tag:blogger.com,1999:blog-56949528498616276012024-03-19T10:06:55.988+00:00PÁGINA GLOBAL_____________________________________Globalmente. Destaque à lusofoniaPágina Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.comBlogger60737125tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-84838310826246175612024-03-19T10:02:00.004+00:002024-03-19T10:06:24.335+00:00Hipocrisia | Biden, Blinken, EUA têm morte e sangue nas mãos no genocídio em Gaza<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9M46KH4rcQYnR-4tahOpn9MJL0J9heCXz-4imMpEoBUGoKgwz3p5eM7aqDVOrxBqfPFSGQnt31kI1q-MMmgMt7HelK0wX1f8PD8IX4MH5vmFBcghhnjb-tnfQjiK9lRrE8bLDud5O5litWw4D2y6cMJfG9jSwce9MapKggZOcZEgortQfTvWFUF2ND6Is/s477/blinken%20sangue7.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="385" data-original-width="477" height="516" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9M46KH4rcQYnR-4tahOpn9MJL0J9heCXz-4imMpEoBUGoKgwz3p5eM7aqDVOrxBqfPFSGQnt31kI1q-MMmgMt7HelK0wX1f8PD8IX4MH5vmFBcghhnjb-tnfQjiK9lRrE8bLDud5O5litWw4D2y6cMJfG9jSwce9MapKggZOcZEgortQfTvWFUF2ND6Is/w640-h516/blinken%20sangue7.png" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;"><b>Toda a população da Faixa de Gaza
sofre de "insegurança alimentar grave"</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>É a primeira vez que "uma
população inteira é classificada desta forma".</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O secretário de Estado
norte-americano declarou esta terça-feira que toda a população da Faixa de
Gaza está em situação de "grave insegurança alimentar", citando dados
da ONU.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Antony Blinken afirmou que
"100% da população de Gaza sofre de insegurança alimentar grave. É a
primeira vez que uma população inteira é classificada desta forma".</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O responsável norte-americano
disse que proteger os civis e prestar assistência humanitária em Gaza é uma "prioridade
absoluta", descrevendo a situação como horrível.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">"Continuamos a enfrentar uma
situação humanitária horrível em Gaza", sublinhou, em conferência de
imprensa, em Manila, onde Blinken se encontra após uma passagem pela Coreia do
Sul.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">"Proteger os civis e prestar
assistência humanitária aos que dela necessitam desesperadamente é uma
prioridade absoluta", acrescentou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na segunda-feira, as agências
especializadas da ONU alertaram que mais de 1,1 milhões de habitantes de Gaza,
ou seja, metade da população, já enfrentam "uma situação de fome
catastrófica", próxima da fome, "o número mais elevado alguma vez
registado" pela organização.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Antony Blinken vai estar esta
semana na Arábia Saudita e no Egito para discutir um cessar-fogo e o aumento do
fluxo de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, disse na segunda-feira o porta-voz
do Departamento de Estado norte-americano.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O secretário de Estado disse já
que na Arábia Saudita e no Egito vai retomar "as conversações que
começaram em janeiro sobre o pós-conflito em Gaza e os passos que têm de ser dados
para a reconstrução, a assistência humanitária".</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">"É imperativo que exista um
plano para Gaza e temos vindo a repetir isto a Israel", sublinhou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">As declarações de Blinken
surgiram depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter falado pela primeira
vez em semanas, na segunda-feira, com o primeiro-ministro israelita, Benjamin
Netanyahu, manifestando "profunda preocupação" com uma possível
operação israelita na cidade de Rafah, o ponto mais a sul do enclave palestiniano.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Biden falou Netanyahu "para
discutir os últimos desenvolvimentos em Israel e Gaza, incluindo a situação em
Rafah e os esforços para aumentar a assistência humanitária a Gaza", de
acordo com um comunicado da Casa Branca.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A guerra na Faixa de Gaza foi
desencadeada em 07 de outubro com um ataque em solo israelita do movimento
islamita palestiniano Hamas, que deixou 1.163 mortos, na maioria civis.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em resposta, Israel declarou uma
guerra total para erradicar o Hamas, tendo sido mortas nas operações militares
em grande escala mais de 30 mil pessoas, de acordo com as autoridades locais,
controladas pelo grupo palestiniano, no poder no enclave desde 2007.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i>TSF | Agência Lusa</i></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH_SUPQf6QDOrGnbGZ_JuWM_Fo4jJkDJtp3jm5Pw3WWyHJOax4hiM8nSft9KpftX0K7k9JOKmoT59pX5hKeFyXHwFYJRrSjwBHgFPOdAyVPR2ehtdy8RbQUoCA0rhVp-MnztGVqj33wlInLqT-6J4sx2qxRX2-h9JkyrlZUZf0xmUhSbw6ALVjWcDB8wAT/s540/tsf45.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="540" height="107" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH_SUPQf6QDOrGnbGZ_JuWM_Fo4jJkDJtp3jm5Pw3WWyHJOax4hiM8nSft9KpftX0K7k9JOKmoT59pX5hKeFyXHwFYJRrSjwBHgFPOdAyVPR2ehtdy8RbQUoCA0rhVp-MnztGVqj33wlInLqT-6J4sx2qxRX2-h9JkyrlZUZf0xmUhSbw6ALVjWcDB8wAT/s320/tsf45.png" width="320" /></a></b></span></div><span style="font-family: verdana;"><b><div style="text-align: center;"><b><a href="https://www.tsf.pt/" target="_blank">A RÁDIO QUE MUDOU A RÁDIO EM PORTUGAL</a></b></div></b></span><p></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-86837297206136456842024-03-19T09:08:00.001+00:002024-03-19T09:08:17.658+00:00Os balbuceios finais do fascismo judaico<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5LeDrw8CRGsl1h45-RDJz5MPYvOv8BTJgWhnhHlQRCPQlOQBz7ZiewJ2GsLzom9j9Izjb4HERrlFf5jxMXdaoSoO1OclP-X2GTx3OPFQxr3yLwlrOWp2QTX0oA4YofKq8bfVBhfSq64XNJnOdNYKAoKHdt2dwzklXgL2e4RtogKW4XZYRocqIN-CQxVwo/s430/bibinaz23.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="319" data-original-width="430" height="474" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5LeDrw8CRGsl1h45-RDJz5MPYvOv8BTJgWhnhHlQRCPQlOQBz7ZiewJ2GsLzom9j9Izjb4HERrlFf5jxMXdaoSoO1OclP-X2GTx3OPFQxr3yLwlrOWp2QTX0oA4YofKq8bfVBhfSq64XNJnOdNYKAoKHdt2dwzklXgL2e4RtogKW4XZYRocqIN-CQxVwo/w640-h474/bibinaz23.png" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i>Thierry Meyssan</i></b>*</span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Qualquer pessoa de boa fé
compreende que assassinar 30. 000 inocentes não tem nenhuma relação com a
eliminação do Hamas. A operação « Espada de Ferro » assemelha-se ao que é : um
disfarce para concretizar o velho sonho perseguido pelos fascistas judaicos de
Jabotinsky até Netanyahu : expulsar a população árabe da Palestina. Desde logo,
este crime em massa, cometido pela primeira vez em directo através das
televisões, altera o tabuleiro político mundial. Sentindo-se ameaçados, os
supremacistas judaicos ameaçaram por sua vez os Estados Unidos. Ciosos em
continuar a ser os senhores do « mundo livre », estes aprestam-se para fazer
cair os supremacistas judaicos.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Administração Biden assistiu
paralisada à reacção israelita ao ataque da Resistência Palestiniana, Hamas
incluído, dita « Torrente de Al-Aqsa » (7 de Outubro). A Operação «Espada de
Ferro» começou por um bombardeio maciço da Cidade de Gaza, numa escala jamais
igualada em qualquer parte do mundo ou na História, incluindo durante as
Guerras Mundiais. A partir de 27 de Outubro, ela acompanhou-se de uma intervenção
terrestre, de pilhagens e de torturas a milhares de civis gazenses. Em cinco
meses, 37. 534 civis foram assassinados ou desapareceram, entre os quais <b>13.
430 crianças e 8. 900 mulheres, 364 membros de pessoal médico e 132 jornalistas</b> [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb1" title="“Bombas e ajuda humanitária dos Estados Unidos sobre Gaza”, Manlio Dinucci (...)">1</a>].</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Inicialmente, Washington reagiu
apoiando sem falhas «o direito de Israel a defender-se», ameaçando vetar
qualquer pedido de cessar-fogo e fornecendo tantas bombas quantas as
necessárias à destruição generalizada do encvlave palestiniano. Era impensável,
aos seus olhos, sofrer uma derrota mais, depois das da Síria e da Ucrânia. No
entanto, os Norte-Americanos assistiam em directo nos seus telemóveis
(celulares-br)a estes horrores. Muitos altos funcionários do Departamento de
Estado falaram e escreveram sobre a sua vergonha em apoiar esta carnificina.
Petições circularam. Personalidades, tanto judaicas como muçulmanas,
demitiram-se.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em plena campanha eleitoral
presidencial, a equipa de Joe Biden já não podia mais sujar as mãos de sangue.
Ela começou, portanto, a fazer pressão sobre o gabinete de guerra israelita
para que negociasse a libertação dos reféns e concluísse um cessar-fogo. No
entanto, a coligação (coalizão-br) de Benjamin Netanyahu recusou, jogando com o
trauma dos seus concidadãos, para garantir que a paz só regressaria quando o
Hamas fosse erradicado. Washington acabou por perceber que os acontecimentos de
7 de Outubro não eram mais do que um pretexto, para os discípulos de
Jabotinski, permitindo-lhes fazer aquilo que sempre haviam ambicionado:
expulsar os árabes para fora da Palestina. Tornou-se então mais premente,
reforçando entretanto que os Palestinianos tinham o direito a viver, que a
colonização das suas terras é ilegal ao abrigo do Direito Internacional e que a
questão israelo-palestiniana seria resolvida pela «solução dos dois Estados»
(e não pela do Estado binacional previsto pela Resolução 181 de 1947).<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os «sionistas revisionistas»
(quer dizer os discípulos de Jabotinsky [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb2" title="“Rompe-se o véu : as verdades escondidas de Jabotinsky e Netanyahu”, (...)">2</a>])
responderam-lhe organizando, em 28 de Janeiro de <st1:metricconverter productid="2024, a" w:st="on">2024, a</st1:metricconverter> « Conferência para
a vitória de Israel » [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb3" title="“Em Jerusalém, a « Conferência para a Vitória de Israel » ameaça Londres e (...)">3</a>].
Eles colocaram como cabeça de cartaz o Rabino Uzi Sharbaf, condenado em Israel
a prisão perpétua pelos seus crimes racistas contra árabes, mas agraciado pelos
seus amigos. Sharbaf não hesitou em se proclamar herdeiro do Léhi e do grupo
Stern que lutaram contra os Aliados ao lado do duce Benito Mussolini.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A mensagem foi claramente
recebida em Washington e em Londres : este grupúsculo pensava impor a sua
vontade aos Anglo-Saxões e não hesitaria em atacá-los se eles tentassem impedir
esta limpeza étnica.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A Casa Branca decretou
imediatamente a interdição de colecta de fundos para eles e da sua
transferência [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb4" title="Executive Order on Imposing Certain Sanctions on Persons Undermining (...)">4</a>].
Esta interdição foi alargada a todos os bancos ocidentais de acordo com o Foreign
Account Tax Compliance Act (FATCA).</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Além disso, o Presidente Joe
Biden assinou, em 8 de Fevereiro, um Memorando sobre as condições para
transferências de armas dos EUA [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb5" title="National Security Memorandum on Safeguards and Accountability With Respect (...)">5</a>].
Israel tem até 25 de Março para garantir por escrito que não viola, nem o
Direito Internacional Humanitário (mas não o Direito Internacional em si), nem
os Direitos Humanos (no sentido da Constituição norte-americana e não no
sentido francês). Por seu lado, os Parlamentos dos Países Baixos e do Reino
Unido começaram a debater a eventualidade de pôr termo ao comércio de armas com
Israel.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em Israel, a oposição democrática
judaica organizou manifestações anti-sionistas, que foram pouco participadas.
Os oradores que ali discursaram enfatizaram a traição do Primeiro-Ministro que
instrumentaliza o choque de 7 de Outubro, não para salvar os reféns, mas para
realizar o seu sonho colonial.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os «sionistas revisionistas»
lançaram então uma ofensiva mediática contra a Agência das Nações Unidas de
Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).
Desde 1949, esta agência da ONU fornece instrução, alimentação, cuidados de
saúde e serviços sociais a 5,8 milhões de apátridas palestinianos na própria
Palestina, e também na Jordânia, no Líbano e na Síria. Ela dispõe de um
orçamento anual de mais de mil milhões (bilhão-br) de dólares e emprega mais de
30. 000 pessoas. Já em 2018, o Presidente Donald Trump tinha posto em causa a
assistência prestada aos Palestinianos e suspendeu o financiamento dos EUA à
agência. Pretendia assim forçar as facções palestinas a regressar à mesa de
negociações. Cinco anos mais tarde, o objectivo dos «sionistas revisionistas» é
muito diferente. Ao atacar a UNRWA, pretendem forçar a Jordânia, o Líbano e a
Síria a expulsar, eles também, os refugiados palestinianos. Para isso, acusaram
0,04% do seu pessoal de ter participado na Operação « Torrente de Al-Aqsa » e
bloquearam as suas contas bancárias <st1:personname productid="em Israel. De" w:st="on">em Israel. De</st1:personname> imediato, o Suíço Philippe Lazzarini,
Director da UNRWA, suspendeu os 12 funcionários postos em causa e ordenou uma
investigação interna. É claro que nunca recebeu as provas que os Israelitas
afirmavam ter, mas, um após o outro, todos os doadores, com os Estados Unidos e
a União Europeia à cabeça, suspenderam o seu financiamento. Em poucos dias em
Gaza, e em algumas semanas na Jordânia, no Líbano e na Síria, o sistema de
ajuda das Nações Unidas colapsou.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Enquanto David Cameron, antigo
Primeiro-Ministro britânico e actual Ministro dos Negócios Estrangeiros,
visitava Israel para examinar o modo de salvar o que ainda poderia ser salvo
para os Palestinianos, Amichai Chikli, Ministro da Diáspora, comparou-o a
Neville Chamberlain a assinar os Acordos de Munique com Adolf Hitler.
«Saudações a David Cameron que quer trazer « A paz ao nosso tempo » e dar aos
nazis, que cometeram as atrocidades de 7 de Outubro, um prémio sob a forma de
um Estado Palestiniano em reconhecimento pelo assassínio de bebés nos seus
berços, de violações em massa e sequestros de mães com os seus filhos»,
declarou. Tal como durante a «Conferência para a Vitória de Israel», os «
sionistas revisionistas » ameaçavam os Anglo-Saxões.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A coligação supremacista judaica
de Benjamin Netanyahu pôs-se a evocar uma nova fase da «Espada de Ferro», desta
vez contra Rafah. Os civis, que tinham já fugido de Gaza, teriam de fugir de
novo. Todavia, tendo o Tsahal (FDI) construído uma estrada a cortar a Faixa de
Gaza em duas, eles não poderiam voltar ao lugar de onde tinham saído.
Preparando-se para o pior, o Egipto arranjava uma vasta área do Sinai para
acolher provisoriamente os gazenses, cuja expulsão parecia inevitável [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb6" title="السلطات المصرية تشرع في بناء منطقة أمنية عازلة محاطة بأسوار لإستقبال (...)">6</a>].</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Conscientes de que só permanecem
no Poder em Telavive graças ao choque de 7 de Outubro, os «sionistas
revisionistas» aprovaram uma lei assemelhando qualquer reflexão sobre a
operação «Torrente de Al-Aqsa» a uma negação da solução final nazi. Assim, ela
proíbe qualquer investigação sobre estes acontecimentos, sob pena de 5 anos de
prisão. Os revisionistas poderão assim continuar a atribuir o ataque unicamente
ao Hamas, apesar da Jiade Islâmica e da FPLP terem participação nele. Poderão
interpretá-lo como uma manifestação anti-semita, equipará-lo a um gigantesco
pogrom e negar assim o seu objectivo de libertação nacional.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">
Sabendo que muitos Estados se questionavam quanto a retirar o financiamento à
UNRWA, os sionistas revisionistas continuaram os seus ataques contra ela.
Garantiram que a sede do Hamas ficava num túnel sob a sede da Agência. Philippe
Lazzarini expressou a sua perplexidade e lembrou que Israel vinha regularmente
revistar as instalações da Agência. Mas Gilad Erdan, representante permanente
de Israel nas Nações Unidas, postou um tuite chamando a atenção de todos : «Não
é que você não soubesse, é que não quer saber. Mostrámos os túneis dos
terroristas sob as escolas da UNRWA e fornecemos provas que o Hamas explora a
UNRWA. Imploramos-lhe que procedesse a uma busca global de todas as instalações
da UNRWA <st1:personname productid="em Gaza. Mas" w:st="on">em Gaza. Mas</st1:personname>
não apenas você recusou, como optou por enfiar a cabeça na areia. Assuma as
suas responsabilidades e demita-se já. Todos os dias encontramos mais provas de
que em Gaza, o Hamas=a ONU e vice-versa. Não se pode confiar em tudo o que a
ONU diz ou em tudo o que se diz sobre Gaza.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os supremacistas judaicos
formaram uma organização, a Tzav 9 (por analogia com a ordem de mobilização
geral «Tsav 8»), a fim de impedir a UNRWA de prosseguir a sua ajuda aos
gazenses. Colocaram militantes nos dois pontos de entrada da Faixa de Gaza para
entravar a passagem de camiões. Simultaneamente, um chofer da UNRWA foi
assassinado em Gaza, forçando a Agência a suspender os suas caravanas.
Finalmente estas puderam retomar, mas exclusivamente sob escolta militar
israelita. Foi nesse momento que tiveram lugar os primeiros ataques da multidão
faminta. Samantha Power, Directora da USAID, anunciou que iria ao local
verificar o que se passava. Washington acreditava que estes ataques não eram
espontâneos, mas encorajados secretamente por «sionistas revisionistas». Só
então se deu o massacre na rotunda de Nabulsi (ao sul da cidade de Gaza) :
segundo as FDI, 112 pessoas foram pisadas durante uma distribuição de ajuda
alimentar. Os soldados israelitas apenas conseguiram libertar-se usando as suas
armas. Na realidade, segundo o pessoal de saúde e da United Church of Christ,
95 % das vítimas foram mortas por tiros. Washington publicou um comunicado
apoiando a posição de Telavive, mas segundo o Haaretz : « É duvidoso
que a comunidade internacional engula estas explicações » [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb7" title="«In Absence of Hostage Deal, U.S. Reining in Israel’s Actions in Gaza», (...)">7</a>].</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Washington respondeu autorizando
a Jordânia e a França a largar rações alimentares sobre as praias de Gaza,
associando-se depois a estas operações aéreas. Além disso, começaram a
mobilizar a sua logística para criar uma ilha flutuante que possa servir como
cais de desembarque a fim de encaminhar ajuda humanitária internacional a Gaza
(a costa gazense é demasiado rasa para permitir navios de grande tonelagem). Ao
fazê-lo, o Pentágono retoma uma ideia enunciada, em 2017, por Israel Katz,
actual Ministro dos Negócios Estrangeiros. Desde já, o princípio de um corredor
naval humanitário, a partir de Chipre, foi estabelecido. Ele será utilizado
pelos Emirados Árabes Unidos e pela União Europeia.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Enquanto Israel acusava, sempre
sem provas, agora 450 empregados da UNRWA de serem membros do Hamas, a UNRWA
reuniu-se e ouviu cerca de uma centena de civis gazenses que tinham sido feitos
prisioneiros pelas FDI «para interrogatório». Ela prepara um relatório sobre as
torturas sistemáticas que eles sofreram. O mundo inteiro viu as imagens destes
homens que os soldados israelitas forçavam a despir-se para ser interrogados.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Desprezando os Anglo-Saxões, os
«sionistas revisionistas» retomaram o seu projecto de colonização. Entraram na
Faixa de Gaza, pela passagem de Eretz/Beit Hanoune, para construir os primeiros
edifícios de um novo colonato, New Nisanit. Conseguiram construir dois, em
madeira, antes de serem repelidos pelas FDI.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Cerca de 36 redactores-chefe de
grandes média Anglo-Saxões assinaram uma carta do Comité para a proteção de
jornalistas a fim de denunciar a morte dos seus funcionários em Gaza e lembrar
ao governo israelita que ele tem a responsabilidade de garantir segurança dos
mesmos [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb8" title="«Open letter on journalists in Gaza», Committee to Protect Journalists, (...)">8</a>].</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No entanto, enquanto o governo
israelita fingia estar surpreendido com essas mortes, a maioria dos
funcionários do Departamento de Informação apresentaram a demissão <st1:personname productid="em bloco. A Ministro" w:st="on">em bloco. A Ministro</st1:personname>
Galit Distel-Etebaryan tinha-se já demitido, em 12 de Outubro, para protestar
contra a censura militar. Mas, agora a crise era muito mais grave : os
responsáveis pela desinformação recusavam-se a continuar a mentir, uma vez que
o fosso entre a sua narrativa e a verdade não parava de aumentar.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Cedência única de Benjamin
Netanyahu: o levantamento da proibição de celebração do Ramadão na mesquita de
Al-Aqsa. Após a intervenção dos deputados árabes do Knesset junto do Rei
Abdallah II da Jordânia, que é o único responsável pela segurança do local
santo muçulmano de Jerusalém, ele acabou por autorizar estas reuniões durante a
primeira semana, renovável a cada sete dias.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Washington tomou então a decisão
de mudar radicalmente de política. Até agora, tinha considerado que não podia
permitir-se deixar Israel perder. Havia, portanto, apoiado os seus crimes.
Agora, já não pode permitir-se deixar os fascistas judaicos vencer. É preciso
compreender bem: Washington não mudou de ideias vendo o sofrimento dos gazenses,
nem teve um súbito acesso de anti-fascismo, mas, sim por causa das ameaças dos
«sionistas revisionistas». As suas posições são exclusivamente ditadas pela
vontade de conservar o domínio sobre o mundo. Não podia aceitar uma nova
derrota, dos seus aliados israelitas, desta vez a seguir às da Síria e da
Ucrânia. Mas, ainda menos pode aceitar perder para os «sionistas
revisionistas».</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A Administração Biden convidou,
pois, o General Benny Gantz, antigo Primeiro-Ministro alternativo, e desde 12
de Outubro Ministro sem pasta, a vir a consultas nos Estados Unidos, apesar da
oposição do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu. É uma espécie de bumerangue à
forma como este último fora convidado a pronunciar um discurso no Congresso
contra o opinião do Presidente Barack Obama, em 2015. Os Estados Unidos querem
mostrar que são eles quem manda e mais ninguém.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Além disso, os Estados Unidos
sentem-se obrigados a agir. Com efeito, a Rússia convidou para Moscovo as
sessenta organizações políticas palestinianas. Ela instou-os a unirem-se e
convenceu o Hamas a aceitar a carta da OLP, ou seja, a reconhecer o Estado de
Israel.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Entretanto, o General Benny Gantz
não aceitou este convite para conseguir uma ajuda exterior e derrubar o
Primeiro-Ministro. Ele foi a Washington para se assegurar que ainda podia
salvar Israel e que os seus aliados não o deixariam soçobrar.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A 5 de Março, Benny Gantz foi
recebido pela Vice-Presidente Kamala Harris, que se entregou a uma firme
denúncia do massacre perpetrado pela coligação de Benjamin Netanyahu. A
imprensa dos EUA sublinhou que o seu discurso inicial fora escrito em termos
mais duros ainda. O importante é que ela fez o papel do «policia mau», enquanto
o Departamento de Estado e o Pentágono encarnavam o papel de «policias bons»,
mais compreensivos. Gantz também se encontrou com o Secretário de Estado,
Antony Blinken, que o ungiu em nome da «América» como o futuro
Primeiro-Ministro israelita. Aí, ele soube da demissão, com efeito imediato, da
Sub-secretária Victoria Nuland.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Essa é conhecida na Europa por
ter supervisionado, em 2014, o derrube do Presidente ucraniano eleito, Viktor
Ianukovych. Foi ela também quem convenceu a Chancelerina alemã, Angela Merkel,
e o Presidente francês, François Hollande, a assinar os acordos de Minsk para
obter a retirada da Rússia. Sabe-se hoje que os Ocidentais não queriam pôr fim
ao massacre do povo do Donbass, mas apenas ganhar tempo para armar a Ucrânia.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No entanto, Victoria Nuland é
antes de mais a esposa do historiador Robert Kagan, o qual presidiu o Projeto
para um Novo Século Americano (Project for a New American Century) . A este
título, foi que eles anunciaram os atentados do 11-de- Setembro, o «Novo Pearl
Harbor» que iria despertar o «Império Americano» [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb9" title="L’Effroyable imposture, suivie du Pentagate, Thierry Meyssan, éditions (...)">9</a>].
Ambos são discípulos do filósofo Leo Strauss, ele próprio discípulo de Vladimir
Jabotinsky, e personalidade de referência do movimento neo-conservador [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb10" title="“A Rússia declara guerra aos Straussianos”, Thierry Meyssan, Tradução (...)">10</a>].
