domingo, 6 de maio de 2018

IMPÉRIO DA HEGEMONIA UNIPOLAR ESTÁ A SOFRER REVESES GEOESTRATÉGICOS NO MÉDIO ORIENTE!


O PROCESSO DIALÉTICA ESTÁ A TORNAR-SE DISJUNTIVO

Martinho Júnior | Luanda  

À medida que a Rússia consegue fazer a Síria vencer sobre o caos, o terrorismo e a desagregação, multiplicam-se as manobras de intoxicação da propaganda e contrapropaganda dos “maus perdedores” (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Arábia Saudita, Israel e outras monarquias arábicas, bem como alguns dos membros da NATO)!...

A pista das "fake news" produzidas pela contrapropaganda do império anglo-saxónico relaciona-se com esse “mau perder” e é aí que se inserem as orquestrações de acusação de uso de armas químicas por parte da Rússia e da Síria: sempre que uma ofensiva é bem-sucedida assim surgem esse tipo de medidas de contrapropaganda, de que está especialmente encarregue a Grã-Bretanha, os seus serviços de inteligência e os seus vínculos que advêm do passado do seu próprio império colonial!...

A “aposta” nos falcões de Israel é outra fórmula concomitante desesperada do império da hegemonia unipolar, procurando com isso travar as perdas geoestratégicas e por isso essa "aposta" está intimamente associada às acusações que vão sendo preparadas contra o Irão, quando antes estiveram associadas às “fake news” produzidas pelos serviços de inteligência britânicos sobre a “guerra química” da Rússia e da Síria.

O quadro geoestratégico, como é ainda desfavorável ao império anglo-saxónico da hegemonia unipolar e seus vassalos arábicos em estreita conexão aos falcões de Israel, noutros contenciosos que têm por fundo a guerra financeira global em curso, bem como nos choques em busca de influência (que também recorrem ao “soft power”), evolui para a impossibilidade de, pelos meios convencionados desde o passado, o império conseguir manter a coesão das linhas no continente euro-asiático.

A crispação da Turquia (uma das maiores forças armadas na Europa Oriental) em relação à NATO e à União Europeia, confirma a derrapagem e o desespero da barbárie “ocidental”.

Desse modo os russos podem avaliar quanto os esforços multipolares coligados a si na região em torno da Síria, estão a prevalecer sobre os alinhamentos da hegemonia unipolar!

Ou desistem da hegemonia unipolar, a fim de integrarem a abertura de portas a decisivos investimentos na "Rota da Seda", ou mantendo o império o carácter dessa hegemonia, cada vez menos a aristocracia financeira mundial, consolidada desde a revolução industrial pelos bancos das famílias “transatlânticas”, terão hipóteses de participar nela ao nível das aspirações que “alimentam”!

Os oligarcas alemães demonstram ser outra das rupturas face à perversa teimosia anglo-saxónica que demonstra tão “mau perder”: eles estão mais próximos de assumirem as aspirações de participarem na “Rota da Seda” do que andarem “eternamente” atrelados aos tão flácidos como depauperados músculos carregados de tensões da NATO!


Os fantasmas de Lawrence da Arábia começam-se a esvair e a esgotar, de tanta extravagância, de tanta alienação, de tanta “fake news” e de tanto mau perder!

Martinho Júnior - Luanda, 5 de Maio de 2018

. Foto de Trump em plena dança das espadas: há espadas que são como os “feitiços que se voltam contra os feiticeiros”, escorregam das mãos e acabam por ferir quem tão com tantas contorções dança com elas!
. Foto dos dois cada vez mais vencedores e integradores na Síria: Putin e Assad!
. Foto dos dois mentores da cada vez mais inultrapassável transcontinental “Rota da Seda”: Putin e Xi Jinping.

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