quarta-feira, 24 de agosto de 2016

OS CONFLITOS CONTEMPORÂNEOS NA ÁFRICA SUB-SAHARIANA




1 – Prova do amor rigoroso que os coautores nutrem por África continente-berço da humanidade e produto de experiências próprias seguindo trajetórias distintas, assim como de anos de investigação e trabalho sem fronteiras, graças ao enorme esforço e persistência do camarada António Borges, a quem pessoalmente admiro pela sua qualidade humana, foi publicado este livro com os olhos resolutos do sul, honrando a vida e os povos oprimidos da Mãe Terra!

Sou coautor com nome próprio, embora toda a produção da minha parte tenha sido feita com o pseudónimo de Martinho Júnior…

A dívida para com África, para a qual o Comandante Fidel chamou a atenção com o empenho exemplar da revolução e do povo cubano, é algo que diz respeito a todos e a cada um de nós, sendo este livro mais uma afirmação dessa enorme responsabilidade.

A vida singular dos autores tem que ver com essa dívida, por mais tortuosos que fossem os seus caminhos, pois o Movimento de Libertação teve implicações pessoais num processo de formação que não é apenas sócio-política é acima de tudo histórica e cultural.

Desse modo ousamos ser um pouco como o Che, como Amilcar Cabral, como Eduardo Mondlane, como Samora Machel, como Agostinho Neto…
  
2 – O Presidente Agostinho Neto, lembrava por via dos seus ensinamentos de viva voz: “o mais importante é resolver os problemas do povo”, “na Namíbia, no Zimbabwe, na África do Sul está a continuação da nossa luta”…

O Presidente José Eduardo dos Santos conseguiu trazer a paz finalmente para Angola e tem lutado para a tornar extensiva a uma vasta região do continente africano, talvez a mais nevrálgica de todas elas: o nó geo estratégico fulcral das Grandes Nascentes, matriz maior da água interior e continental, com implicações na sobrevivência de muitos povos africanos, alguns dos quais obrigando-se a disputar o acesso a ela e às riquezas circundantes, em prejuízo de outros, correspondendo a estímulos reitores emanados pelos processos da hegemonia unipolar!...

A Luta Armada contra o colonialismo, o “apartheid” e suas sequelas teve de ser continuada para se fazer face ao choque neoliberal entre 1992 e 2002 e agora a terapia neoliberal procura criar impactos nocivos nos ambientes sócio-políticos, económicos e financeiros de Angola e de todo o continente africano que legitimamente tem lugar nas possibilidades dum universo multipolar!…

No caso angolano a luta contra o subdesenvolvimento tira proveito amplo da paz que foi alcançada e as realizações geo estratégicas que se conseguirem nesse âmbito, numa constante harmonia do homem para com a natureza, são garantes do rumo de Angola, em benefício de todo o seu povo e em estreita solidariedade com os povos progressistas do mundo!...

Este livro procura levar os leitores a algumas das espectativas que se ajustam às mais legítimas aspirações dos africanos precisamente nesse sentido!

Foto: capa do livro.

Nota:
Fico muito grato a três camaradas: António Borges, coautor, sem o qual este livro jamais seria publicado, Leopoldo Baio, diretor do desaparecido semanário luandense que dava pelo nome de ACTUAL, de onde foram extraídos algumas das minhas intervenções enquanto coautor e a Mário Motta que diligentemente durante anos publicou uma grande parte das minhas intervenções no Página Global Blogspot!

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