O número 2 do Projeto para um Novo Século Americano era Elliott Abrams, o homem
que no ano passado financiou a campanha eleitoral e depois o golpe de Estado de
Benjamin Netanyahu [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb11" title="“O Golpe de Estado dos straussianos em Israel”, Thierry Meyssan, Tradução (...)">11</a>].</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">
Em 2006, Victoria Nuland, então embaixatriz dos EUA na OTAN, parou a guerra
israelo-libanesa, salvando Israel da derrota face ao Hezbolla. Ela conhece,
pois, muito bem Benjamin Netanyahu. A sua demissão manifesta a vontade da
Administração Biden de limpar a sua casa ao mesmo tempo que o faz em Israel.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em 6 de Março, no regresso a
casa, Benny Gantz parou <st1:personname productid="em Londres. Ele" w:st="on">em
Londres. Ele</st1:personname> foi recebido pelo Conselheiro de Segurança, Tim
Barrow, pelo Primeiro Ministro, Rishi Sunak, e. finalmente, pelo Ministro dos
Negócios Estrangeiros, David Cameron. Ele sublinhou, é claro, que Israel tinha
o direito de se defender, mas apenas no quadro do Direito Internacional. Esta
paragem era para ele obrigatória, na medida em que o Hamas é o ramo
palestiniano da Confraria dos Irmãos Muçulmanos, uma sociedade política secreta
controlada à distância pelo MI6 britânico e acompanhada durante décadas pelo
Rei Carlos III (então Príncipe de Gales).</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Aquando do seu discurso sobre o
estado da União, em 7 de Março, o Presidente Joe Biden disse : «Aos dirigentes
de Israel, digo o seguinte : a ajuda humanitária não pode ser uma consideração
secundária ou uma moeda de troca. Proteger e salvar vidas inocentes deve ser
uma prioridade. Quanto ao futuro, a única verdadeira solução para a situação é
uma solução de dois Estados. Eu afirmo isto como aliado de longa data de Israel
e o único presidente americano a ter visitado Israel em tempo de guerra. Mas
não existe outra via que garanta a segurança e a democracia de Israel. Não
existe outra via que garanta aos Palestinianos a vida em paz e <st1:personname productid="em dignidade. E" w:st="on">em dignidade. E</st1:personname> não há
outra via que garanta a paz entre Israel e todos os seus vizinhos árabes,
incluindo a Arábia Saudita [<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nb12" title="“Trechos do Discurso sobre o Estado da União”, Joseph R. Biden Jr. , Rede (...)">12</a>].</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Durante o massacre dos gazenses,
muitos dirigentes do Médio- Oriente Alargado que eram favoráveis à Confraria
dos Irmãos Muçulmanos, começaram a se interrogar sobre o Hamas. Se se
compreendia que, alegadamente em nome do Islão, os Irmãos tivessem combatido os
Soviéticos, depois os laicos Muamar Kaddaffi e Bashar al-Assad, como explicar
que tenham podido realizar uma operação em que só um povo muçulmano iria pagar
o preço ? Primeiro a reagir, o Presidente turco Recep Tayyip Erdoğan revogou a
cidadania turca ao Guia Supremo da Confraria, o Egípcio Mahmud Huseyin, a quem
a havia concedido dois anos antes. Isto não significa, evidentemente, que Recep
Tayyip Erdoğan abandone a ideologia do islão político, mas sim que tenta
dissociá-la do colonialismo anglo-saxónico à imagem do que propõe o Irmão
Mahmud Fathi.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Durante 75 anos, os Ocidentais
impuseram as sua vontade às suas antigas colónias do «Médio-Oriente Alargado»,
quer por intermédio de jiadistas, quer directamente pelos seus exércitos. Ao
apoiarem durante quatro meses os massacres perpetrados pelos fascistas judaicos
do grupo Jabotinsky-Netanyahu, os Ocidentais perderam o seu prestígio. Seja
qual for o futuro Israel, com Benny Gantz e Yaïr Lapid em vez de Benjamin
Netanyahu e Itamar Ben-Gvir, o poderio de Israel, baseado no mito da
incompatibilidade dos judeus com o fascismo, afundou-se. Agora, será possível
exumar todos os crimes cometidos por este grupúsculo, por conta da CIA, durante
a Guerra Fria, no Médio-Oriente, em África e na América Latina.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://www.voltairenet.org/auteur29.html?lang=pt" target="_blank">Thierry Meyssan</a>* | Voltairenet.org | Tradução Alva</i></b></span></p><p class="MsoNormal">* Intelectual francês,
presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas
análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana
e russa. Última obra em francês: <a href="https://www.librairie-voltairenet.org/fr/home/85-sous-nos-yeux.html" target="_blank">Sous nos yeux. Du 11-Septembre à Donald Trump</a>. Outra obras : <a href="https://www.librairie-voltairenet.org/fr/livres-en-francais/24-l-effroyable-imposture-2.html" target="_blank">L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations</a> (ed. JP Bertrand,
2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): <a href="http://www.monteavila.gob.ve/" target="_blank">La gran impostura II.<br />
Manipulación y desinformación en los medios de comunicación</a> (Monte
Ávila Editores, 2008).</p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b>Notas:</b> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh1" title="Notas 1">1</a>] “<a href="https://www.voltairenet.org/article220577.html" target="_blank">Bombas e ajuda humanitária dos Estados Unidos sobre Gaza</a>”, Manlio Dinucci , Tradução
Alva, Rede Voltaire, 15 de Março de 2024.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh2" title="Notas 2">2</a>] “<a href="https://www.voltairenet.org/article220335.html" target="_blank">Rompe-se o véu : as verdades escondidas de Jabotinsky e Netanyahu</a>”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede
Voltaire, 25 de Janeiro de 2024.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh3" title="Notas 3">3</a>] “<a href="https://www.voltairenet.org/article220428.html" target="_blank">Em Jerusalém, a «Conferência para a Vitória de Israel » ameaça Londres e Washington</a>”,
Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 13 de Fevereiro de 2024.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh4" title="Notas 4">4</a>] <a href="https://www.whitehouse.gov/briefing-room/presidential-actions/2024/02/01/executive-order-on-imposing-certain-sanctions-on-persons-undermining-peace-security-and-stability-in-the-west-bank/">Executive
Order on Imposing Certain Sanctions on Persons Undermining Peace, Security, and
Stability in the West Bank</a>, White House, February 1, 2024.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh5" title="Notas 5">5</a>] <a href="https://www.whitehouse.gov/briefing-room/presidential-actions/2024/02/08/national-security-memorandum-on-safeguards-and-accountability-with-respect-to-transferred-defense-articles-and-defense-services/">National
Security Memorandum on Safeguards and Accountability With Respect to
Transferred Defense Articles and Defense Services</a>, White House, February 8,
2024.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh6" title="Notas 6">6</a>] <a href="https://sinaifhr.org/show/333">السلطات المصرية تشرع في بناء منطقة أمنية عازلة محاطة بأسوار لإستقبال فلسطيني غزة</a>, Sinai
Foundation for Human Rights, February 14, 2024.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh7" title="Notas 7">7</a>] «<a href="https://www.haaretz.com/israel-news/2024-03-10/ty-article/.premium/in-absence-of-hostage-deal-u-s-reining-in-israels-actions-in-gaza/0000018e-24e6-dc52-abff-65e6a3230000">In
Absence of Hostage Deal, U.S. Reining in Israel’s Actions in Gaza</a>», Amos
Harel, Haaretz, March10, 2024.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh8" title="Notas 8">8</a>] «<a href="https://www.voltairenet.org/IMG/pdf/iopt-news-organizations-letter.pdf">Open
letter on journalists in Gaza</a>», Committee to Protect Journalists, February
29, 2024.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh9" title="Notas 9">9</a>] <a href="https://www.librairie-voltairenet.org/fr/livres-en-francais/42-leffroyable-imposture-suivi-de-le-pentagate.html">L’Effroyable
imposture, suivie du Pentagate</a>, Thierry Meyssan, éditions Demi-Line.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh10" title="Notas 10">10</a>] “<a href="https://www.voltairenet.org/article215860.html">A Rússia declara guerra
aos Straussianos</a>”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 5 de
Março de 2022.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh11" title="Notas 11">11</a>] “<a href="https://www.voltairenet.org/article218968.html">O Golpe de Estado dos
straussianos em Israel</a>”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire,
7 de Março de 2023.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">[<a href="https://www.voltairenet.org/article220578.html#nh12" title="Notas 12">12</a>] “<a href="https://www.voltairenet.org/article220549.html">Trechos do Discurso sobre
o Estado da União</a>”, Joseph R. Biden Jr. , Rede Voltaire, 7 de Março de
2024.</span></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-11487427144675934992024-03-18T22:09:00.003+00:002024-03-18T22:09:47.574+00:00A inovação militar disruptiva da Resistência pode determinar o destino de Israel<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAmgqFBzuQrora_bWs2qinXyCZ87S65oJldDDbHatUsmtYPlLUHR4296CossQmOIm2e04G528dihVdbIi0L7CNY-OO8DrJcoFbpeizAHjNw3IrBzq5HfRxFmnIoyV84ojoVHBlq3mQcnOaU9TU5_sCDzADMizxiQARaBzw4piP6Q45K7C-MCP8nsQ-rZhq/s220/crooke180324-220x125.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="125" data-original-width="220" height="364" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAmgqFBzuQrora_bWs2qinXyCZ87S65oJldDDbHatUsmtYPlLUHR4296CossQmOIm2e04G528dihVdbIi0L7CNY-OO8DrJcoFbpeizAHjNw3IrBzq5HfRxFmnIoyV84ojoVHBlq3mQcnOaU9TU5_sCDzADMizxiQARaBzw4piP6Q45K7C-MCP8nsQ-rZhq/w640-h364/crooke180324-220x125.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Quer os EUA e a Europa gostem ou
não, o Irão é um importante actor político regional, escreve Alastair Crooke.</b></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><a href="https://strategic-culture.su/contributors/alastair-crooke/"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></a></p>
<p class="MsoNormal"><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/ALASTAIR%20CROKE" target="_blank">Alastair Crooke</a>* | <a href="https://strategic-culture.su/" target="_blank">Strategic Culture Foundation</a> | # Traduzido em português do Brasil</i></b></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Olhando para trás, para o que <a href="https://www.dailymaverick.co.za/article/2012-06-13-towards-a-new-arab-cultural-revolution/" target="_blank">escrevi</a> em 2012, no meio da chamada Primavera Árabe e
das suas consequências, é surpreendente o quanto a Região mudou. Agora
está quase 180° reorientado. Então, eu argumentei,</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Que o “Despertar” da Primavera
Árabe está a dar uma guinada, muito diferente do entusiasmo e da promessa com
que foi saudado no início. Nascida de um amplo impulso popular inicial,
está a tornar-se cada vez mais compreendida, e temida, como uma nascente
“revolução cultural” contra-revolucionária – uma reculturação da região na
direcção de um cânone prescritivo que está a esvaziar os primeiros altos
expectativas…</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Esse impulso popular associado
ao 'despertar' foi agora incluído e absorvido em três grandes projectos
políticos associados a este impulso para reafirmar [a primazia sunita]: um projecto
da Irmandade Muçulmana, um projecto saudita-catari-salafista, e um projecto
[jihadista radical ] projeto.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Ninguém conhece realmente a
natureza do [primeiro projeto] o projeto da Irmandade – se é o de uma seita; ou
se for verdadeiramente dominante... O que é claro, porém, é que o tom da
Irmandade em todo o lado é cada vez mais o de uma queixa sectária militante. O
projecto conjunto saudita-salafista foi concebido como um contraponto directo
ao projecto da Irmandade – e [o terceiro] foi o intransigente radicalismo
sunita [wahhabismo], financiado e armado pela Arábia Saudita e pelo Qatar, que
visa, não conter, mas sim, substituir o sunismo tradicional pela cultura do
salafismo. isto é, procurou a “salifização” do Islão sunita tradicional.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Todos estes projetos, embora
possam sobrepor-se em algumas partes, são fundamentalmente concorrentes entre
si. E [estavam] a ser incendiados no Iémen, no Iraque, na Síria, no
Líbano, no Egipto, no norte de África, no Sahel, na Nigéria e no Corno de
África.<span></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">[Não é de surpreender] …“Os
iranianos interpretam cada vez mais o estado de espírito da Arábia Saudita como
uma sede de guerra, e as declarações do Golfo têm muitas vezes aquele toque de
histeria e agressão: um editorial recente no al-Hayat, de propriedade saudita,
declarou: “O clima no CCG O [Conselho de Cooperação do Golfo] indica que as
questões caminham para um confronto CCG-Irão-Rússia em solo sírio, semelhante
ao que ocorreu no Afeganistão durante a Guerra Fria. É certo que foi
tomada a decisão de derrubar o regime sírio, visto que isso é vital para a
influência regional e a hegemonia da República Islâmica do Irão”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Bem, isso foi então. Quão
diferente é o cenário hoje: a Irmandade Muçulmana é em grande parte uma “cana
quebrada”, comparada com o que era; A Arábia Saudita “apagou efectivamente
as luzes” do jihadismo salafista e está mais focada em cortejar o turismo, e o
Reino tem agora um acordo de paz com o Irão (mediado pela China).</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“A mudança cultural no sentido de
reimaginar uma política muçulmana sunita mais ampla” , como escrevi em
2012, sempre foi um sonho americano, que remonta ao <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/A_Clean_Break:_A_New_Strategy_for_Securing_the_Realm#:~:text=View%20source-,A%20Clean%20Break%3A%20A%20New%20Strategy%20for%20Securing%20the%20Realm,then%20Prime%20Minister%20of%20Israel." target="_blank">documento político 'Clean Break'</a> de Richard Perle de
1996 (um relatório encomendado pelo então governo de Israel) - PM, Netanyahu). As
suas raízes residem na política britânica do pós-guerra II de transplantar a
robusta família notável da era otomana para o Golfo, como uma camada dominante
anglófila que atendia aos interesses petrolíferos ocidentais.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Mas veja o que aconteceu:</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Uma mini-revolução: o Irão,
entretanto, “saiu do frio” e está firmemente ancorado como “uma potência
regional”. É agora o parceiro estratégico da Rússia e da China. E os
Estados do Golfo hoje estão mais preocupados com “negócios” e tecnologia do que
com a jurisprudência islâmica. A Síria, alvo do Ocidente e pária na
região, foi recebida de volta à esfera árabe da Liga Árabe com grande
cerimónia, e a Síria está a caminho de assumir novamente a sua antiga posição
no Médio Oriente.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O que é interessante é que, mesmo
então, eram aparentes indícios do conflito que se aproximava entre Israel e os
palestinianos; como escrevi em 2012:</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Nos últimos anos temos ouvido os
israelitas enfatizarem a sua exigência de reconhecimento de um Estado-nação
especificamente judeu, em vez de um Estado israelita, por si só. Um Estado
judeu que, em princípio, permaneceria aberto a qualquer judeu que procurasse
regressar: a criação de uma “umma judaica”, por assim dizer.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Agora, parece que temos, pelo
menos na metade ocidental do Médio Oriente, uma tendência espelhada, pedindo a
reintegração de uma nação sunita mais ampla – representando a 'desfazer' dos
últimos remanescentes da era colonial. Veremos a luta cada vez mais
resumida como uma luta primordial entre símbolos religiosos judaicos e
islâmicos – entre al-Aqsa e o Monte do Templo?</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Parece que tanto Israel como o
território circundante estão a marchar em direcção a uma linguagem que os
afasta dos conceitos subjacentes, em grande parte seculares, pelos quais este
conflito tem sido tradicionalmente conceptualizado. Qual será a consequência
quando o conflito, pela sua própria lógica, se tornar num choque de pólos
religiosos?”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O que motivou esta virada de
180°? Um factor, certamente, foi a intervenção limitada da Rússia na Síria
para evitar uma varredura jihadista. A segunda foi a aparição da China em
cena como um parceiro comercial verdadeiramente gigantesco – e também um
suposto mediador – precisamente numa altura em que os EUA tinham começado a sua
retirada da região (pelo menos em termos da atenção que lhe prestam, se não
(ainda) refletido em qualquer partida física substantiva).</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Esta última – retirada militar
dos EUA ( <a href="https://www.washingtoninstitute.org/policy-analysis/leaving-iraq-may-be-washingtons-wisest-choice" target="_blank">Iraque</a> e <a href="https://foreignpolicy.com/2024/01/24/america-is-planning-to-withdraw-from-syria-and-create-a-disaster/" target="_blank">Síria</a> ) – parece, no entanto, mais uma questão de
“quando” do que de se. Todos esperam por isso.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Dito claramente, vivemos um “pivô
da história” ao estilo Mackinder: a Rússia e a China – e o Irão – estão
lentamente a assumir o controlo do coração asiático (tanto institucional como
economicamente), à medida que o pêndulo do Ocidente se afasta.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O mundo sunita – inelutável e
cautelosamente – marcha em direcção aos BRICS. Efectivamente, o Golfo
encontra-se gravemente enganado pelos chamados “Acordos de Abraham” que os
ligavam à tecnologia israelita (que, por sua vez, estava a canalizar
considerável “dinheiro grátis” de risco de Wall Street para o seu caminho). O
“suspeito de genocídio” de Israel (linguagem da CIJ) em Gaza está lentamente a
colocar uma estaca no coração do “modelo de negócios” do Golfo.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Mas outro factor-chave tem sido a
diplomacia inteligente seguida pelo Irão. É fácil para os falcões
ocidentais do Irão criticarem a política e a influência do Irão em toda a
região – a República Islâmica é, afinal de contas, impenitentemente “não
conforme” com os objectivos dos EUA e as ambições pró-Israelenses na Região. O
que mais, além de uma reação negativa, poderíamos esperar quando todo o “fogo”
ocidental circundante estava tão concentrado na República Islâmica?</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No entanto, o Irão seguiu um
caminho astuto. NÃO entrou em guerra contra os Estados árabes sunitas na
Síria, como foi discutido em 2012. Em vez disso, prosseguiu discretamente uma
estratégia de diplomacia e de segurança conjunta do Golfo e de comércio com os
Estados do Golfo. Também o Irão conseguiu, em parte, <a href="https://thecradle.co/articles/iran-oil-exports-hit-five-year-high" target="_blank">libertar-se</a> de grande parte dos efeitos das sanções
ocidentais. Aderiu aos BRICS e à OCX e adquiriu uma nova “profundidade
espacial” económica e política.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Quer os EUA e a Europa gostem ou
não, o Irão é um importante actor político regional, e está no topo, com
outros, da coligação de Movimentos e Frentes de Resistência que foram
interligados através de uma diplomacia astuta para trabalharem em estreita ligação
uns com os outros.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Este desenvolvimento tornou-se um
“projecto” estratégico fundamental: sunitas (Hamas) e xiitas (Hizbullah)
unem-se a outras “frentes” numa luta anticolonial pela libertação sob o símbolo
não sectário de Al-Aqsa (que é nem sunita, nem xiita, nem Irmandade Muçulmana,
nem salafista ou wahabita). Representa, antes, a história da civilização
islâmica. Sim, é, à sua maneira, escatológico também.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Esta última conquista contribuiu
muito para impedir que a ameaça de uma guerra total engolisse a região (embora
com os dedos cruzados…). O interesse do Eixo Iraniano e da Resistência é
duplo: Primeiro, manter o poder para calibrar cuidadosamente a intensidade do
conflito – aumentando e diminuindo conforme apropriado; e em segundo
lugar, manter o domínio crescente nas suas mãos, tanto quanto
possível.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O segundo aspecto abrange a
paciência estratégica. Os Movimentos de Resistência compreendem bem a
psique israelita – portanto, NÃO são aceites quaisquer reflexos pavlovianos às
provocações israelitas. Mas sim, esperar e confiar em Israel
para fornecer o pretexto para qualquer novo passo na escalada. Israel deve
ser visto como <a href="https://www.ynetnews.com/article/hjkgtr9p6" target="_blank">o instigador da escalada</a> – e a resistência apenas como
a resposta. O “olho” deve estar voltado para a psique política de
Washington.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em terceiro lugar, o Irão atrai
confiança para prosseguir a sua “avançada” ao ter inovado uma mudança tectónica
na guerra assimétrica e na dissuasão contra Israel e o Ocidente. Os EUA podem
bufar e bufar, mas o Irão sentiu-se seguro durante todo este período de que os
EUA conhecem bem os riscos associados à tentativa de “destruir a casa”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os realistas no Ocidente tendem a
acreditar que o “poder” é uma simples função do tamanho da população nacional e
do PIB. Assim, dada a disparidade no poder aéreo e de fogo, de forma
alguma, por exemplo, o Hezbollah pode esperar “sair” contra Israel – uma
entidade muito mais rica e mais populosa.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Este ponto cego é o “aliado”
silencioso da Resistência. Impede (principalmente) que o Ocidente
compreenda este pivô do pensamento militar.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Irão e os seus aliados têm uma
opinião diferente: consideram que o poder de um Estado assenta em bens
intangíveis, em vez de em bens tangíveis literais: paciência estratégica; ideologia; disciplina; a
inovação e o conceito de liderança militar definido como a capacidade de lançar
um feitiço “mágico” sobre os homens para que seguissem o seu comandante, até à
morte.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Ocidente tem (ou teve) poder
aéreo e superioridade aérea incontestada, mas as Frentes de Resistência têm a
sua solução em duas fases. Eles fabricam seus próprios drones de enxame
assistidos por IA e mísseis inteligentes que envolvem a Terra. Esta é a
Força Aérea deles .</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A segunda etapa, naturalmente,
seria desenvolver um sistema de defesa aérea em camadas (estilo russo). A
Resistência possui isso? Como Brer Rabbit, eles permanecem calados.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A estratégia subjacente da
Resistência é clara: o Ocidente investe excessivamente no seu domínio aéreo e
no seu poder de fogo esmagador. Ele prioriza golpes rápidos de choque e
espanto, mas geralmente se esgota rapidamente no início do encontro. Eles
raramente conseguem sustentar um ataque de alta intensidade por muito tempo.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No Líbano, em 2006, o Hezbollah
permaneceu nas profundezas da terra enquanto o ataque aéreo israelita passava
por cima. O dano físico à superfície foi enorme, mas suas forças não foram
afetadas e só surgiram depois. Depois vieram os 33 dias da barragem de mísseis
do Hezbollah – até que Israel desistiu. Essa paciência representa o
primeiro pilar da estratégia.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A segunda, portanto, é que,
embora o Ocidente tenha uma resistência curta, a oposição está treinada e
preparada para conflitos de atrito prolongados – lançamento de mísseis e
foguetes a tal ponto que a sociedade civil já não consegue sustentar o impacto. O
objetivo da guerra não tem necessariamente como objetivo principal matar os
soldados inimigos; pelo contrário, é exaustão e inculca uma sensação de derrota.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">E o projeto oposto?</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em 2012, escrevi:</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Parece que tanto Israel como [o
mundo islâmico] estão a marchar em direcção a [narrativas escatológicas], o que
os está a afastar dos conceitos subjacentes, em grande parte seculares, pelos
quais este conflito tem sido tradicionalmente conceptualizado. Qual será a
consequência quando o conflito, pela sua própria lógica, se tornar num choque
de pólos religiosos? ”[- Al-Aqsa versus o Monte do Templo].</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Bem, o Ocidente continua preso à
tentativa de gerir e conter o conflito, utilizando precisamente aqueles
“conceitos largamente seculares” pelos quais este conflito foi conceptualizado
e gerido (ou não gerido, eu diria). Ao fazê-lo, e através do apoio
(secular) do Ocidente a uma visão escatológica particular (que por acaso se
sobrepõe à sua própria) em detrimento de outra, inadvertidamente alimenta o
conflito.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Tarde demais para regressar aos
modos seculares de gestão; o gênio está fora.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>* Ex-diplomata britânico, fundador
e diretor do Fórum de Conflitos, com sede em Beirute.</b></span></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-23390865833170649642024-03-18T21:17:00.004+00:002024-03-18T21:17:36.541+00:00Expondo a hipocrisia flagrante do Ocidente sobre a ajuda a Gaza<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd8VBvaTXE_6YqExUECfYPX3HZRLOkZKsAJ5kU54iwpUl7spici0yguWcCgVcpd9C5yQ0m-Th56LVE9Mt0UDTmXKeKxqEH9MEyG0zQGmKvU4qJfGN2O0U0h7PXx0nZF5rEa7ahc7zvemvrsXuasfZP_WLlMsQGLTvnIdaFjXtH1FXFWWqdZbvlLaWtNRPS/s1000/132d9432-498c-47a3-893c-f631e3e4405d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="850" data-original-width="1000" height="544" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd8VBvaTXE_6YqExUECfYPX3HZRLOkZKsAJ5kU54iwpUl7spici0yguWcCgVcpd9C5yQ0m-Th56LVE9Mt0UDTmXKeKxqEH9MEyG0zQGmKvU4qJfGN2O0U0h7PXx0nZF5rEa7ahc7zvemvrsXuasfZP_WLlMsQGLTvnIdaFjXtH1FXFWWqdZbvlLaWtNRPS/w640-h544/132d9432-498c-47a3-893c-f631e3e4405d.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://english.almayadeen.net/authors/hannan-hussain" target="_blank">Hannan Hussain</a>*
| <a href="https://english.almayadeen.net/" target="_blank">Al Mayadeen</a> | # Traduzido em português do Brasil</i></b></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>À medida que o número de vítimas
da fome em Gaza atinge os dois dígitos, o Ocidente não mostra sinais de
abandonar armas e outros fornecimentos militares que estão no centro da
beligerância de ocupação.</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Quão credível é a ajuda e
assistência “lançadas por via aérea” a Gaza quando as bombas e a brutalidade
dominam o genocídio israelita? Os fornecimentos militares ocidentais <a href="https://english.almayadeen.net/news/politics/us-made-some-100-covert-arms-deals-with--israel--since-oct" target="_blank">continuam a inundar as armas de ocupação</a> à custa dos palestinianos e de todos
aqueles que se encontram no meio da morte e da destruição.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Veja Washington. Recusa-se a
abordar esta contradição enquanto patrocina o ataque implacável israelita aos
palestinianos famintos. Bilhões de dólares em ajuda militar à ocupação não
garantem efetivamente qualquer alívio numa fome que se espalha rapidamente,
pondo em causa a credibilidade dos chamados “lançamentos aéreos” dos EUA. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ao optar por tal medida de
lançamento aéreo, Washington <a href="https://english.almayadeen.net/news/politics/biden--frustrated-with-israel--but-will-not-halt-war--the-ec" target="_blank">tenta justificar</a> a negação da ocupação israelita de ajuda humanitária
crítica através de meios convencionais. O direito dos palestinianos à
subsistência e à prosperidade está inquestionavelmente ligado à sua própria
acção, e não às decisões de uma potência que está decidida a patrocinar o
genocídio militar, política e financeiramente. A hipocrisia do Ocidente
está em plena exibição enquanto faz flutuar a retórica sobre a paz e a
estabilidade, <a href="https://english.almayadeen.net/news/politics/south-africa-seeks-icj-action-on-israeli-induced-gaza-starva" target="_blank">mas fecha os olhos</a> à fome crescente, à fome desenfreada e a dezenas de
mães que lutam para alimentar os seus filhos no meio de bombardeamentos
patrocinados. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O objectivo final desta ajuda
inadequada, hipócrita e condescendente não é aliviar o catastrófico sofrimento
humanitário dos palestinianos, ou fornecer “alívio essencial” aos civis. Pretende
consolidar ainda mais a ocupação israelita, que utilizou a fome como instrumento
de repressão descarada e de agressão genocida contra o povo palestiniano. “A
fome no norte de Gaza atingiu níveis fatais, especialmente para crianças,
mulheres grávidas e pacientes com doenças crónicas”, disse Ashraf al-Qudra,
porta-voz do Ministério da Saúde palestiniano em Gaza. “Milhares de
pessoas correm o risco de morrer de fome”, alertou.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">À medida que o número de vítimas
da fome em Gaza atinge os dois dígitos, o Ocidente não mostra sinais de
abandonar armas e outros fornecimentos militares que estão no centro da
beligerância de ocupação. Os Estados Unidos aprovaram alegadamente <a href="https://english.almayadeen.net/news/politics/us-made-some-100-covert-arms-deals-with--israel--since-oct" target="_blank">mais de 100 vendas militares distintas</a> a Israel desde o seu genocídio em
Gaza, sublinhando a farsa dos recentes lançamentos aéreos e dos chavões dos EUA
para apoiar a estabilidade no enclave. Como salientou o actual presidente
da Refugees International ao Washington Post, este é um “número extraordinário
de vendas ao longo de um período de tempo bastante curto”, o que indica
severamente que a campanha genocida israelita “não seria sustentável sem este
nível de Apoio dos EUA.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A proximidade de Washington com
grupos de defesa dos direitos humanos, agências de ajuda e avaliações
impressionantes da ONU deixam claro que está a dar carta branca a Israel para
intensificar o seu derramamento de sangue contra os palestinianos famintos, e a
ignorar a devastação humanitária no terreno. A pressão renovada da África do
Sul <a href="https://english.almayadeen.net/news/politics/south-africa-seeks-icj-action-on-israeli-induced-gaza-starva" target="_blank">no Tribunal Internacional de Justiça</a> visa abordar exactamente essa
hipocrisia e colocar o sofrimento inimaginável dos palestinianos sitiados na
vanguarda de todas as acções. “A ameaça da fome total já se materializou. O
tribunal precisa de agir agora para parar a tragédia iminente, garantindo
imediata e eficazmente que os direitos que constatou que estão ameaçados ao
abrigo da Convenção do Genocídio sejam protegidos”, afirmou a presidência
sul-africana.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Onde está o protesto ocidental
enquanto os israelenses proíbem o acesso a vistos para trabalhadores
humanitários que deveriam estar em Gaza? Como é que milhões de pessoas na
chamada ajuda humanitária ocidental enfrentam milhares de milhões em bombas e
munições para a ocupação israelita? A visão a partir da base é que a ajuda
que salva vidas é unilateral e abertamente negada, sem protestos, por parte das
nações que sustentam este status quo genocida em Gaza. A própria atitude
da Alemanha em relação ao sofrimento indescritível de Gaza é uma prova por si
só. Afinal de contas, Berlim afirma que o sofrimento testemunhado em Gaza
é indescritível, mas recusa-se a pôr fim ao seu apaziguamento diplomático de
Israel em detrimento da paz e da autonomia entre os palestinianos. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A Agência das Nações Unidas de
Assistência e Obras (UNRWA) para os Refugiados da Palestina também continua a
servir como <a href="https://english.almayadeen.net/news/politics/russia-stands-against-blackmailing-unrwa--envoy-to-un" target="_blank">alvo principal das relações entre Israel e os EUA</a> . difamação e crise
de financiamento, servindo efectivamente os objectivos de ocupação de sustentar
o sofrimento humano generalizado em Gaza. Não há nenhuma deliberação
significativa por parte do Ocidente para capacitar e sustentar o mecanismo
central de assistência da ONU. Em vez disso, agiram em unidade para cortar
a assistência financeira vital quando muitas crianças lutavam pela sobrevivência.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">As actuais prioridades ocidentais
continuam cada vez mais centradas na amplificação da campanha de desinformação
israelita da UNRWA, <a href="https://english.almayadeen.net/news/politics/biden-warns---very-dangerous--situation-if-no-ceasefire-befo" target="_blank">e a sua hipocrisia</a> relativamente a um cessar-fogo duradouro, duradouro e
justamente negociado faz do Ocidente um principal agressor contra as liberdades
e a sobrevivência dos palestinianos. Agora, alguns dos mesmos
patrocinadores ocidentais da agressão genocida estão a contemplar uma mudança
nos seus cortes no financiamento da UNRWA, desejando reconhecimento. Mas
não se engane: são essas tentativas e atitudes ocidentais que banalizam
repetidamente o sofrimento, a autonomia e a independência das crianças e
mulheres palestinianas para além de todos os limites.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Assim entendidas, quer se trate
de “lançamentos aéreos” condenáveis ou de tentativas flagrantes de desumanizar
os palestinianos, as acções ocidentais em matéria de ajuda e assistência
merecem o mais alto grau de denúncia. O apoio militar descomunal ao
genocídio da ocupação empalidece qualquer esforço para aliviar o sofrimento
humanitário em Gaza. Por sua vez, isto torna clara como o dia a sua hipocrisia
em relação à Palestina. </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><i>
Hannan Hussain, escritor e autor</i></b></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Imagem:</b> Ilustração de Mahdi Rtlei
para Al Mayadeen</span></p></div><p><span style="font-family: verdana;"> </span></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-3715796231620961122024-03-18T16:34:00.000+00:002024-03-18T16:34:13.716+00:00Como chegar à paz que Israel não quer<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU2oLLZRi5qp1RzEKnpQN3M7xJsi8qvRFeOtl38LrLNdwpoJHXSHHqtKQnXTwDxLt7Ny38yip_3zsRBosFJ49gDK5pid8XDqP5aGwvcdB4rLDywc2R6cQY5jsCT-CMe1hf4_w3gfEyO_mi5udg6kw4nIZewp35TCNt7UF45uys1DqmSt1Y4PPBOR5zgYzO/s1024/photo_5152353802232376459_w-1-1024x683.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="683" data-original-width="1024" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU2oLLZRi5qp1RzEKnpQN3M7xJsi8qvRFeOtl38LrLNdwpoJHXSHHqtKQnXTwDxLt7Ny38yip_3zsRBosFJ49gDK5pid8XDqP5aGwvcdB4rLDywc2R6cQY5jsCT-CMe1hf4_w3gfEyO_mi5udg6kw4nIZewp35TCNt7UF45uys1DqmSt1Y4PPBOR5zgYzO/w640-h426/photo_5152353802232376459_w-1-1024x683.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Ela exige dois Estados autónomos.
Mas em negociações bilaterais, Tel-Aviv jamais a aceitará. Por isso, a saída é
outra: um novo arranjo geopolítico, capaz de construir a solução na ONU – e
mobilizando tropas internacionais, se necessário</b></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://outraspalavras.net/author/jeffreysachs/" target="_blank" title="Posts de Jeffrey D. Sachs">Jeffrey D. Sachs</a>* | no <a href="https://www.other-news.info/achieving-the-two-state-solution-in-the-wake-of-gaza-war/" target="_blank">Other
News </a>| <st1:personname productid="em Outras Palavras" w:st="on">em
<a href="https://outraspalavras.net/" target="_blank">Outras Palavras</a></st1:personname> | Tradução: Rôney Rodrigues</i></b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A solução de dois Estados está
consagrada no direito internacional e é o único caminho viável para uma paz
duradoura. Todas as outras soluções – uma continuação do regime de apartheid de
Israel, um Estado binacional ou um Estado unitário – garantiriam a continuação
da guerra por um lado ou por outro ou por ambos. No entanto, a solução de dois
Estados parece irremediavelmente bloqueada. Não é. Aqui está um caminho.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O governo israelense opõe-se
fortemente a uma solução de dois Estados, tal como uma proporção significativa
da população israelense, alguns por motivos religiosos (“Deus deu-nos a terra”)
e outros por motivos de segurança (“Nunca poderemos estar seguros com um Estado
palestino”). Uma proporção significativa de palestinos considera Israel uma
entidade ilegítima de colonialismo de colonos e, em qualquer caso,
desconfia de qualquer processo de paz.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Como, então, proceder?</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A recomendação habitual é a
seguinte sequência de eventos em seis etapas: (1) cessar-fogo; (2) libertação
de reféns; (3) assistência humanitária; (4) reconstrução; (5) conferência de
paz para negociações entre Israel e <a href="https://twitter.us19.list-manage.com/track/click?u=50ec04f7fdd8f247aecfa0ddf&id=43dbaeb33b&e=6dd3eb9aca" target="_blank">Palestina</a>; e finalmente (6) estabelecimento de dois Estados
em fronteiras acordadas. Este caminho é impossível. Há um impasse perpétuo nos
passos 5 e 6, e esta sequência falhou durante 57 anos, desde a guerra de 1967.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O fracasso de Oslo é o caso
paradigmático <st1:personname productid="em questão. Existem" w:st="on">em
questão. Existem</st1:personname> diferenças irreconciliáveis, como o estatuto
de Jerusalém Oriental. Os fanáticos israelenses forçariam a saída do poder de
qualquer político israelense que se atrevesse a ceder Jerusalém Oriental à
soberania palestina e os fanáticos palestinos fariam o mesmo com qualquer líder
palestino que desistisse da soberania sobre Jerusalém Oriental. Deveríamos
abandonar a ilusão contínua de que Israel alguma vez chegará a um acordo, ou de
que a Palestina alguma vez terá o poder de negociação significativo diante
Israel, especialmente quando a Autoridade Palestina é altamente dependente dos
EUA e de outros financiadores.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A abordagem correta é, portanto,
oposta, começando com o estabelecimento de dois Estados em fronteiras acordadas
globalmente, nomeadamente as fronteiras de 4 de junho de 1967, tal como <a href="https://twitter.us19.list-manage.com/track/click?u=50ec04f7fdd8f247aecfa0ddf&id=606c99fdab&e=6dd3eb9aca" target="_blank">consagradas </a>nas resoluções do Conselho de Segurança da
ONU e da Assembleia Geral da ONU. Os Estados-membros da ONU devem impor a
solução de dois Estados, em vez de esperar por mais uma negociação falhada
entre palestinos e israelense.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Assim, o acordo deveria seguir
esta ordem: (1) estabelecimento da Palestina como 194º Estado-membro dentro da
estrutura da solução de dois Estados nas fronteiras de 4 de junho de 1967; (2)
cessar-fogo imediato; (3) libertação de reféns; (4) assistência humanitária;
(5) forças de manutenção da paz, desarmamento e segurança mútua; e (6)
negociação sobre modalidades (assentamentos, regresso de refugiados, trocas de
terras mutuamente acordadas e outras; mas não de fronteiras).</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em 2011, o Estado da Palestina
(agora reconhecido por 140 dos Estados-membros da ONU, mas ainda não como um
Estado-membro) <a href="https://twitter.us19.list-manage.com/track/click?u=50ec04f7fdd8f247aecfa0ddf&id=282b39f1c9&e=6dd3eb9aca" target="_blank">solicitou o estatuto de membro pleno da ONU</a>. O Comitê de
Novos Membros do Conselho de Segurança da ONU (constituído pelo Conselho de
Segurança) reconheceu a legitimidade da candidatura da Palestina, mas, como é
absolutamente típico no “processo de paz”, o governo dos EUA convenceu a
Autoridade Palestina a aceitar o “status de observador”, prometendo que a
adesão plena à ONU ocorreria <st1:personname productid="em breve. Claro" w:st="on">em
breve. Claro</st1:personname> que não ocorrerá.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Conselho de Segurança, apoiado
pela Assembleia Geral da ONU, tem o poder, abrigado na Carta da ONU, de impor o
acordo de dois Estados. Pode fazê-lo como uma questão de direito internacional,
após décadas de resoluções relevantes. E impor a solução através de uma combinação
de incentivos (econômicos, financiamento para a reconstrução, forças de
manutenção da paz apoiadas pelo Conselho de Segurança, desarmamento, segurança
fronteiriça etc.) e penalizações (sanções por violações cometidas por qualquer
uma das partes).</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A única fronteira concebível para
a criação da solução de dois Estados é a de 4 de junho de <st1:metricconverter productid="1967. A" w:st="on">1967. A</st1:metricconverter> partir dessa
fronteira, os dois lados poderiam de fato negociar uma troca de terras
mutuamente acordada para benefício mútuo, mas fariam isso sabendo que a “melhor
alternativa para um acordo negociado” (BATNA – técnica de solução de
conflitos) é a fronteira de 4 de junho de 1967.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">É bem possível, e até provável,
que os EUA vetassem inicialmente esta via proposta. Afinal de contas, os EUA já
usaram o seu veto <a href="https://twitter.us19.list-manage.com/track/click?u=50ec04f7fdd8f247aecfa0ddf&id=355b8fba5c&e=6dd3eb9aca" target="_blank">diversas vezes para bloquear até mesmo um cessar-fogo</a>. No
entanto, o processo de obter o veto dos EUA e, depois, garantir uma grande
maioria de votos na Assembleia Geral da ONU será salutar por três razões.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em primeiro lugar, a política dos
EUA está mudando rapidamente contra as políticas israelenses, dada a crescente
compreensão da população estadunidense sobre os crimes de guerra e o extremismo
político de Israel. Esta mudança na opinião pública torna muito mais provável
que os líderes dos EUA aceitem, mais cedo ou mais tarde, a abordagem básica
aqui delineada devido à dinâmica política interna dos EUA. Em segundo lugar, o
crescente isolamento dos EUA no Conselho de Segurança da ONU e na Assembleia
Geral da ONU também está pesando fortemente sobre os líderes dos EUA e a
forçando a liderança dos EUA a reconsiderar as suas posições políticas tendo em
conta considerações geopolíticas. Terceiro, uma votação forte no Conselho de
Segurança e na Assembleia Geral das Nações Unidas para a solução de dois
Estados nas fronteiras de 4 de junho de 1967 ajudará a fortalecer o direito
internacional e os termos do eventual acordo assim que o veto dos EUA for
levantado.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Por estas razões, existe uma
perspectiva realista de que a ONU irá finalmente exercer a sua autoridade
jurídica e de política internacional para criar as condições para a paz.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Há 22 anos, os líderes árabes e
islâmicos afirmaram na <a href="https://twitter.us19.list-manage.com/track/click?u=50ec04f7fdd8f247aecfa0ddf&id=15cde96f1f&e=6dd3eb9aca" target="_blank">Iniciativa Árabe de Paz de 2002 </a>que o único caminho para
a paz é através da solução de dois Estados. Em 7 de fevereiro de 2024, o <a href="https://twitter.us19.list-manage.com/track/click?u=50ec04f7fdd8f247aecfa0ddf&id=03bb6527c0&e=6dd3eb9aca" target="_blank">Ministério do</a> Comércio Exterior<a href="https://twitter.us19.list-manage.com/track/click?u=50ec04f7fdd8f247aecfa0ddf&id=03bb6527c0&e=6dd3eb9aca" target="_blank"> saudita </a>reafirmou que uma paz abrangente só será
alcançada através do reconhecimento de um Estado palestino independente nas
fronteiras de 1967 e de Jerusalém Oriental como capital. Os Estados árabes e a
comunidade internacional em geral não deveriam aceitar outro processo de paz
vago que provavelmente é fadado ao fracasso, especialmente dada a urgência
causada pelo genocídio em curso em <a href="https://twitter.us19.list-manage.com/track/click?u=50ec04f7fdd8f247aecfa0ddf&id=599cd5b265&e=6dd3eb9aca" target="_blank">Gaza </a>e a má vontade acumulada ao longo dos últimos 57
anos por um infrutífero “processo de paz”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A paz pode passar pela implementação
imediata da solução de dois Estados, fazendo da admissão da Palestina na ONU o
ponto de partida e não o ponto final. Dois Estados soberanos, nas fronteiras de
4 de junho de 1967, protegidos inicialmente por forças de manutenção da paz
apoiadas pela ONU e outras garantias, serão o ponto de partida para uma paz
abrangente e justa, não apenas entre Israel e a Palestina – mas também uma paz
regional que garantiria relações diplomáticas em todo o Oriente Médio e pôr fim
a este conflito que tem esgotado a população, a região e o mundo há mais de um
século.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Foto:</b> Majdi Mohammed/AP</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>* Jeffrey D. Sachs é
Professor da Universidade de Columbia, é Diretor do Centro de Desenvolvimento
Sustentável da Universidade de Columbia e Presidente da Rede de Soluções de
Desenvolvimento Sustentável da ONU. Ele atuou como conselheiro de três
secretários-gerais da ONU e atualmente atua como advogado dos ODS sob o
secretário-geral António Guterres.</b></span></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-89777127685924170252024-03-18T16:16:00.000+00:002024-03-18T16:16:06.688+00:00Angola | A Palavra do Chefe com Vénia -- Artur Queiroz<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdtr6aqHk6Po9aXSCjuPb8fbwM9Zg5P3l9UMYq-F9EOHHCE-ILcAt94xTWRecRiZKSukb0tZD26hg_fW7Az-izPs4TfYUqioIh80o0sEhTS0wmz2w1iQYd9s-knwvmxo_sUTRb7Kp3KgtXQmSrMwu21zZc1deNeFuJPeGV-yHKr6h89l77kufQ3oPi0Nq-/s339/Sem%20T%C3%ADtulo.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="333" data-original-width="339" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdtr6aqHk6Po9aXSCjuPb8fbwM9Zg5P3l9UMYq-F9EOHHCE-ILcAt94xTWRecRiZKSukb0tZD26hg_fW7Az-izPs4TfYUqioIh80o0sEhTS0wmz2w1iQYd9s-knwvmxo_sUTRb7Kp3KgtXQmSrMwu21zZc1deNeFuJPeGV-yHKr6h89l77kufQ3oPi0Nq-/s320/Sem%20T%C3%ADtulo.png" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/ARTUR%20QUEIROZ">Artur
Queiroz</a>*, Luanda</i></b></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Era uma vez um país que foi
invadido por forças da coligação mais agressiva e reacionária do ‘planeta,
capitaneada pelo estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA). Às portas da
Independência Nacional as tropas estrangeiras ocupavam a maior parte do
território. Matavam, destruíam, saqueavam. O dia 11 de Novembro de 1975 devia
ser a grande festa de um povo que suportou os ocupantes colonialistas durante
séculos. Foi um dia de morte e tristeza. Os invasores semearam a dor e o luto.
