Artur Queiroz*, Luanda
Filho de enfermeiro pode não curar mas faz milagres tão milagrosos que milagreiros e milagreiras ficam invejosos. Retiro tudo o que escrevi até hoje. João Lourenço merece o culto de personalidade. Merece todos os elogios. Merece que os dirigentes do MPLA e seus ajudantes no Executivo lhe atribuam tudo o que é bom, especioso, maravilhoso, bondoso. A presença do Chefe de Estado na Cimeira EUA-África fez transbordar o copo dos milagres.
João Lourenço, sua corte de ministras e ministros, mais a turma da TPA conseguiram o impensável. Transformaram o estado terrorista mais perigoso do mundo a fonte de todos os bens. Todos os benefícios. Todos os investimentos contra a fome. Afinal de Washington não vem apenas morte e destruição. Sinistros ventos da guerra. Negócio de armas.
Com o apoio tecnológico, científico e financeiro dos EUA, Angola vai diversificar a economia. Com os milhares de milhões despejados pelos EUA em Angola adeus miséria! Boa viagem de ida sem volta. Até final do ano fica instalado o paraíso em África. E não pensem que as mudanças são passageiras, simples fogachos. Nada disso. João Lourenço falou com o seu homólogo da Libéria e a partir de hoje, esse grande país vai perpetuar entre nós a felicidade, a abundância, a riqueza para todos. Nem os sicários da UNITA escapam ao milagre!
Os EUA despejaram bombas atómicas
sobre Hiroxima e Nagasaki. Mataram
Os EUA fizeram da América Latina o seu quintalão. Golpes de estado sangrentos, execuções aos milhões, golpe dos militares no Brasil, golpe de Pinochet no Chile. Rios de sangue empaparam a Terra. Hoje distribuem felicidade e abundância do Polo Norte ao Polo Sul. E nem se esqueceram das ilhas de Cabo Verde. O suave milagre!
O filho de enfermeiro deu um
jeito neste desfecho fabuloso. Os ladrões e assassinos de ontem, hoje são a luz
da concórdia, os exterminadores da fome e da miséria, os campeões da liberdade
de imprensa e outras miudezas. Angola já começou a beneficiar. A miséria foge
de solo angolano como os oficiais da CIA, os mercenários e a soldadesca invasora
fugiram do Norte de Angola em 1975 e