vida fácil e nababa à custa dos contribuintes. Pelos vistos no PS a ascenção foi mais rápida que se aderisse ao CDS ou ao PSD. Outros há no PS que usaram os mesmos expedientes que Assis.

Os Assis, os Sousa Pinto e mais do bando - Sousa Pinto que já tem a sua dose opinativa aqui no PG (SOUSA PINTO, DEPUTADO E SOCIALISTAZINHO PORTUGUÊS EM PROL DA DEMOCRACIAZINHA) compõe a facção dos socialistazinhos em prol da democraciazinha. E está tudo dito. Por eles o PS jamais vingará naquilo que declara ser e fazer. Mal alguém no PS dá um passo para a esquerda a alcateia socialistazinha faz o trabalho do CDS e do PSD, da direita ressabiada. Tão ressabiada como os Assis e os Sérgios.

Que não hajam ilusões. O PS é um partido de pleno direito mas possui por definição um esse enganador, é socialista só por esse esse (S), por essa letra, e não na realidade. O PS é um partido a ver se se safa num eterno arco da governação, num eterno arco da corrupção, numa eterna política de ilusão para os portugueses. Afinal pouca diferença existe entre o PS e o PSD ou o CDS. O PS não é um partido político de esquerda.

Desiludam-se. O arco da governação está em funções. Temos mais do mesmo, independentemente de muitos no Partido Socialista querem e tudo fazerem para que as políticas tenham a componente possível de esquerda e que dignifiquem o PS.

A perspetiva é quase uma certeza: 2016 vai ser um ano de tormentos para os portugueses. Também vai ser um ano de tormentos para António Costa, ao querer convencer os portugueses que está a governar à esquerda quando na realidade governa à direita, tal qual os cânones do arco da governação. Temos a evidência do caso Banif, do apoio do PSD ao PS no parlamento, temos os aumentos de preços de bens essenciais, temos cortes a manterem-se no pessoal da administração (por exemplo) temos aumentos irrisórios aos pensionistas, de pura desconsideração à dignidade de quem tudo deu a este país durante a vida, etc. 

Grande parte dos atuais políticos são de uma geração pendura, parasitária, que se revê em ascos como Assis, por isso os promove… e os profissionais da comunicação social também têm as suas responsabilidades nisso. A geração do 25 de Abril é para abater. Essa é a imagem que passa. Abater os velhos que deram seguimento à luta dos seus antecessores pela democracia e pela liberdade. Que suportaram durante 13 anos uma guerra colonial injusta e se rebelaram. Que numa manhã de Abril conquistaram os direitos de cidadania republicana numa sociedade livre que se pretendia justa, com o usufruto natural dos direitos humanos reconhecidos a toda a humanidade na carta das Nações Unidas - de que Portugal é signatário.

Atente, 2016 não vai ser ano pêra doce. Vai haver muito atropelo aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e, consequentemente, muita luta pela frente. Como é costume dizer-se: mais do mesmo.



Lusofonia - Timor-Leste

2016 JÁ CHEGOU ÀS TERRAS DO SOL NASCENTE, SOMOS SEMPRE OS PRIMEIROS A DAR AS BOAS-VINDAS AO NOVO ANO

Beatriz Gambôa, Díli

Pouco falta em Portugal e por todo o ocidente para darem as boas-vindas ao novo ano, por aqui, em Timor-Leste, já o fizemos há cerca de 9 horas. Houve muita folia, dormir pouco e ver que nos esperava uma manhã radiosa. Feliz ano novo!

Não me alongarei como o fizeram os meus companheiros anteriores desta postagem coletiva. Chega um novo ano e o optimismo paira nos ares. Timor-Leste está em paz, socialmente verificam-se melhorias, porém, ainda são poucos os que delas beneficiam. Cabe ao novo governo ampliá-las e acreditamos que o novo governo terá a necessária sensibilidade para o fazer.

Em 2017 é ano de eleições. O resultado é uma incógnita mas a perspetiva reside num partido político que, segundo apontam os rumores, está a ser construído à medida do atual Presidente da República, Taur Matan Ruak. Confiamos nele, oxalá isso aconteça e ele venha a ser chefe do futuro governo a partir do ano que vem.

Como vêem deixo aqui plasmado o meu optimismo. A vida deve ser condimentada com muita esperança e fé. É o que aqui fazemos em Timor-Leste. É o que desejo para os meus irmãos portugueses, para quem a vida não tem sido nada fácil durante estes últimos anos. Melhores dias virão.

Feliz ano novo, meus irmãos dos países da lusofonia!

- Texto em edição e atualização progressiva, trabalhado por alguns autores do coletivo PG

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