A guerra continuou até à vitória final. A comunidade internacional prometeu
apoiar a reconstrução. Mas os derrotados impediram a ajuda numa reunião de
doadores em Bruxelas, em 1993.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Quando tínhamos a necessidade
premente de avultados recursos financeiros para a reconstrução nacional do
nosso país devastado pela guerra prolongada, foi a República Popular da
China o único país do mundo que veio verdadeiramente em nosso socorro, para a
reconstrução das principais infra-estruturas e construção de novas igualmente
importantes para o desenvolvimento económico e social de Angola.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">EUA, União Europeia, Reino Unido
e todas as outras potências ocidentais viraram as costas ao Povo Angolano
depois de apoiarem a Guerra Colonial, entre 1961 e <st1:metricconverter productid="1974. A" w:st="on">1974. A</st1:metricconverter> Guerra da Transição
ente Maio de 1974 e 11 de Novembro de <st1:metricconverter productid="1975. A" w:st="on">1975. A</st1:metricconverter> Guerra pela Soberania Nacional e
Integridade Territorial entre 1976 e <st1:metricconverter productid="1988. A" w:st="on">1988. A</st1:metricconverter> rebelião armada entre 1992 e 2002. Os
amigos de sempre estiveram ao lado do Povo Angolano. Cubanos derramaram o seu
sangue na terra angolana. Russos apoiaram na primeira linha. Argelinos,
jugoslavos, congoleses (Brazzaville) e outros povos amigos não faltaram à
chamada. Nunca.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"> Na sua presença, Senhor
Presidente, aproveitamos a oportunidade para, de todo o coração, agradecer o
quanto a República Popular da China os foi útil no combate à pandemia da
COVID-19, por ter sido quem nos forneceu em grandes quantidades os equipamentos
de laboratório, de biossegurança e vacinas que nos ajudaram a salvar o maior
número possível de vidas humanas.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os países interesseiros fizeram
negócios com a pandemia. Ganharam milhões. Fecharam-se na concha e ignoraram os
povos mais necessitados, no combate à pandemia. O egoísmo das potências do
ocidente alargado custou milhões de vidas em África, América Latina e África.
Os que sustentam as potências colonialistas pagam sempre a factura e um preço
elevado. Angola nesse aspecto é um país privilegiado.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Manifesto ao senhor Primeiro
Ministro do Governo da República Popular da China o nosso interesse de ver
financiados três projectos de infra-estruturas públicas, nomeadamente a
construção da refinaria do Lobito e o Metro de Superfície de Luanda, ambos
autossustentáveis, assim como uma grande infra-estrutura militar - a Base Aérea
número 1 -, como forma de se aproveitarem as capacidades existentes da empresa
chinesa AVIC que concluiu, com sucesso, a construção do grande e moderno
Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto em Luanda.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os amigos são para as ocasiões. A
República Popular da China em relação a Angola já o provou e comprovou Os
amigos da onça são para as traições. O estado terrorista mais perigoso do
mundo, mais cedo ou mais tarde, trai os parceiros. Os EUA abandonaram os seus
fantoches no Vietname e no Afeganistão. Alguns, noutras paragens, quando
deixaram de prestar aos seus interesses, foram mortos ou presos. A República
Popular da China fez grandes investimentos em Angola para a Reconstrução
Nacional. Os EUA até agora só fizeram empréstimos!</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Angola defende o princípio
de uma só China e Taiwan como parte integrante do território chinês, assunto
que deve ser solucionado por meios pacíficos, a exemplo do que aconteceu com
Hong Kong e Macau, não havendo por isso razões para se pensar de forma
diferente depois desses dois casos de grande sucesso da diplomacia chinesa.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A guerra na Ucrânia começou em
2014, após o triunfo de um golpe de estado em Kiev que derrubou o presidente da
república eleito. De imediato começou a limpeza étnica em vários pontos da
Ucrânia, mas sobretudo no Leste do país onde a população é russa, fala russo e
tem cultura russa. Só aqui, segundo a ONU, os nazis de Kiev mataram 16.000
civis entre 2014 e 2022. O discurso do ocidente alargado é enganador. Falso.
Manipulador. Afirmam que a guerra começou em Fevereiro de 2022 quando a
Federação Russa decidiu proteger os cidadãos russos na Ucrânia. Os seus agentes
papagueiam esta propaganda. A guerra começou do nada só para rasgar a Carta das
Nações Unidas. Pobres diabos.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ao fim de mais de dois anos de
guerra, é imperioso pôr fim à guerra na Ucrânia. Como acontece em todas as
guerras, ela deve terminar necessariamente à volta de uma mesa de conversações
para se alcançar a paz definitiva e se garantir a soberania nacional da Ucrânia.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O estado terrorista mais perigoso
do mundo e seus aliados deram ordens aos seus sargentos israelitas para
iniciarem um genocídio na Palestina. Não querem gente num território onde foram
descobertas grandes reservas de petróleo e gás natural. Extermínio dos
palestinos, imediatamente. Os nazis de Telavive cumprem as ordens. A fome
instalou-se na Faixa de Gaza. Bebés nascem já mortos. Ou morrem nos primeiros
dias de vida. A Organização Mundial de Saúde implora o cessar-fogo imediato, em
nome da Humanidade. Os nazis continuam o genocídio às ordens do trio assassino
Biden, Blinken, Austin.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"> Defendo o fim imediato da
ofensiva militar desproporcional do Exército israelita contra as populações
indefesas da Faixa de Gaza, o fim dos colonatos e o fim definitivo do conflito
israelo-palestino com a criação, de facto, do Estado da Palestina que seja internacionalmente
reconhecido, única solução definitiva para trazer a liberdade e dignidade ao
povo palestino e garantir realmente a segurança de Israel e dos povos daquela
conturbada região do nosso planeta.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Um genocídio afinal é apenas “uma
ofensiva militar desproporcional”. Matar civis à fome e à sede é uma acção
militar desproporcional contra civis. Destruir hospitais é uma acção militar
desproporcional. Matar 20.000 crianças é uma acção militar desproporcional.
Matar 7.000 Mamãs é uma desproporção. Quem manda, manda. E o estado terrorista
mais perigoso do mundo ordenou aos seus lacaios para falarem assim. E eles falam</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">*Os parágrafos a itálico fazem
parte de um discurso do Presidente João Lourenço em Pequim</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><i>* Jornalista</i></b></span></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-15785245845710074942024-03-18T15:57:00.002+00:002024-03-18T15:57:35.102+00:00França poderá compartilhar suas bases na Costa do Marfim e no Senegal com os EUA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9yQWn7_4g0sMySpYxuBxlwXlbI7ZkL_UXAuZl2ozezVRVZafrqg5fVLaVkZfxU27WDQC1-1TWem6slcrON8VLGWnpobgLKTblZvQx5F24zIrEGI_EgZrrIKzinVtDyUS7SoHktuBXJZtqE3ZsXLywC5mYUHWCDy6URXG2jPOE77aY5B0sbCvL3okulDeF/s800/unnamed43.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9yQWn7_4g0sMySpYxuBxlwXlbI7ZkL_UXAuZl2ozezVRVZafrqg5fVLaVkZfxU27WDQC1-1TWem6slcrON8VLGWnpobgLKTblZvQx5F24zIrEGI_EgZrrIKzinVtDyUS7SoHktuBXJZtqE3ZsXLywC5mYUHWCDy6URXG2jPOE77aY5B0sbCvL3okulDeF/s320/unnamed43.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/ANDREW%20KORYBKO" target="_blank">Andrew Korybko</a> * | <a href="https://korybko.substack.com/" target="_blank">Substack</a> |
opinião | # Traduzido em português do Brasil</i></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O cenário está, portanto, montado
para que os EUA enviem drones para a base francesa na Costa do Marfim, sob
pretextos antiterroristas exagerados, que realmente servem para manter a
Aliança/Confederação do Sahel sob controlo, ao mesmo tempo que monitorizam a
actividade russa naquele país. Uma presença complementar no Senegal também
não pode ser descartada, mas nada será decidido até que as eleições
presidenciais adiadas sejam realizadas no final deste mês.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://substack.com/redirect/22eea478-7c0f-4c28-a35e-4a817b248862?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">A TASS </a>chamou a atenção na semana passada para o que o
Chefe do Estado-Maior de Defesa da França, Thierry Burkhard, disse à Assembleia
Nacional durante uma audiência fechada do Comitê de Defesa Nacional e Forças
Armadas da Assembleia Nacional em 31 de janeiro, que foi publicada recentemente
no site da Assembleia Nacional <a href="https://substack.com/redirect/3a2d13dd-3370-4f6d-985e-b406d0053638?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">aqui </a>. O principal oficial militar francês não
confirmou nem negou o relatório do <a href="https://substack.com/redirect/826b25d9-981a-4d11-8f3c-c08127c0dbcc?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Le Monde </a>nessa altura sobre a partilha de bases
francesas com os EUA e outros quando questionado sobre o assunto, mas descreveu
a ideia como “desejável”.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Este plano iria “reduzir a nossa visibilidade,
mantendo ao mesmo tempo a pegada mínima necessária para manter o nosso acesso
aberto”, ou por outras palavras, diminuiria a probabilidade de o público
protestar contra estes postos avançados neocoloniais, reduzindo a presença da
França ali e substituindo-a parcialmente pela dos EUA. A Costa do Marfim e
o Senegal são muito mais estratégicos para os EUA do que o Chade e o Gabão
porque os dois primeiros confinam com os países centrais da recém-formada <a href="https://substack.com/redirect/25a3f1dd-62f7-446e-b890-ec334f5711fe?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Aliança </a>/ <a href="https://substack.com/redirect/33de2e5a-291e-4c01-ae96-f7a4f4c14232?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Confederação </a>do Sahel que <a href="https://substack.com/redirect/1593f385-b588-426e-858d-836b8fd4d2df?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">cultivaram laços estreitos com a Rússia </a>.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Foi explicado em Setembro “ <a href="https://substack.com/redirect/07e14c73-cabb-4c33-af4a-0a2c7a48dc9f?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Porque é que os EUA são responsáveis pela retirada da
França do Níger </a>”, o que pode ser resumido como Washington
apunhalando Paris pelas costas para o “maior bem geopolítico” de manter a
influência ocidental nesta parte de África em vez de a ceder voluntariamente à
Rússia. Embora esta abordagem pareça agora ter falhado no Níger, depois de
aquele país <a href="https://substack.com/redirect/ae87740b-c54f-4099-aabd-611dbc24c98a?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">ter acabado de desfazer </a>o seu acordo de base
americana, é indiscutivelmente ainda o paradigma através do qual os EUA estão a
interagir com a Costa do Marfim e o Senegal.<span></span></span></p><a name='more'></a><span style="font-family: verdana;">A única maneira possível de a
França se sentir mais confiante de que os laços neocoloniais estabelecidos há
décadas, dos quais depende a sua estabilidade macroeconómica hoje em dia, não
serão subitamente perdidos, é ceder proativamente parte da sua influência aos
EUA, com a expectativa de que isso irá diluir sentimento anti-francês. Não
está claro se os EUA prometeram </span><a href="https://substack.com/redirect/066d03d4-1605-4b3d-898e-2cfb8294ff68?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" style="font-family: verdana;" target="_blank">alguma </a><a href="https://substack.com/redirect/ab2d9bf3-39f7-41a1-8fd7-b956b5fde634?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" style="font-family: verdana;" target="_blank">coisa </a><span style="font-family: verdana;">à França em troca de um acordo moderno de “ </span><a href="https://substack.com/redirect/33a7e184-4845-4b0b-9033-785cb3b23e50?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" style="font-family: verdana;" target="_blank">destruidores por bases” </a><span style="font-family: verdana;">, mas mesmo que fosse, isso
ainda foi feito a partir de uma posição de desespero e fraqueza.</span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A Aliança/Confederação do Sahel
representa uma nova plataforma de integração regional que pode crescer para
incluir outros países que seguem os passos dos seus membros, realizando os seus
próprios golpes militares patrióticos (revoluções multipolares) e depois <a href="https://substack.com/redirect/0e8689df-c122-4f80-bed8-40ea8680a379?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">desertando do bloco da CEDEAO controlado pelo Ocidente, </a>como
acabaram de fazer. . A Guiné é o principal candidato devido à sua história
política recente e por ter a capacidade geográfica para fornecer à vizinha
Aliança/Confederação do Sahel um <a href="https://substack.com/redirect/91dafcd3-049d-4b94-b90e-d95ff1078c0c?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">acesso marítimo confiável.</a></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Foi precisamente por causa desta
possibilidade que a CEDEAO <a href="https://substack.com/redirect/8060f776-2040-415b-a505-462bd1730c94?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">finalmente levantou as sanções </a>ao seu governo
pós-golpe no mês passado, bem como aquelas que tinha anteriormente imposto aos
três membros da Aliança/Confederação do Sahel: <a href="https://substack.com/redirect/72ad2fa4-cc1d-4e4a-a5ea-875b434511ab?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Burkina Faso, Mali e Níger </a>. O objectivo era
evitar preventivamente o cenário de a Guiné desertar do seu bloco se a sua
liderança percebesse o quanto poderia lucrar sendo o único acesso confiável ao
mar daquele país vizinho naquelas circunstâncias anteriores.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O levantamento das sanções pela
CEDEAO contra os seus países (as sanções contra os seus funcionários
permanecerão por enquanto) pretendia tranquilizar a Guiné de que não há
necessidade de “reagir exageradamente” e, ao mesmo tempo, restabelecer os laços
comerciais CEDEAO-Sahelianos sob pretextos humanitários. O último
desenvolvimento mencionado mascarou a intenção estratégica de manter aquele
bloco do Norte numa relação de complexa interdependência económica mútua com o
bloco do Sul, do qual os seus membros acabaram de desertar.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tudo isto pretende conter a
influência da Rússia em toda a África Ocidental, na sequência da retirada da
França, que começou no rescaldo da onda de golpes militares patrióticos dos
Estados do Sahel. Os observadores devem notar que a participação de
Burkhard na audiência fechada da Assembleia Nacional ocorreu poucos dias depois
da Aliança/Confederação do Sahel ter desertado da CEDEAO e pouco menos de um
mês antes da CEDEAO levantar as suas sanções contra esses três países e a
Guiné.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">As suas palavras representam,
portanto, um retrato do pensamento estratégico francês neste momento histórico
em que a CEDEAO perdeu os membros do Sahel e Paris estava em pânico sobre o que
fazer a seguir. Recordando os receios ocidentais de que o agora renomeado <a href="https://substack.com/redirect/2c83576a-744b-4b05-b8b8-66bf6680f5fc?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Wagner </a>possa facilitar mais golpes militares
patrióticos na região, algo que o Presidente Putin <a href="https://substack.com/redirect/7bd286e1-dcf7-46b8-9638-1fda17729d78?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">negou numa entrevista </a>na semana passada que a Rússia
alguma vez tenha desempenhado qualquer papel, faz sentido que a França
considere deixar os EUA operarem conjuntamente fora do suas bases na Costa do
Marfim e no Senegal.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os meios de comunicação
ocidentais já há um ano atrás <a href="https://substack.com/redirect/05f4cc83-3c84-44fd-b2c8-b979afb1a527?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">espalhavam o medo </a>de que Wagner estaria supostamente a
conspirar para atingir a Costa do Marfim a seguir, enquanto a <a href="https://substack.com/redirect/cb3b4418-cc8f-456a-a41d-3c1c94939ab6?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">actual crise política do Senegal </a>, que começou a
materializar-se no Verão passado, começou a aquecer por volta do final de
Janeiro, quando Burkhard discursou na Assembleia Nacional. Estes países
são, portanto, considerados possíveis “alvos” da Aliança/Confederação do Sahel,
parceira da Rússia, daí a necessidade de os “proteger” mais do que o Chade e o
Gabão.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em relação aos dois últimos, o
Chade <a href="https://substack.com/redirect/9638f076-0abe-459e-bc33-37e053481b97?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">recalibrou </a><a href="https://substack.com/redirect/fe943c94-7b58-4532-98b3-a1b15209cb1a?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">de forma impressionante </a>a sua política externa
anteriormente centrada no Ocidente para equilibrar pragmaticamente entre esse
bloco e a Rússia, enquanto o golpe do Gabão no ano passado se deveu a <a href="https://substack.com/redirect/56c45a81-87ad-4fdc-9058-64b58f6424b5?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">questões puramente internas </a>e não foi de forma alguma
anti-francês, uma vez que o país ainda permanece voluntariamente em sua órbita. Eles
são, portanto, menos prioritários para os EUA se deslocarem para preservar a
influência ocidental do que a Costa do Marfim e o Senegal, o que explica por
que estes últimos são os locais mais prováveis onde isto irá acontecer.<a href="https://substack.com/redirect/9638f076-0abe-459e-bc33-37e053481b97?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"></a><a href="https://substack.com/redirect/56c45a81-87ad-4fdc-9058-64b58f6424b5?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"></a></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nesse caso, os EUA adaptar-se-ão
de forma flexível aos desenvolvimentos regionais, de uma forma que faça uso
mais eficaz do legado neo-imperial da França, o que poderá ajudá-los a manter a
Aliança/Confederação do Sahel sob controlo. Isto é especialmente verdade
se os drones forem implantados na sua base potencialmente partilhada na Costa
do Marfim com a França, de acordo com o relatório do <a href="https://substack.com/redirect/229a8649-39fe-4a80-a61b-1ec234a5b03a?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Wall Street Journal </a>no início de Janeiro de que os EUA
estavam a planear operar tais sistemas fora desse país, Gana e Benin, todos os
quais confinam aquele bloco vizinho. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O pretexto antiterrorista é
provavelmente verdadeiro até certo ponto, mas também provavelmente exagerado, a
fim de justificar o estabelecimento de melhores mecanismos de monitorização
para vigiar a actividade russa nesses três países do norte. A Costa do
Marfim é a região mais fácil de todos os três para os EUA fazerem isso, já que
Burkhard disse no mesmo mês que era “desejável” que a França compartilhasse
suas bases lá com aquele país, que o Ocidente já temia no ano passado, poderia
supostamente ser em breve. alvo do agora renomeado Wagner.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O cenário está, portanto, montado
para que os EUA enviem drones para a base francesa na Costa do Marfim, sob
pretextos antiterroristas exagerados, que realmente servem para manter a
Aliança/Confederação do Sahel sob controlo, ao mesmo tempo que monitorizam a
actividade russa naquele país. Uma presença complementar no Senegal também
não pode ser descartada, mas nada será decidido até que as eleições
presidenciais adiadas sejam realizadas no final deste mês. Em suma, a
França está a abrir a porta aos EUA na África Ocidental, e possivelmente sem
receber nada em troca.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>* Analista político americano
especializado na transição sistémica global para a multipolaridade</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>* <a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/ANDREW%20KORYBKO" target="_blank">Andrew Korybko</a> é regular colaborador <st1:personname productid="em Página Global" w:st="on">em Página Global</st1:personname> há
alguns anos e também regular interveniente em outras e diversas publicações.
Encontram-no também nas redes sociais. <a href="https://www.amazon.com.br/Livros-Andrew-Korybko/s?rh=n%3A6740748011%2Cp_27%3AAndrew+Korybko" target="_blank">É ainda autor profícuo de vários livros.</a></b></span></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-54679296002486836792024-03-18T12:57:00.000+00:002024-03-18T12:57:11.487+00:00Lucros dos cinco maiores bancos portugueses dispararam. Qual liderou?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih-LurPIyX5q7s5CU_WEAOQAr_Ft6tckBkDbR_osz1UMZtTw3CY87eEaT-dxH15JI49xxHXtohl9qgvwJxXACsbCHzegAAEeLYlOX-XIV3Ue2sKAFAqbeYHLbxuH8QI5oL9rL1CxfUlfnIvPDS0dbFQDugWbgzgO02w305eAJn1m8f-XWuqzdvFuM3LTKy/s543/gueban_topo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="543" height="472" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih-LurPIyX5q7s5CU_WEAOQAr_Ft6tckBkDbR_osz1UMZtTw3CY87eEaT-dxH15JI49xxHXtohl9qgvwJxXACsbCHzegAAEeLYlOX-XIV3Ue2sKAFAqbeYHLbxuH8QI5oL9rL1CxfUlfnIvPDS0dbFQDugWbgzgO02w305eAJn1m8f-XWuqzdvFuM3LTKy/w640-h472/gueban_topo.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><b>Para estes resultados, contribuiu
a valorização da margem financeira, que corresponde à diferença entre os juros
cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos.</b></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os cinco maiores bancos que
operam em Portugal registaram lucros agregados de 4.444 milhões de euros em
2023, mais 72,5% face a 2022, devido à valorização da margem financeira. A Caixa
Geral de Depósitos (CGD) destacou-se e foi o banco com melhores resultados. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Assim, os lucros da CGD, BPI,
Millennium BCP, Novo Banco e Santander Totta cresceram 1.867,5 milhões de
euros em relação a 2022.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para estes resultados, contribuiu
a valorização da margem financeira - a diferença entre os juros cobrados
nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos -, que no acumulado do ano
ultrapassou os 9.274 milhões de euros, mais 67,84% que no ano anterior.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>CGD liderou</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A CGD foi o que conseguiu os
maiores lucros, com 1.291 milhões de euros, mais 53,14% que em 2022, tendo a
sua margem financeira mais que duplicado (103,55%) para 1.458 milhões de euros.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O banco público anunciou ainda
que pretende pagar ao seu acionista, o Estado, 1.258 milhões de euros, entre
dividendos (525 milhões de euros), impostos (529 milhões de euros) e custos de
supervisão (204 milhões de euros).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Entre os privados, o
Santander Totta foi quem apresentou lucros mais elevados em 2023.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Com um aumento de 69,8%, os
lucros do Santander Totta atingiram os 1.030 milhões de euros em 2023, contra
606,7 milhões de euros em <st1:metricconverter productid="2022. A" w:st="on">2022.
A</st1:metricconverter> margem financeira da instituição aumentou 90,45% em
termos homólogos para 1.491 milhões de euros.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No mesmo sentido, o BCP registou
lucros de 856 milhões de euros, contra 197,4 milhões de euros em 2022. No ano
em análise, a margem financeira consolidada subiu 31,4%, para 2.825,7 milhões
de euros.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em quarto lugar, o Novo Banco registou
um resultado positivo de 743,1 milhões de euros no ano, mais 32,5% que em 2022,
tendo a sua margem financeira subido 82,7%, para 1.142,6 milhões de euros.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O BPI viu os seus
lucros subirem 42% em 2023, para 524 milhões de euros, enquanto a margem
financeira da instituição do Grupo Caixabank escalou 69,6%, para 948,9 milhões
de euros.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Lucros dos bancos foram
beneficiados pelas altas taxas de juro</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em 2023, os lucros dos bancos
foram beneficiados pelas altas taxas de juro nos empréstimos e lenta
subida das taxas de juro nos depósitos, acabando por beneficiar a margem
financeira, já que esta é a diferença dos juros cobrados pelos bancos nos
créditos e os juros pagos pelos bancos nos depósitos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Desde que o Banco Central Europeu
(BCE) começou a subir as taxas de juro diretoras em meados de 2022, para
combater a inflação, que isso tem tido impacto no aumento dos créditos dos
clientes bancários indexados a taxa de juro variável (sobretudo Euribor).</span></p><p>
<span style="font-family: verdana;"><b><i>Notícias ao Minuto com Lusa</i></b></span><br /></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-83406805338487456402024-03-18T12:24:00.000+00:002024-03-18T12:24:15.463+00:00Portugal | O bicho entrando na maçã<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFswq6bf3N1m79O6g1vM7k6jfG-1AHpGsjVqyLB9pxfDb4PLwJkSmPZgbzjrbbOPlDSyFiIRoC5YgohUu4OYtELVf0Mlu2V3kAt6LGqSvXPF2t5bzrpzZ_AxwUEoknSEhwdG86zqyBqa8uOo5kcsGqua45cgFtxSEX5DJGU6rm9qk-GIpPb2SYbH4YRZQ5/s900/26-vasco-gargalo-mocidade-portuguesa-dapres-ja-manta-_9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="692" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFswq6bf3N1m79O6g1vM7k6jfG-1AHpGsjVqyLB9pxfDb4PLwJkSmPZgbzjrbbOPlDSyFiIRoC5YgohUu4OYtELVf0Mlu2V3kAt6LGqSvXPF2t5bzrpzZ_AxwUEoknSEhwdG86zqyBqa8uOo5kcsGqua45cgFtxSEX5DJGU6rm9qk-GIpPb2SYbH4YRZQ5/w308-h400/26-vasco-gargalo-mocidade-portuguesa-dapres-ja-manta-_9.jpg" width="308" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://www.jn.pt/autor/177/carvalho-da-silva/">Carvalho da Silva</a>* | Jornal de Notícias | opinião</i></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.jn.pt/autor/177/carvalho-da-silva/"></a></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os resultados das eleições
legislativas do passado domingo deixaram qualquer democrata preocupado. A
preocupação não pode transformar-se <st1:personname productid="em susto. A" w:st="on">em susto. A</st1:personname> situação política que temos exige muita
ação, e o medo gera tolhimento.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É preocupante a grande expressão
da extrema-direita na Assembleia da República (AR), por razões várias: i) os
efeitos de instabilização deste órgão de soberania e dos papéis que lhe estão
atribuídos; ii) o descrédito para a AR, que pode resultar da chafurdice
política que ali vai ser tentada; iii) a participação na AR como alavanca para
o ataque aos outros órgãos de soberania, minando os alicerces do Estado social
de direito democrático; iv) a utilização deste palco maior da organização do
Estado, para a difusão de chavões fascistas como “Deus”, “Pátria”, “Autoridade”
e de conceitos indefinidos, que pretensamente dizem tudo, mas não clarificam
nada, como são exemplos: “pessoas de bem”; “subsidiodependência”, “esbulho
fiscal”, “ideologia de género”.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A ameaça fascista não é um
fenómeno conjuntural nos planos nacional, europeu e mundial. O bicho há muito
entrou na maçã e vai contaminando-a. É grave que os problemas concretos das
pessoas contem menos para a governação que os fundamentalismos tecnocráticos de
instituições sem escrutínio democrático.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">António Costa não geriu a maioria
absoluta de que dispunha com os objetivos que havia apresentado aos
portugueses. Secundarizou o papel das representações coletivas, em particular
dos sindicatos. E acabou a executar as políticas que conduzem à velha frase “a
vida das pessoas não está melhor, mas a do país está muito melhor”, ou seja, as
pessoas a sofrer quando lhes eram anunciados êxitos económicos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Marcelo Rebelo de Sousa foi
fazendo exercícios de encantamento e jogos táticos, à espera de uma
oportunidade para entregar o poder à Direita. Fê-lo com maestria, muitas vezes
substituindo a falta de programa e de ação dos partidos da Direita que, se fossem
obrigados a agir, até podiam travar o crescimento da extrema-direita. Preparou
tudo para que fosse o povo a decidir autocastigar-se, em nome da vantagem das
eleições, porque “é o povo quem mais ordena”. Marcelo não sabia que as suas
opções na gestão dos processos políticos nos Açores e na Madeira e, em
particular, a precipitada convocação de eleições criavam condições excecionais
de atuação à extrema-direita?</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Também há muitos anos se nota
incapacidade do sistema de Justiça em comunicar de forma aberta (adequada às
limitações institucionais) com os cidadãos. Esta incapacidade (só?) torna o
sistema um produtor de nuvens escuras que favorecem a ação dos inimigos da
democracia. Por outro lado, observa-se, a olho nu, o bicho a infiltrar-se em
representações coletivas e instituições, minando-as por dentro.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">
Muitas pessoas têm profundas razões para estarem descontentes. São duras as
injustiças e a inviabilização de sonhos que se devem ter numa sociedade
democrática. Um desafio se nos coloca: é preciso construir esperança para
todos, a partir dos contextos em que cada um se encontra.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">As forças democráticas não estão
a conseguir ser espaços de acolhimento e de ação para camadas jovens e outras.
