sexta-feira, 30 de março de 2018

LIVRO DE CONDOLÊNCIAS NA EMBAIXADA DA VENEZUELA


Maestro José António Abreu

Martinho Júnior | Luanda 

Um ignoto músico da cor do silêncio inclina-se perante teu exemplo e tua obra, que te transcende e terá, garantidamente fulgor vital, geração após geração, na mais universal das partituras.

O Sistema ampliar-se-á com a Revolução Socialista Bolivariana e é já um poderoso farol que inspirará outros estados, outras nações, outros povos e outros músicos, por que é indelével nas mais legítimas aspirações da própria humanidade.

Alguns maestros, alguns músicos, poderão abandonar a Venezuela Bolivariana, a pátria das mil orquestras, inebriados pelos becos atractivos da fama, dos aplausos, dos grandes salões e das elites.


Podem partir sem lástima e sem dano, para esses becos da ribalta, por que todos eles com teu Sistema terão certamente inesgotáveis substitutos, por que ribalta alguma poderá ofuscar a luz de teu legado imprescindível, um legado de vida muito para além de tua própria vida!

Por isso Maestro, todos nós músicos do silêncio, cidadãos do mundo, temos uma dívida imensa de gratidão, pois quem nos ensina uma avenida tão ampla, tão digna, tão solidária, tão prodigiosa, a memória não chega, o amor não chega: é a Terra por inteiro que estremece na harmoniosa, e cintilante luz de tua intemporal emoção!

“Martinho Júnior” = Vítor Manuel Guerreiro Viegas - Luanda, 29 de Março de 2018.

Fotos: Maestro José António Abreu e a Orquestra Kposoka de Angola (3 instantes da pequena cerimónia de apresentação de condolências na Embaixada da Venezuela em Luanda).

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