Há que conhecer melhor os objetivos programáticos da extrema-direita, os
instrumentos, mecanismos e camuflagens que utiliza para os concretizar. O
diálogo paciente com as pessoas precisa desses esclarecimentos e de
apresentação de programas alternativos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i>* Investigador e professor
universitário</i></b></span></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-57404014097010980022024-03-18T12:09:00.006+00:002024-03-18T12:09:35.838+00:00Portugal | A NÃO CONVERSA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk3mzL33MgXy9BfY5SYR70Siz4wyBpCCFyQlDGye9D-lhIpeOL-MXDeuv6kZV1zoapHyfJaHzCgFD5YDOXy4tOeqVx6Mf2Wfi6fWENUEUapgo5Ajx6aClz5NDk70IQDuNoUeanMT25J3h_kyV9NwwibXdnZMSYzwlaAArhqIBDUZ3zGjju4ULl3SbQb4fp/s800/22616480_ssZf7.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="745" data-original-width="800" height="596" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk3mzL33MgXy9BfY5SYR70Siz4wyBpCCFyQlDGye9D-lhIpeOL-MXDeuv6kZV1zoapHyfJaHzCgFD5YDOXy4tOeqVx6Mf2Wfi6fWENUEUapgo5Ajx6aClz5NDk70IQDuNoUeanMT25J3h_kyV9NwwibXdnZMSYzwlaAArhqIBDUZ3zGjju4ULl3SbQb4fp/w640-h596/22616480_ssZf7.jpeg" width="640" /></a></div><b><i><span style="font-family: verdana;">Henrique Monteiro | <a href="https://henricartoon.pt/" target="_blank">HenriCartoon</a></span></i></b><br /><p></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-80501986577187526052024-03-18T11:30:00.005+00:002024-03-18T16:42:49.270+00:00MARCELO FEZ O QUE QUIS. TIROU AOS PORTUGUESES O QUE AINDA PRECISAVAM <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9GQbiZF9A9SmuOdcArWd24MzXRzsH254RBuIg9dzqefhQldKoZuESpd3dwn_xlbiyjjqd6OFOapwYWWSLElwGhNAUhAD45Lg_RX-Xe88g9g9YwLaUjRWXLWo-hO0PfBlQ5UnfuAA-ppBd3TC6Ka67_xbJkK4k0F4sLPNSnpZKiwu_Q1uhwbtFwU5qA5xR/s1024/gty.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="559" data-original-width="1024" height="350" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9GQbiZF9A9SmuOdcArWd24MzXRzsH254RBuIg9dzqefhQldKoZuESpd3dwn_xlbiyjjqd6OFOapwYWWSLElwGhNAUhAD45Lg_RX-Xe88g9g9YwLaUjRWXLWo-hO0PfBlQ5UnfuAA-ppBd3TC6Ka67_xbJkK4k0F4sLPNSnpZKiwu_Q1uhwbtFwU5qA5xR/w640-h350/gty.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>AI PORTUGAL, PORTUGAL!</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Bom dia. Boa semana, se conseguirem. Convém. Todos nós merecemos. Infelizmente existem muitos salafrários que vêem os empregados de alto a baixo como produto de exploração e de fartos lucros e benefício próprio. Lucros abusivos e imorais, escandalosos é com esses energúmenos. Distribuição de salários baixos e precários é com eles. Respondem que é o mercado a funcionar. Mercado de escravos. É, não é? Adiante.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em Portugal o apuramento de votos das Eleições Legislativas 2024 chega ao fim até à próxima quarta-feira com a contagem dos círculos dos emigrantes na Europa e Outros Países do Mundo. O suspense está em alta. Quem irá conseguir mais deputados eleitos? PS ou AD (PSD, CDS, PPM)? São eleitos quatro deputados por estes dois círculos eleitorais. O mistério adensa-se. O PS, sob a batuta de Pedro Nuno Santos já disse que assume a oposição e assim quer continuar. Decerto para ter tempo para organizar o Partido Socialista e lhe dar o seu cunho. Até porque se estima que este governo da direita ressabiada vai durar pouco, mesmo contando com os nazis-fascistas do Chega a que chamam populistas e/ou extrema-direita. Demonstram ser puros e duros nazis comprovados pela saudação nazi de André Ventura, o chefe. As fotografias <a href="https://paginaglobal.blogspot.com/2022/01/nao-chega-o-passado-de-quase-50-anos-de.html" target="_blank"><b>AQUI</b></a>, <a href="https://paginaglobal.blogspot.com/2020/08/portugal-psd-cds-e-chega-aliados-chega.html" target="_blank"><b>AQUI</b></a> e <a href="https://paginaglobal.blogspot.com/2024/02/portugal-chega-os-que-que-vos-avisam.html" target="_blank"><b>AQUI</b></a> são reais e não mentem. Talvez seja governo de Portugal durante um ano. Depois serão marcadas novas eleições e a esquerda será organizada de modo a valer, em conjunto, o que vale e lhe pertence. Fascismo nunca mais, gritaram os portugueses em 25 de Abril de 1974 e tempos seguintes. Ainda hoje é o que prevalece, apesar de muitos milhares de portugueses ingénuos terem caído na armadilha nazi-fascista do Chega e de outros resquícios de fascistas saudosistas que pairam no PSD, CDS, PPM, e ainda novos adulantes do neoliberalismo e do 'mercado' de escravos sob a marca da Iniciativa Liberal - que fará um acordo de apoio com a AD como já é do conhecimento público. Será a direita unida com um projeto salazarista da modernidade para ludibriar eleitores e portugueses incautos. Sabemos ao que vêm. Esperemos que os portugueses, todos eles, fiquem atentos. Esperemos que os partidos de esquerda recuperem credibilidade que seja merecida na tomada de políticas e ações justas, honestas, que comtemplem a distribuição da riqueza produzida livre de esmolas aos que mais trabalham e que têm contribuído para enormes e imorais enriquecimentos só de uns quantos. Sonhar e conseguir a justiça social nunca será demais e essa atitude pertence historicamente aos partidos políticos de esquerda anti-fascistas e anti-abusos do mercado capitalista e esclavagista.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Podemos dizer que faltam dois dias para saber o resultado exato das eleições. Acreditamos que já sabemos os resultados. A direita vitoriosa... Mas só um 'poucochinho'. Agora. Talvez durante um ano no governo do país. Tempo mais que suficiente para a reorganização inovadora dos partidos de esquerda. Claro que o Partido Socialistas tem de se guinar mais à esquerda um pouco e de deixar de estar bem com Deus e com o Diabo. Se é do povo tem de ser honesto e de políticas que não sejam de meias-tintas. Que seja justo e objetivo na governança. Sem justiça não existe democracia, que é o que tem acontecido. Ainda agora nesta crise vimos que foi a Justiça que despoletou um golpe de estado subliminar com a colaboração engenhosa do presidente da República. Ele estava à espera desta oportunidade e continua a apurar a receita no caldeirão em que remexe segundo a sua sapiência de rasteiras e manobras trafulhas e aparentemente calculadas, e que é 'vox populi'. É o que parece evidente na opinião e visão de muitos portugueses. Este é o verdadeiro Marcelo Rebelo de Sousa, simpático, afetivo, 'selfioso', popular q.b. na caça ao rumo conservador que quer imprimir a Portugal como quem não quer a coisa. Os portugueses que não nasceram em berço de ouro compreendem muito bem essas perseguições ao antigamente aparentemente democrático que está em curso. Importa repudiar esse rumo e recuperar o verdadeiro e honesto, justo, espírito de Abril de 1974. Vamos nessa, com inteligência e justeza.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Abertura do Curto habitual, do Expresso balsemista, hoje com a autoria da jornalista </span><span style="font-family: verdana;">Joana Pereira Bastos. Bem haja. </span><span style="font-family: verdana;">Fomos longos. A situação assim nos influenciou. Desculpem qualquer coisinha.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Bom dia, boa semana - não sabemos é como tal conseguir. Havemos de descobrir. É o que mais desejamos para todos. Depende de nós e da honestidade dos sábios.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Abaixo os vigaristas que o que só querem é tachos, desonestidades e corrupções. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O Curto já de seguida. Vá ler. Não dói nada.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/M%C3%81RIO%20MOTTA" target="_blank">MM</a> | Redação PG<span></span></i></b></span></p><a name='more'></a><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitzQO6bQBaOq9do9h16Ma7O91_kS9RG2DoBe2YfUQ6kMz_sCaUV6yfZQbzk0NENIBpDjybQj_Ra4ddQjlVklb1GWlaQevcmcPlrfey6JzJeTZI5MWKJtJs8DtjsKuHpIo_758BPKNPwuyEVl2u_TsQ7YsAzbHurmXvFncGNLgkaB-deCHWs7L9g3C6em0K/s1024/eleicoes_ar2024_1_1024_2500.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="919" data-original-width="1024" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitzQO6bQBaOq9do9h16Ma7O91_kS9RG2DoBe2YfUQ6kMz_sCaUV6yfZQbzk0NENIBpDjybQj_Ra4ddQjlVklb1GWlaQevcmcPlrfey6JzJeTZI5MWKJtJs8DtjsKuHpIo_758BPKNPwuyEVl2u_TsQ7YsAzbHurmXvFncGNLgkaB-deCHWs7L9g3C6em0K/s320/eleicoes_ar2024_1_1024_2500.png" width="320" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><b><span style="font-size: x-large;">A contagem final</span></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i>Joana Pereira Bastos, jornalista
| Expresso (curto)</i></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Bom dia,<br />
<br />
Uma semana depois do terramoto eleitoral que deixou o país à beira da
ingovernabilidade, começam hoje a ser contados os votos dos emigrantes,
que podem complicar ainda mais os resultados destas legislativas. Os quatro
deputados eleitos pelos portugueses que vivem lá fora <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=f97c42280f&e=bb706fc2ab" target="_blank">são decisivos para saber quem vence</a> em número de
mandatos. Para já, e pela primeira vez, PS e PSD estão empatados, com 77 cada.<br />
<br />
Com os dois assentos do CDS, a coligação de direita liderada pelos
sociais-democratas soma, por agora, 79 lugares no Parlamento, mas a lei dita
que o que conta é a votação e o número de deputados de cada partido e não das
coligações, como têm lembrado vários constitucionalistas. Com os votos da
emigração, o PS pode ultrapassar o PSD e, em tese, igualar ou até superar a AD,
ainda que não seja provável.<br />
<br />
Os resultados do círculo da emigração, que registou uma participação recorde, <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=80149343df&e=bb706fc2ab" target="_blank">tal como aconteceu no território nacional</a>, só serão
revelados na quarta-feira, mas o Presidente não esperou que fosse conhecida a
composição final da Assembleia da República para começar a ouvir os partidos,
já na semana passada. E <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=d0376106bf&e=bb706fc2ab" target="_blank">Marcelo só admite uma nova ronda de audições caso se mantenha
um empate</a> entre socialistas e sociais-democratas.<br />
<br />
Sem fé num volte-face, <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=d68dd6fc4a&e=bb706fc2ab" target="_blank">Pedro Nuno Santos precipitou-se a assumir a derrota na noite
eleitoral</a>, mostrando mais vontade de liderar a oposição do que de formar
Governo nesta conjuntura. O secretário-geral do PS é ouvido amanhã no
Palácio de Belém, onde vai reiterar a disponibilidade para viabilizar um
Executivo minoritário da AD, mas não para fazer passar o orçamento.<br />
<br />
Neste quadro de enorme instabilidade, o <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=7c9cc2b350&e=bb706fc2ab" target="_blank">Presidente assume que está preocupado com a possibilidade de
Montenegro ficar nas mãos do Chega</a>, que conseguiu mais de um milhão de
votos e quadruplicou o número de deputados. Com forte peso eleitoral, <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=4d687eae75&e=bb706fc2ab" target="_blank">assento garantido no Conselho de Estado</a> e ainda com
potencial de crescimento em novas eleições, Ventura já garantiu que <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=2943b64c6b&e=bb706fc2ab" target="_blank">não hesitará em fazer cair o Governo “no menor tempo possível”
se o PSD se recusar a negociar</a> um acordo. E isso mesmo deverá dizer
hoje a Marcelo, na audição desta tarde em Belém.<br />
<br />
A formação do novo Executivo, que faz o <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=52e2b9fba4&e=bb706fc2ab" target="_blank">tema do Expresso da manhã de hoje</a>, continua <st1:personname productid="em aberto. Para" w:st="on">em aberto. Para</st1:personname> já,
estão a ser negociados os termos de um <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=d2ad1294fc&e=bb706fc2ab" target="_blank">“casamento” com a Iniciativa Liberal</a>, que poderá vir a
contar com dois ministros.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><span style="font-size: large;">OUTRAS NOTÍCIAS</span></b><br />
<br />
Na Rússia, sem surpresa, <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=c5bf972e38&e=bb706fc2ab" target="_blank">Vladimir Putin foi reeleito para um quinto mandato como
Presidente</a>, conseguindo quase 90% dos votos, numas eleições em que não teve
real oposição. Ontem, no último dia das presidenciais, registaram-se <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=6247c4782e&e=bb706fc2ab" target="_blank">protestos em vários locais do país, que resultaram numa vaga de
detenções</a>. Um pouco por todo o mundo, longe do medo e da repressão, a
contestação à falta de democracia no país fez-se ouvir à porta das embaixadas
russas, <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=5f6ad2a0c7&e=bb706fc2ab" target="_blank">incluindo em Lisboa</a>. Com esta eleição, Putin ultrapassará
Estaline, que governou 29 anos, como o líder russo que mais tempo permaneceu no
poder.<br />
<br />
Nos Estados Unidos, Donald Trump avisou este fim de semana que <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=4a8d536c2f&e=bb706fc2ab" target="_blank">haverá um “banho de sangue” no país</a> se perder as
presidenciais de novembro. Na semana passada, o antigo Presidente, que nunca
reconheceu a derrota nas eleições de 2020 e que é acusado de ter instigado o
ataque ao Capitólio, conseguiu ganhar o número suficiente de delegados nas
primárias para garantir que será novamente candidato pelos Republicanos.<br />
<br />
Em Gaza, o hospital Al-Shifa, onde se encontram refugiadas cerca de 30 mil
pessoas, foi <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=bf2c602ef7&e=bb706fc2ab" target="_blank">novamente bombardeado esta madrugada</a> pelas forças
israelitas. O Ministério da Saúde palestiniano, que voltou a apelar à
intervenção urgente da comunidade internacional, diz que as pessoas estão
encurraladas e acusa Israel de estar a fazer uma “guerra de extermínio”.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><span style="font-size: medium;">Por cá,</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">
Uma pessoa cigana tem 43 vezes mais probabilidade de ser morta pela polícia e
um negro corre um risco 21 vezes maior. Os dados constam de um estudo inédito,
divulgado pelo Público, que expõe um <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=b619b6144f&e=bb706fc2ab" target="_blank">viés racial nas mortes provocadas por agentes das forças de
segurança</a> em Portugal.<br />
<br />
Os crimes em meio escolar aumentaram 15% no último ano letivo, com a subida a
fazer-se sentir sobretudo nos estabelecimentos de ensino localizados no Interior
e nos arredores das grandes cidades. <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=a5d7625427&e=bb706fc2ab" target="_blank">Em média, registaram-se 30 crimes nas escolas por cada dia de
aulas</a>. Setúbal é o distrito com mais ocorrências.<br />
<br />
A comissão técnica independente para o estudo do novo aeroporto estima que
o custo de qualquer uma das localizações possíveis será sempre <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=cfa41d861d&e=bb706fc2ab" target="_blank">superior a 6 mil milhões de euros</a>, sem contar com as
infraestruturas rodoviárias e ferroviárias. A solução mais barata passa pelo
Campo de Tiro de Alcochete, que é também considerada a melhor.<br />
<br />
No campeonato, a <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=1daf5debe4&e=bb706fc2ab" target="_blank">dupla “Gyölinho” rendeu ontem ao Sporting uma goleada em
Alvalade frente ao Boavista</a>. Os leões venceram por 6-1, com 3 golos e uma
assistência de Gyökeres, mais 2 golos e uma assistência de Paulinho, a que se
somou ainda um golo de Nuno Santos. A equipa de Ruben Amorim continua, assim,
com mais um ponto (e menos um jogo) do que o <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=e8d051a845&e=bb706fc2ab" target="_blank">Benfica, que venceu o Casa Pia por 1-0</a>.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><span style="font-size: large;">FRASES</span></b><br />
<br />
“Marcelo não tem desculpa (…) Interrompe uma governação antes ainda do meio do
seu termo, paralisa o país durante meses, lançando o alerta em Bruxelas, e
dá-se ao luxo de deitar borda fora aquilo que qualquer país europeu hoje mais
preza: uma maioria absoluta de um partido dentro do sistema democrático”,<br />
<br /><i>
Miguel Sousa Tavares, na crónica que assinou na última edição do Expresso</i><br />
<br />
<br />
“Nos países democráticos não acontecem buscas domiciliárias e institucionais a
partidos políticos. Isso é em regimes autoritários. Isso acontecia antes
do 25 de Abril, em que existia perseguição de pessoas por motivos
políticos",<br />
<br /><i>
Maria de Lurdes Rodrigues, antiga ministra da Educação dos governos de José
Sócrates e atual reitora do ISCTE, criticando a “judicialização do sistema
político”</i><br />
<br />
“Passo a passo, a Rússia montou um sistema de fraude eleitoral muito bom e
consegue ajustar os resultados de uma forma muito inteligente. O resultado de
Putin está definido à partida”,<br />
<br /><i>
Pavel Elizarov, ativista russo-português, que já foi candidato a Portugal nos
dois países, em <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=c01de01053&e=bb706fc2ab" target="_blank">entrevista ao podcast O Mundo a Seus Pés</a></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><span style="font-size: large;">O QUE ANDO A LER</span></b><br />
<br />
O ensaísta e premiado poeta <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=3ae2cc6679&e=bb706fc2ab" target="_blank">Nuno Júdice morreu ontem, aos 74 anos</a>. Era <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=1623a10be8&e=bb706fc2ab" target="_blank">um dos nomes maiores da poesia contemporânea em Língua
Portuguesa</a>, autor de 40 livros de poemas, publicados ao longo de cinco
décadas, e cerca de 20 obras de ficção. Era um poeta que “não se parecia com nenhum
outro”, nas palavras do Presidente da República.<br />
<br />
Em homenagem, termino este Curto com “Preparativos de Viagem”, um dos
poemas de que mais gosto.<br />
<br /></span></p><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">“Ao fazer a mala, tenho de pensar em tudo o que lá</span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">vou meter para não me esquecer de
nada. Vou ao</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">dicionário e tiro as palavras que
me servirão</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">de passaporte: o equador, uma
linha</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">de horizonte, a altitude e a
latitude,</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">um lugar de passageiro
insistente. Dizem-me</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">que não preciso de mais nada; mas
continuo</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">a encher a mala. Um pôr-do-sol
para que</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">a noite não caia tão depressa, o
toque dos teus</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">cabelos para que a minha mão os
não esqueça,</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">e aquele pássaro num jardim que
nasceu</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">nas traseiras da casa, e canta
sem saber</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">porquê. E outras coisas que
poderiam</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">parecer inúteis, mas de que vou
precisar: uma frase</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">indecisa a meio da noite, a
constelação</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">dos teus olhos quando os abres, e
algumas</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">folhas de papel onde irei
escrever o que a tua ausência</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">me vem ditar. E se me disserem
que tenho</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">excesso de peso, deixarei tudo
isto em terra,</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">e ficarei só com a tua imagem, a
estrela</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">de um sorriso triste, e o eco
melancólico</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">de um adeus.”</span></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: center;"><br /></div>
Por hoje é tudo. Continue a acompanhar toda a atualidade em <a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=4955fdb696&e=bb706fc2ab" target="_blank">expresso.pt</a> e tenha uma ótima semana.</span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="https://expresso.us9.list-manage.com/track/click?u=8a4f8aa8fc09bb2c7e6a61ea6&id=a529fb02a9&e=bb706fc2ab" target="_blank"><span style="font-family: verdana;"><b>LER O EXPRESSO</b></span></a></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-12251304859873401112024-03-17T22:28:00.003+00:002024-03-17T22:41:20.922+00:00Olhos irlandeses franzem a testa no dia de São Patrício do Sinn Fein com Biden<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGby57oi2UyKWor6q-RR4lplyey3uBNSZbC2VGX7YviQAH22ujeoIFMW8muwRepQ4AvFtmS2pN3vhxvrgvoBCiFS245bror0UeGPon9Kz7Co-SiiagMv0pj_6RLAGDmY_ahSoca7rd1I_9XhuFnWcLx8haiOHAYde_hJsT5maBU4L9DBC5DBGOx34pCvyC/s1024/51130182743_ae2d6c4021_b.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="683" data-original-width="1024" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGby57oi2UyKWor6q-RR4lplyey3uBNSZbC2VGX7YviQAH22ujeoIFMW8muwRepQ4AvFtmS2pN3vhxvrgvoBCiFS245bror0UeGPon9Kz7Co-SiiagMv0pj_6RLAGDmY_ahSoca7rd1I_9XhuFnWcLx8haiOHAYde_hJsT5maBU4L9DBC5DBGOx34pCvyC/w640-h426/51130182743_ae2d6c4021_b.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>A decisão dos líderes partidários
de visitar a Casa Branca provocou intensas críticas num país onde o apoio à
causa palestina continua a ser o mais forte da Europa, relata Mick Hall.</b></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://consortiumnews.com/tag/mick-hall/" target="_blank">Mick Hall</a>, especial para
Consortium News | # Traduzido em português do Brasil</i></b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Muitos irlandeses ficaram
carrancudos com a decisão do Sinn Fein de visitar o presidente dos EUA, Joe
Biden, na Casa Branca para celebrar o Dia de São Patrício em meio ao genocídio
em Gaza.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A líder do partido, Mary Lou
McDonald, se reunirá com Biden e seus funcionários ao lado de sua associada, a
vice-presidente do partido, Michelle O'Neill, nas festividades de sexta-feira,
juntando-se ao primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, e ao
vice-primeiro-ministro Micheál Martin.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">É uma tradição de longa data que
figuras políticas, culturais e desportivas irlandesas visitem Washington e
participem no evento diplomático, que celebra as ligações históricas dos dois
países. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Mais de 30 milhões de cidadãos
norte-americanos afirmam ter ascendência irlandesa, incluindo o próprio Biden,
cujas raízes remontam aos condados de Louth e Mayo. O evento é também uma
oportunidade fotográfica útil para políticos que procuram votos em ambos os
lados do Atlântico.<span></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Para o Sinn Fein é mais uma
oportunidade para consolidar a sua imagem como um partido constitucional
dominante, capaz de tomar decisões pragmáticas e ser um par de mãos seguras
enquanto enfrenta uma eleição que poderá levá-lo a tornar-se o próximo governo
do estado do sul da Irlanda.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O partido, que se tornou o maior
grupo na Assembleia da Irlanda do Norte após uma eleição em 2022 que viu
O'Neill empossado como seu primeiro ministro, está atualmente com 28 por cento
dos votos ao sul da fronteira irlandesa e pode obter outro ganho histórico se
liderando um novo governo de coalizão após as eleições, marcadas para março de
2025.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">McDonald e o porta-voz das
finanças do partido, Pearse Doherty, estiveram dois dias <st1:personname productid="em Nova Iorque" w:st="on">em Nova Iorque</st1:personname> este mês,
participando em reuniões com empresas norte-americanas que operam na Irlanda
“sobre o futuro crescimento económico e oportunidades”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">McDonald fez um discurso de
abertura na Cimeira da Unidade Irlandesa no Cooper Hall da cidade, no dia 1 de
Março, expondo a sua visão – o fim da divisão da Irlanda, que ela vê como o
resultado democrático do acordo de paz da Sexta-Feira Santa de 1998. O
acordo incluía disposições para uma futura votação na fronteira irlandesa, que
poderia decretar mudanças constitucionais na ilha se a maioria votasse a favor. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No entanto, a decisão do Sinn
Fein de prosseguir com a sua visita à Casa Branca provocou intensas críticas a
nível interno, onde o apoio à causa palestiniana continua a ser o mais forte na
Europa e onde muitos acreditam que os políticos não estão a fazer o suficiente
para desafiar Israel e o seu principal apoiante, os Estados Unidos. .</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Quase 32 mil palestinos são agora
oficialmente registados como mortos, a maioria mulheres e crianças, com o
bombardeamento de Gaza por parte de Israel a assumir formas ainda mais
macabras. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Enquanto os habitantes de Gaza
morrem de fome causada pelo cerco militar de Israel, os tanques e foguetes das
FDI têm como alvo multidões de pessoas famintas à espera de ajuda, matando 112
pessoas no “massacre da farinha” a sudoeste da cidade de Gaza, em 29 de
Fevereiro. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Com tais cenas a serem replicadas
regularmente e publicadas nas redes sociais, à medida que Israel continua a sua
campanha de limpeza étnica e o que o Tribunal Internacional de Justiça vê como
um caso plausível de genocídio, as tensões têm aumentado durante o evento na
Casa Branca.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O popular comediante irlandês
Tadhg Hickey acessou o Twitter esta semana para desabafar sua raiva e decepção. Ele
disse:</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Sou apoiante do Sinn Féin e
republicano irlandês desde a escola. Uma das coisas que me atraiu na FC
foi o seu internacionalismo, a sua solidariedade com os oprimidos onde quer que
estejam: África do Sul, Cuba, Palestina e outros. SF diz que os palestinos
compreenderão a festa que vai à Casa Branca no Dia de São Patrício porque
devemos colocar a nossa própria luta (a unidade irlandesa) em primeiro lugar. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Mas o simples facto é que os
meus amigos de Gaza, Hebron e Tulkarm não compreendem. Nenhum palestino,
além dos membros da AP, pode entender como o seu aliado poderia apertar a mão
dos patrocinadores do seu genocídio em curso neste momento…”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em Janeiro, o antigo líder do
partido, Gerry Adams, <a href="https://www.businesspost.ie/news/gerry-adams-palestinians-will-understand-if-sinn-fein-goes-to-us-for-st-patricks-day/" target="_blank">articulou o cerne da posição do Sinn Fein</a> quando argumentou que a América
irlandesa continuava a ser uma importante fonte de apoio político que ajudou a
fazer avançar a sua causa. Ele afirmou que os palestinos compreenderiam
que era necessário colocar “a sua luta” em primeiro lugar.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Pessoas sérias envolvidas na
luta… compreendem que a sua própria luta, seja ela internacionalista, tem de
ser o seu foco principal”, disse Adams.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O'Neill também rejeitou o
argumento de que não comparecer enviaria uma mensagem mais forte de que o
genocídio estava a ocorrer em Gaza e que seria inapropriado encontrar-se com
Biden, dada a sua profunda cumplicidade. Ela <a href="https://www.google.com/search?q=Michelle+O%27neill+tells+Paddy+RTE&sca_esv=fb15e9ca2cde264d&rlz=1C1VDKB_enNZ1077NZ1077&sxsrf=ACQVn0_dSEDbQ3GL4CFYyWXr4YRZjuFb3w%3A1710413041329&ei=8dTyZZvDE-S02roP4Yu1OA&ved=0ahUKEwjb__yNyfOEAxVkmlYBHeFFDQcQ4dUDCBA&uact=5&oq=Michelle+O%27neill+tells+Paddy+RTE&gs_lp=Egxnd3Mtd2l6LXNlcnAiIE1pY2hlbGxlIE8nbmVpbGwgdGVsbHMgUGFkZHkgUlRFMgUQIRigATIFECEYoAFIjZQBUABY45ABcAB4AZABAJgBmgKgAcU6qgEEMi0zMrgBA8gBAPgBAZgCHaAChTfCAgQQIxgnwgIKECMYgAQYigUYJ8ICChAAGIAEGIoFGEPCAgoQLhiABBiKBRhDwgILEAAYgAQYsQMYgwHCAhEQLhiABBixAxiDARjHARjRA8ICDhAuGIAEGLEDGMcBGNEDwgILEAAYgAQYigUYkQLCAg4QABiABBiKBRixAxiDAcICCxAuGIAEGIoFGJECwgIFEC4YgATCAggQLhiABBixA8ICCBAAGIAEGLEDwgILEC4YgAQYsQMYgwHCAg4QLhiABBixAxiDARjUAsICDhAuGIAEGIoFGJECGLEDwgINEC4YgAQYFBiHAhixA8ICDRAuGIAEGMcBGNEDGArCAhoQLhiABBiKBRiRAhiXBRjcBBjeBBjfBNgBAcICBRAAGIAEwgIOEC4YgAQYigUYkQIY1ALCAgoQABiABBgUGIcCwgIGEAAYFhgewgIEECEYFcICCBAAGIkFGKIEwgIIEAAYgAQYogSYAwC6BgYIARABGBSSBwQyLTI5oAe-tAQ&sclient=gws-wiz-serp#fpstate=ive&vld=cid:fecab519,vid:wRjVS4X3Wfo,st:0" target="_blank">disse à emissora irlandesa RTE</a> que o partido levantaria a questão de Gaza e
pressionaria por um cessar-fogo. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Os EUA sempre foram um parceiro
muito forte para a paz e, na verdade, um ator crítico na realização do nosso
próprio processo de paz e espero que os EUA usem esse mesmo pragmatismo, a
mesma abordagem que adotaram no nosso processo de paz e levem isso ao Médio
Oriente. Leste”, disse ela. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O'Neill disse aos meios de
comunicação irlandeses em Fevereiro que o Hamas acabaria por ser um “parceiro
para a paz” no Médio Oriente e apelou à realização de conversações de paz. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No entanto, muitos considerariam
a sua caracterização da pacificação dos EUA como, na melhor das hipóteses,
ingênua, ignorando alegremente que a dinâmica do conflito no Médio Oriente é
radicalmente diferente do conflito na Irlanda do Norte. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Acordo de Sexta-Feira Santa</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Sinn Fein galvanizou com
sucesso a América Irlandesa para pressionar os seus representantes eleitos para
ajudá-la a entrar nas conversações de paz e no processo político face a um
establishment britânico hostil e a uma população sindicalista britânica
intransigente na Irlanda do Norte que exigia a sua exclusão e uma solução
militar para o conflito. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Acordo de Sexta-Feira Santa foi
negociado com a ajuda da administração Clinton e, em particular, do senador do
Partido Democrata George Mitchell, cujos “Princípios Mitchell” estabeleceram a
base para conversações de paz em 1996. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em contraste, os EUA são um
aparente parceiro para a guerra no Médio Oriente, dando ao Estado colonial de
Israel cobertura diplomática na Assembleia Geral da ONU e no Conselho de
Segurança da ONU, bem como milhares de milhões de dólares em apoio militar ao
longo dos últimos cinco meses da guerra de Israel. ataque em Gaza. Israel
tem sido há muito tempo um activo geoestratégico chave para a prossecução dos
interesses imperiais dos EUA na região.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">As autoridades dos EUA também
compreenderam que uma Irlanda pacífica apresentava um ambiente melhor para as
multinacionais dos EUA operarem, e a sua presença trazia mais influência
política sobre qualquer futuro governo irlandês. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Um relatório de junho de 2023 da
Câmara Americana de Comércio da Irlanda disse que 950 empresas americanas
operavam agora apenas na República da Irlanda, empregando 376.000 pessoas. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Estes factos no terreno foram
levados ao governo irlandês depois de a Lei dos Territórios Ocupados (2018),
que proíbe o comércio e o apoio económico a colonatos ilegais nos territórios
ocupados por Israel, ter sido aprovada por maioria tanto no Seanad (câmara
alta) como no Dáil. (casa baixa). Foi bloqueada pelo atual partido do
governo, Fine Gael, enquanto o Sinn Fein e o Fianna Fail declararam que
promulgarão a legislação se estiverem no poder no próximo ano.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Depois que o projeto de lei foi
aprovado, o então ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney,
foi avisado de que a votação significaria um golpe nas relações comerciais
entre os EUA e a Irlanda.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Vários políticos do reduto
irlandês-americano de Massachusetts, incluindo o então prefeito de Boston,
Marty Walsh, disseram que o projeto era antissemita. Uma carta assinada
por <a href="https://www.irishtimes.com/news/politics/oireachtas/tanaiste-declines-to-respond-to-us-congress-veiled-threat-1.3808811" target="_blank">10 membros do Congresso alertou para</a> “implicações potencialmente graves”
para a economia da Irlanda. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Alguns dos críticos internos do
Sinn Fein acreditam que o partido, bem versado na conveniência política e no
compromisso da sua política radical passada, pode sucumbir a tal pressão tão
facilmente como Coveney e os seus colegas.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Corda Bamba Eleitoral</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Tendo evoluído a partir da ala
política do IRA Provisório, a liderança moderna do Sinn Fein sempre caminhou
numa corda bamba eleitoral para manter os seus apoiantes radicais mais
tradicionais a bordo do seu programa político, ao mesmo tempo que dilui estrategicamente
a sua política socialista e internacional para ganhar um apelo mais amplo à
medida que margens para entrar no governo.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A activista irlandesa-palestina
Farrah Koutteineh, chefe de relações públicas do Centro de Retorno
Palestiniano, com sede em Londres, acredita que o partido está a usar a causa
palestiniana para angariar votos e a sua visita de Biden no Dia de São Patrício
demonstra a sua falta de princípios.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ela é ex-membro do partido. Uma
carta enviada para sua casa em Belfast em abril do ano passado anunciou sua
expulsão, que ela disse não dar um motivo. Num <a href="https://www.newarab.com/opinion/stand-palestinians-sinn-fein-must-not-silence-us" target="_blank">artigo
de opinião para o The New Arab,</a> ela atribuiu isso a um conflito
que teve com um organizador do partido numa reunião do Grupo de Trabalho da
Palestina, onde argumentou que o partido deveria actualizar a sua política na
defesa de uma solução de dois Estados, uma vez que era “nula em uma realidade
colonial dos colonos.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em Fevereiro, <a href="https://electronicintifada.net/blogs/david-cronin/watch-why-sinn-fein-siding-palestinian-collaborators" target="_blank">ela foi expulsa de uma reunião do Sinn Fein em Belfast</a> com outro activista
palestiniano depois de interromper o processo para se opor aos planos do Dia de
São Patrício e para denunciar a presença do representante da Autoridade
Palestiniana na Irlanda, Dr. prestes a discursar na reunião. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Abdalmajid é uma figura popular,
especialmente dentro do Sinn Fein, que foi convidado para vários eventos do
partido para se dirigir a membros e apoiantes. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Koutteineh diz que a promoção
pelo partido de personalidades da AP como Abdalmajid reflecte o facto de ter
vendido o seu passado radical e carecer de qualquer internacionalismo
significativo em relação à situação dos palestinianos. Ela chama o seu
apoio à Palestina de “ativismo performativo estagnado”, o que inclui o seu
esforço declarado para um cessar-fogo e um processo de paz durante a visita dos
seus líderes no Dia de São Patrício.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O partido tem uma longa história
com a OLP e outros movimentos anticoloniais árabes. O coronel Muammar
Gaddafi da Líbia forneceu ao IRA toneladas de armamento moderno e dinheiro
durante duas décadas, até ao final da década de 1980. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Tais ligações militantes podem já
não existir para o partido e para a sua agora extinta ala militar, mas tais
ligações não se dissiparam totalmente na Irlanda.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em <st1:metricconverter productid="2020, a" w:st="on">2020, a</st1:metricconverter> mídia britânica
noticiou alegações de um agente do MI5 divulgado dentro do Real IRA (RIRA) de
que o grupo dissidente, que ainda opera na Irlanda do Norte, havia cultivado um
relacionamento com o Hezbollah do Líbano. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os dissidentes também expressaram
solidariedade com a República Popular de Donetsk e Luhansk, hasteando bandeiras
em postes de iluminação em conjuntos habitacionais em toda a Irlanda do Norte,
onde atraem apoio.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A Irlanda tem mantido uma
política de neutralidade militar desde a sua criação em 1921 e recusou-se a
aderir à aliança militar da NATO liderada pelos EUA, embora a pressão para
mudar essa política tenha vindo a aumentar desde a invasão da Ucrânia pela
Rússia em Fevereiro de 2022. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Sinn Fein tem sido vocal na sua
defesa da neutralidade, mas a sua crítica à guerra por procuração dos EUA na
Ucrânia alinha-se notavelmente com a dos países da NATO, vendo a Rússia como um
agressor expansionista colonial e uma ameaça à soberania das nações europeias. A
sua posição representa, sem dúvida, o perigo de minar a sua própria lógica para
manter uma política que define uma grande parte da identidade irlandesa. Para
pessoas como Hickey e Koutteineh, participar na festa do Dia de São Patrício de
Biden também trai a longa tradição irlandesa de solidariedade anti-imperialista.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O partido continua, sem dúvida, a
ser o maior defensor dos direitos palestinianos entre os partidos europeus. Atualmente,
está a pressionar os partidos do governo de coligação da Irlanda para que parem
de atrasar a tramitação de outra peça legislativa que apresentou ao Parlamento
no ano passado, a Lei de Desinvestimento de Assentamentos Ilegais Israelenses
de 2023, que proíbe e restringe a forma como o Fundo de Investimento
Estratégico da Irlanda é utilizado.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Contudo, outros na Irlanda são
mais diretos e intransigentes. O partido pode ter subestimado o quão
impopular seria sua decisão de posar para as câmeras com Biden e cortejar as
estruturas de poder da América.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A deputada irlandesa do
Parlamento Europeu, Clare Daly, pode ter resumido melhor o sentimento populista
na Irlanda quando criticou os EUA por <a href="https://www.reuters.com/world/us-house-panel-recommends-176-billion-military-aid-israel-2024-02-03/#:~:text=According%20to%20the%20House%20Appropriations,produce%20artillery%20and%20other%20munitions." target="_blank">enviarem 17,6 mil milhões de dólares em ajuda militar a Israel</a> , chamando Biden
de “monstro doente”. Referindo-se à catastrófica fome de inspiração
colonial da Irlanda em 1847, ela disse ao Parlamento da UE em Estrasburgo na
quarta-feira:</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Enquanto os políticos irlandeses
atravessam vergonhosamente o Atlântico para tirar o boné do Dia de São Patrício
e prestar homenagem a este açougueiro, deveriam lembrar-se que a nossa história
nas relações com os EUA vem da nossa fome. Os irlandeses-americanos
deveriam saber que o povo da Irlanda se opõe ao 'Genocide Joe'. Estamos
com a Palestina. Tiocfaidh ar la (Nosso dia chegará).</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>* Mick Hall é um jornalista
independente radicado na Nova Zelândia. Ele é ex-jornalista digital da
Radio New Zealand (RNZ) e ex-funcionário da Australian Associated Press (AAP),
tendo também escrito histórias investigativas para vários jornais, incluindo o
New Zealand Herald.</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Imagens:</b> 1 - A Casa Branca
acendeu em verde para o Dia de São Patrício de 2021. (Casa Branca, Cameron
Smith); 2 - Protesto pró-Palestina em Dublin em 18 de novembro de 2023. (Sinn
Féin, Wikimedia Commons, CC BY 2.0)</span></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-67396761619373701232024-03-17T22:04:00.003+00:002024-03-17T22:40:22.972+00:00Angola | Muito Feito e o Desfeito -- Artur Queiroz<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHSm6ANyV1PN5ptYUPkHI0hdRvJVSo0v17Y6-hyRW2Dib1poO5Yvjkr2KFLitbpU1z1k1IvqR_szEWgmdy1Qzk8_FJwbu4gSsfQ7YiobPWOIzkkzARKw_5-MWj9SA3HokpHvOM1Cl13hcjonfQmUKeEKcZI-q-jXoaHfxijvEIDGSmhfk15_yVtNRpi20-/s277/transferir%20(4).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="182" data-original-width="277" height="421" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHSm6ANyV1PN5ptYUPkHI0hdRvJVSo0v17Y6-hyRW2Dib1poO5Yvjkr2KFLitbpU1z1k1IvqR_szEWgmdy1Qzk8_FJwbu4gSsfQ7YiobPWOIzkkzARKw_5-MWj9SA3HokpHvOM1Cl13hcjonfQmUKeEKcZI-q-jXoaHfxijvEIDGSmhfk15_yVtNRpi20-/w640-h421/transferir%20(4).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/ARTUR%20QUEIROZ">Artur
Queiroz</a>*, Luanda</i></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Angola ainda não fez 49 anos de
Independência Nacional. Desde o dia 11 de Novembro de 1975 até ao dia 22 de
Fevereiro de 2002 o Povo Angolano viveu <st1:personname productid="em guerra. Primeiro" w:st="on">em guerra. Primeiro</st1:personname>
contra os invasores estrangeiros e nos dez anos finais contra uma rebelião
armada devidamente apoiada por todos os derrotados na Batalha do Cuito
Cuanavale. Só aqui está muito do que foi feito. Independência. Guerra pela
Soberania Nacional e Integridade Territorial.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A Independência obrigou à
liquidação de todas as estruturas coloniais e a construir o Estado desde o
zero. Tanto esforço. Tanto sacrifício. Tantas vidas consumidas. Tudo o que
temos hoje foi criado a pulso, desde então. Há quem diga que é pouco. Quem
esteve nesse combate exaltante sabe que é muitíssimo. No dia 25 de Abril de
1974, em Angola não existiam jornalistas negros na Rádio. Dois na Imprensa,
grandes fotojornalistas, Lucas e Bernardo. Mestiços contavam-se pelos dedos das
mãos. Em <st1:metricconverter productid="1975, a" w:st="on">1975, a</st1:metricconverter>
Rádio já tinha 12 jornalistas negros. Um deles, Aldemiro Vaz da Conceição,
atingiu o topo. Muito foi feito ainda no período da transição.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Logo após a Independência
Nacional o Sindicato dos Jornalistas tinha registo de 23 jornalistas
estagiários angolanos na Rádio e na Imprensa, sobretudo na Redacção do Jornal
de Angola (oito). Um dirigente sindical era mestiço: Joaquim Castro Lopo, filho
do jornalista e investigador do Jornalismo Angolano, Júlio Castro Lopo. Ninguém
diga que nestes 49 anos nada foi feito.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No dia da Independência Nacional
tínhamos meia dúzia de professores angolanos do ensino superior. Hoje temos
centenas. Duas dezenas do ensino secundário. Hoje temos milhares. Algumas
dezenas do ensino primário. Hoje temos muitos milhares. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na Independência Nacional a
escola médica de Luanda, entre 1963 e 1975 tinha formado, o máximo, duas dezenas
de médicos angolanos. Hoje temos milhares. A Ordem profissional tem inscritos
quase dez mil médicos angolanos! Enfermeiros, em 1975, ninguém sabe exactamente
quantos existiam mas eram centenas. Foram eles que responderam às necessidades
da Guerra da Transição em todo o país. Hoje temos milhares. Abriram centenas de
hospitais, centros e postos de saúde. Foi feito tanto!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em 1955, 20 anos antes da
Independência Nacional, o panorama da Educação em Angola era este. Dois graus,
Primário e Secundário. O Ensino Primário tinha escolas para brancos e
assimilados e escolas para “indígenas”. Total de alunos: 15.403 em toda a
colónia.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O Ensino Elementar Profissional
tinha 60 escolas e 3.944 alunos. A Escola do Magistério do Cuima formava
“professores de posto” para as escolas dos “indígenas”. Em 1955 tinha 150
alunos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O Ensino Rudimentar para
Indígenas, a cargo das Missões Católicas Portuguesas, tinha 500 escolas para
17.114 alunos. Total da População Escolar no Ensino Primário, 20 anos antes da
Independência nacional: 36.661 alunos</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No Secundário existia o Ensino
Liceal com duas escolas oficiais, Liceu Nacional de Salvador Correia (Luanda) e
Liceu Nacional de Diogo Cão em Sá da Bandeira (Lubango). Mais19 escolas
secundárias particulares. Total de alunos em toda a colónia, 3.174 alunos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ensino técnico profissional tinha
a Escola Industrial de Luanda. Escola Comercial e Industrial de Nova Lisboa
(Huambo). Escola Comercial e Industrial de Sá da Bandeira (Lubango).Escola
Agro-Pecuária do Tcivinguiro. Escola Prática de Comércio e Pesca de Moçâmedes
(Namibe) depois transformada <st1:personname productid="em Escola Comercial" w:st="on">em Escola Comercial</st1:personname> e Industrial. Escola Comercial
de Luanda, (pública).Escola do Magistério Primário de Benguela. No Ensino
Técnico Profissional existiam 1.076 alunos em toda a Angola. No Magistério Primário
existiam em 1955 apenas nove alunas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Total da população escolar em
1955 era de 40.920 alunos! Muito ou pouco? Só a população universitária
angolana mais que duplicou nos últimos dez anos. Em 2011 estavam inscritos no
Ensino Superior 140.060 estudantes. Em 2021 já eram 308.309, um crescimento
acima dos 120 por cento. A maioria está em Luanda, 149.801 alunos
universitários que correspondem a 48,6 por cento do total nacional. Dizer que
nestes 49 anos nada foi feito é desonestidade intelectual pura e dura. Ou
ignorância criminosa. Escolham.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em 1944, há 80 anos, existiam na
colónia de Angola cinco advogados, três em Luanda e dois <st1:personname productid="em Benguela. Antes" w:st="on">em Benguela. Antes</st1:personname> da
Independência Nacional não existia qualquer escola superior de Direito. Quem
queria estudar tinha de ir para Portugal, Coimbra ou Lisboa. Hoje existem 200
cursos de Direito nas universidades angolanas com 10.000 estudantes nas escolas
públicas e 21.000 nas privadas. A Ordem dos Advogados de Angola tem inscritos
6.000 advogados efectivos e 4.500 estagiários. Tudo foi feito depois da
Independência nacional. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Entre 11 de Novembro de 1975 e 22
de Fevereiro de 2002 Angola teve dois regimes políticos e duas guerras. Até ao
Acordo de Bicesse existia a democracia popular e o socialismo. Hoje é a
democracia representativa e o capitalismo com os seus combustíveis
indispensáveis: Exploração de quem trabalha, corrupção e roubo que pode ir até
ao extremo do latrocínio. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na vigência do socialismo, o Povo
Angolano travou a Guerra pela Soberania Nacional e a Integridade Territorial.
Triunfou esmagando o regime racista de Pretória e seus aliados, com os EUA à
cabeça. Corria o ano de 1988, 13 anos de Independência sempre <st1:personname productid="em guerra. Sucessivos" w:st="on">em guerra. Sucessivos</st1:personname>
governos à prova de guerra. Economia de guerra. Sociedade guerreira. O MPLA
entregou essa vitória retumbante aos abutres do capitalismo mais ou menos
selvagem mas sempre sangrento e predador. Hoje o derrotado estado terrorista
mais perigoso do mundo é “parceiro estratégico” de João Lourenço.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No final de 1992 começou a guerra
contra a rebelião armada. Acabou dez anos depois com mais uma vitória do Povo
Angolano e do seu braço armado, as Forças Armadas Angolanas (FAA). Herdeiras
das Gloriosas FAPLA, fundadoras da Nação Angolana.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O MPLA sempre soube que sozinho
não consegue governar Angola. Após as eleições de 1992, que ganhou com maioria
absoluta, fez um Governo de Unidade Nacional no qual participaram todos os
partidos que elegeram deputados. O Galo Negro preferiu o banditismo armado
contra Angola, como sempre desde a sua fundação. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em plena guerra contra os grupos
criminosos armados de Jonas Savimbi, o MPLA partilhou o poder com todos, agora
também a UNITA, no Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN). A partir
de 22 de Fevereiro de 2022, esse gabinete ministerial tinha todas as condições
para conduzir Angola no caminho do desenvolvimento e da justiça social.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Apenas seis anos depois, o líder
da UNITA, Isaías Samakuva, bateu com a porta e exigiu eleições que ocorreram em
2008. Resultados: MPLA 81,64 por cento dos votos. UNITA 10,39 por cento. PRS
3,17 por cento. Nova Democracia 1,20 por cento. FNLA 1,11 por cento. Os outros
partidos e que faziam parte do GURN foram extintos, porque tiveram menos de
meio por cento dos votos. Desconseguiram estrondosamente!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Até 2017 ninguém podia governar
Angola sem o MPLA. Hoje a UNITA não consegue governar Angola nem com a ajuda
divina. Mas o partido no poder caminha alegre e empolgado para a irrelevância
política. Está a seguir o mesmo rumo da FNLA. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A UPA era um movimento de
libertação. Dirigiu a Grande Insurreição Popular no Norte de Angola em 15 de
Março de <st1:metricconverter productid="1961. A" w:st="on">1961. A</st1:metricconverter>
FNLA, herdeira da UPA, foi um movimento de libertação até à matança de Kinkuzu.
A ala política tentou exterminar a ala militar! Desde então definhou e está
reduzida à insignificância política.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O MPLA é imprescindível desde a
sua fundação. Ficou sozinho na luta pela Independência Nacional e na Guerra da
Transição. Graças à fundação das Forças Armadas Populares Libertação de Angola
(FAPLA), no dia 1 de Agosto de 1961, ganhou e expandiu profundas raízes populares.
A partir de 2017, os políticos de turno excrementam militares que ganharam
todas as guerras. Dirigentes e militantes que dirigiram o processo praticamente
desde a Independência Nacional. O partido está a caminho de ser um instrumento
ao serviço exclusivo do seu líder. Devia ser o contrário.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por fim informo os incautos que
trabalhar ou ter trabalhado com João Lourenço não é currículo, é cadastro.
Depois das eleições de 2027 vem o ajuste de contas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i>* Jornalista</i></b></span></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-11648280168841471662024-03-17T20:18:00.000+00:002024-03-17T20:18:05.199+00:00AJUDA À ÁFRICA...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgip43YpfgQRPesP78wz1g1LVN4NErZ7CjtJQeUcLvCMWi0ih9edUBcIISvwwpu0tLaW5QfyE-vSYzAtnWVwb8lhfAcm8kVVCcrZ61oQc3Amz6fr1iyOXN8KEkBOVUAIu4nrUKb8yA3OGagRcy0SQpoR0VCEjvQ8PyXF2691BFDVAX-RyzZF6x4pbdrON03/s800/aid_to_greedy__nestory_fedeliko__fede_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="566" data-original-width="800" height="452" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgip43YpfgQRPesP78wz1g1LVN4NErZ7CjtJQeUcLvCMWi0ih9edUBcIISvwwpu0tLaW5QfyE-vSYzAtnWVwb8lhfAcm8kVVCcrZ61oQc3Amz6fr1iyOXN8KEkBOVUAIu4nrUKb8yA3OGagRcy0SQpoR0VCEjvQ8PyXF2691BFDVAX-RyzZF6x4pbdrON03/w640-h452/aid_to_greedy__nestory_fedeliko__fede_.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i><b><a href="https://cartoonmovement.com/cartoonist/523" target="_blank">Nestory Fedeliko (FEDE)</a>,
Tanzânia | <a href="https://cartoonmovement.com/" target="_blank">Cartoon Movement</a></b></i></span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Este cartoon foi
produzido para a <a href="http://blog.cartoonmovement.com/2015/04/cartoon-exhibition-at-the-lse-africa-summit.html" target="_blank">LSE Africa Summit 2015</a></span></p><p></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-23546189107692140332024-03-17T20:09:00.002+00:002024-03-17T20:09:26.111+00:00Angola | A Grande Insurreição Popular -- Artur Queiroz<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiomRI8RRfWFHVBv-iMvyMq5tfpx56BBchFSpOwE9RRdhD67vrDs_L7Pcxhg8TBk6Oj_2_tjJamveqjGCzMMWu4kZN4I_unMRJcx84ZIVfYwR5AFMTw-YOXjDCsltbmapyp_dIVVpijuo_48hzwK3fbsj7xFzmIe4bFxfE9aUHxvWxI3CwFUHtRP3YwNkc5/s427/Angola%20-%20livro%20'LEI%20DO%20PODER%20POPULAR',%20de%20Nito%20Alves%20(DIP%20do%20MPLA%20-%20Luanda%201976)%2002.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="424" data-original-width="427" height="398" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiomRI8RRfWFHVBv-iMvyMq5tfpx56BBchFSpOwE9RRdhD67vrDs_L7Pcxhg8TBk6Oj_2_tjJamveqjGCzMMWu4kZN4I_unMRJcx84ZIVfYwR5AFMTw-YOXjDCsltbmapyp_dIVVpijuo_48hzwK3fbsj7xFzmIe4bFxfE9aUHxvWxI3CwFUHtRP3YwNkc5/w400-h398/Angola%20-%20livro%20'LEI%20DO%20PODER%20POPULAR',%20de%20Nito%20Alves%20(DIP%20do%20MPLA%20-%20Luanda%201976)%2002.JPG" width="400" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/ARTUR%20QUEIROZ">Artur
Queiroz</a>*, Luanda</i></b></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Cidade do Uíge, Janeiro de 1961.
O Colégio Padre Américo, onde estudava e vivia no internato, entrou em graves
convulsões e fechou. Os alunos migraram para o Colégio Santa Teresinha. Na
prática só mudaram alguns professores, o local onde dormíamos e tomávamos as
refeições. A nova direcção decidiu que os alunos dos anos de exame no ensino
liceal, segundo e quinto, não iam gozar as férias da Páscoa para recuperarem de
semanas seguidas sem aulas. No primeiro dia de “recuperação”, ao fim da manhã,
um mensageiro entrou na sala de estudo e berrou: Os pretos mataram os brancos
todos no Quitexe!</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os alunos externos regressaram às
suas casas e nós fomos para o internato, razoavelmente assustados. Fui para a
camarata ler a “selecta literária” que já trazia, no final, poemas de José
Régio. Todos tiveram pai. Todos tiveram mãe. E eu que não princípio nem acabo
nasci do amor existente entre Deus e o Diabo. Cito de memória, pode não ser bem
assim. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Beto Martins, aluno externo e
mestiço, vivia com os padrinhos. Dada a confusão gerada, ninguém fez o almoço
para os alunos internos. Fui a casa do meu amigo dar ao dente. Encontrei-o em
estado de choque. Já sabia muito do que tinha acontecido. As acções armadas no
Quitexe afinal repetiram-se por todo o distrito do Uíge. Desde o Vale do Loge a
Maquela do Zombo. E morreu muita gente sobretudo nas pequenas vilas e nas
fazendas. Naquele 15 de Março de 1961 estoirou a Grande Insurreição Popular
contra o colonialismo.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">De regresso ao internato fui
surpreendido com um verdadeiro pandemónio. Dezenas de mulheres e crianças,
fugidas das pequenas vilas do então distrito do Uíge, ocuparam o internato que
estava quase vazio. Os alunos do ensino primário e do secundário sem exames
tinham partido de férias. As escadas (o prédio tinha dois andares) estavam
ocupadas pelos refugiados e as suas imbambas. As mulheres choravam e as
crianças imitavam as mães. Uma tragédia nunca vista mas há muito anunciada.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No anexo do prédio vivia o
vigilante que também era o nosso sapateiro. Fui ter com ele. Estava em pânico e
com toda a razão. Se antes a vida de um negro não valia nada, depois da
insurreição valia ainda menos. O racismo e o ódio saíram à rua de mãos dadas.
Disse-me que à noite ia fugir para a sua aldeia. Pedi-lhe para esperar até
sabermos o que aconteceu com mais pormenores. Garanti-lhe o meu apoio. Éramos
amigos e tínhamos uma combina. Ao sábado à noite deixava-me fugir do internato
antigo, para ir às farras do Candombe. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O vigilante acalmou-se. Mas nessa
noite tentou fugir. Foi morto a tiro pelas milícias, mesmo em frente ao prédio
do internato. Levava uma pequena trouxa. Foi a primeira vez que vi um amigo
morto, ali estendido no chão e com manchas de sangue na roupa. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O tiroteio em frente ao internato
regressou ao amanhecer. Fui à varanda e vi as milícias disparando contra um
grupo grande de mulheres, jovens e crianças que saíam da cidade. Todos mortos no
terreno baldio em frente ao prédio. Ao hospital chegaram os primeiros corpos
esquartejados. Os “caçadores especiais” aquartelados no Toto foram emboscados
quando iam socorrer populações nas vias e fazendas. Chegaram em sacos à cidade.
Dezenas de mortos nas fazendas e vilas também começaram a chegar ao segundo
dia. Era a guerra. Em Maio fui levado pela tropa para a Base Aérea do Negage
com os meus colegas. Chegámos a Luanda na condição de refugiados. Continuo
refugiado.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Dia I5 de Março, 1961. Grande
Insurreição Popular no Norte. Uma das mais importantes datas da História
Contemporânea de Angola. Muitos anos mais tarde entrevistei o Comandante
Margoso, um dos Heróis desse acontecimento marcante. Foi publicada nas
“centrais” do Diário de Luanda, em Março de 1976. O movimento insurrecional
abrangeu os então distritos de Luanda (Dembos) Uíge, Zaire e Cabinda. A direcção
política foi da União dos Povos de Angola (UPA) mais tarde FNLA. O líder era
Holden Roberto. Respeitemos a História Contemporânea de Angola. É a única forma
de nos respeitarmos como seres humanos.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Líderes europeus garantem que é
preciso ganhar a guerra na Ucrânia porque uma derrota dos ucranianos leva “os
russos a aproximarem-se das fronteiras da NATO” (ou OTAN). Úrsula von der Leyen
afirma que “a Ucrânia está a defender a democracia na Europa”. Os ucranianos
são ”os heróis do mundo livre”. Há muita gente que acredita nestas aldrabices.
Ou simplesmente passa ao lado.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os nazis de Kiev viraram
defensores da liberdade e da democracia! Mas a ONU tem relatórios que denunciam
uma “limpeza étnica no Leste da Ucrânia”, após 2014. Só acabou em Fevereiro de
2022. O Batalhão de Azov é apontado como a unidade nazi de extermínio de russos
ucranianos.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A OTAN (ou NATO) cercou a
Federação Russa. O cerco tornou-se mais apertado com a adesão da Suécia e da
Finlândia aso bloco militar ofensivo, agressivo e reaccionário. Mas os líderes
da União Europeia dizem que caso os russos ganhem a guerra na Ucrânia,
aproximam-se das fronteiras da NATO! É exactamente ao contrário. Mas como
imbecilizaram e infantilizaram as opiniões públicas, a aldrabice faz o seu
caminho belicista. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O caso mais chocante. Líderes do
ocidente alargado dizem que os polacos são hoje o grande baluarte de defesa da
democracia e do modo de vida ocidental. O Tribunal de Justiça da União Europeia
declarou que a Polónia não é um Estado de Direito. Porque o governo colocou os Tribunais
sob as suas ordens. Rejeita o primado da legislação da União Europeia alegando
que precisa de combater o comunismo e a corrupção!</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Na Polónia os Juízes são
castigados pelo Tribunal Supremo se lavrarem sentenças que não agradam ao governo.
Segundo a União Europeia, “as sanções incluem a redução do salário, a suspensão
temporária das funções e o levantamento da imunidade para permitir o início de
um processo penal contra o juiz em causa”. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Sentenciou o Tribunal de Justiça
da União Europeia: “As medidas adoptadas pelo legislador polaco são
incompatíveis com as garantias de acesso a um Tribunal independente e
imparcial, previamente estabelecidas por lei”. Bruxelas em 2021 impôs sanções
ao governo de Varsóvia. Pagam um milhão de euros por dia, até anularem a
legislação que atenta contra o Estado de Direito, Quando começou a
desnazificação da Ucrânia a multa desceu para 500 mil euros diários. Varsóvia
está a defender a liberdade e a democracia! E para mostrarem serviço querem a
guerra custe o que custar.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><i>* Jornalista</i></b></span></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-49760754125948590142024-03-17T19:29:00.000+00:002024-03-17T19:29:00.556+00:00Subordinação da Polónia à Alemanha inclui dimensões educativas, judiciais e mais...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipM6Aj9zksKXHvaFHTkRnVfVK2t1UF01ZqAiyYFpkf1Cm6zTOhF9xJJ419OsA5FPLlPYCJ6BHwAArvga0rNqHEyQOQzB1yY95IAd2DOb1-o0IoHlbwnfoyyXniEdQjE5p_Rgzvhb-R0gMv6-d3f5avcM6vxdsmdzhZqQvksCbnGuMVSi3R39rdZwTltwFO/s900/unnamed%20(5).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="900" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipM6Aj9zksKXHvaFHTkRnVfVK2t1UF01ZqAiyYFpkf1Cm6zTOhF9xJJ419OsA5FPLlPYCJ6BHwAArvga0rNqHEyQOQzB1yY95IAd2DOb1-o0IoHlbwnfoyyXniEdQjE5p_Rgzvhb-R0gMv6-d3f5avcM6vxdsmdzhZqQvksCbnGuMVSi3R39rdZwTltwFO/s320/unnamed%20(5).jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>A subordinação da Polónia à Alemanha inclui agora dimensões
educativas, judiciais e diplomáticas</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/ANDREW%20KORYBKO" target="_blank">Andrew Korybko</a> * | <a href="https://korybko.substack.com/" target="_blank">Substack</a> |
opinião | # Traduzido em português do Brasil</i></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A última fase da crise política
da Polónia pode levar Tusk a manipular as opiniões nacionalistas de Duda e a
partilhar o medo patológico da Rússia para que ele aprove uma intervenção
convencional na Ucrânia, a fim de desviar a atenção da turbulência interna.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Um dos desenvolvimentos mais
profundos na Europa nos últimos três meses, para além da <a href="https://substack.com/redirect/9574402c-c5ed-42c5-93cd-54bdfd4dcf1c?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">guerra por procuração entre a </a><a href="https://substack.com/redirect/87aaebc9-08c1-4892-bcac-b2122cd5cdf2?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">NATO e a Rússia </a>na Ucrânia, é a subordinação
abrangente da Polónia à Alemanha desde o regresso de Donald Tusk <a href="https://substack.com/redirect/ace368fc-aa30-41e7-bde1-3958018e08c0?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">, apoiado por Berlim, </a>ao cargo de primeiro-ministro daquele
país, em Dezembro. Desde então, <a href="https://substack.com/redirect/19efdda5-80a9-4bb6-aca1-f87ea57c9ed8?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">retirou as reivindicações alemãs de reparações da Polónia </a>,
concordou com a sua proposta “ <a href="https://substack.com/redirect/ca33a6e2-02fc-4b31-9727-d1ab6e8bc16e?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">militar Schengen </a>” e começou a<a href="https://substack.com/redirect/d11077d4-0a83-4257-bb1e-02164972fce8?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"> reconsiderar um megaprojecto de conectividade </a>,
representando assim <a href="https://substack.com/redirect/6cf4797a-da52-4a2a-b1c7-6e5be2c25524?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">uma subordinação política, militar e económica </a>.<a href="https://substack.com/redirect/9574402c-c5ed-42c5-93cd-54bdfd4dcf1c?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"></a><a href="https://substack.com/redirect/ace368fc-aa30-41e7-bde1-3958018e08c0?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"></a><a href="https://substack.com/redirect/19efdda5-80a9-4bb6-aca1-f87ea57c9ed8?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"></a><a href="https://substack.com/redirect/ca33a6e2-02fc-4b31-9727-d1ab6e8bc16e?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"></a><a href="https://substack.com/redirect/d11077d4-0a83-4257-bb1e-02164972fce8?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"></a><a href="https://substack.com/redirect/6cf4797a-da52-4a2a-b1c7-6e5be2c25524?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"></a></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Desde então, esta fidelidade aos
interesses do seu patrono expandiu-se para incluir dimensões educacionais,
judiciais e diplomáticas. A primeira refere-se à<a href="https://substack.com/redirect/4334d1bf-2aaf-451e-b2af-0c2c1ceb7839?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"> remoção de algumas figuras e eventos históricos
importantes </a>do currículo escolar de acordo com o plano de Tusk de
reduzir tudo em 20%, a segunda diz respeito à reversão pelo seu governo das <a href="https://substack.com/redirect/50409267-2fa8-4bb0-8abb-e033d56cccd9?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">reformas judiciais dos seus antecessores </a>que
reforçaram a autonomia da Polónia face ao UE liderada pela Alemanha, e a
terceira envolve a substituição de 50 embaixadores. A justificativa desta
última diz muito sobre a visão de mundo de Tusk.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://substack.com/redirect/94619557-8172-403a-b759-a500fbb78b33?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Nas suas palavras </a>, “precisamos de construir e
melhorar uma equipa que seja leal ao Estado polaco”, o que implica que a
subordinação abrangente da Polónia à Alemanha por parte do seu governo
liberal-globalista é patriótica. Por defeito, isto, por sua vez, implica
que os esforços abrangentes dos seus antecessores conservadores-nacionalistas
para fortalecer a independência da Polónia face à Alemanha foram traiçoeiros. Em
particular, Tusk sugere que os embaixadores que nomearam sirvam interesses
partidários e não polacos, o que não é verdade.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por mais imperfeitas que fossem
as suas políticas, os nacionalistas conservadores acreditavam sinceramente que
estavam a colocar os interesses polacos acima de todos os outros, enquanto os
globalistas liberais priorizavam os da Alemanha por solidariedade ideológica
com o líder de facto da UE. Para esse efeito, estão a desmantelar
sistematicamente os movimentos pró-independência dos seus antecessores nas
esferas política, militar, económica, educacional, judicial e diplomática, que
justificam com o falso pretexto de reparar danos traidores ao Estado.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na sua opinião, os nacionalistas
conservadores são “racistas”, “fascistas” e “xenófobos” que exploram mandatos
democráticos para impor ditaduras de facto, daí a razão pela qual “os fins
justificam os meios” no sentido de que mesmo políticas legalmente duvidosas são
aceitáveis para “restaurar a democracia”. Tusk e a sua turma
consideram a Alemanha como a “fonte democrática” do continente, cuja liderança
deve ser mantida a todo o custo para o “bem maior”, razão pela qual estão
voluntariamente a esmagar a independência polaca em seu benefício.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em vez de continuarem as
políticas dos seus antecessores de tentarem restaurar o estatuto de Grande
Potência da Polónia, preferem voltar a ser um Estado fantoche alemão, de modo a
restaurar a trajectória de superpotência daquele país. Foi explicado anteriormente <a href="https://substack.com/redirect/be44f725-9140-4368-9e3b-41486bc524ba?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">aqui </a>e <a href="https://substack.com/redirect/a146f768-5299-4b8d-a831-ee2dd08bc2ee?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">aqui </a>como esta tendência visa fazer com que a Alemanha
lidere a contenção da Rússia pela UE a mando da América <a href="https://substack.com/redirect/e372c38e-180d-4180-83d5-7413c701b6c1?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">após o fim do conflito ucraniano, </a>a fim de libertar
algumas das tropas dos EUA para a redistribuição de lá para a Ásia, para conter
a China de forma mais muscular. .</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os globalistas liberais acreditam
que qualquer coisa que se interponha no caminho deste “bem maior”, como os
planos dos nacionalistas conservadores para bloquear a expansão da influência
alemã na Europa Central e Oriental (CEE), restaurando o estatuto há muito
perdido da Polónia como uma Grande Potência, deve ser combatida com fervor. Isto
explica os seis movimentos principais que Tusk fez até agora para subordinar a
Polónia à Alemanha, cuja grande importância estratégica será agora brevemente
revista pela ordem mencionada neste artigo.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Retirar as reivindicações alemãs
de reparações da Polónia pretendia mostrar aos polacos que já não é aceitável
guardar rancor contra esse país e, subsequentemente, condicionar o público ao
seu próprio país seguindo a sua liderança política no futuro próximo. Pouco
tempo depois, a Polónia concordou em permitir que tropas e equipamento alemães
transitassem livremente através do seu território, com o Ministro dos Negócios
Estrangeiros Sikorski a apoiar mesmo a ideia de <a href="https://substack.com/redirect/c4ab9b69-4838-49bf-a3b6-7e526e5fae28?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">hospedar permanentemente forças alemãs </a>em solo polaco
pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Seguiu-se Tusk que começou a
reconsiderar o megaprojecto de conectividade CPK dos seus antecessores, que
permitiria à Polónia competir com a Alemanha como um importante centro
logístico da CEE se se concretizasse, minando assim o seu próprio país, a fim de
continuar a dar uma vantagem ao seu vizinho. Depois disso, decidiu reduzir
o currículo em 20%, com a remoção de algumas figuras e eventos históricos
importantes que serviram para reduzir o sentimento patriótico entre a próxima
geração, bem como para remodelar a forma como vêem a Alemanha.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A sua reversão das reformas
judiciais do antigo governo foi então aprovada pela UE, que o recompensou
descongelando <a href="https://substack.com/redirect/50409267-2fa8-4bb0-8abb-e033d56cccd9?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">quase 150 mil milhões de dólares em fundos </a>que foram
retidos dos seus antecessores como punição pelo fortalecimento da autonomia da
Polónia face ao bloco liderado pela Alemanha. Este dinheiro poderia então
ser reinvestido criativamente de forma a aumentar o seu apelo junto do público
e ajudar a manter os nacionalistas conservadores fora do poder durante as
próximas eleições.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O último movimento relativo à sua
planeada purga de uns colossais 50 embaixadores mostra que ele não confia neles
para executar a sua política externa pró-Alemanha à custa dos interesses
nacionais objectivos da Polónia, devido à sua visão de mundo diametralmente
oposta, que ele falsamente insinuou ser traiçoeira. É certo que os funcionários
diplomáticos são obrigados a seguir ordens, mas este compromisso torna-se
juridicamente duvidoso se acreditarem sinceramente que aquilo que lhes foi
incumbido de fazer é genuinamente traição.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Enquanto os diplomatas de Trump o
minaram em todas as oportunidades com falsas alegações relacionadas com o
Russiagate de que as suas políticas previstas eram traiçoeiras, os diplomatas
nomeados pelo governo anterior têm, sem dúvida, razões legítimas para fazer o
mesmo no que diz respeito às políticas de Tusk, conforme explicado. A
única forma de garantir o cumprimento das suas exigências é retirar-lhes o
poder, mas o Presidente Duda – que é um nacionalista conservador que
permanecerá no cargo até o seu mandato expirar em Agosto de 2025 – tem de
aprovar isto.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No entanto, ele já disse que não
o fará, o que poderá levar a mais uma crise constitucional, além das outras que
Tusk provocou desde janeiro. Espera-se, portanto, que a Polónia mergulhe
ainda mais naquela que já é a sua <a href="https://substack.com/redirect/9fb11a43-1a56-4ee6-99f2-6ce7f8e892bc?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">pior crise política desde a década de 1980 </a>, e há uma
possibilidade de que os seus <a href="https://substack.com/redirect/b31516da-b358-40ca-a9e8-eb7463151e13?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">protestos populares dos agricultores </a>se <a href="https://substack.com/redirect/3bb438a2-7688-4c8b-9e92-2ab8e7a81117?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">transformem num moderno movimento de Solidariedade.</a> ,
daí a necessidade de uma grande distracção. Se Tusk ficar suficientemente
desesperado, então isto poderá assumir a forma de uma intervenção convencional
na Ucrânia.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Embora <a href="https://substack.com/redirect/878041c2-2ea0-4711-8f63-bd61c1ab7024?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">ele </a>e o seu <a href="https://substack.com/redirect/a7a9b7dd-3745-4aea-8ed6-b9589efcc62f?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Ministro da Defesa </a>tenham refutado a sugestão do
Presidente francês Macron de que <a href="https://substack.com/redirect/8fb08333-b126-48b9-85f2-afa641d5b064?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">isto está nas cartas </a>, o seu Ministro dos Negócios
Estrangeiros – que é <a href="https://substack.com/redirect/5dbc417e-6356-4c05-8e76-abd3dd801860?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">casado com a belicista neoconservadora Anne Applebaum </a>e <a href="https://substack.com/redirect/30b00858-ef76-4335-ba1f-45087b7da06c?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">se gaba de ter um filho no exército dos EUA </a>– insistiu
que esta possibilidade <a href="https://substack.com/redirect/ebfd16e2-9352-4df3-a1b9-622f5f9f9968?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">não pode ser descartada </a>. Duda teria que ordenar
tal movimento já que ele é o <a href="https://substack.com/redirect/54f8fd21-5812-4db4-a311-e6803e6ab822?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Comandante-em-Chefe </a>, mas vendo como Sikorski <a href="https://substack.com/redirect/9d8100a7-0244-467a-a899-870e78ff6be9?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">disse </a>que <a href="https://substack.com/redirect/fbaff68e-279e-4db2-bac9-3d71f6d5ebbb?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">as tropas da OTAN já estão lá</a> , mas não disse de quem,
é possível que Duda já tenha assinado secretamente isso em parte.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Afinal, Duda e Tusk se uniram no
que o Politico descreveu como um “ <a href="https://substack.com/redirect/e4d24680-cc6e-4b23-a31d-0c305719dc5b?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">sinal absolutamente único de unidade política </a>” para
fazer lobby por mais ajuda dos EUA à Ucrânia durante sua viagem a DC esta
semana para comemorar os 25 anos de seu país na OTAN, para que não não seria
surpreendente se eles estivessem na mesma página sobre isso. Esta análise <a href="https://substack.com/redirect/9d902a20-0232-4b6e-bf66-b9b8b026bb80?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">aqui </a>argumenta que eles podem ter realmente procurado
a aprovação americana para intervir abertamente na Ucrânia, <a href="https://substack.com/redirect/e14428da-6534-4427-9aac-035a76cf17bd?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">possivelmente ao lado da França e/ou do Reino Unido</a> ,
a fim de evitar o colapso das linhas da frente.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O medo patológico bipartidário da
Polónia em relação à Rússia explica a razão pela qual se uniram em torno da
Ucrânia, embora as atitudes polacas em relação a esse país estejam a azedar,
como prova a <a href="https://substack.com/redirect/12461ea1-939d-455e-94b0-2a69837c596d?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">recente sondagem de um importante grupo de reflexão da UE </a>. No
entanto, enquanto a Ucrânia Ocidental não for “anexada”/“reunida” com a Polónia
e os seus 6 milhões de pessoas que vivem nas terras que Varsóvia usou para
controlar <a href="https://substack.com/redirect/1f0d906e-85d1-45ca-af94-5022217a7c27?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">durante quatro séculos </a>(o que é <a href="https://substack.com/redirect/d99e659f-c694-4605-a530-3ebc3379bc24?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">mais tempo do que a Rússia controlou a maior parte das suas
próprias terras</a> ) não são subsidiados pelos contribuintes, o público
pode não se revoltar para impedi-lo. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É, portanto, possível que a
última fase da crise política da Polónia possa levar Tusk a manipular as
opiniões nacionalistas de Duda e a partilhar o medo patológico da Rússia para
que ele aprove uma intervenção convencional na Ucrânia, a fim de desviar a
atenção da turbulência interna. Isso poderia complicar os interesses da
Alemanha, mas ajudaria a salvar a pele política de Tusk, sendo assim,
ironicamente, o “bem maior” que Berlim poderia ter de aceitar depois de ordenar
à Polónia que sacrificasse os seus próprios interesses em seis esferas desde
Dezembro, por motivos semelhantes.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>* Analista político americano
especializado na transição sistémica global para a multipolaridade</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>* <a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/ANDREW%20KORYBKO" target="_blank">Andrew Korybko</a> é regular colaborador <st1:personname productid="em Página Global" w:st="on">em Página Global</st1:personname> há
alguns anos e também regular interveniente em outras e diversas publicações.
Encontram-no também nas redes sociais. <a href="https://www.amazon.com.br/Livros-Andrew-Korybko/s?rh=n%3A6740748011%2Cp_27%3AAndrew+Korybko" target="_blank">É ainda autor profícuo de vários livros.</a></b></span></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-55707712825445339512024-03-17T19:13:00.003+00:002024-03-17T19:15:37.080+00:00Caso CIJ contra a Rússia abre caminho de acusações de genocídio contra Ucrânia<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmE8mrAQzGADEGwYH8uzrzR9d6yY_u2rsEkx0HkNflkm8yOPiJqHFnsVPqkJ1uRNp7sIEKaZFG5wkEoYXPxHqOKH4r5lT7m5K3KXJqh09N9sD3tvAlPnQeEK5RbNOgkLJvz085144lHqMzql07pJJmvYO5STRrCYTy-mftB05oIQM0HCxDbuj0wL4TwvNH/s744/AP22046171796007_edited-744x378.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="378" data-original-width="744" height="326" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmE8mrAQzGADEGwYH8uzrzR9d6yY_u2rsEkx0HkNflkm8yOPiJqHFnsVPqkJ1uRNp7sIEKaZFG5wkEoYXPxHqOKH4r5lT7m5K3KXJqh09N9sD3tvAlPnQeEK5RbNOgkLJvz085144lHqMzql07pJJmvYO5STRrCYTy-mftB05oIQM0HCxDbuj0wL4TwvNH/w640-h326/AP22046171796007_edited-744x378.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Caso fracassado da CIJ contra a
Rússia sai pela culatra e abre caminho para acusações de genocídio contra a
Ucrânia</b></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://www.mintpressnews.com/author/kit-klarenberg/" target="_blank">Kit Klarenberg</a>* | <a href="https://www.mintpressnews.com/" target="_blank">Mint Press News</a>
| # Traduzido em português do Brasil</i></b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">uando Janeiro se tornou
Fevereiro, o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) desferiu dois golpes
legais na Ucrânia e nos seus apoiantes ocidentais. Primeiro, em <a href="https://www.reuters.com/world/europe/world-court-rule-whether-russia-violated-international-treaties-ukraine-2024-01-31/" target="_blank">31 de Janeiro</a> , decidiu sobre um caso movido por Kiev
contra a Rússia em 2017, que acusava Moscovo de presidir a uma campanha de
“terrorismo” no Donbass, incluindo a <a href="https://thegrayzone.com/2023/03/05/british-intelligence-firm-mh17-news/" target="_blank">queda do MH17 em</a> Julho de 2014 . Também acusou a
Rússia de discriminar racialmente os residentes ucranianos e tártaros da
Crimeia após a sua reunificação com Moscovo.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A CIJ rejeitou sumariamente a
maioria das acusações. Depois, em <a href="https://www.icj-cij.org/sites/default/files/case-related/182/182-20240202-jud-01-00-en.pdf" target="_blank">2 de Fevereiro</a> , o Tribunal emitiu um julgamento
preliminar num caso <st1:personname productid="em que Kiev" w:st="on">em que
Kiev</st1:personname> acusou Moscovo de explorar falsas alegações de um
genocídio em curso de russos e de língua russa no Donbass para justificar a sua
invasão. A Ucrânia acusou ainda a Operação Militar Especial de violar a
Convenção do Genocídio, apesar de não constituir em si um genocídio. Quase
por unanimidade, os juízes do TIJ rejeitaram estes argumentos.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os meios de comunicação
ocidentais ignoraram ou distorceram universalmente a substância das decisões do
TIJ. Quando os meios de comunicação reconheceram as sentenças, deturparam
a primeira, <a href="https://www.bbc.com/news/world-europe-68161532" target="_blank">concentrando-se de forma proeminente</a> nas acusações
aceites e minimizando todas as alegações rejeitadas. A segunda foi <a href="https://apnews.com/article/ukraine-russia-genocide-court-un-icj-c3f9cf7462cd85e73ab53aa9499093f4" target="_blank">considerada</a> uma <a href="https://www.bbc.com/news/world-europe-68182620" target="_blank">perda
significativa</a> para Moscou. A BBC e outros centraram-se na forma
como o Tribunal concordou que “parte” do caso da Ucrânia poderia prosseguir. Que
esta “parte” é a questão de saber se a própria Kiev cometeu genocídio
no Donbass pós-2014 não foi mencionado.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O fracassado esforço de guerra
jurídica da Ucrânia foi apoiado por 47 estados membros da UE e da NATO, levando
à farsa de 32 equipas jurídicas internacionais separadas <a href="https://tass.ru/politika/19888331" target="_blank">que apresentaramrepresentações</a> a Haia em Setembro de 2023. Entre outras coisas,
apoiaram a bizarra alegação de Kiev de que as Repúblicas Populares de Donetsk e
Lugansk eram comparável à Al-Qaeda. Os juízes rejeitaram amplamente essa
afirmação. Notavelmente, nos argumentos apresentados, a Rússia chamou a
atenção para a forma como os mesmos países que apoiam Kiev justificaram a sua <a href="https://www.kitklarenberg.com/p/how-britain-and-america-backed-jihadists" target="_blank">destruição ilegal e unilateral da Jugoslávia</a> sob a
doutrina da “responsabilidade de proteger”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Esta pode não ser a única área em
que a Ucrânia e os seus patrocinadores estrangeiros enfrentam problemas para
avançar. Uma inspecção mais atenta às decisões do Tribunal desacredita de
forma abrangente a narrativa dominante estabelecida sobre o que aconteceu na
Crimeia e no Donbass após o golpe de Estado de Maidan <a href="https://kitklarenberg.substack.com/p/anatomy-of-a-coup-how-cia-front-laid" target="_blank">orquestrado pelo Ocidente</a> em Fevereiro de 2014.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em suma, os acórdãos levantam
sérias questões sobre a “operação antiterrorista” de Kiev, que já dura oito
anos, contra “separatistas pró-Rússia”, após meses de vastos protestos e
confrontos violentos em todo o leste da Ucrânia entre autoridades e activistas
pró-federais de língua russa.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>DESCOBERTA CONDENATÓRIA APÓS
DESCOBERTA CONDENATÓRIA</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No seu primeiro julgamento, a CIJ
decidiu que as Repúblicas Populares de Donbass e Lugansk não eram entidades
“terroristas”, uma vez que “[nenhum] grupo foi anteriormente caracterizado como
sendo de natureza terrorista por um órgão das Nações Unidas” e não poderia ser
rotulado como tal. simplesmente porque Kiev os rotulou assim. Isto minou
gravemente as alegações da Ucrânia de que a Rússia “financiava…grupos
terroristas” no Donbass, e muito menos de cometer actos “terroristas” lá ela
própria.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Outras descobertas reveladoras
reforçaram esta bomba. A CIJ considerou que Moscovo não era responsável
por cometer ou mesmo deixar de prevenir o terrorismo, uma vez que o Kremlin não
tinha “motivos razoáveis para suspeitar” de material fornecido pela
Ucrânia, incluindo detalhes de “contas, cartões bancários e outros
instrumentos financeiros” alegadamente utilizados por acusados de
“terroristas” no Donbass, foram usados para tais fins. Foi também
decidido que Moscovo iniciou investigações sobre “supostos infratores”, mas
concluiu que eles “não existiam… ou a sua localização não pôde ser
identificada”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No entanto, o TIJ decidiu que
Moscovo não tinha “investigado alegações de prática de crimes de financiamento
do terrorismo por alegados infratores presentes no seu território”. Isto
deveu-se ao facto de o Kremlin não ter fornecido “informações adicionais” a
pedido de Kiev e não ter “especificado à Ucrânia que informações adicionais
poderiam ter sido necessárias”. Ironicamente, os juízes condenaram, por
outro lado, as alegações de Kiev de “terrorismo” por parte da Rússia como
“vagas e altamente generalizadas”, baseadas em provas e documentação altamente
duvidosas, incluindo – surpreendentemente – relatos dos meios de comunicação
ocidentais:</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Tribunal decidiu que certos materiais,
como artigos de imprensa e excertos de publicações, são considerados «não como
provas susceptíveis de provar factos».</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A CIJ também condenou fortemente
a qualidade das testemunhas e dos depoimentos produzidos por Kiev para apoiar
estas acusações. Os juízes foram particularmente severos com a confiança
da Ucrânia em testemunhos que apoiam um “padrão de discriminação racial”
sistemático e sancionado pelo Estado contra ucranianos e tártaros na Crimeia
desde 2014. As declarações que atestam isto foram “recolhidas muitos anos após
os eventos relevantes” e “não apoiadas”. mediante documentação comprovativa”:</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os relatórios em que a Ucrânia se
baseia têm um valor limitado para confirmar que as medidas relevantes são de
carácter racialmente discriminatório… A Ucrânia não demonstrou… motivos
razoáveis para suspeitar que ocorreu discriminação racial, o que deveria ter
levado as autoridades russas a investigar.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Noutros lugares, a Ucrânia
argumentou que “consequências legais” para os residentes da Crimeia se optarem
por manter a cidadania ucraniana após 2014 e um “declínio acentuado no número
de estudantes que recebem a sua educação escolar na língua ucraniana entre 2014
e <st1:metricconverter productid="2016”" w:st="on">2016”</st1:metricconverter>,
totalizando um a alegada queda de 80% no primeiro ano e uma redução adicional
de 50% em 2015, eram indicadores de um ambiente discriminatório para os
não-russos na península.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em apoio, Kiev apresentou
depoimentos de testemunhas de pais alegando que foram “sujeitos a assédio e
conduta manipuladora com o objetivo de dissuadir” os seus filhos de receberem
“instruções em ucraniano”, o que os juízes não aceitaram. Em contraste,
Moscovo forneceu testemunho não só demonstrando que os pais fizeram uma escolha
“genuína” “não sujeita a pressão” para que os seus filhos fossem ensinados em
russo, mas também “indiferença por parte dos pais ao encorajamento activo
de alguns professores [ênfase adicionada] para continuar a fazer com que
seus filhos recebam instrução em ucraniano.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A CIJ deu peso a estas alegações,
observando: “É indiscutível que tal declínio não ocorreu no que diz respeito à
educação escolar noutras línguas, incluindo a língua tártara da Crimeia”. Os
juízes atribuíram grande parte da queda na procura de “instrução escolar” em
língua ucraniana a “um ambiente cultural russo dominante e à partida de
milhares de residentes pró-ucranianos da Crimeia para a Ucrânia continental”. Além
disso, Moscovo “produziu provas que fundamentam as suas tentativas de preservar
o património cultural ucraniano e… explicações para as medidas tomadas em
relação a esse património”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A Rússia forneceu documentação
que mostra que “as organizações ucranianas e tártaras da Crimeia tiveram
sucesso na candidatura para a realização de eventos” na península. Em
contraste, “múltiplos eventos organizados por pessoas de etnia russa foram
negados”. Evidentemente, as autoridades russas são imparciais para com a
população da Crimeia – a cor do passaporte de alguém e a sua língua materna são
irrelevantes. Pelos mesmos motivos, os juízes rejeitaram a acusação de
Kiev de que “as medidas tomadas contra os meios de comunicação tártaros da
Crimeia e ucranianos se basearam na origem étnica das pessoas a eles
afiliadas”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ainda assim, o Tribunal concluiu
contraditoriamente que a Rússia “violou as suas obrigações da Convenção
Internacional sobre a Eliminação da Discriminação Racial”, uma vez que Moscovo
“[não demonstrou] que cumpriu o seu dever de proteger os direitos dos
ucranianos étnicos de um efeito adverso díspar baseado sobre sua origem étnica.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>KIEV VAI PARA A MATANÇA</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O TIJ confirmou agora
efectivamente que toda a narrativa dominante sobre o que aconteceu na Crimeia e
no Donbass durante a década anterior foi fraudulenta. Alguns <a href="https://www.ejiltalk.org/icj-delivers-preliminary-objections-judgment-in-the-ukraine-v-russia-genocide-case-ukraine-loses-on-the-most-important-aspects/" target="_blank">juristas</a> argumentaram que a absolvição da Ucrânia das
acusações de genocídio é inevitável. No entanto, <a href="https://www.lrb.co.uk/the-paper/v36/n17/keith-gessen/why-not-kill-them-all" target="_blank">muitas declarações</a> feitas por nacionalistas ucranianos
desde Maidan indicam inequivocamente tal intenção.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Além disso, <a href="https://www.bailii.org/uk/cases/UKUT/IAC/2020/314.html" target="_blank">em
Junho de 2020</a> , um tribunal de imigração britânico concedeu asilo a
cidadãos ucranianos que fugiram do país para evitar o recrutamento. Argumentaram
com sucesso que o serviço militar no Donbass implicaria necessariamente a
perpetração e o envolvimento em “actos contrários às regras básicas de conduta
humana” – por outras palavras, crimes de guerra – contra a população civil.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A decisão do Tribunal observou
que os militares ucranianos se envolviam rotineiramente na “captura e detenção
ilegal de civis sem qualquer justificação legal ou militar…motivados pela
necessidade de 'moeda' para trocas de prisioneiros”. Acrescentou que houve
“maus tratos sistêmicos” aos detidos durante a “operação antiterrorista” em
Donbass. Isto incluía “tortura e outras condutas que constituem tratamento
cruel, desumano e degradante”. Observou-se uma “atitude e atmosfera de
impunidade para os envolvidos nos maus-tratos aos detidos”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O julgamento também registou “a
perda generalizada de vidas civis e a destruição extensiva de propriedades
residenciais” no Donbass, “atribuída a ataques mal direcionados e
desproporcionais levados a cabo pelos militares ucranianos”. As
instalações de água, registou, “têm sido um alvo específico e repetido das
forças armadas ucranianas, apesar dos veículos civis de manutenção e transporte
estarem claramente marcados… e apesar do estatuto protegido de que tais
instalações gozam” ao abrigo do direito internacional.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Tudo isto poderia ser
razoavelmente argumentado como constituindo genocídio. Independentemente
disso, o acórdão britânico sobre o asilo sublinha amplamente contra quem a
Ucrânia realmente lutou desde o início: os seus próprios cidadãos. Além
disso, Moscovo poderia razoavelmente citar <a href="https://english.almayadeen.net/articles/analysis/wither-minsk--ukrainian-diplomat-throws-in-towel" target="_blank">revelações recentes de Angela Merkel e François Hollande de que
os </a><a href="https://www.securitycouncilreport.org/atf/cf/%7B65BFCF9B-6D27-4E9C-8CD3-CF6E4FF96FF9%7D/s_res_2202.pdf" target="_blank">Acordos de Minsk</a> de 2014-15 foram, na verdade, um
golpe, nunca pretendido ser implementado, dando a Kiev tempo para reforçar os
seus arsenais de armas, veículos e munições ocidentais . como mais
uma prova das intenções malignas da Ucrânia no Donbass.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os Acordos não previam a secessão
ou a independência das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, mas sim a sua
plena autonomia dentro da Ucrânia. A Rússia foi nomeada mediadora, e não
parte, no conflito. Kiev deveria resolver a disputa diretamente com os
líderes rebeldes. Estas foram distinções jurídicas cruciais sobre as quais
a Ucrânia e os seus apoiantes estrangeiros ficaram imensamente descontentes. Nos
anos seguintes, tentaram repetidamente obrigar Moscovo a designar-se
formalmente como parte no conflito, apesar do papel mínimo da Rússia no
conflito.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Como concluiu um <a href="https://icg-prod.s3.amazonaws.com/254-rebels-without-a-cause%20%281%29.pdf" target="_blank">relatório de 2019</a> publicado pelo International Crisis
Group (ICG), financiado por Soros, “Rebeldes Sem Causa”, “o conflito no leste
da Ucrânia começou como um movimento de base… As manifestações foram lideradas
por cidadãos locais que afirmavam representar a população russa da região.
maioria falante.” Moscovo só começou a fornecer apoio financeiro e material
aos rebeldes depois de a operação de “contra-terrorismo” da Ucrânia
no Donbass ter começado em Abril de 2014. E foi escasso.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O ICG concluiu que a posição da
Rússia era consistente: as duas repúblicas separatistas continuam a ser súditos
autónomos dentro da Ucrânia. Isto colocou frequentemente o Kremlin em
conflito significativo com a liderança rebelde, que agia no seu próprio interesse
e raramente cumpria ordens. O relatório concluiu que Moscovo estava, em
última análise, “em dívida” com as repúblicas separatistas, e não o contrário. Os
combatentes rebeldes não deporiam as armas, mesmo que Vladimir Putin exigisse
pessoalmente que o fizessem.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Dados os acontecimentos actuais,
as conclusões do relatório são assustadoras. O ICG declarou que a situação
no Donbass “não deveria ser definida de forma estrita como uma questão de
ocupação russa” e criticou a “tendência de Kiev para fundir” o Kremlin e os
rebeldes. Manifestou a esperança de que o recém-eleito Presidente
Volodymyr Zelensky pudesse “reunificar-se pacificamente com os territórios
controlados pelos rebeldes” e “[engajar] o Leste alienado”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O caso do TIJ de 2017 dizia
respeito explicitamente à validação de alegações de envolvimento direto e ativo
da Rússia no Donbass. Resta-nos ponderar se este esforço de guerra legal
se destinava a garantir os fundamentos legais especiosos de Kiev para alegar
que foi invadido em 2014. Afinal, isto poderia, por sua vez, ter
precipitado uma guerra por procuração ocidental total no Donbass, do tipo que
eclodiu em fevereiro de 2022.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No início daquele mês, o
presidente francês Emmanuel Macron <a href="https://www.youtube.com/watch?v=QHDAYz7g4u4" target="_blank">reafirmou o
seu compromisso</a> com Minsk, alegando que tinha <a href="https://www.youtube.com/watch?v=InrDN7jYVOs" target="_blank">a garantia
pessoal</a> de Zelensky de que seria implementado. No entanto, em 11
de Fevereiro, as conversações entre representantes da França, Alemanha, Rússia
e Ucrânia <a href="https://www.aa.com.tr/en/europe/normandy-format-talks-in-berlin-end-without-tangible-results/2499568" target="_blank">fracassaram</a> após nove horas sem resultados tangíveis. Nomeadamente, <a href="https://www.reuters.com/world/europe/russia-ukraine-say-berlin-talks-fail-yield-breakthrough-2022-02-11/" target="_blank">Kiev rejeitou</a> as exigências de “diálogo directo” com
os rebeldes, insistindo que Moscovo se designasse formalmente como parte no
conflito, de acordo com a sua anterior posição obstrucionista.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Então, conforme documentado em
vários relatos de testemunhas oculares contemporâneas de observadores da OSCE,
eclodiram bombardeios em massa de artilharia ucraniana contra Donbass. Em
15 de Fevereiro, representantes alarmados da Duma, liderados pelo influente
Partido Comunista da Rússia, <a href="https://www.politico.eu/article/russia-state-duma-parliament-donetsk-luhansk-moscow-putin-kremlin-ukraine-conflict/" target="_blank">solicitaram formalmente</a> que o Kremlin reconhecesse as
Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. Putin <a href="https://www.reuters.com/world/europe/russias-parliament-asks-putin-recognise-breakaway-east-ukrainian-regions-2022-02-15/" target="_blank">recusou inicialmente</a> , reiterando o seu compromisso
com Minsk. O bombardeio se intensificou. Um relatório da OSCE <a href="https://www.osce.org/files/2022-02-19%20Daily%20Report.pdf?itok=95901" target="_blank">de 19 de Fevereiro</a> registou 591 violações do
cessar-fogo nas últimas 24 horas, incluindo 553 explosões em áreas controladas
pelos rebeldes.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os civis foram feridos nos
ataques e as estruturas civis, incluindo escolas, foram aparentemente alvo
directo. Entretanto, <a href="https://tass.com/emergencies/1405995" target="_blank">nesse mesmo dia</a> , os rebeldes de Donetsk alegaram ter
frustrado dois ataques de sabotagem perpetrados por agentes de língua polaca a
reservatórios de amoníaco e petróleo no seu território. Talvez não por
coincidência, em Janeiro de 2022, foi <a href="https://news.yahoo.com/cia-trained-ukrainian-paramilitaries-may-take-central-role-if-russia-invades-185258008.html" target="_blank">revelado</a> que a CIA vinha treinando um exército
paramilitar secreto na Ucrânia para realizar precisamente tais ataques no caso
de uma invasão russa desde 2015.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Assim, em 21 de Fevereiro, o
Kremlin <a href="http://en.kremlin.ru/events/president/news/67828" target="_blank">aceitou formalmente</a> o apelo da Duma feito uma semana
antes para reconhecer Donetsk e Lugansk como repúblicas independentes. E
agora aqui estamos.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Foto de destaque | Militar
pró-Rússia com uma metralhadora pesada observando o movimento das tropas
ucranianas das trincheiras avançadas da milícia popular da República Popular de
Donetsk na área da vila de Yasne, Donbass, 11 de fevereiro de 2022. Svetlana
Kysilyova | Abacá | Sipa via AP2022. Svetlana
Kisileva/Abaca/Sipa EUA (Sipa via AP Images)</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>* Kit Klarenberg é
jornalista investigativo e colaborador do MintPress News que explora o papel
dos serviços de inteligência na formação de políticas e percepções. Seu
trabalho já apareceu <st1:personname productid="em The Cradle" w:st="on">em The
Cradle</st1:personname>, Declassified UK e Grayzone. Siga-o no Twitter <a href="https://twitter.com/KitKlarenberg/" target="_blank">@KitKlarenberg</a> .</b></span></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-19211329144790819462024-03-17T18:48:00.004+00:002024-03-17T18:48:38.489+00:00Os meios legais através dos quais os Estados da OTAN podem intervir na Ucrânia<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVGP_u9H9-wj3NQZgniZzh2_bivcXE19CN0SVt8Orym-hH4xV-8qF5EWFKx8av8LombUmSEjYgrdTxOpx2DTqKx27YwvzMrJUx-XKZRp_MkfbSwOjVO4ZIHqdWkDpMvWVFmPe-VvablUm6LWfVcb7e_d5EAdjkWerQ0iZzM4eUfbOOQV10VnZRdp2mwe6u/s800/unnamed.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVGP_u9H9-wj3NQZgniZzh2_bivcXE19CN0SVt8Orym-hH4xV-8qF5EWFKx8av8LombUmSEjYgrdTxOpx2DTqKx27YwvzMrJUx-XKZRp_MkfbSwOjVO4ZIHqdWkDpMvWVFmPe-VvablUm6LWfVcb7e_d5EAdjkWerQ0iZzM4eUfbOOQV10VnZRdp2mwe6u/w320-h240/unnamed.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>A Roménia revelou os meios legais através dos quais os Estados
da OTAN podem intervir na Ucrânia</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/ANDREW%20KORYBKO" target="_blank">Andrew Korybko</a> * | <a href="https://korybko.substack.com/" target="_blank">Substack</a> |
opinião | # Traduzido em português do Brasil</i></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Embora seja discutível se o
Artigo 5 se estenderia às tropas dos membros em países terceiros como a
Ucrânia, seria uma questão discutível no cenário de que a França e/ou o Reino
Unido, com armas nucleares, participem numa “coligação de dispostos” lá, uma vez
que isso é suficiente levar a uma atitude arriscada nuclear caso entrem em
conflito com a Rússia.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O presidente romeno, Klaus
Iohannis, disse que nem a NATO como um todo nem o seu país em particular
intervirão na Ucrânia, mas deixou aberta a possibilidade de outros o fazerem
por conta própria. <a href="https://substack.com/redirect/bc9119b7-88ab-4106-9b9f-401dbf5b0fbf?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Segundo ele </a>, “as tropas não podem ser enviadas para a
Ucrânia sob o mandato da NATO porque a Ucrânia não é aliada da NATO. Mas,
em geral, se a Ucrânia tem acordos bilaterais com um determinado Estado em
qualquer esfera, estas questões são uma questão de relações bilaterais. A
Roménia não enviará soldados para a Ucrânia.”</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">São estes meios legais através
dos quais uma “coligação de vontades” poderia ser montada para este fim,
possivelmente <a href="https://substack.com/redirect/db4d92a3-2d7f-4d78-8498-4ef2c849900a?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">liderada pela França, </a>cujo presidente foi o primeiro a <a href="https://substack.com/redirect/12ee2245-e8e7-443a-bc16-ef33411293a1?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">propor publicamente </a>isto e incluindo a Alemanha e o
Reino Unido, cujos países também assinaram “ <a href="https://substack.com/redirect/eb1f5e0b-f9b5-492b-a201-547053dbfcc9?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">garantias de segurança </a>” com Ucrânia. Os Estados
Bálticos provavelmente também participariam depois de <a href="https://substack.com/redirect/0baf293e-6f69-47e0-ac56-17ff0ca37624?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">terem apoiado </a>a sugestão do líder francês, enquanto a
Polónia também poderia envolver-se se receber a aprovação americana para esta
missão, como o seu Presidente e Primeiro-Ministro <a href="https://substack.com/redirect/9148a719-d00d-44f8-9564-192e89ca97c2?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">parecem estar a procurar </a>.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Embora seja discutível se o
Artigo 5 se estenderia às tropas dos membros em países terceiros como a
Ucrânia, seria uma questão discutível nesse cenário, uma vez que a participação
da França e/ou do Reino Unido com armas nucleares é suficiente para levar a uma
atitude temerária nuclear se entrarem em conflito com a Rússia lá. Isto é
ainda mais verdade se a América aprovar a sua intervenção ou pelo menos não
tentar impedi-la, caso em que poderá apoiá-los, possivelmente até ao ponto de
ameaçar usar as suas próprias armas nucleares se a luta não acontecer. parar.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O pretexto com que Biden o
poderia fazer seria aquele a que <a href="https://substack.com/redirect/c64f6d0a-a840-45f9-be27-9fad5592f18a?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">voltou a referir-se </a>na terça-feira sobre como “a
Rússia não se limitará à Ucrânia. Putin continuará, colocando em risco a
Europa, os Estados Unidos e todo o mundo livre”, mas que o Gabinete do Diretor
de Inteligência Nacional refutou. Esta posição a nível do Gabinete que
supervisiona a Comunidade de Inteligência dos EUA publicou um <a href="https://substack.com/redirect/b0ccdba3-41ad-4c49-8d4f-418f8e7628f6?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">relatório </a>no mês passado que só foi divulgado
publicamente esta semana, avaliando que a Rússia não tem intenção de entrar em
guerra com a NATO.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A menos que ele volte atrás em
sua promessa repetida de que as tropas americanas não lutarão no terreno na
Ucrânia, o que é improvável que ele faça devido ao quão sensível esta questão é
durante a temporada de eleições presidenciais, participando então de manobras
nucleares para apoiar os aliados da OTAN na Ucrânia seria muito polarizador. O
risco de desencadear a Terceira Guerra Mundial através de um erro de cálculo
apenas para apoiar os britânicos, franceses, polacos e quem mais pudesse virar
o público contra ele e, portanto, devolver Trump à Casa Branca no próximo ano.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Da perspectiva política
interessada de Biden, seria melhor forçar a Ucrânia a aceitar a sua <a href="https://substack.com/redirect/ffc88e91-c08d-4d85-9326-3a4444487def?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">divisão de facto semelhante à Coreia, </a>ao longo de
qualquer que seja a Linha de Contacto (LOC) entre as forças da OTAN e da Rússia
até então, após o que ele poderia fazer campanha para ter “evitou a Terceira
Guerra Mundial” em vez de arriscá-la. Isso também poderia diminuir o apelo
da plataforma pró-paz de Trump, uma vez que a fase quente da <a href="https://substack.com/redirect/30f5c84d-8e40-43ca-bf89-ea587ca2c2b2?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">guerra por procuração entre a </a><a href="https://substack.com/redirect/36574821-77d4-47c9-bcaa-a76ac3adb282?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">OTAN e a Rússia </a>na Ucrânia, que é na verdade uma <a href="https://substack.com/redirect/3e65b5aa-3fed-495f-a2f5-76b2e6b246d5?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">guerra quente não declarada mas limitada </a>, poderá
terminar em Novembro.<a href="https://substack.com/redirect/30f5c84d-8e40-43ca-bf89-ea587ca2c2b2?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"></a><a href="https://substack.com/redirect/3e65b5aa-3fed-495f-a2f5-76b2e6b246d5?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank"></a></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para que esta sequência de
eventos aconteça, ele primeiro precisa aprovar a intervenção incipiente da
“coligação dos dispostos”, a fim de lhes dar a confiança para se envolverem
abertamente, e então a Rússia teria que romper o LOC para definir a fase mais
cinética. do seu plano em ação. Considerando que o Comité de Inteligência
Ucraniano <a href="https://substack.com/redirect/60c527fa-828d-4256-857d-c1d2884aade3?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">já alertou </a>que o LOC poderia entrar em colapso, tudo
isto poderia acontecer mais cedo ou mais tarde, o que aumentaria brevemente o risco
de uma Terceira Guerra Mundial, mas depois o reduziria.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>* Analista político americano
especializado na transição sistémica global para a multipolaridade</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>* <a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/ANDREW%20KORYBKO" target="_blank">Andrew Korybko</a> é regular colaborador <st1:personname productid="em Página Global" w:st="on">em Página Global</st1:personname> há
alguns anos e também regular interveniente em outras e diversas publicações.
Encontram-no também nas redes sociais. <a href="https://www.amazon.com.br/Livros-Andrew-Korybko/s?rh=n%3A6740748011%2Cp_27%3AAndrew+Korybko" target="_blank">É ainda autor profícuo de vários livros.</a></b></span></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-21029717624673531012024-03-17T17:54:00.001+00:002024-03-17T17:54:12.341+00:00QUEM QUER BOMBARDEAR O IRÃO?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsd5sPWzvquv2KoL4pBiX7cte9WlgtriGvL8U4iIWyI9dYy5OMGsb9i3arELEe0g9ItXTZqndXBbbucATYPnjcGS7mAv3lmbnJDyAwSZOmavyjJ1moEPbcek21FJ5ZUqb_JD6ZjUgmEKVGxX-L39C3xwvFYNdlzyc4PokcMa5Yj_IqHCRXLLFoFi-nqneL/s2048/01-header-bomb-iran.jpg.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1212" data-original-width="2048" height="378" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsd5sPWzvquv2KoL4pBiX7cte9WlgtriGvL8U4iIWyI9dYy5OMGsb9i3arELEe0g9ItXTZqndXBbbucATYPnjcGS7mAv3lmbnJDyAwSZOmavyjJ1moEPbcek21FJ5ZUqb_JD6ZjUgmEKVGxX-L39C3xwvFYNdlzyc4PokcMa5Yj_IqHCRXLLFoFi-nqneL/w640-h378/01-header-bomb-iran.jpg.webp" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Uma série de figuras políticas e
mediáticas britânicas, algumas associadas ao lobby israelita, apelam agora
abertamente ao confronto com o Irão.</b></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://www.declassifieduk.org/author/john-mcevoy/" target="_blank">John Mcevoy</a>* | <a href="https://www.declassifieduk.org/" target="_blank">Declassified UK</a> |
* Traduzido em português do Brasil</i></b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“A era do dividendo da paz
acabou”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Estas foram as <a href="https://www.gov.uk/government/speeches/defending-britain-from-a-more-dangerous-world" target="_blank">palavras</a> do
secretário de defesa do Reino Unido, Grant Shapps, durante um discurso no mês
passado.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Dentro de cinco anos, advertiu
Shapps, a Grã-Bretanha “poderá estar a olhar para múltiplos teatros” de guerra
envolvendo a Rússia, a China, a Coreia do Norte e o Irão.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O discurso de Shapps ocorreu
quatro dias depois de o governo do Reino Unido <a href="https://www.declassifieduk.org/rishi-sunaks-mission-creep-in-yemen/" target="_blank">ordenar</a> uma
primeira rodada de ataques aéreos contra posições Houthi no Iêmen.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A campanha de bombardeamento foi
concebida para proteger o transporte marítimo internacional e proteger Israel
das consequências do seu genocídio em Gaza.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No entanto, a campanha britânica
contra os Houthis não só não conseguiu impedir os ataques a navios no Mar
Vermelho, como também corre o risco de evoluir para um grande confronto com o
Irão.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>'Acertar o alvo errado'</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No mês passado, o deputado
conservador Mark Pritchard <a href="https://www.theyworkforyou.com/debates/?id=2024-02-05b.21.0&s=iran+speaker%3A11946#g28.0">perguntou</a> no
parlamento se a Grã-Bretanha “poderia realmente estar a atingir o alvo errado”
no Médio Oriente.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Pode ser que”, disse ele,
“embora tenhamos as melhores intenções diplomáticas e não queiramos provocar o
Irão num grande conflito com a NATO, os EUA ou o Reino Unido, adiar essa
decisão agora irá custará mais vidas no futuro”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Embora concordando com a posse de
armas nucleares por Israel, os ministros britânicos <a href="https://twitter.com/declassifiedUK/status/1581931088414662656" target="_blank">dizem</a> repetidamente
que o Irão “nunca” deveria ser autorizado a adquirir tais armas. Ameaçaram
considerar “todas as opções” se Teerão parecer perto de o fazer. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Nos últimos meses, os meios de
comunicação britânicos também têm falado na perspectiva de uma acção militar
contra o Irão.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O analista militar da Sky
News , Sean Bell, <a href="https://news.sky.com/video/analysis-would-the-west-be-prepared-to-hit-iran-13046355" target="_blank">deliberou sobre</a> a utilidade de “uma série de ataques calibrados contra o Irã”. Ele
acrescentou que há um “limite para quantas opções diplomáticas você tem sobre a
mesa se quiser manter o fluxo comercial”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Con Coughlin, editor de
defesa e relações exteriores do Telegraph , <a href="https://www.telegraph.co.uk/news/2023/12/21/the-west-is-now-at-war-with-iran-and-its-proxies/" target="_blank">declarou</a> que
“o Ocidente está agora em guerra com o Irão e os seus representantes”,
acrescentando que “não devemos temer um confronto directo com Teerão”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O governo dos EUA também não
descartou ataques em solo iraniano, com o conselheiro de segurança nacional dos
EUA, Jake Sullivan, <a href="https://www.dumptheguardian.com/world/2024/feb/04/houthis-vow-more-red-sea-attacks-after-third-wave-of-us-uk-strikes-on-yemen" target="_blank">a declarar</a> que os ataques aos Houthis “foram o início, não o fim da
nossa resposta”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Ocidente “pode agora não ter
outra opção senão atacar o Irão”, <a href="https://www.telegraph.co.uk/news/2023/12/28/the-west-may-now-have-no-option-but-to-attack-iran/" target="_blank">escreveu</a> o
antigo conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, no Telegraph .</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>'Derrubar seu regime'</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os crescentes apelos ao confronto
com o Irão provavelmente agradam a Israel, que há muito vê Teerão como o seu
adversário mais importante.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Isto deve-se em parte ao facto de
o Irão <a href="https://therealnews.com/demystifying-iran-and-the-resistance-axis">apoiar</a> movimentos
de resistência locais contra Israel no Médio Oriente, mas também porque é visto
como a potência regional com maior probabilidade de adquirir <a href="https://www.declassifieduk.org/revealed-britain-secretly-believes-israel-has-nuclear-weapons-but-wont-admit-it/" target="_blank">armas nucleares</a> .</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Para este efeito, Israel há muito
que procura <a href="https://www.lrb.co.uk/the-paper/v28/n06/john-mearsheimer/the-israel-lobby" target="_blank">encorajar</a> os
seus aliados ocidentais a isolar, enfraquecer e confrontar o Irão – e redobrou
esses esforços nos últimos meses.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em Outubro do ano passado, o
vice-embaixador de Israel em Londres, Oren Marmorstein, <a href="https://policymogul.com/key-updates/31323/foreign-secretary-james-cleverly-declares-that-the-conservative-party-was-is-and-will-always-be-a-staunch-friend-of-israel-at-conservative-friends-of-israel-s-annual-conference-reception" target="_blank">argumentou</a> num
evento dos Amigos Conservadores de Israel que “apenas duas coisas” podem
impedir o Irão de obter uma arma nuclear: “sanções paralisantes e uma ameaça
militar credível”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“O Irão nunca poderá – e nunca
terá – ter uma arma nuclear, e garantiremos que este seja o caso, não importa o
que aconteça”, acrescentou Marmostein.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Pouco depois, o antigo
primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, declarou que
“é hora dos EUA e dos seus aliados atacarem” o Irão, o chefe de um “polvo
terrorista” composto pelo Hamas, o Hezbollah e os Houthis, e “derrubar o seu
regime”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em Janeiro, o presidente
israelita Isaac Herzog apelou à
formação de “uma coligação muito forte” de parceiros internacionais contra o
Irão.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Esta guerra é uma guerra que não
é apenas entre Israel e o Hamas”, <a href="https://thehill.com/policy/international/4343274-israels-president-defends-ongoing-war-if-it-werent-for-us-europe-would-be-next/" target="_blank">declarou</a> . “É
uma guerra que se destina, realmente, a salvar a civilização ocidental, a
salvar os valores da civilização ocidental. Somos atacados pela rede
Jihadista, um império do mal, que emana de Teerã”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>‘Precisamos de ataques calculados
em solo iraniano agora’</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os apelos à acção ofensiva contra
o Irão foram ecoados por figuras pró-Israel nos meios de comunicação
britânicos.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Jake Wallis Simons, editor do Jewish
Chronicle e um dos mais vociferantes defensores de Israel na Grã-Bretanha,
declarou que :
“Precisamos de ataques calculados em solo iraniano agora, ou seremos arrastados
para a guerra nos termos de Teerão”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No Spectator , Wallis
Simons enfatizou que
“devemos reconhecer a nossa influência económica, militar e moral e aproveitar
este momento para avançar para a dissuasão máxima” contra o Irão. “Então
devemos agir com plena convicção”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em Janeiro, o coronel britânico
reformado Richard Kemp declarou no Telegraph que
“a Grã-Bretanha está agora em guerra com o Irão. Deveríamos agir como
tal”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Telegraph não revelou
que Kemp é o diretor e administrador da Associação de Amigos do Reino Unido
para o Bem-Estar dos Soldados de Israel – uma organização que arrecada dinheiro
e é financiada pelas
FDI.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Proibindo o IRGC</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O lobby pró-Israel da
Grã-Bretanha também desempenha um papel no encorajamento do governo do Reino
Unido a isolar o Irão.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">As organizações que lideram a
acusação são os Amigos Conservadores de Israel (CFI) e os Amigos Trabalhistas
de Israel (LFI), dois grupos parlamentares que têm laços estreitos com o Estado
israelita.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ambos os grupos fizeram forte
campanha pela proibição do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irão
(IRGC), um ramo das forças armadas do Irão, como organização terrorista. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Proibir o IRGC tornaria crime no
Reino Unido pertencer ou apoiar o grupo. Aqueles que defendem isto dizem
que isso promoveria a segurança nacional britânica no exterior e no
país, em meio à crescente preocupação com
as atividades de Teerã no Reino Unido.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Ministério dos Negócios
Estrangeiros, no entanto, teme que
tal medida proscreva efectivamente o Estado iraniano como uma organização
terrorista. Isto fecharia caminhos para o envolvimento diplomático,
aproximando ambos os países do confronto directo.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://electronicintifada.net/blogs/asa-winstanley/anti-terror-arrests-uk-over-support-palestinian-resistance" target="_blank">Poderia também expor os cidadãos do Reino Unido a falsas acusações</a> antiterroristas ,
como tem sido o caso com activistas que expressaram apoio à resistência armada
do Hamas contra as forças israelitas, e oferecer consentimento tácito para
futuras acções ofensivas israelitas contra Teerão.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.middleeasteye.net/opinion/uk-israel-palestine-hamas-criminalisation-betrayal" target="_blank">Como observou</a> o historiador Avi Shlaim , “ao rotular os seus oponentes
políticos como terroristas, Israel absolve-se da necessidade de falar com eles
e obtém passe livre dos seus aliados ocidentais para recorrer ao modus operandi
em que está viciado – força militar nua e crua”. ”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Foi sob tal pressão do lobby
israelita que o governo do Reino Unido proscreveu a
ala política do Hamas como organização terrorista em 2021.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Amigos de Israel</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em Outubro de 2023, o TPI <a href="https://committees.parliament.uk/writtenevidence/125336/pdf/" target="_blank">apresentou</a> provas
ao parlamento instando o governo do Reino Unido a proibir o IRGC.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“O Reino Unido – juntamente com
os parceiros internacionais – não conseguiu restringir as ambições hegemónicas
e as atividades desestabilizadoras do Irão”, argumentou.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Utilizando perguntas
parlamentares, os responsáveis do CFI também</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os seus esforços são acompanhados
pela LFI, cuja “agenda política para o Médio Oriente” para o próximo governo
trabalhista <a href="https://www.lfi.org.uk/wp-content/uploads/2023/10/Britain-and-the-Middle-East.pdf">apela</a> ao
partido para “recuar” contra o “regime cada vez mais duro e repressivo no
Irão”. Apela à proibição “do IRGC como organização terrorista com efeitos
imediatos”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Todos os sinais indicam que
estamos a caminhar para uma grande escalada, tanto dentro do Irão como no
estrangeiro”, acrescenta o relatório.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os trabalhistas sob o comando de
Keir Starmer têm sido mais receptivos do que os conservadores à adopção de
medidas mais duras contra o Irão.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">No ano passado, os
ministros-sombra David Lammy e Yvette Cooper <a href="https://policymogul.com/key-updates/26403/labour-urges-government-to-proscribe-irgc-as-a-terrorist-organisation">anunciaram</a> que
“o IRGC está a comportar-se como uma organização terrorista e deve agora ser
proscrito como tal”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>'Vá atrás da organização-mãe'</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O Grupo Parlamentar de Todos os
Partidos Grã-Bretanha-Israel também tem sido vocal no esforço para isolar o
Irão. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em Abril de 2023, o grupo <a href="https://cfoi.co.uk/125-cross-party-parliamentarians-urge-prime-minister-sunak-to-proscribe-irgc/">enviou</a> uma
carta a Rishi Sunak, assinada por 125 parlamentares de vários partidos,
instando o primeiro-ministro a proscrever o IRGC.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Afinal, o IRGC é o principal
financiador, fornecedor e treinador” do Hamas e do Hezbollah, escreveu o grupo. “Cabe
ao Governo ir atrás da organização-mãe”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.parallelparliament.co.uk/APPG/israel" target="_blank">Os principais financiadores</a> do APPG incluíram o Ministério dos Negócios
Estrangeiros israelita, bem como a Cedars Oak Ltd, uma empresa propriedade dos
lobistas pró-Israel Jonathan Mendelsohn e Stuart Polak.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Polak foi diretor de finanças
entre 1989 e 2015, após o que se tornou presidente honorário da organização. Durante
a década de 1990, Polak encorajou o
governo do Reino Unido a proscrever a Organização para a Libertação da
Palestina (OLP) como organização terrorista.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Como o Declassified <a href="https://www.declassifieduk.org/foreign-office-feared-tory-israel-lobby-chief-was-dangerous/" target="_blank">relatou</a> recentemente ,
“então, como agora, um objectivo fundamental para o lobby de Israel [é] fazer
com que os governos ocidentais rotulem os seus críticos (da OLP à agência de ajuda
UNRWA) como grupos terroristas, a fim de os deslegitimar”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Imagem</b>: Apoiantes do xá deposto
protestam em Londres pela mudança do regime iraniano. (Foto: Artūras
Kokorevas/Pexels)</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>* John McEvoy é um jornalista
independente</b> que escreveu para International History Review, The Canary,
Tribune Magazine, Jacobin e Brasil Wire.</span></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.declassifieduk.org/author/john-mcevoy/" target="_blank">VEJA MAIS ARTIGOS</a> do autor em Declassified UK</span></b></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-8607549204518782362024-03-16T15:50:00.005+00:002024-03-16T16:15:32.028+00:00OS DIAS ATERRORIZANTES QUE ESPERAM JULIAN ASSANGE NOS EUA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJGG_4iUfaEwsnNQHJMW_-cYYY58b5R3yXNykulnRN9AqMKzPbJ6nvRLo4gMRJNYmvjJZuxBDz1lljoP4rhyphenhyphen2BwN1cFYQDTrShqtDdXUeH5CWfmP8Zak9xQtBZLLPnqTz8gleFX8QIXHr2XwzPHkq4IjZN5WVXbh2I0LpRHNF-6QV2khcDDB2-aLy5X6oR/s584/ASSANGE%20153.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="362" data-original-width="584" height="396" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJGG_4iUfaEwsnNQHJMW_-cYYY58b5R3yXNykulnRN9AqMKzPbJ6nvRLo4gMRJNYmvjJZuxBDz1lljoP4rhyphenhyphen2BwN1cFYQDTrShqtDdXUeH5CWfmP8Zak9xQtBZLLPnqTz8gleFX8QIXHr2XwzPHkq4IjZN5WVXbh2I0LpRHNF-6QV2khcDDB2-aLy5X6oR/w640-h396/ASSANGE%20153.png" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Julian Assange poderá em breve
estar a caminho dos EUA para ser julgado por revelar crimes de guerra. O
que ele enfrenta lá é aterrorizante além das palavras.</b></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/MATT%20KENNARD" target="_blank">Matt Kennard</a>* | <a href="https://www.declassifieduk.org/" target="_blank">Declassified UK</a> |
# Traduzido em português do Brasil</i></b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Babar Ahmad foi extraditado da
Grã-Bretanha para os Estados Unidos em 2012 sob a acusação de fornecer apoio
material ao terrorismo devido a dois artigos publicados no seu site apoiando o
governo Taliban no Afeganistão. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ele passou oito anos lutando
contra a extradição, mas quando ela finalmente aconteceu, ele atravessou o
Atlântico em um jato executivo da RAF Mildenhall, em Suffolk. Ele não
tinha ideia do que estava por vir. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Acho que era um avião de doze
lugares”, Ahmad me conta. “Três seções de quatro assentos. Portanto,
há dois grandes assentos um de frente para o outro. Assentos de couro
grandes, quadrados e confortáveis.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Lá fora estava escuro como
breu. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Eles ficavam perguntando: 'você
precisa de alguma coisa? Você quer um copo d’água? Eu disse: 'posso
ler algo?'”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O funcionário dos EUA
entregou-lhe um boletim informativo para funcionários públicos. “Estou
apenas olhando o resultado do beisebol de Connecticut ou algo assim.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Sentado no avião, não houve
bate-papo, mas em algum momento perguntaram se ele estava com fome. Ahmad
disse que sim. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Então eles vieram e me deram
esse pacote de MRE: refeições prontas para comer. Um grande pacote. Eles
desabotoaram uma das algemas da minha mão direita só para eu poder comer.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“O trabalho dele é bater papo,
tentar arrancar informações de você.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Enquanto ele comia, um oficial de
segurança interna apareceu e sentou-se à sua frente. “O trabalho dele é
bater papo, tentar arrancar informações de você e fazer com que você dê algum
tipo de confissão, que mais tarde ele arquiva como uma declaração para usar
contra você”, diz Ahmad.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Eu conversava um pouco e sempre
que surgia alguma coisa relacionada ao caso eu apenas dizia 'olha, me desculpe,
não posso falar sobre isso'”. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad diz que o oficial estava
usando a técnica do “policial bom”. “Ele estava tentando fazer uma
conexão, falando sobre infância, que é apenas uma conversa normal, como dois
estranhos tendo uma conversa normal. Eles fazem isso para deixar você
confortável. Mas a razão subjacente obviamente não é bater um papo, mas
sim construir uma conexão para que você se abra e seja capaz de responder às
perguntas deles.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O responsável norte-americano
disse a Ahmad que o investiga há 11 anos e que fez 30 viagens ao Reino Unido
para esse fim. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Então ele me disse que estava na
Grã-Bretanha há cinco dias, esperando o término do meu processo judicial. 'Eu
até perdi o novo episódio de Homeland', disse ele, 'porque estava passando por
isso. Você me fez sentir falta disso. Meio piada, meio sério.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad diz que em algum momento
ficou cansado e disse que queria se deitar. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Eles me deixaram deitar no chão,
mas foi difícil”, diz ele. “Acho que não dormi. Foi muito difícil
ficar confortável porque você não consegue se esticar e fica algemado. Então,
de qualquer maneira que eu tentasse, não foi possível.”<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Garantias</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Alguém que poderá em breve estar
no lugar de Ahmad, algemado e num avião para os EUA, é o jornalista australiano
Julian Assange. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Em Janeiro de <st1:metricconverter productid="2021, a" w:st="on">2021, a</st1:metricconverter> juíza distrital
Vanessa Baraitser bloqueou a extradição do Reino Unido, dizendo que tal medida
seria “opressiva” devido à saúde mental do fundador do WikiLeaks.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Foi dada aos EUA a oportunidade
de recorrer e a decisão de Baraitser foi então anulada pelo Chefe de Justiça
Ian Burnett, que aceitou as garantias dos EUA sobre o tratamento de Assange. <a href="https://www.declassifieduk.org/assange-judge-is-40-year-good-friend-of-minister-who-orchestrated-his-arrest/">Esse
juiz foi um “ bom amigo</a> ” de 40 anos do ministro britânico que
orquestrou a captura de Assange em Abril de 2019. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“É basicamente uma extradição
pela diplomacia sem a devida supervisão nos tribunais.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Jennifer Robinson, advogada de
Assange na Grã-Bretanha desde o início dos seus problemas jurídicos, disse-me:
“Os EUA não contestaram as conclusões médicas, por isso a conclusão médica e as
provas permanecem as mesmas, ou seja, se ele for extraditado para condições de
isolamento, ele será levado a cometer suicídio.” </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os EUA, no entanto, ofereceram
“garantias” de que não o colocariam sob esse tipo de condições de prisão.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“É uma garantia condicional”, diz
Robinson, “o que significa que a qualquer momento, quando ele estiver na prisão
dos EUA, os serviços de inteligência poderão decidir que ele fez algo que
justifica a aplicação dessas condições de prisão”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Isso é extremamente preocupante,
acrescenta ela. “Há agências que tentaram sequestrá-lo e matá-lo e que
teriam o poder de colocá-lo sob esse tipo de condições de isolamento, sem
qualquer capacidade real de nossa parte para revisá-lo judicialmente. E
ele ficaria preso nessas condições.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">As garantias dos EUA vieram após
o encerramento do processo, mas o tribunal de Londres aceitou-as e
dispensou-as. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“É basicamente uma extradição
pela diplomacia sem a devida supervisão dos tribunais”, diz Robinson. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Nos E.U.A</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad pousou nos EUA na manhã de
6 de outubro de 2012. Na época, ele não tinha ideia de onde havia
pousado. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Entrei em algum tipo de carro e
dirigimos. Depois de cerca de 20 minutos paramos e saímos”, diz ele. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Eu pude ouvir um barulho e
percebi que estou em algum tipo de armazém ou lugar tipo prisão. Naquele
momento, percebi como era doloroso andar algemado. Estava irritando meu
tendão de Aquiles, então realmente diminuí a velocidade. Obviamente mais
tarde você aprende a fazer, mas foi a minha primeira vez e eu não sabia. Eu
realmente embaralhei lentamente, lentamente, lentamente.” </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Percebi como era doloroso andar
com algemas. Estava irritando meu tendão de Aquiles.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad então subiu no elevador e
chegou a uma cela. Eles tiraram as algemas e as algemas e, em seguida,
removeram a máscara de esqui e os protetores de ouvido que colocaram nele ao
pousar. Ahmad estava no tribunal federal de New Haven. Eram cerca de
três da manhã. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Eles nos tiraram fotos e
impressões digitais e depois nos colocaram de volta naquela cela. Disseram:
‘você tem audiência às 8h’”, conta.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad não conseguiu dormir pela
segunda noite consecutiva. “Por volta das 7h30 os meus advogados vieram
ver-me numa visita fechada, por isso há um ecrã de vidro, e os meus advogados
estão lá. Falei com meus advogados e depois houve uma audiência.” </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Após aquela audiência, agora por
volta das 10h, ele foi colocado <st1:personname productid="em um SUV." w:st="on">em
um SUV.</st1:personname></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Partimos neste comboio de talvez
oito SUVs”, diz ele. “E esses caras, você sabe como são os americanos,
quando fazem alguma coisa, é sempre extra. Os caras têm, tipo,
metralhadoras. Tudo isso parece forças especiais.” </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>O supermáximo</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Depois de uma hora chegaram a uma
prisão. O advogado de Ahmad disse que ele iria ao supermercado estadual em
Connecticut.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Uma vez dentro da recepção do
presídio, ele foi levado para exame médico. Os policiais foram obrigados a
esperar do lado de fora.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Entro nesta sala e há três
enfermeiras lá”, diz Ahmad. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Conversa normal e amigável,
repassando meu histórico médico, verificando meus olhos, ouvidos, boca, o que
quer que seja. Então, quando o policial veio me buscar, ele olhou para a
enfermeira-chefe e meio que piscou ou acenou com a cabeça para ela, e ela
respondeu com a cabeça. Ela diz, ‘sim, status’. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Uma pessoa estava filmando e
oito caras gritavam comandos e ordens em uníssono.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Eu não sabia o que isso
significava, mas depois entendi que ela estava dizendo a ele para me colocar
sob vigilância contra suicídio, que é basicamente uma cela de punição. A
saúde tem que tomar essa decisão. Então isso foi uma farsa porque não
havia motivo para eu ir para lá, eu estava totalmente em conformidade. Ela
olhou para o cara e disse ‘status’”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad continua: “Então sou levado
para esta cela. Assim que cheguei lá, uma pessoa estava filmando e oito
caras gritavam comandos e ordens em uníssono. 'Ok, esquerda. Ok,
moderação'. Eles estavam gritando ordens militares e me colocaram contra a
parede e literalmente me despiram completamente. E tudo isso está em
vídeo.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad, que não havia dormido,
ficou em completo estado de choque. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“No Reino Unido, você nunca fica
totalmente nu”, diz ele. “Eles fazem a metade inferior ou a metade
superior, e na verdade não fazem isso à força, a menos que seja uma questão de
segurança. Então eu pensei, ‘que diabos?'”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Chinelos de papel</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Depois colocaram chinelos de
papel em Ahmad e um avental anti-suicídio que cobria seu torso até os joelhos. "E
é isso. Isso é tudo que tenho, além das algemas.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Eles o levaram por um longo
corredor curvado sob controle, de modo que sua cabeça ficasse abaixo da
cintura.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Eles me jogaram nesta cela e a
primeira coisa que notei foi o cheiro, era como um cheiro de infestação de
fezes, também era absolutamente gelado”, diz ele. “Lembro-me da primeira
coisa que perguntei ao cara do status: 'Posso comer alguma coisa?' Ele
apenas riu e disse 'você será alimentado'. E é isso. Eles fecharam a
porta e pronto. Eles se foram."</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Não havia nada na cela, exceto
duas tiras de papel higiênico. A água ficou 60 segundos ligada e cinco
minutos desligada, lembra Ahmad. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Se eu olhasse para fora da
pequena janela de 3 x <st1:metricconverter productid="6 polegadas" w:st="on">6
polegadas</st1:metricconverter>, na parede traseira, posso ver apenas
concreto.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Se eu olhasse para fora da
pequena janela de 3×6 polegadas, na parede traseira, posso ver apenas concreto. Não
há vista, não há nada lá. Depois, há outra janela de faixa, de 3×6
polegadas na porta voltada para o interior da unidade prisional. E há
todos esses espelhos ali e há um pequeno relógio que posso ver.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad estava cansado e havia uma
cama com colchão de plástico. “Eu me enrolo como um feto porque está
absolutamente gelado”, diz Ahmad. “Dormi um pouco e levantei. A certa
altura chegou a hora da comida e eles vieram e me deram um saco de papel com
comida. A comida estava em uma xícara de café e eu perguntei ao cara:
‘Posso pegar uma colher?'”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O oficial disse que não era
permitido. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Tive que comer com a mão como um
animal. E isso tudo por causa do status, é a questão do castigo. Você
tem que comer assim. Eu não sabia qual era a comida. Acabei de comer. Parte
de mim estava pensando: isso é carne ou não? Eu não como carne que não
seja halal. Mas eu acabei de comer. Eu nem sabia que eles poderiam
ter cuspido nele ou algo assim, mas eu estava com muita fome. E a cela
cheirava a fezes, e estou descalço e, claro, não tem sabão.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Incógnitas desconhecidas</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad, a essa altura, não tinha
ideia de quanto tempo ficaria nesta cela. Podem ser 10 dias. Podem
ser 10 anos. “Eu não tinha ideia de nada”, diz ele. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Estou nesta cela e a primeira
coisa que me lembro é uma coisa que Nelson Mandela disse: que os anos passam
como minutos na prisão, mas os minutos passam como anos. E lembro que
continuei indo até a porta e olhando aquele relógio digital. E estou
pensando que já se passaram várias horas, mas já se passaram uns 10 minutos.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A certa altura, uma enfermeira de
saúde mental passou pela sua cela. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Ela ficou parada por um momento
lendo algo fora da minha cela e olhando para mim com nojo enquanto fazia isso”,
diz Ahmad. “Mais tarde percebi que havia uma folha de papel à minha porta
que listava todas as acusações contra mim. Então perguntei a ela como eu
poderia lidar com a situação, já que não tinha nada na minha cela, nada para
fazer ou ler, nada para ver e ninguém com quem conversar. 'Você poderia
tentar a visualização', ela riu e seguiu seu caminho. Isso era o que eles
queriam dizer com apoio à saúde mental.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Na manhã seguinte, um novo
funcionário da prisão veio à sua cela. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Ele era um oficial racista e
hostil”, disse-me Ahmad. “Ele gritava: 'vocês são o terrorista', e gritava
bem alto para os outros prisioneiros 'ele tentou nos explodir, tentou matar
americanos'. Então ele disse: ‘Vou lhe dar uma lição, por que você tentou
nos explodir?’”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Eu estava ali parado e de
repente foi como se meu peito começasse a desmoronar.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad tentou explicar-lhe que era
uma pessoa diferente, não ele. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Ele fica tipo 'sim, sim, tanto
faz, fale inglês'. Ele era abertamente racista. No Reino Unido, eles
tendem a esconder o seu racismo, mas na América você sabe onde está, o que eu
realmente prefiro.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Um dia depois de chegar à prisão,
Ahmad teve um ataque de pânico.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Essa foi a única vez na minha
vida que tive um”, diz ele. “Essa foi a primeira e última vez que isso
aconteceu comigo. Eu estava ali parado e de repente foi como se meu peito
começasse a desmoronar. Estou de pé e começo a hiperventilar e meus
músculos ficam tensos, e entro nesse estado, é como se estivesse me afogando,
mas não estou.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ele diz que a única razão pela
qual consegue falar sobre isso agora é porque fez terapia de dessensibilização
e reprocessamento dos movimentos oculares (EMDR) para resolver o
problema. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Posso falar com você agora sem
qualquer resposta fisiológica”, diz Ahmad. “Mas foi assustador. Acho
que foi a compreensão que me ocorreu: 'oh, meu Deus, é isso'”.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ele continua: “Com todas estas
garantias, serei tratado com humanidade e as prisões dos EUA são iguais às
prisões do Reino Unido e ele será tratado de forma justa e justa. Tudo isso
era um lixo completo. Foi tudo uma farsa, foi tudo mentira. Eu estava
pensando comigo mesmo 'é isso'. Vou ficar nesta cela pelo resto da minha
vida.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad não tinha ideia de como
lidar com o ataque de pânico.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">"Não havia ninguém lá. Eu
não conseguia falar com ninguém. Eu nem sabia como lidar com a respiração. Respirar
pode tirar você dessa situação. Então comecei a recitar alguns versículos
do Alcorão que havia memorizado e, eventualmente, isso me fez sair dali e me
acalmou.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>CIA e política</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">John Kiriakou foi oficial da CIA
de <st1:metricconverter productid="1990 a" w:st="on">1990 a</st1:metricconverter>
2004 antes de sair e denunciar o programa de tortura da agência durante a
chamada Guerra ao Terror. Desde então, Kiriakou tornou-se um defensor
declarado da batalha de Julian Assange pela sua vida face à perseguição por
parte do seu antigo empregador.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Uma das coisas que muitas
pessoas não entendem é que, no sistema americano, mesmo que a promotoria queira
desistir do caso, o que eles fazem primeiro é consultar a 'vítima' para ver se
está tudo bem para a vítima se o caso é descartado. Nesse caso, a vítima
seria a CIA”, conta. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Não posso deixar de pensar que
se o lançamento do Vault 7 não tivesse ocorrido, e com [o ex-diretor da CIA
Mike] Pompeo fora de cena, não acho que alguém realmente se importaria se o
caso contra Julian fosse para ser abandonado, mas ele os envergonhou, e há um
desejo tão profundo de vingança que é como se eles não conseguissem se
controlar.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Vault 7 é uma série de documentos
que o WikiLeaks começou a publicar em março de 2017, detalhando as capacidades
da CIA para realizar vigilância eletrônica e guerra cibernética. Kiriakou
diz que, como resultado, os altos escalões da CIA orientarão a política
executiva sobre a perseguição de Assange.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Não creio que essas decisões
sejam tomadas no vácuo no Departamento de Justiça.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Num caso como este, essa
conversa só aconteceria no topo”, diz ele. “Portanto, estamos falando do
diretor, do vice-diretor, do vice-diretor de operações, do conselheiro geral,
talvez do vice-diretor de contra-espionagem. É um grupo muito pequeno de
pessoas que estaria tendo essa conversa.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A CIA é incrivelmente poderosa,
acrescenta Kiriakou. “É especialmente poderoso dentro da burocracia
federal. Não creio que estas decisões sejam tomadas no vácuo no
Departamento de Justiça. Estas decisões são tomadas em torno de uma mesa
de conferências no Conselho de Segurança Nacional. E não podemos fingir
que [o procurador-geral] Merrick Garland é independente e que o Departamento de
Justiça é independente de influências externas. Sabemos que isso
simplesmente não é verdade.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Quando o Presidente Joe Biden
nomeou Bill Burns como seu diretor da CIA, Kiriakou permitiu-se alguma
esperança para Assange. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Eu estava otimista em relação a
Bill Burns porque ele é um diplomata de carreira e um pacificador e, com
exceção do tempo que passou como vice-secretário de Estado, ele não era um
consumidor regular de inteligência, então não havia vínculo entre Bill Burns. e
a comunidade de inteligência”, Kiriakou me disse. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Eu pensei, bem, pela primeira
vez, na verdade, desde que o almirante Stansfield Turner foi o diretor de Jimmy
Carter, este é um cara que é independente da CIA, que é capaz de fazer seus
próprios julgamentos e chegar às suas próprias conclusões. . Você sabe,
temo que, pelo menos no caso Assange, isso simplesmente não seja verdade,
porque se Bill Burns fosse até Merrick Garland e dissesse, olhe, não houve
danos à segurança nacional, acho que Garland teria não há problema em desistir
do caso.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Kiriakou diz que não consegue
acreditar que Biden queira enfrentar a imprensa.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Parece-me que há pessoas muito
poderosas, provavelmente tanto na CIA como no Departamento de Justiça, que
dizem, você sabe, foda-se a primeira emenda da Constituição.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>A costura legal</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Kiriakou também não está
optimista quanto às possibilidades de Assange no sistema jurídico dos
EUA. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Inicialmente, o que vai
acontecer é que ele será levado para o que é chamado de prisão federal em
Alexandria, Virgínia”, diz ele. “É usado para abrigar prisioneiros que
aguardam julgamento no distrito leste da Virgínia, no tribunal federal de lá. Há
pessoas aguardando julgamento por crimes tão pequenos quanto tentar fazer um
boquete em um policial disfarçado em um monumento nacional, alguém com quem
compartilhei uma cela por um breve período fez isso, mas isso vale para El
Chapo e todos os demais.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Enquanto aguarda julgamento,
provavelmente será tratado como qualquer outra pessoa, diz Kiriakou. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Uma coisa importante aqui é que
os promotores americanos prometeram repetidamente ao governo britânico que não
colocariam Julian em confinamento solitário. Isso é uma completa e total
besteira, porque não cabe aos promotores do Departamento de Justiça decidir
quem vai para a solitária. Esse é o domínio exclusivo do Federal Bureau of
Prisons. Os promotores que prometem não colocar Julian na solitária são
como você ou eu prometendo não colocar Julian na solitária. Esse é o peso
que essas promessas têm.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Eles acusam todo mundo no
distrito leste da Virgínia porque é o distrito de origem da CIA.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Assange também não conseguirá
justiça nos EUA, diz Kiriakou.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Não creio que ele tenha chance
de um julgamento justo por alguns motivos”, diz ele. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“O número um é o fato de que este
é o distrito oriental da Virgínia. É chamado de tribunal de espionagem
porque nenhum réu de segurança nacional ganhou um caso lá. Fui cobrado lá. [O
denunciante da CIA] Jeffrey Sterling foi acusado lá. Edward Snowden foi
acusado lá. Eles acusam todo mundo no distrito leste da Virgínia, quase
todo mundo, porque é o distrito de origem da CIA.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ele continua: “O júri será
composto por pessoas que trabalham ou têm parentes que trabalham para a CIA, o
Pentágono, o Departamento de Segurança Interna, o FBI e dezenas de prestadores
de serviços da comunidade de inteligência. Portanto, é impossível
conseguir um júri que não seja tendencioso.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A segunda razão é o chamado
“empilhamento de carga”, diz Kiriakou. “Digamos que talvez você tenha
cometido um crime. Em vez de acusá-lo por esse crime, eles vão acusá-lo
por 20 crimes, e então voltarão para você depois que você tiver sido
devidamente suavizado e dirão: ok, retiraremos todas as acusações, exceto uma
ou duas , se você se declarar culpado.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Os truques</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Babar Ahmad permaneceu na cela de
punição por três dias após seu ataque de pânico. Então um médico veio
examiná-lo. “Era um médico afro-americano e ele apenas balançava a
cabeça”, diz Ahmad. “Ele me disse: 'Não sei por que colocaram você aqui' e
disse que iria me tirar de lá. Ele apenas continuou balançando a cabeça. Ele
conhecia os truques que eles pregavam.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O médico levou Ahmad para outra
cela com mais algumas coisas, incluindo alguns macacões e camisetas, algumas
toalhas e um cobertor. Mas ainda era um confinamento
solitário. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Mas um prisioneiro, que na
verdade era um cara decente, me procurou”, diz Ahmad. “Eu não sabia como
ele era, mas ele apenas gritou meu número de celular. Ele disse, ‘ei, 109,
como você está, irmão? Qual é o seu nome, de onde você vem?'”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ele deu a Ahmad algumas
informações sobre a rotina na prisão e finalmente conseguiu enviar-lhe algum
material de leitura, o que ia contra as regras.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Ele me enviou alguns livros. Acho
que também recebi uma Bíblia do capelão. Eu li a Bíblia de capa a capa. A
maior parte foi nessas semanas iniciais.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad permaneceu naquela prisão
por dois anos. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“O exercício era em uma gaiola
subterrânea para cães, com cerca de quatro degraus por dois degraus.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Fui mantido no corredor da morte
em Connecticut”, diz ele. “O regime lá era muito duro. Confinamento
solitário completo durante todo o dia e noite. Nenhuma associação com
qualquer outro prisioneiro durante dois anos. Uma revista completa e
humilhante, incluindo cavidades corporais, toda vez que você sai da cela, mesmo
que seja para o chuveiro a dois metros de distância.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ele fazia uma hora de exercícios
três vezes por semana. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Estava em uma gaiola subterrânea
para cães, com cerca de quatro degraus por dois degraus, e havia três gaiolas
lado a lado”, diz ele. “Então você pode conversar com os presos que são os
outros dois presos que estão lá com você, você pode conversar com eles sem
restrições. Mas foi isso.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Pergunto a Ahmad como ele não
perdeu a cabeça.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Bem, é insuportável. E
muitas pessoas perderam a cabeça, e há muitas pessoas com graves problemas de
saúde mental, pessoas que falam sozinhas, pessoas que gritam e batem o dia
todo, a noite toda. As pessoas se machucam. Há tentativas de suicídio
o tempo todo. Uma semana testemunhei três tentativas de suicídio em um
dia.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ele continua: “Além disso, há
prisioneiros que mataram seus companheiros de cela e os espancaram até a morte
dentro da própria cela. No meu caso, acho que em parte foi minha religião,
minha fé. Não sei, eles têm esses chavões, resiliência e tudo mais, mas
você apenas tenta o seu melhor para sobreviver, não é?”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Ahmad foi libertado da prisão nos
EUA em julho de 2015, depois de ter sido condenado a 12 anos e meio por
fornecer apoio material, através de dois artigos publicados no seu website, ao
governo talibã, numa altura em que estes abrigavam Osama bin Laden.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">O governo dos EUA pediu o dobro
desta sentença, mas a sentença surpreendentemente branda significou que Ahmad
foi libertado em poucos meses devido ao tempo cumprido.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">É improvável que Julian Assange
obtenha tal clemência do sistema judicial dos EUA, e a sua experiência na
prisão será provavelmente ainda mais punitiva do que a de Ahmad. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Acho que Assange ficará pior do
que eu na prisão americana”, diz Ahmad. “As garantias que dão sobre o
acesso aos cuidados de saúde são tudo uma farsa. Nada disso se aplica
quando você está lá.” Ele faz uma pausa. “É claro que o suicídio é um
risco muito real.”</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>* Matt Kennard</b> é
investigador-chefe da Declassified UK. Ele foi bolsista e depois diretor
do Centro de Jornalismo Investigativo de Londres. Siga-o no Twitter
@kennardmatt</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://www.declassifieduk.org/author/matt-kennard/" target="_blank">VEJA MAIS ARTIGOS</a>
de Matt Kennard <st1:personname productid="em Declassified UK" w:st="on">em Declassified
UK</st1:personname></b></span></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-73779039540974449622024-03-16T15:05:00.001+00:002024-03-16T15:05:32.226+00:00Psicopatas genocidas comemoram o Dia Internacional de Combate à Islamofobia<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaEvvQAl_o4A50_zidVlnTbTbPWK9vtu47XfV8X7bcs3jckFZGDleZGnBN4QZXdE77_PyndBEO2bKYnZKtnfb_jCPIO0B9NwhmZkQYLYaxM85Z4R2Vhh060QWAxpBxCvHaab9qffOSppHs2wyO3Sbu2sxvFol98rMMGtZBHxcXYLXj4MVrNWdpHBhrLz6r/s1080/unnamed%20(4).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="565" data-original-width="1080" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaEvvQAl_o4A50_zidVlnTbTbPWK9vtu47XfV8X7bcs3jckFZGDleZGnBN4QZXdE77_PyndBEO2bKYnZKtnfb_jCPIO0B9NwhmZkQYLYaxM85Z4R2Vhh060QWAxpBxCvHaab9qffOSppHs2wyO3Sbu2sxvFol98rMMGtZBHxcXYLXj4MVrNWdpHBhrLz6r/w640-h334/unnamed%20(4).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Bem, é <a href="https://substack.com/redirect/f0edd6bc-6cee-4e00-9795-0cf43f8f03a2?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">o Dia Internacional de Combate à Islamofobia </a>, o que
obviamente significa que os Democratas estão ocupados fazendo as declarações
públicas mais hipócritas e moralmente dissonantes que você possa imaginar.</b></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="http://paginaglobal.blogspot.com/2023/10/nao-e-guerra-israel-hamas-e-o-massacre.html#more" target="_blank">Caitlin Johnstone</a>* | <a href="https://caitlinjohnstone.com.au/2023/08/13/new-york-times-helps-marco-rubio-push-persecution-of-antiwar-leftists/" target="_blank">Caitlin Johnstone.com</a> | # Traduzido em português do
Brasil</i></b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Reconhecemos a violência e o
ódio que os muçulmanos em todo o mundo enfrentam com demasiada frequência
devido às suas crenças religiosas – e o feio ressurgimento da islamofobia na
sequência da guerra devastadora em Gaza”, lê-se numa declaração <a href="https://substack.com/redirect/a9b04ce7-b85a-484d-9078-d4ed0465aec1?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">do Presidente Biden , referindo-se a um </a><a href="https://substack.com/redirect/d86d11d2-c004-4d4c-af2c-f914f64f4383?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">genocídio </a>apoiado pelos EUA. <a href="https://substack.com/redirect/d86d11d2-c004-4d4c-af2c-f914f64f4383?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">contra uma população muçulmana </a>pela qual ele é <a href="https://substack.com/redirect/c1e1be57-06bb-4a12-b1a6-0182ec99f43c?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">pessoalmente responsável </a>.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Hoje, enquanto milhões de
pessoas continuam a observar o mês sagrado do Ramadão, Jill e eu estendemos os
nossos melhores votos aos muçulmanos em todo o mundo e continuamos a mantê-los
nas nossas orações. E reafirmamos o nosso compromisso de fazer tudo o que
estiver ao nosso alcance para pôr fim ao ódio cruel da islamofobia – aqui em
casa e em todo o mundo”, conclui a declaração do presidente agora conhecido
internacionalmente como Genocide Joe.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“Neste Dia Internacional de
Combate à Islamofobia, reafirmamos o nosso compromisso de defender a liberdade
de religião ou crença de todos e de nos manifestarmos contra os actos de ódio
anti-muçulmanos sempre e onde quer que ocorram”, <a href="https://substack.com/redirect/8ab1fa17-a8d7-4199-8d24-b27e209b058f?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">acrescenta </a>o Secretário de Estado Antony Blinken.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">“A islamofobia não tem lugar na
nossa nação e em todo o mundo. POTUS e eu nos unimos ao mundo na
condenação da islamofobia e na afirmação da igualdade de direitos e da
dignidade de todas as pessoas”, <a href="https://substack.com/redirect/7bf5cc1c-acd4-42ef-903d-c9b32c2be486?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">tuitou </a>a vice-presidente Kamala Harris.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Isso é tão assustador. É uma
daquelas coisas em que quanto mais você olha, mais assustador fica. Estão
a condenar a islamofobia e a denunciar crimes de ódio contra muçulmanos, ao
mesmo tempo que ajudam Israel a criar uma montanha de cadáveres palestinianos
num ataque genocida cuja premissa é que os palestinianos são da raça errada e
da religião errada. Eles proclamam seu amor pelo muçulmano enquanto enfiam
uma faca em sua garganta.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Mas é exatamente isso que os
democratas são. Suas ações não importam, apenas seus sentimentos importam. Não
importava que Obama expandisse todas as guerras mais depravadas de Bush e
massacrasse populações muçulmanas usando bombas e milícias por procuração <a href="https://substack.com/redirect/47cc5d88-9f9a-49a8-a61f-9d7f893cd382?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">durante toda a sua administração </a>, tudo o que
importava era que ele falasse eloquentemente e expressasse compaixão quando as
câmaras estavam ligadas. Não importa que Biden esteja a apoiar
directamente uma campanha genocida que <a href="https://substack.com/redirect/6b8725a7-c9d2-4d2f-8ecf-15017514956a?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">provavelmente matou muito mais pessoas </a>do que as
contagens oficiais de mortes reconhecem, importa que ele condene a islamofobia
e que fontes da Casa Branca continuem a alimentar a imprensa com histórias
sobre <a href="https://substack.com/redirect/18be8ee0-aa6c-4b2d-9f44-46854bff32c0?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">o quão privadamente “frustrado” ele está </a>com Benjamin
Netanyahu. A coisa toda é apenas um veículo através do qual a metade mais
progressista do público americano pode apoiar as agendas assassinas do império
dos EUA, ao mesmo tempo que se sente bem consigo própria.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os republicanos são os bandidos
abertamente fascistas do império dos EUA, enquanto os democratas são os
gestores de relações públicas psicopatas que andam por aí a fazer photoshop de
carinhas sorridentes sobre o fascismo. Os republicanos são o esquadrão de
capangas idiotas, enquanto os democratas são os gênios do crime. Os
republicanos são o instrumento contundente, enquanto os democratas são a
seringa envenenada. Os republicanos matam muçulmanos enquanto dizem que os
odeiam, enquanto os democratas matam muçulmanos enquanto dizem que os amam.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Os democratas são a máscara de
plástico sorridente que assenta no rosto rosnado e salpicado de sangue do
império dos EUA. Pretendem ser solidários com os trabalhadores, com os
grupos marginalizados, com as mulheres e com os pobres, e afirmam opor-se ao
racismo, à injustiça e à tirania, mas no fundo o seu verdadeiro objectivo é
colocar uma cara bonita no regime mais assassino e tirânico deste planeta.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b style="background-color: #eeeeee;">* Meu trabalho é <a href="https://substack.com/redirect/2027f4c0-d73b-4b09-985b-9a481c03ee34?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">totalmente apoiado pelo leitor </a>, então se você
gostou deste artigo, <a href="https://substack.com/redirect/391c93f3-b83c-4fe8-81a8-c53e90ac8e6a?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">aqui estão algumas opções </a>onde você pode colocar algum
dinheiro em meu pote de gorjetas, se quiser. <a href="https://substack.com/redirect/a20733b8-f88f-42bc-a48f-909d41d267ac?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">Clique aqui </a>para comprar edições em brochura de meus
escritos mês a mês. Todo o meu trabalho é gratuito para contrabandear e
usar de qualquer forma ou forma; republicá-lo, traduzi-lo, usá-lo em
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verá o que eu publico é se inscrever na lista de discussão <a href="https://substack.com/redirect/e8eb05e2-7dda-43da-b734-2591177f8402?j=eyJ1IjoiMWt6cWthIn0.wX8prszPV_y4UgoDgQCeCaHjS40E6nf075XJf-Ontj0" target="_blank">do Substack </a>, que receberá uma notificação por e-mail
sobre tudo que eu publicar. Todos os trabalhos foram em coautoria com meu
marido Tim Foley</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b style="background-color: #eeeeee;">* Este artigo é de <a href="https://caitlinjohnstone.com/" target="_blank">Caitlin Johnstone.com</a> e
republicado com permissão.</b></span></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-77792460987812863962024-03-16T13:14:00.002+00:002024-03-16T13:14:26.172+00:00Biden armando a guerra de Bibi<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlD26JZbfPfrlq6uXXiIO0cjzP9F0K_-hBVn7EXW0D6wV_2A1DTx7xzGlH5faR9HQ5mLP2vTFhb-YVaKTxiXBopQYBRbe0SKfUEF71sIQt4uglEUSP9-DCWxEzMWgDI3AcyUY0onnwpzdoBC35OsMRdSzoJZJv5FiS9DXRTPi4ZaCN4CDfQY4KYnhnBjUa/s800/2024.03.14%20%20Biden%20Arming%20Bibi's%20War.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlD26JZbfPfrlq6uXXiIO0cjzP9F0K_-hBVn7EXW0D6wV_2A1DTx7xzGlH5faR9HQ5mLP2vTFhb-YVaKTxiXBopQYBRbe0SKfUEF71sIQt4uglEUSP9-DCWxEzMWgDI3AcyUY0onnwpzdoBC35OsMRdSzoJZJv5FiS9DXRTPi4ZaCN4CDfQY4KYnhnBjUa/w640-h480/2024.03.14%20%20Biden%20Arming%20Bibi's%20War.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;"><i><a href="https://cartoonmovement.com/cartoonist/26687" target="_blank">Kirk Anderson</a>, EUA | <a href="https://cartoonmovement.com/" target="_blank">Cartoon Movement</a></i></span></b></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-family: verdana;">É como Biden pedindo a Hunter
para ficar sóbrio enquanto lhe dá crack.</span></b></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-71006007698992532432024-03-16T13:04:00.000+00:002024-03-16T13:04:17.142+00:0036 palestinos da mesma família mortos em ataques aéreos israelitas em Gaza<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRYZiDI7TrddFzF36TmV7EIn99vbY1msNwNxxUHRTI9GAsWoq_4vXDrvHnVDwGnuS-JE_6sQo3_pd3rRxHV395WkvBgeaLC4it9Z-wPeImVsM2ogBmRtP5Y9NHbni4dhyphenhyphenn2qrcUAZdrivWK-81bFWTnHQ7VrwLUe0jBCvn4MmAWFuW7iXI9Zjg-YfGjYek/s678/GazaMassacres_Day157_WAFA.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="455" data-original-width="678" height="430" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRYZiDI7TrddFzF36TmV7EIn99vbY1msNwNxxUHRTI9GAsWoq_4vXDrvHnVDwGnuS-JE_6sQo3_pd3rRxHV395WkvBgeaLC4it9Z-wPeImVsM2ogBmRtP5Y9NHbni4dhyphenhyphenn2qrcUAZdrivWK-81bFWTnHQ7VrwLUe0jBCvn4MmAWFuW7iXI9Zjg-YfGjYek/w640-h430/GazaMassacres_Day157_WAFA.png" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>Pelo menos 80 civis foram mortos
e muitos outros ficaram feridos, a maioria crianças e mulheres, em ataques
aéreos israelitas que atingiram várias áreas da Faixa de Gaza nas últimas 24
horas.</b></span></p><div style="text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://www.palestinechronicle.com/" target="_blank">The Palestine Chronicle</a> | #
Traduzido em português do Brasil</i></b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A agência de notícias oficial
palestina WAFA informou que aviões de guerra israelenses bombardearam com
vários mísseis um prédio residencial de sete andares que abrigava pessoas
deslocadas perto do Complexo Médico Al-Shifa, na cidade de Gaza, matando muitas
pessoas e causando vários feridos.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Enquanto isso, caças israelenses
realizaram um ataque aéreo contra uma residência na rua Al-Jalaa, na cidade de
Gaza. A greve resultou em dezenas de vítimas.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Cinco civis também foram mortos e
dezenas de outros ficaram feridos num ataque aéreo israelita que teve como alvo
uma casa no bairro de Al-Tuffah, na Cidade de Gaza.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Outro ataque atingiu uma casa no
bairro de Al-Nasr, na cidade, resultando na morte de muitos civis e causando
ferimentos em outros.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Além disso, a artilharia de
ocupação israelita teve como alvo duas casas no campo de Nuseirat, no centro de
Gaza, resultando na morte trágica de pelo menos 36 pessoas pertencentes à
família Tatatbi.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A força aérea israelense conduziu
ainda ataques aéreos intensos contra vários locais e áreas na cidade de Beit
Hanoun, ao norte da Faixa de Gaza, coincidindo com o lançamento de bombas leves.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Na cidade de Rafah, no sul de
Gaza, as forças de ocupação bombardearam uma casa habitada, ferindo vários
civis.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A Al-Jazeera informou que as
forças de ocupação israelenses se retiraram da cidade de Hamadi, <st1:personname productid="em Khan Yunis" w:st="on">em Khan Yunis</st1:personname>, na manhã de
sábado, sob intenso bombardeio de artilharia, que causou muitas vítimas. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Actualmente a ser julgado perante
o Tribunal Internacional de Justiça por genocídio contra os palestinianos,
Israel tem travado uma guerra devastadora em Gaza desde 7 de Outubro. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">De acordo com o Ministério da
Saúde de Gaza, 31.490 palestinos foram mortos e 73.439 feridos no genocídio em
curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"> Além disso, pelo menos
7.000 pessoas estão desaparecidas, presumivelmente mortas sob os escombros das
suas casas em toda a Faixa de Gaza. </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Organizações palestinas e
internacionais afirmam que a maioria dos mortos e feridos são mulheres e
crianças.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">A agressão israelita também
resultou na deslocação forçada de quase dois milhões de pessoas de toda a Faixa
de Gaza, com a grande maioria dos deslocados forçados a deslocar-se para a
densamente povoada cidade de Rafah, no sul, perto da fronteira com o Egipto –
naquela que se tornou a maior cidade da Palestina. êxodo em massa desde a Nakba
de 1948.</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;">Israel afirma que 1.200 soldados
e civis foram mortos durante a operação de inundação de Al-Aqsa, em 7 de
outubro. A mídia israelense publicou relatórios sugerindo que muitos
israelenses foram mortos naquele dia por “fogo amigo”. <br />
<!--[endif]--></span></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-family: verdana;">(PC, WAFA)</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: verdana;"><b>Imagens:</b> 1 - Israel continua a realizar
massacres em Gaza. (Foto: via WAFA); 2 - 36 da mesma família foram assassinados por bombas de EUA/Israel</span></p></div>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-25214186522265574272024-03-16T12:15:00.001+00:002024-03-16T12:15:07.978+00:00O cenário está montado para a Terceira Guerra Mundial Híbrida<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFr27HuhEWw67o44LyrIzfVkSOREJgrQy83m9uGdKfgbbADDfa3zdKHULjVerWbkwURiaGfqDDQsNAtyteQbXYtnf80d89A4zu14DPUVe4QNHnLOqY8qz61J222RJ1pJxRnbV3WsPwbYEhFA5kJ8tjhtMmFi3gDmgHQqR1FlCpRxyul_XKFCKkk7fjAniE/s1000/file.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="562" data-original-width="1000" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFr27HuhEWw67o44LyrIzfVkSOREJgrQy83m9uGdKfgbbADDfa3zdKHULjVerWbkwURiaGfqDDQsNAtyteQbXYtnf80d89A4zu14DPUVe4QNHnLOqY8qz61J222RJ1pJxRnbV3WsPwbYEhFA5kJ8tjhtMmFi3gDmgHQqR1FlCpRxyul_XKFCKkk7fjAniE/w640-h360/file.webp" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://paginaglobal.blogspot.com/search/label/PEPE%20ESCOBAR" target="_blank">Pepe Escobar</a> para <a href="https://thesaker.is/" target="_blank">The Saker</a>
| # Traduzido em português do Brasil</i></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>Uma sensação poderosa ritma sua
pele e agita sua alma enquanto você está imerso em uma longa caminhada sob
persistentes rajadas de neve, identificada por paradas selecionadas e conversas
esclarecedoras, cristalizando vetores díspares um ano após o início da fase
acelerada da guerra por procuração entre EUA/OTAN e Rússia.</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É assim que Moscovo lhe dá as
boas-vindas: a capital indiscutível do mundo multipolar do século XXI.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Uma longa meditação ambulante impregna-nos
de como o discurso do Presidente Putin – <a href="https://thecradle.co/article-view/21772/putins-civilizational-speech-frames-conflict-between-east-and-west" target="_blank">antes, um discurso civilizacional</a> – da semana passada foi um divisor de águas
no que diz respeito à demarcação das linhas vermelhas civilizacionais que todos
enfrentamos agora. Agiu como uma broca poderosa perfurando a memória nada
curta, na verdade de prazo zero, do Ocidente Coletivo. Não é de admirar
que tenha exercido um efeito algo moderador, contrastando com a farra
ininterrupta da Russofobia no espaço da NATO Stan Space.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Alexey Dobrinin, Diretor do
Departamento de Planejamento de Política Externa do Ministério das Relações
Exteriores da Rússia, descreveu <a href="https://globalaffairs.ru/articles/obraz-mnogopolyarnogo-mira/" target="_blank">corretamente</a>.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O discurso de Putin como “uma
base metodológica para compreender, descrever e construir a multipolaridade”.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Durante anos, alguns de nós temos
mostrado como o mundo multipolar emergente é definido – mas vai muito além – de
interconectividade de alta velocidade, física e geoeconómica. Agora, à
medida que atingimos a fase seguinte, é como se Putin e Xi Jinping, cada um à
sua maneira, estivessem a conceptualizar os dois principais vectores
civilizacionais da multipolaridade. Esse é o significado mais profundo da
parceria estratégica abrangente Rússia-China, invisível a olho nu.<span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Metaforicamente, também diz muito
que a rotação da Rússia para Leste, em direcção ao sol nascente, agora
irreversível, era o único caminho lógico a seguir, uma vez que, para citar
Dylan, a escuridão surge ao romper do meio-dia em todo o Ocidente.<span></span></span></p><a name='more'></a><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tal como está, com a Hegemon
vacilante e furiosa perdida no seu próprio torpor pré-fabricado, os verdadeiros
apresentadores do espectáculo alimentando carne ardente a “elites políticas”
irremediavelmente medíocres, a China pode ter um pouco mais de latitude do que
a Rússia, como o O Reino Médio não está – ainda – sob a mesma pressão
existencial sob a qual a Rússia tem sido submetida.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Aconteça o que acontecer em
termos geopolíticos, a Rússia é, no fundo, um obstáculo – gigante – no caminho
belicista do Hegemon: o alvo final é a “ameaça” de topo, a China.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A capacidade de Putin de avaliar
o nosso momento geopolítico extremamente delicado – através de uma dose de
realismo altamente concentrado e puro – é algo a ser observado. E então o
Ministro dos Negócios Estrangeiros, Lavrov, deu a cereja ao bolo, chamando o
infeliz embaixador dos EUA para um vestido duro: ah, sim, isto é guerra,
híbrida ou não, e os seus mercenários da OTAN, bem como o seu equipamento de
lixo, são alvos legítimos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dmitry Medvedev, vice-presidente
do Conselho de Segurança, agora mais do que nunca saboreando o seu estatuto de
“desligado”, deixou tudo muito claro: “A Rússia corre o risco de ser dilacerada
se parar uma operação militar especial (SMO) antes de a vitória ser alcançada”.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E a mensagem é ainda mais aguda
porque representa a deixa – pública – para a liderança chinesa em Zhongnahhai
compreender: aconteça o que acontecer a seguir, esta é a posição oficial
inabalável do Kremlin.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Os chineses restauram o Mandato
do Céu</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Todos estes vectores estão a
evoluir como ramificações do bombardeamento dos Nord Streams, o único ataque
militar – cum terrorismo industrial – alguma vez perpetrado contra a UE,
deixando o Ocidente Colectivo paralisado, atordoado e confuso.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Perfeitamente em sintonia com o
discurso de Putin, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês escolheu o
momento geopolítico/existencial para finalmente tirar as luvas, com um floreio:
entrar no</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.fmprc.gov.cn/mfa_eng/wjbxw/202302/t20230220_11027664.html" target="_blank">A Hegemonia dos EUA e o seu</a> ensaio e relatório Perils, que se tornou um
enorme sucesso instantâneo nos meios de comunicação chineses, examinados com
prazer em toda a Ásia Oriental.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Esta enumeração contundente de
todas as loucuras letais do Hegemon, durante décadas, constitui um ponto sem
retorno para a diplomacia chinesa que é marca registrada, até agora
caracterizada pela passividade, ambivalência, contenção real e extrema polidez. Portanto,
tal reviravolta é mais uma orgulhosa “conquista” da sinofobia aberta e da
hostilidade mentirosa exibida pelos neoconservadores e
neoliberais-conservadores americanos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O estudioso Quan Le observa que
este documento pode ser considerado como a forma tradicional – mas agora
repleta de palavras contemporâneas – que os soberanos chineses usaram no seu
passado milenar antes de irem para a guerra.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É na verdade uma proclamação
axio-epistemo-política que justifica uma guerra séria, o que no universo chinês
significa uma guerra ordenada por um Poder Superior capaz de restaurar a
Justiça e a Harmonia num Universo conturbado.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Após a proclamação, os guerreiros
estão equipados para atacar impiedosamente a entidade considerada como
perturbadora da Harmonia do Universo: no nosso caso, os neoconservadores
psico-straussianos e os neoconservadores neoliberais comandados como cães
raivosos pelas verdadeiras elites americanas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É claro que no universo chinês
não há lugar para “Deus” – muito menos para uma versão cristã; “Deus” para
os chineses significa a trindade Beleza-Bondade-Verdade, Princípios Universais
Celestiais Atemporais. O conceito mais próximo que um não-chinês pode
entender é Dao: o Caminho. Assim, o Caminho para a trindade
Beleza-Bondade-Verdade representa simbolicamente Beleza-Bondade-Verdade.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Então, o que Pequim fez – e o
Ocidente Colectivo não tem a menor ideia disso – foi emitir uma proclamação
axio-epistemo-política explicando a legitimidade da sua busca para restaurar os
Princípios Universais Celestiais Atemporais. Eles estarão cumprindo o Mandato
do Céu – nada menos. O Ocidente não saberá o que os atingiu até que seja
tarde demais.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Era previsível que, mais cedo ou
mais tarde, os herdeiros da civilização chinesa estariam fartos – e
identificariam formalmente, reflectindo a análise de Putin, o emergente Hegemon
como a principal fonte de caos, desigualdade e guerra em todo o planeta. Império
do Caos, Mentiras e Pilhagem, em poucas palavras.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para ser franco, numa linguagem
popular, que se dane esta porcaria de hegemonia norte-americana a ser justificada
pelo “destino manifesto”.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Então aqui estamos nós. Você
quer Guerra Híbrida? Retribuiremos o favor.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>De volta à Doutrina Wolfowitz</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Um antigo conselheiro da CIA
publicou um <a href="https://dailyreckoning.com/the-horrifying-endgame-in-ukraine/" target="_blank">relatório bastante preocupante</a> sobre uma pedra ao longo do caminho rochoso: um
possível fim de jogo na Ucrânia, agora que até mesmo alguns papagaios geridos
pela elite estão a contemplar uma “saída” com o mínimo de perda de prestígio.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nunca é demais lembrar que em
2000, o ano <st1:personname productid="em que Vladimir Putin" w:st="on">em que
Vladimir Putin</st1:personname> foi eleito presidente pela primeira vez, no
mundo pré-11 de setembro, o neoconservador fanático Paul Wolfowitz estava lado
a lado com Zbig “Grande Tabuleiro de Xadrez” Brzezinski em uma enorme Ucrânia-
Simpósio dos EUA em Washington, onde ele elogiou descaradamente a ideia de
provocar a Rússia a entrar em guerra com a Ucrânia, e comprometeu-se a
financiar a destruição da Rússia.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Todos se lembram da doutrina
Wolfowitz – que era essencialmente uma repetição espalhafatosa e pedestre de
Brzezinski: para manter a hegemonia permanente dos EUA era primordial prevenir
o surgimento de qualquer concorrente potencial.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Agora temos dois concorrentes com
energia nuclear e experientes em tecnologia, unidos por uma parceria estratégica
abrangente.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ao terminar a minha longa
caminhada, prestando o devido respeito do Kremlin aos heróis de 1941-1945, era
inevitável a sensação de que, por mais que a Rússia seja uma mestre em enigmas
e a China seja uma mestre em paradoxos, os seus estrategistas estão agora
trabalhando em tempo integral para como devolver todas as vertentes da Guerra
Híbrida contra o Hegemon. Uma coisa é certa: ao contrário dos orgulhosos
americanos, eles não irão delinear quaisquer avanços até que estes já estejam
em vigor.</span></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5694952849861627601.post-22567458118994867842024-03-16T11:45:00.004+00:002024-03-16T11:45:33.743+00:00Comunistas austríacos avançam nas eleições municipais de Salzburgo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1OSGTFm0JdY35nU0cNIOO3Pfl-4kWvlgVVV-L1HOiI9GJZSXWegul1-7cPMtYrxJRDNix1yGODLFK_Io7MG5GBlCg1n6oJdtxGsqMPnp_dIluz-rWMd7ME6Ezck91q9xloY5WlYmUs73NvvAWDgisrjx3UvUrve4F35JjMUU7chhKbMvaHOegN3Dj43en/s1536/12-03-Salzburg-Elections-1536x864.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="864" data-original-width="1536" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1OSGTFm0JdY35nU0cNIOO3Pfl-4kWvlgVVV-L1HOiI9GJZSXWegul1-7cPMtYrxJRDNix1yGODLFK_Io7MG5GBlCg1n6oJdtxGsqMPnp_dIluz-rWMd7ME6Ezck91q9xloY5WlYmUs73NvvAWDgisrjx3UvUrve4F35JjMUU7chhKbMvaHOegN3Dj43en/w400-h225/12-03-Salzburg-Elections-1536x864.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Com o aumento da sua popularidade
em cidades como Graz e Salzburgo, os comunistas esperam entrar no parlamento
nas eleições deste ano</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><a href="https://peoplesdispatch.org/" target="_blank">Peoples Dispatch</a> | # Traduzido em português do Brasil</i></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No domingo, 10 de Março, nas
eleições municipais realizadas no estado federal austríaco de Salzburgo, o
Partido Comunista da Áustria (KPÖ) obteve ganhos significativos no conselho
municipal de Salzburgo ao garantir 10 assentos, um salto em relação a apenas um
assento que tinha anteriormente. O KPÖ está logo atrás do Partido Social
Democrata da Áustria (SPÖ), que garantiu 11 assentos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ao mesmo tempo, Bernhard Auinger
do SPÖ e Kay-Michael Dankl do KPÖ obtiveram 29,4% e 28% dos votos,
respetivamente, na primeira volta das eleições autárquicas na cidade de
Salzburgo e qualificaram-se para a segunda volta marcada para 24 de março.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Entretanto, o Partido Popular
Austríaco (ÖVP), no poder, caiu para a terceira posição na cidade de Salzburgo,
mantendo a maioria dos conselhos municipais e prefeituras do estado.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os comunistas também obtiveram
ganhos em outras partes do estado de Salzburgo, tendo garantido três assentos
em Wals-Siezenheim e Hallein.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Salzburgo é a quarta maior cidade
do país e os comunistas sob a liderança de Kay-Michael Dankle conseguiram
aumentar a sua força na cidade num curto período. O partido fez campanha
sobre questões como a crise <a href="https://peoplesdispatch.org/2023/06/14/communists-in-austria-demand-freeze-on-rents-amid-soaring-housing-crisis/" target="_blank">imobiliária</a> e
a <a href="https://peoplesdispatch.org/2022/09/19/protests-erupt-across-austria-demanding-solution-to-cost-of-living-crisis/" target="_blank">crise</a> do
custo de vida , que os principais partidos ainda não conseguiram resolver.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Anteriormente, nas eleições para
a assembleia regional (Landtag) de Salzburgo realizadas em <st1:metricconverter productid="2023, a" w:st="on">2023, a</st1:metricconverter> coligação KPÖ+
registou uma <a href="https://peoplesdispatch.org/2023/04/25/austrian-communists-enter-salzburg-state-assembly-for-the-first-time-since-1949/" target="_blank">vitória</a> significativa
ao conquistar quatro assentos e 11,7% do total de votos votados.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A segunda maior cidade da
Áustria, <a href="https://peoplesdispatch.org/2021/09/27/communists-emerge-as-single-largest-party-in-austrian-city-of-graz/" target="_blank">Graz</a> ,
tem uma prefeita comunista, Elke Kahr, desde novembro de 2021. Com a última
vitória na cidade de Salzburgo, os comunistas austríacos estão otimistas e
esperam entrar no Conselho Nacional Austríaco nas eleições parlamentares deste
ano. ano.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Entretanto, a perda do cargo de
presidente da câmara em Salzburgo revelou-se desanimadora para a coligação
ÖVP-Verdes que lidera o governo federal liderado pelo chanceler Karl Nehammer,
antes das eleições gerais.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Após a declaração dos resultados
eleitorais em Salzburgo, o grupo da Jovem Esquerda afiliado ao KPÖ <a href="https://www.facebook.com/photo?fbid=757809389779346&set=a.274098261483797" target="_blank">afirmou</a> que
“este sucesso eleitoral em Salzburgo não caiu do céu, mas é o resultado de um
trabalho consistente do KPÖ Plus nos últimos anos… A tendência ascendente do
movimento comunista continua.”</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A Juventude Comunista da Áustria
(KJO) <a href="https://www.facebook.com/photo?fbid=802678008552823&set=a.292722982881664" target="_blank">afirmou</a> que
“o resultado das eleições deixa claro que o povo apoia políticas
pró-trabalhadores, que não se curvam aos bancos e às empresas, e que também
alcançam o povo! Chegou a hora de uma alternativa comunista!”</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>Imagem:</b> Kay-Michael Dankl (à
esquerda) durante a campanha eleitoral.</span></p>Página Globalhttp://www.blogger.com/profile/04714474571529923280noreply@blogger.com0